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sexta-feira, 15 de julho de 2011

UBS e Credit Suisse podem fechar mais vagas

UBS e Credit Suisse podem fechar mais vagas
O UBS e o Credit Suisse, os maiores bancos da Suíça, devem realizar nova onda de demissões diante dos reflexos dos anêmicos negócios dos clientes e da valorização do franco suíço. "Seguramente era de se esperar que a administração de custos mantivesse o alto grau de atividade", disse Matthew Clark, analista da Keefe, Bruyette & Woods de Londres. "Todos esses bancos de investimentos se posicionaram no ano passado tendo como base uma previsão de recuperação mundial, mas essa recuperação não se materializou ainda." O Credit Suisse aumentou o contingente de pessoal em 2,5 mil funcionários, para 50,1 mil pessoas, enquanto o UBS admitiu mais de 6 mil pessoas no mundo entre o fim de 2009 e 31 de março deste ano. Os lucros dos bancos podem sair prejudicados em vista da fraca recuperação da economia e das mazelas da Europa com a dívida soberana, que reduzem as transações dos clientes, enquanto a alta do franco suíço, que subiu para valor recorde em relação ao euro e ao dólar, diminui a receita.Clark, da KBW, estima que o lucro líquido a ser registrado pelo UBS no segundo trimestre cairá para 1,14 bilhão de francos (US$ 1,4 bilhão) em relação aos 2,01 bilhões de francos do mesmo período do ano passado. Os lucros do Credit Suisse deverão recuar para 1,22 bilhão de francos, em comparação ao 1,59 bilhão de francos de 2010, segundo suas estimativas.O UBS reduziu seu quadro de funcionários em cerca de 6% no primeiro trimestre no banco de investimentos, onde empregava 17.628 pessoas no fim de março, e disse no mês passado que fechará cerca de 500 vagas no setor de tecnologia de informação em todas as regiões e divisões, a fim de baixar os custos anuais "em dois dígitos de milhões de francos". Segundo o jornal suíço "Tages-Anzeiger" o UBS deverá fechar 5 mil vagas para poupar 1 bilhão de francos em custos anuais.O Credit Suisse pretende eliminar cerca de 500 vagas em sua divisão de administração de recursos para clientes de alta renda, disse pessoa familiarizada com a questão. O banco disse à equipe de seu banco de investimentos, que empregava 20,8 mil pessoas no fim de março, que iniciaria consultas sobre reduções de vagas. A instituição pretende eliminar mais de 600 postos de trabalho na divisão, entre os quais mais de 100 no Reino Unido, disse uma fonte. No total a instituição deverá fechar até 1,5 mil vagas, citou a agência "Dow Jones", citando pessoa familiarizada com o assunto. Os porta-vozes dos bancos preferiram não comentar o número de cargos a ser eliminado."A perspectiva de crescimento continua reduzida", disse o presidente do conselho de administração do UBS, Kaspar Villiger, ao "SonntagsZeitung", em entrevista no início do mês. "É bom se preparar para isso em vez de se iludir. O corte de custos é inevitável. Não posso descartar novos fechamentos de vagas."Enquanto isso nos EUA, a juíza federal de primeira instância disse que reexaminará os processos contra o UBS AG movidos pelo liquidante da empresa de Bernard Madoff. É a quarta vez que um banco relacionado ao caso Madoff obtém acesso a um tribunal de instância superior. O síndico da massa falida Irving Picard processou o UBS no Tribunal de Falências, exigindo US$ 2,6 bilhões e alegando que o banco contribuiu para a fraude de Madoff ao montar fundos.

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