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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Seguindo novamente cenário externo, café tem queda na ICE

Seguindo novamente cenário externo, café tem queda na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com novas perdas, com o intervalo de 260,00 centavos de dólar novamente sendo rompido. Mais uma vez, a influência externa deu as cartas para nortear o comportamento da maior parte das commodities. Com uma abertura de dia em níveis próximos do fechamento da sessão anterior, o mercado passou a registrar uma maior pressão, acompanhando o mau humor de segmentos macroeconômicos, que refletiram os temores sobre a situação das dívidas na União Européia, assim como os reflexos da previsão do Federal Reserve (equivalente ao Banco Central) dos Estados Unidos de que a recuperação do país ainda vai demandar muitos esforços. Diante de um quadro externo complexo, com quedas para a maior parte das commodities e para as bolsas de valores internacionais, o café não ficou imune e refletiu tal quadro nas cotações. No entanto, apesar das baixas consistentes, o setembro conseguiu preservar a mínima de terça-feira, em 254,55 centavos. Tecnicamente, o mercado seguia uma linha de recuperação, de acordo com formações gráficas candlestick, entretanto, a pressão externa demonstrou uma modificação de quadro, ainda que operadores sustentem a importância da manutenção do suporte, como um fator potencial para a retomada da recuperação. Fundamentalmente, o mercado carece de novidades. Apesar de ser um período denominado como "climático", tal fator não vem, nos últimos dias, mudando os humores da bolsa. O Brasil registra um mês de julho relativamente quente em várias áreas produtoras e, ao menos no curto prazo, qualquer ocorrência de geadas está devidamente descartada. O mercado se mostra atento aos atrasos em alguns embarques do Vietnã, no entanto, esse fator estaria assimilado e precificado. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve perda de 560 pontos com 258,35 centavos, sendo a máxima em 265,65 e a mínima em 256,60 centavos por libra, com o dezembro registrando oscilação negativa de 550 pontos, com a libra a 262,10 centavos, sendo a máxima em 269,30 e a mínima em 260,40 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou queda de 25 dólares, com 2.306 dólares por tonelada, com o novembro tendo retração de 23 dólares, com 2.337 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi iniciado com estabilidade, sendo que uma alta foi, inclusive, ensaiada, com o setembro chegando a romper os 265,00 centavos. Entretanto, com a influência externa, que derrubou também mercados como soja, trigo e milho, a tendência de muitos players foi de retomar as liquidações, sendo que as perdas vieram rapidamente e até se acentuaram ligeiramente no after-hours. "Se tecnicamente o mercado conseguiu ter um respiro na quarta-feira, nesta quinta voltamos a sofrer com o cenário externo. Há muitos operadores temerosos em se manter em negócios de maior risco, sendo que eles preferem portos mais tranqüilos neste momento", disse um trader. A Itália aprovou um plano de austeridade para tentar conter o contágio da crise das dívidas européias. O plano de ajuste deverá permitir ao país alcançar o déficit zero em 2014 e será de 47 bilhões de euros, em vez dos 40 bilhões inicialmente previstos. O pacote antecipará para 2013 um programa de privatização de empresas estatais e municipais, introduzirá o pagamento, pela população, de uma parte das consultas médicas, congelando a remuneração do funcionalismo público e cortando os recursos destinados a entidades locais. O pacote também traz também aperto no que se refere à seguridade social. Mesmo depois da aprovação, o mercado continuou receoso, com as bolsas de valores na Europa e nos Estados Unidos fechando o dia com retração. A produção de café da Colômbia em junho teve queda de 40%, indo para 471 mil sacas, contra 780 mil sacas do mesmo mês do ano anterior, indicou a Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia). A baixa foi refletida nas exportações, que no mês caíram 12%, indo para 572 mil sacas, ante 648 mil sacas de junho de 2010. Na primeira metade do ano safra, o país sul-americano registra alta de 18% em seus embarques cafeeiros para todos os destinos, com 4,16 milhões de sacas. As exportações de café do Brasil em julho, até o dia 13, somaram 611.671 sacas, contra 423.118 sacas registradas no mesmo período de junho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 215 sacas indo para 1.591.761 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 13.347 lotes, com as opções tendo 4.817 calls e 2.235 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 265,65, 266,00, 266,20, 266,50, 267,00, 267,50, 268,00, 268,50, 269,00, 269,50, 269,90-270,00, 270,50, 271,00 e 271,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 256-60256,50, 256,00, 255,50, 255,10-255,00, 254,55-254,50, 254,00, 253,50, 253,00, 252,50 e 252,00 centavos por libra.

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