sexta-feira, 29 de julho de 2011
BC prevê deterioração na Europa e aperto pode ter chegado ao fim Com a moderação do nível de atividade econômica já em curso e a expectativa de uma piora acentuada do cenário internacional, sobretudo na Europa, o Banco Central considera a hipótese de o aumento da taxa Selic de julho ter sido a última rodada do ciclo de aperto monetário. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, sinalizou essa possibilidade.A desaceleração do crescimento "está encomendada" e se mostrará nítida entre julho e setembro, garantiu uma alta fonte oficial. Na avaliação do governo, o segundo trimestre ainda teve um desempenho forte, mas ligeiramente abaixo de 1%. No terceiro trimestre, a taxa de crescimento já deverá cair para algo mais próximo de 0,5% e a queda será ainda mais forte no último trimestre, devendo o ano encerrar com um crescimento de 4% do PIB. As coletas de inflação "estão vindo bem", disse a fonte, e o IPCA acumulado em doze meses ainda cresce em agosto, mas deve ceder a partir de setembro.A avaliação do governo é que o comportamento da inflação está obedecendo ao cenário traçado pelo Banco Central no início do ano, quando anunciou que a convergência da inflação para o centro da meta de 4,5% só ocorreria em 2012. "Só não contávamos com uma deflação", comentou a fonte. O IGP-M de julho, divulgado ontem, teve deflação de 0,12%. Apesar de esperar uma piora acentuada da crise de dívida soberana na Europa, não é visível uma pressão deflacionária para o país. Sob esse aspecto, a crise, por enquanto, é neutra. "Mas diante da quantidade de riscos envolvidos, pode deixar de ser", comentou um ministro.Embora o pacote de socorro à Grécia e a criação de mecanismos que evitem o contágio para economias maiores, como Espanha e Itália, anunciado na semana passada, seja um bom indício, o fato é que ele é uma mera carta de intenção. Chamou a atenção das autoridades econômicas do país o parágrafo sexto do comunicado de Bruxelas, que deixa claro que as condições excepcionais colocadas no texto valem só para a Grécia.Em 16 meses o Copom aumentou os juros em 3,75 pontos percentuais e de janeiro a junho o governo federal produziu superávit primário de R$ 55,5 bilhões - o equivalente a 68% da meta fixada para o ano (de R$ 81,8 bilhões). O crédito, embora ainda em elevada expansão, na margem indica desaceleração e a taxa de câmbio, este ano, está mais valorizada que no ano passado. Essa conjunção de fatores, para o governo, começou a fazer efeitos.A inflação, sazonalmente, é maior no último e no primeiro trimestres do ano. Isso está nas considerações do governo. Não há, no horizonte, riscos de se repetir, este ano, os sete meses (outubro de 2010 a abril de 2011) de taxas elevadas, de 0,77% na média. Nesse período houve um exacerbado aumento dos preços das commodities que, espera-se, não se reproduzirá, a não ser que a crise externa leve os investidores a buscarem proteção nas commodities.
BC prevê deterioração na Europa e aperto pode ter chegado ao fim Com a moderação do nível de atividade econômica já em curso e a expectativa de uma piora acentuada do cenário internacional, sobretudo na Europa, o Banco Central considera a hipótese de o aumento da taxa Selic de julho ter sido a última rodada do ciclo de aperto monetário. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, sinalizou essa possibilidade.A desaceleração do crescimento "está encomendada" e se mostrará nítida entre julho e setembro, garantiu uma alta fonte oficial. Na avaliação do governo, o segundo trimestre ainda teve um desempenho forte, mas ligeiramente abaixo de 1%. No terceiro trimestre, a taxa de crescimento já deverá cair para algo mais próximo de 0,5% e a queda será ainda mais forte no último trimestre, devendo o ano encerrar com um crescimento de 4% do PIB. As coletas de inflação "estão vindo bem", disse a fonte, e o IPCA acumulado em doze meses ainda cresce em agosto, mas deve ceder a partir de setembro.A avaliação do governo é que o comportamento da inflação está obedecendo ao cenário traçado pelo Banco Central no início do ano, quando anunciou que a convergência da inflação para o centro da meta de 4,5% só ocorreria em 2012. "Só não contávamos com uma deflação", comentou a fonte. O IGP-M de julho, divulgado ontem, teve deflação de 0,12%. Apesar de esperar uma piora acentuada da crise de dívida soberana na Europa, não é