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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Onde sairá o aumento de produção necessário para atender o forte consumo ?

Onde sairá o aumento de produção necessário para atender o forte consumo ?

Os cafeicultores brasileiros estão animados com a qualidade dos primeiros cafés que chegam aos terreiros. A maturação foi uniforme e o clima corre bem. Os preços pagos pelos principais produtos agropecuários em 2010 e neste primeiro semestre de 2011 irrigaram de dinheiro o campo, dando tranqüilidade e tempo para negociarem a venda da nova safra de café. Na última terça-feira, dia 31, com o tema “Desafios para a nova década”, o CECAFÉ – Conselho de Exportadores de Café do Brasil realizou em São Paulo seu 4º Fórum & Coffee Dinner, com a presença maciça de operadores brasileiros e internacionais do mercado de café, que aproveitam a oportunidade para também observar de perto o início de colheita do maior produtor e exportador de café do mundo. As palestras e as conversas “de corredor” no decorrer do evento confirmam o bom momento por que vem passando a produção e consumo mundial de café. Não existem dúvidas sobre o fim dos estoques nos países produtores, bem como dos baixos estoques nos consumidores. O consumo mundial cresce próximo dos 2% ao ano e as campanhas para aumento de consumo nos países produtores estão surtindo efeito. Constata-se uma expansão acelerada do consumo no Vietnã, Índia, Indonésia e México, além da conhecida situação no Brasil, onde o mercado interno absorverá 40% da produção local na safra 2011/2012. A grande pergunta no evento foi de onde sairá o aumento de produção necessário para atender o crescimento do consumo dos próximos 10 anos. Com o feriado nos EUA e na Inglaterra, os pregões das bolsas de Nova Iorque e Londres não funcionaram na segunda-feira. Na terça, os trabalhos do 4º Fórum & Coffee Dinner levaram os principais operadores de mercado para São Paulo. Na quarta, uma forte baixa técnica nos contratos futuros de café na ICE em Nova Iorque impediu o bom andamento dos negócios. Assim, mesmo com as fortes altas de ontem(02/06) e hoje(03/06) na ICE, o mercado físico brasileiro praticamente não trabalhou esta semana. Os cafés de boa qualidade oferecidos no mercado tiveram ofertas de até 550 reais sem encontrar vendedor e os preços do conilon estão subindo em plena safra. Até o dia 31, os embarques de maio estavam em 1.950.439 sacas de café arábica, 307.105 sacas de café conillon, somando 2.257.544 sacas de café verde, mais 215.771 sacas de solúvel, contra 2.349.499 sacas no mesmo dia de abril. Até o dia 31, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 2.695.724 sacas, contra 2.521.622 sacas no mesmo dia do mês anterior. A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 27, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 3, subiu nos contratos para entrega em julho próximo, 725 pontos ou US$ 9,59 (R$ 15,10) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 27 a R$ 557,77/saca e hoje, dia 3, a R$ 563,78/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 970 pontos. Escritório Carvalhaes

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