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terça-feira, 26 de julho de 2011

Analistas ainda esperam acordo e rejeitam calote

Analistas ainda esperam acordo e rejeitam calote
Apesar do impasse nos EUA, a maioria dos analistas e investidores no momento acredita que o país não recorrerá ao calote.O mercado de ações americano caiu, mas sem refletir percepção de pânico. O índice Dow Jones caiu 0,5% e o Standard & Poor's recuou 0,48%. O dólar e os juros dos títulos americanos também oscilaram pouco. "O que o mercado está dizendo é que, embora acredite que um acordo vá ser feito, ele irá esperar para ver como será este acordo para decidir se acha bom ou não", disse Ken Polcari, diretor-gerente da Icap Equities, em Nova York."Achamos que isso será resolvido", disse Rob Lutts, presidente da Cabot Money Management. "A questão é: resolvido do ponto de vista de solução de longo prazo ou será uma medida tapa-buraco?"Uma pesquisa com gestores de fundos feita este mês pelo Bank of America mostrou que a ameaça de calote nos títulos do Tesouro americano nem aparece na lista dos cinco maiores riscos. "O principal cenário da maioria dos investidores é que um acordo será fechado", disse Alessandro Bee, estrategista de renda fixa do Sarasin.Para John Silvia, economista-chefe do Wells Fargo, ainda que a Casa Branca e o Congresso não cheguem a um acordo até o dia 2 de agosto, o governo americano tem condições de evitar um default por pelo menos um mês. "O Federal Reserve [Fed, o BC dos EUA] e o Tesouro podem trabalhar juntos para gerar dinheiro suficiente pelos próximos dois ou três meses para evitar qualquer tipo de default automático na dívida do Tesouro", disse Silvia.Em relatório divulgado na semana passada, o Barclays Capital disse que receita tributária maior que a prevista pode dar liquidez ao Tesouro até o dia 10 de agosto. Mesmo que não aconteça um acordo em tempo suficiente, os investidores em títulos do governo dos EUA acreditam que provavelmente ainda receberão os pagamentos. "Nossa visão é de que os EUA entrarão em algum tipo de default técnico, mas dificilmente entrarão em default técnico em obrigações da dívida do governo. Provavelmente o default acontecerá em outros pagamentos governamentais, tais como para fornecedores de armamentos ou obrigações da previdência social", afirmou Percival Stanion, chefe de estratégia de ativos múltiplos no Baring Asset Management.

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