POR SER DE LÁ
“Por ser de lá
Do sertão,
Lá do cerrado
Lá do interior, do mato,
Da caatinga, do roçado
Eu quase não saio,
Eu quase não tenho amigo
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado ““...
Assim dizem os poetas de como somos, caipiras, pessoas meio arredias.
Mas o que me deixa contrariado quando vejo pessoas que ficam a esperas das coisas acontecerem, sem mobilização alguma. Li um comentário, dizendo que, nós produtores não temos a mesma organização que os senhores daquele movimento.
A questão agrária esta e como sempre esteve a deriva. No ano que, vem teremos eleições e começa as movimentações a caça de votos. Agora o ministro da reforma agrária, propõe uma revisão no índice de produtividade tentando com certeza a se valorizar e garantir seus votos, e manda uma emenda dessas. Nós produtores, não podemos aceitar passiveis ,temos que nos mobilizar, estamos a cada ano melhorando a produtividade e com isso a quantidade de alimentos colocados à disposição dos cidadãos brasileiros.
A Constituição Federal define que a propriedade rural deve cumprir a função social (artigo 186), mas veda expressamente a desapropriação de propriedades produtivas para fins de reforma agrária (artigo 185) e com certeza a função social esta sendo cumprida.
Os Índices de Produtividades atuais se forem aplicados seriamente e principalmente aos que receberam terras com o dinheiro da sociedade e não do seu trabalho, fariam com que os assentados perdessem todos os títulos recebidos e teríamos de imediato, milhões de hectares a serem distribuídos ou redistribuídos e teríamos assim um aumento de produção no nosso país. A nossa contrariedade a uma agressão destas a propriedade privada e a um setor produtivo tem que se expressar de alguma forma, vamos senhores, diretores de associações, cooperativas e sindicatos, vamos por faixas em frente do Banco do Brasil, pelo Brasil todo, mostrando nossa força, e contrariedade a essa agressão, é inadmissível um governo deixar uma emenda de estas passarem, trazendo insegurança e com certeza violência para dentro do nosso ambiente de trabalho. Esse governo que aí esta, vindo de movimentos sindicais talvez ache bonito que alguém consiga alguma coisa na vida sem trabalho ou suor do rosto. Somos obrigados a fazer preservação permanente de no mínimo 20% em algumas regiões chega a 80% de nossas terras em favor da natureza da ecologia ou da humanidade, ou seja, já doamos parte do que nos pertence, até aí tudo bem, mas sermos ameaçados em nosso ambiente de trabalho por um movimento que não sabemos nem da onde vem seu dinheiro para sua organização, já é demais. Nestes momentos de crise precisamos é de apoio, credito pesquisas e não instabilidade e insegurança...
...“Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado”...
WAGNER PIMENTEL
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