Impasse da dívida americana inibe bolsas globais
O impasse do teto de endividamento dos Estados Unidos deu o tom negativo dos mercados ontem, e os principais índices, com exceção do Nasdaq, fecharam em baixa. O otimismo com uma possível solução para o debate entre democratas e republicanos, que ajudou alguns índices europeus a subirem no começo do dia, foi perdendo espaço para visões mais céticas, de que o debate deve ser prolongado, influenciando pregões dos Estados Unidos.Os investidores americanos não acreditavam que a votação do plano dos republicanos na Câmara dos Deputados, marcada para depois do pregão, pudesse solucionar a discussão do endividamento. Os republicanos acabaram adiando o voto, mas o Senado, controlado pelos democratas, já deu sinais de que não aprovará o plano proposto pelos Deputados."O plano será rejeitado ao ser encaminhado para o Senado. Essa parece ser a razão para a força das vendas de papéis", disse Quincy Krosby, estrategista de mercado na Prudential Financial.O índice Standard & Poors 500 recuou 0,3%, para 1.300,67 pontos, na quarta sessão consecutiva de perdas. A perda acumulada na semana é de 3,3%. O Dow Jones recuou 0,51% aos 12.240 pontos. O Nasdaq subiu 0,05%, para 2.766 pontos.A Green Mountain, empresa importante do setor de café, foi o maior ganho do Nasdaq, contribuindo para a leve alta do índice. Depois de apresentar um aumento de 18% nas vendas terceiro trimestre, as ações da companhia subiram 16,4%.Entre as quedas, os papéis da Exxon, maior companhia de petróleo negociada em bolsa, recuaram 2,2%. A companhia apresentou lucro abaixo do estimado por analistas. A disputa pelo teto de endividamento dos EUA aumentou a volatilidade dos mercados. Antes de cair com o temor de um calote americano, os índices começaram o dia com ganhos, causados pela divulgação de queda nos pedidos de auxílio desemprego e fortes dados de vendas no mercado imobiliário americano, um dia após o S&P 500 registrar sua maior queda em oito semanas.Na Europa, o principal índice de ações do continente fechou em alta, mas os índices regionais mostraram tendências contrárias. A esperança de solução para o impasse americano ofuscou resultados corporativos ruins.O índice FTSEurofirst 300 teve variação positiva de 0,06%, a 1.089 pontos, quebrando série negativa de três dias. Entre os índices regionais, o londrino Financial Times fechou em alta de 0,28%, a 5.873 pontos. Já o DAX, da Alemanha, e o CAC-40, da França, tiveram quedas de 0,86% e 0,57% respectivamente.Entre as empresas com resultados ruins esteve a BASF, do setor químico. As ações da empresa caíram 4,2%, pior desempenho dentro do mercado alemão.
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