visível uma pressão deflacionária para o país. Sob esse aspecto, a crise, por enquanto, é neutra. "Mas diante da quantidade de riscos envolvidos, pode deixar de ser", comentou um ministro.Embora o pacote de socorro à Grécia e a criação de mecanismos que evitem o contágio para economias maiores, como Espanha e Itália, anunciado na semana passada, seja um bom indício, o fato é que ele é uma mera carta de intenção. Chamou a atenção das autoridades econômicas do país o parágrafo sexto do comunicado de Bruxelas, que deixa claro que as condições excepcionais colocadas no texto valem só para a Grécia.Em 16 meses o Copom aumentou os juros em 3,75 pontos percentuais e de janeiro a junho o governo federal produziu superávit primário de R$ 55,5 bilhões - o equivalente a 68% da meta fixada para o ano (de R$ 81,8 bilhões). O crédito, embora ainda em elevada expansão, na margem indica desaceleração e a taxa de câmbio, este ano, está mais valorizada que no ano passado. Essa conjunção de fatores, para o governo, começou a fazer efeitos.A inflação, sazonalmente, é maior no último e no primeiro trimestres do ano. Isso está nas considerações do governo. Não há, no horizonte, riscos de se repetir, este ano, os sete meses (outubro de 2010 a abril de 2011) de taxas elevadas, de 0,77% na média. Nesse período houve um exacerbado aumento dos preços das commodities que, espera-se, não se reproduzirá, a não ser que a crise externa leve os investidores a buscarem proteção nas commodities. Com a moderação do nível de atividade econômica já em curso e a expectativa de uma piora acentuada do cenário internacional, sobretudo na Europa, o Banco Central considera a hipótese de o aumento da taxa Selic de julho ter sido a última rodada do ciclo de aperto monetário. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, sinalizou essa possibilidade.A desaceleração do crescimento "está encomendada" e se mostrará nítida entre julho e setembro, garantiu uma alta fonte oficial. Na avaliação do governo, o segundo trimestre ainda teve um desempenho forte, mas ligeiramente abaixo de 1%. No terceiro trimestre, a taxa de crescimento já deverá cair para algo mais próximo de 0,5% e a queda será ainda mais forte no último trimestre, devendo o ano encerrar com um crescimento de 4% do PIB. As coletas de inflação "estão vindo bem", disse a fonte, e o IPCA acumulado em doze meses ainda cresce em agosto, mas deve ceder a partir de setembro.A avaliação do governo é que o comportamento da inflação está obedecendo ao cenário traçado pelo Banco Central no início do ano, quando anunciou que a convergência da inflação para o centro da meta de 4,5% só ocorreria em 2012. "Só não contávamos com uma deflação", comentou a fonte. O IGP-M de julho, divulgado ontem, teve deflação de 0,12%. Apesar de esperar uma piora acentuada da crise de dívida soberana na Europa, não é visível uma pressão deflacionária para o país. Sob esse aspecto, a crise, por enquanto, é neutra. "Mas diante da quantidade de riscos envolvidos, pode deixar de ser", comentou um ministro.Embora o pacote de socorro à Grécia e a criação de mecanismos que evitem o contágio para economias maiores, como Espanha e Itália, anunciado na semana passada, seja um bom indício, o fato é que ele é uma mera carta de intenção. Chamou a atenção das autoridades econômicas do país o parágrafo sexto do comunicado de Bruxelas, que deixa claro que as condições excepcionais colocadas no texto valem só para a Grécia.Em 16 meses o Copom aumentou os juros em 3,75 pontos percentuais e de janeiro a junho o governo federal produziu superávit primário de R$ 55,5 bilhões - o equivalente a 68% da meta fixada para o ano (de R$ 81,8 bilhões). O crédito, embora ainda em elevada expansão, na margem indica desaceleração e a taxa de câmbio, este ano, está mais valorizada que no ano passado. Essa conjunção de fatores, para o governo, começou a fazer efeitos.A inflação, sazonalmente, é maior no último e no primeiro trimestres do ano. Isso está nas considerações do governo. Não há, no horizonte, riscos de se repetir, este ano, os sete meses (outubro de 2010 a abril de 2011) de taxas elevadas, de 0,77% na média. Nesse período houve um exacerbado aumento dos preços das commodities que, espera-se, não se reproduzirá, a não ser que a crise externa leve os investidores a buscarem proteção nas commodities.
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