Déficit comercial sobe e deve afetar PIB dos EUA
O déficit comercial dos EUA teve um forte aumento em maio, atingindo o seu maior nível em quase três anos. Os principais fatores que contribuíram para o resultado foram a alta do preço do petróleo, que ajudou a importação a quase bater o recorde histórico, e uma leve queda nas exportações.O dado deve fazer com que as projeções de crescimento do PIB americano para este ano sejam revistas para baixo.De acordo com relatório divulgado ontem pelo Departamento do Comércio americano, o déficit apresentou um aumento de 15% em relação a abril e atingiu US$ 50,2 bilhões, o mais alto nível desde outubro de 2008. As importações cresceram 2,6%, totalizando US$ 225,1 bilhões. Já as exportações somaram US$ 174,9 bilhões.Apesar do déficit maior do que o esperado, o nível elevado das exportações e a melhora nas compras de bens de capital mostram que a hesitante economia americana ainda dá sinais positivos."A melhor notícia, de uma perspectiva de crescimento futuro, é o crescimento anualizado de 36,1% nas importações de bens de capital em termos reais, o que corrobora as encomendas mais fortes de bens de capital no relatório de bens duráveis", disseram John Ryding e Conrad de Quadros, da RDQ Economics. "Se a economia estivesse verdadeiramente indo na direção de uma recaída, duvidamos que as empresas estariam aumentando os investimentos dessa maneira."Uma queda de 9,5% do dólar nos últimos 12 meses em relação a uma cesta de moedas dos maiores parceiros comerciais dos EUA deve manter em bom patamar as vendas a países como China e Brasil. "O cenário amplo é: as exportações continuarão a aumentar, enquanto as importações crescerão mais lentamente porque estamos ganhando algum alívio na conta do petróleo importado", disse Stuart Hoffman, economista-chefe do PNC Financial Services.Veja os dados no site www.census.gov
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