Páginas

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Commodities Agrícolas 24-08

Commodities Agrícolas
Estoques apertados Os futuros de café atingiram o maior nível desde junho em Nova York, com sinais de que a demanda forte está reduzindo os estoques. Dezembro fechou em alta de 325 pontos, a US$ 2,7160 a libra-peso. A Associação Nacional de Café da Guatemala informou que os embarques de café dos nove países exportadores da América Latina subiram 0,3% em julho sobre o mesmo mês de 2010. Além disso, a Colômbia, terceiro maior produtor mundial, exportou nos últimos 12 meses 94% de sua produção, e Honduras embarcou quase toda sua oferta. "Não há dúvida de que os fundamentos para o café estão positivos", disse Marcio Bernardo, da Newedge. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq para o grão fechou em alta de 0,77% com a saca a R$ 485,75. Queda surpreendente Previsões de que o furacão Irene tende a seguir para o leste da Flórida e ameaçar os pomares de laranja do Estado americano, a desvalorização do dólar em relação a outras moedas e altas de preços de outras commodities foram insuficientes para evitar a queda das cotações do suco concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) ontem na bolsa de Nova York. Segundo um trader consultado pela agência Dow Jones Newswires, aparentemente a baixa foi provocado pela redução das apostas de um único fundo de investimento. Os contratos para novembro fecharam a US$ 1,6320 por libra-peso, baixa de 245 pontos sobre a véspera. No mercado de São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja pera in natura ao produtor saiu, em média, por R$ 9,65, segundo o Cepea/Esalq. Clima mais seco Sinais de que a produção de soja dos Estados Unidos pode declinar por causa da intensificação do clima seco no Meio Oeste americano ajudaram a elevar as cotações da commodity na bolsa de Chicago. Os papéis com vencimento em novembro encerraram o dia a US$ 1,39725 o bushel, valorização de 12 centavos. Conforme informações divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 59% das lavouras de soja do país receberam melhor classificação de desempenho nesta semana, queda em relação aos 61% registrados na semana anterior, segundo informações da Bloomberg. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos do grão negociada no Paraná registrou alta de 1,44%, para 47,17. Incerteza nos EUA A piora nas condições das lavouras de milho dos EUA fez o mercado futuro do grão fechar em alta ontem na bolsa de Chicago. Os contratos para dezembro subiram 9 centavos a US$ 7,4350 por bushel. Conforme a Bloomberg, citando o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), 57% das lavouras de milho dos EUA estavam em boas ou excelentes condições até 21 de agosto, uma piora sobre os 60% apurados até a semana antes. A condição climática varia de "anormalmente secas" a seca "moderada" de Ohio a Iowa, segundo a Universidade de Nebraska. Relatórios preliminares indicam que poderá haver queda de produtividade em relação à safra passada em Nebraska e Indiana. No mercado doméstico, o indicador de Esalq/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos subiu 0,07%, para R$ 30,04. Clima derruba a safra de inverno no ParanáSegundo maior produtor de milho safrinha do país, atrás de Mato Grosso, o Paraná deve perder cerca de 40% de sua produção de inverno por problemas climáticos.A ocorrência de duas geadas no Estado -uma em julho e outra neste mês- prejudicou a segunda safra de milho em quantidade e em qualidade. Agora, a chuva, constante há pelo menos cinco dias, atrasa a colheita.Segundo a Seab (Secretaria de Agricultura do Paraná), até a semana passada 55% das áreas cultivadas com milho haviam sido colhidas. Na média das últimas três safras para esta época do ano, esse percentual foi de 74%.A estimativa do órgão para a produção no Estado é de 5,19 milhões de toneladas, 37% abaixo do potencial de 8,19 milhões de toneladas. Parte dessas perdas já foi computada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no início deste mês. Mas, caso a chuva persista, o dano pode ser maior ainda.A situação também é preocupante no caso do trigo, que ainda está em estágio de maturação. A Seab prevê uma quebra de, no mínimo, 12% na produção de trigo, estimada em 2,53 milhões de toneladas, mas já admite revisão."Se a chuva continuar por mais três ou quatro dias, vamos ter mais prejuízos", diz Otmar Hubner, da Seab. O feijão, cuja colheita já terminou, também sofreu com as geadas. Os produtores paranaenses que plantaram tardiamente perderam de 35% a 40% da produção, o que prejudica o abastecimento no Estado e contribui para a alta de preço em todo o país. Neste mês, o preço do feijão sobe 26%, em média, segundo pesquisa da Folha. Efeito seca Enquanto a chuva atrapalha a colheita no Sul do Brasil, a seca nos EUA prejudica a produtividade da safra de grãos. E a expectativa sobre a produção americana sustenta os preços em Chicago. Nesta semana, a soja sobe 3,7% e o milho, 2,3%. Altos estoques 1 A oferta de carnes nos EUA está em um nível muito superior ao do ano passado. Em julho, os estoques de carne bovina do país estavam 8% acima dos do mesmo mês de 2010. Altos estoques 2 No caso da carne suína, os estoques estão 16% maiores neste ano. No caso da de frango, o aumento é de 14%, informou ontem o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA). Recuperação O petróleo voltou a subir ontem em Nova York e atingiu US$ 85,44 por barril (mais 1,2%). A expectativa do anúncio de novos estímulos à economia americana estimulou a valorização, pois permanece a incerteza sobre o retorno da Líbia no fornecimento da commodity. Quem paga mais Apesar da alta de 5% do álcool nas usinas na semana passada, o açúcar remunerou o produtor 47% mais que o anidro. Em relação ao hidratado, a vantagem do açúcar é de 60%, segundo o Cepea. Em alta Ontem, o açúcar fechou estável em Nova York, mas nesta semana sobe 10%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário