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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dívida de países desenvolvidos cresce 25% em três anos

Dívida de países desenvolvidos cresce 25% em três anos
A dívida pública em países desenvolvidos aumentou 25% em apenas três anos, no rastro da deterioração causada pela pior crise econômica e financeira dos últimos tempos, passando de 77% do PIB em 2007 para 104% no ano passado.Agora, o Deutsche Bank projeta dois cenários: em caso de gradual aperto fiscal, o estoque da dívida pública dos desenvolvidos subirá para 126% do PIB até 2020, o que já é preocupante. Mas se não houver mudanças nas políticas, a taxa vai superar os 150%, no que chama de "alarmante".Também no caso de crescimento econômico menor do que o previsto ou taxas de juros mais altas, o endividamento público poderá ser mais forte do que o projetado. No cenário otimista, com crescimento econômico elevado, finanças públicas mais sólidas, taxas de juros baixas, a dívida pública cairá muito gradualmente e ainda será equivalente a 100% do PIB, bem além do nível de antes da crise global iniciada em 2007.O banco alemão constata que as políticas fiscais se tornaram insustentáveis não apenas na periferia da Europa, mas em vários países com grandes economias. E para voltar a um nível de estabilização, é necessário forte apoio político, que parece faltar no momento.Enquanto a Irlanda, Portugal, Grécia e Espanha têm sido pressionados duramente pelos mercados a começar uma drástica consolidação fiscal, outros avançados como Estados Unidos e Japão continuam com políticas fiscais amplamente expansionistas, apesar do tamanho de suas dívidas.Nos Estados Unidos, as contas fiscais em 2010 registraram déficit de mais de 10%. O estoque da dívida passou de 62% em 2007 para 100% do PIB no final deste ano. E poderá pular para 134% até 2020 se as autoridades americanas não se entenderem sobre um programa de consolidação para os próximos anos, conforme o banco alemão.Apesar de estarem apertando os cintos, os periféricos da Europa vão continuar se endividando. No caso da Grécia, a dívida pública poderá pular para 174% do PIB e só então se estabilizar.A expectativa é de que o endividamento público diminuía ligeiramente na Alemanha, na Itália - atualmente sob ataque do mercado -, e em países como Suíça, Suécia, Dinamarca, Bélgica e AustráliaO cenário confirma uma enorme batalha futura por captação de recursos no mercado internacional, e provavelmente com o dinheiro custando ainda mais caro. Os desenvolvidos precisarão de trilhões de dólares do mercado. Os emergentes, que atualmente sofrem com o excessivo fluxo de capitais, poderão estar então em outra situação

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