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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Plano de emergência dos EUA deve priorizar pagar dívida

Plano de emergência dos EUA deve priorizar pagar dívida
O Tesouro dos EUA vai priorizar o pagamento de juros aos detentores de títulos governamentais no vencimento, caso o Congresso não chegue a acordo para elevar o teto de endividamento do país, segundo uma fonte do governo. A autoridade não quis ser identificada pois ainda não há anúncio oficial.O Tesouro informou que cerca de US$ 90 bilhões em dívidas vencem em 4 de agosto e mais de US$ 30 bilhões em juros vencem em 15 de agosto. No total, mais de US$ 500 bilhões vencem em agosto.Os US$ 90 bilhões em notas do Tesouro de seis meses, com vencimento em 4 de agosto, reduziram as perdas, após os comentários. Autoridades do governo Obama falarão hoje publicamente, apenas depois do fechamento dos mercados, sobre as prioridades para pagar as notas do Tesouro do país, caso o limite de US$ 14,3 trilhões não seja elevado, segundo um representante do Partido Democrata havia dito anteriormente."O anúncio é reconfortante, mas não há realmente alternativa a [não ser] privilegiar os detentores de bônus", disse Christian Cooper, chefe de negociação de derivativos em dólar do Jefferies Group, em Nova York, que como um dos 20 "dealers" primários é obrigado a apresentar ofertas nos lançamentos do Tesouro. "A alternativa indicaria uma inadimplência."O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse reiteradamente que a autoridade do governo para captar acabará em 2 de agosto, a menos que o Congresso eleve o teto de endividamento. Republicanos e democratas não conseguem chegar a acordo sobre a elevação do teto ou cortes no orçamento, o que traz receios de que os EUA percam sua nota de crédito AAA.O Tesouro havia anunciado anteriormente que não pode ficar selecionando que notas pagar ou não, caso não possa captar o suficiente para cobrir suas obrigações, processo que os congressistas chamaram de "priorização"."Essa proposta de 'priorização' propõe um afastamento radical e profundamente irresponsável do compromisso de presidentes, dos dois partidos, ao longo da história americana, de honrar todos os compromissos feitos por nossa nação", afirmou Geithner em carta ao Congresso, em junho.Decidir que obrigações pagar primeiro traz desafios práticos e jurídicos, forçando o governo a escolher, por exemplo, entre os beneficiários da Previdência Social, detentores de títulos e militares."Você seleciona ganhadores e perdedores", disse Stephen Myrow, diretor-gerente e diretor de operações da ACG Analytics, em Washington, que foi chefe de gabinete do vice-secretário do Tesouro Robert M. Kimmitt, no governo de George W. Bush. "É uma proposta em que todos saem perdendo."Em agosto, o Tesouro tem de pagar US$ 49,2 bilhões em benefícios da Previdência Social, incluindo US$ 23 bilhões em 3 de agosto, segundo o Bipartisan Policy Center, grupo que reúne ex-autoridades orçamentárias. Também vencem US$ 50 bilhões em pagamentos aos programas de assistência médica Medicare e Medicaid, US$ 12,8 bilhões em seguro-desemprego, US$ 2,9 bilhões em salários de militares na ativa e US$ 14,2 bilhões em salários e benefícios federais."O tamanho e a complexidade do governo federal para priorizar pagamentos, especialmente, em um período de tempo pequeno e sob pressão, é difícil sem dúvida", afirmou Brian Gardner, vice-presidente sênior encarregado de análises sobre Washington na Keefe, Bruyette & Woods, de Nova York.O governo também vem se mostrando relutante em discutir a priorização porque quer manter a pressão sobre o Congresso para que seja elevado o teto da dívida antes do prazo de 2 de agosto, afirmou J. D. Foster, membro sênior da The Heritage Foundation, em Washington."A priorização se trata de como continuar funcionando se o teto não aumentar, e governo é inflexível em dizer que isso não pode acontecer", disse Foster.A autoridade legal do governo para pagar algumas dívidas e não outras é incerta, disse Jay Powell, professor visitante do Bipartisan Policy Center e subsecretário de finanças do Tesouro no governo do presidente George H. W. Bush.

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