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terça-feira, 7 de junho de 2011

Badalada, dupla é ídolo entre os analistas gráficos

Badalada, dupla é ídolo entre os analistas gráficos

A Leandro & Stormer tem uma escola em São Paulo e outra em Porto Alegre com
duas salas para 40 pessoas cada, por onde passam em média 200 alunos por mês.
Outros 200 fazem os cursos via internet, facilidade que começou a ser oferecida
em 2010. "Achávamos que o ensino à distância não ia dar certo, mas descobrimos
que o aproveitamento é até melhor que o do curso presencial", afirma Alexandre
Wolwacz, o Stormer.
Em nove anos, ele e o sócio Leandro Ruschel se orgulham de terem formado cerca
de 20 mil pessoas, dos quais metade se tornou investidor. "Mas nosso perfil é o
aplicador de curtíssimo prazo, o 'trader', que segue os gráficos, e não o
investidor de longo prazo, que estuda a empresa e quer ser sócio dela", deixa
claro Ruschel.
Os dois reconhecem que têm de enfrentar o preconceito de boa parte do mercado
com relação à análise gráfica. "Esse preconceito é justificado, pois até
recentemente a análise técnica ou gráfica sofria pela falta de uma abordagem
mais científica", afirma Stormer. "Eu sou médico e resolvi aplicar à análise
técnica os mesmos conceitos que aprendi na medicina, de observação empírica e
levantamento de dados estatísticos, para ver o que realmente funcionava", diz.
Para aprofundar esse trabalho, montaram uma equipe de nove estatísticos e
analistas que ajudam a estudar os modelos de investimento a serem adotados.
O resultado é que os dois são investidores bem-sucedidos, que passaram a ser
seguidos de perto por uma multidão de admiradores/especuladores. "Temos nossos
modelos para montar estratégias de investimento e incentivamos os alunos a
procurarem os seus", afirma Ruschel. Ele lembra que, apesar de todo preconceito
com a análise gráfica, muitos gestores de fundos os procuram para saber o que
eles acham do mercado. "Em 2008, na crise, choveram ligações de gestores
fundamentalistas perguntando qual seria o fundo do poço para o Ibovespa",
lembra Ruschel.
Mas o foco, desde o começo, foi educação, diz Stormer, lembrado que o site
começou em 2002 com os dois trocando experiências com outros investidores. Em
2003, já eram 10 mil cadastrados. "Vimos que as pessoas se sentiam inseguras em
operar e perdiam esse medo ao discutir e aprender com outras mais experientes."
A tietagem sobre os dois é tão grande que um dos 30 cursos que oferecem
consiste em passar três dias operando junto com eles, o dia todo, ao preço de
R$ 7 mil. "Temos cursos mais baratos, como o básico, de três horas, que custa
R$ 190, mas o carro-chefe é o de análise técnica para 'traders', que dura 16
horas e custa R$ 990", explica Ruschel. "Mostramos que também podemos perder,
mas que costumamos acertar mais do que errar", afirma, acrescentando que "quem
diz que só acerta é mentiroso".
XP e Leandro & Stormer têm muita história em comum. Ambas começaram em Porto
Alegre, quase na mesma época, chegando a ser vizinhas de prédio. "Sempre
conversamos e agora tivemos a oportunidade de fechar uma parceria", explica
Guilherme Benchimol, da XP. Os novos parceiros terão comissão nos negócios
feitos por seus clientes no home broker da XP e a corretora terá uma parcela
dos ganhos nos cursos dados pela dupla.

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