Proposta de sustentação de preços do café CNA é semelhante à proposta apresentada por Silas Brasileiro
Proposta aprovada pela CNA é semelhante à proposta apresentada e divulgada por Silas Brasileiro em 23/02/2010
A Comissão de Café da CNA reuniu-se na tarde de ontem, dia 30/03/2010, a fim de discutir propostas para medidas de sustentação de preços para a safra de café que se aproxima. A reunião foi realizada na sede da entidade em Brasília, com a participação de dirigentes de Sindicatos, Cooperativas e do Conselho Nacional do Café.
O Presidente da Comissão, Sr. Breno Pereira de Mesquita, apresentou proposta de um seguro para estimular a concessão de crédito para operações de estocagem, semelhante a do Deputado Silas Brasileiro apresentada no informativo e divulgada em 23/02/2010, que segue anexo. Em síntese, a idéia é de reduzir o risco dos agentes financeiros nestas operações, a fim de alavancar um volume expressivo de recursos, e reduzir o impacto da entrada da próxima safra no mercado, assim fortalecer os preços recebidos pelos produtores.
Na proposta do representante da CNA, ele estipulou uma meta de 20 milhões de sacas a serem financiadas no programa, acrescentando ainda, um projeto de opções para 5 milhões de sacas. Os presentes aprovaram a idéia, que deverá ser encaminhada ao novo Ministro da Agricultura, que será empossado hoje, Dr. Wagner Rossi.
Para o Deputado Silas Brasileiro é oportuno à apresentação de propostas que sirvam para dar sustentação aos cafeicultores no momento em que se inicia a colheita da safra de café.
Brasília, 31 de março de 2010
SILAS BRASILEIRO
Deputado Federal
PROPOSTA DIVULGADA POR SILAS BRASILEIRO EM 23/02/2010
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PROGRAMA DE ESTÍMULO AO CRÉDITO PARA FORMAÇÃO DE ESTOQUES PRIVADOS DE CAFÉ
1) Considerações Iniciais:
Os preços do café brasileiro têm sofrido ao longo dos últimos anos forte depreciação em relação aos nossos principais concorrentes, com prejuízo para os nossos produtores.
Como motivo principal, está à estrutura do setor exportador nacional, diluído em mais de uma centena de agentes que comercializam os cafés de nossos produtores no mercado externo, em que 70% da demanda se concentra em sete grandes corporações, caracterizando um oligopsônio.
O processo de formação de preços na estrutura atual inicia-se pela venda dos exportadores aos agentes externos, que aplicam descontos (conhecidos como diferenciais) aos nossos cafés em relação aos cafés cotados na Bolsa de Nova York (contrato C). Quando os diferenciais são negociados com altos deságios, como ocorre atualmente, os preços recebidos pelos produtores ficam aviltados. Para mudar este processo é necessário criar condições para que haja um maior equilíbrio de forças neste mercado, com uma maior participação dos produtores no processo de formação de preços do café.
2) Situação Atual
Temos hoje uma situação inusitada. O Brasil encontra-se atualmente com baixíssimos estoques nas mãos do setor privado, estima-se no mercado que nosso estoque de passagem será de cerca de 4 milhões de sacas, um dos mais baixos registrados até hoje, entretanto os preços não reagem. A razão disso está na transferência de nossos estoques para os países consumidores.
É conhecido no mercado o fato de que o mesmo volume de estoques tem impacto diferente e até oposto, dependendo de estar nas mãos dos produtores ou consumidores. É o que ocorre atualmente, com a demanda concentrada em um pequeno número de corporações. Com grandes volumes de estoques, as indústrias internacionais colocam altos deságios em nossos cafés, com conseqüências desastrosas nos preços pagos aos produtores.
3) Instrumento proposto – Seguro contra queda abaixo dos Preços Mínimos vinculado a operações de financiamento de estocagem
A maneira mais eficaz de reequilibrar a relação de forças no mercado e desta forma, criar condições de negociação que valorizem mais nossos cafés, é deixar na origem os estoques. O problema que temos hoje, é que com os produtores descapitalizados, muitos deles não suportam reter o produto recebendo pela saca financiada 70 ou 80% do seu preço, o que os obriga a vender. Por outro lado, o agente financeiro não tem condições de financiar 100% do produto, devido à margem de segurança que eles necessitam operar por força de seus normativos. Além disso, o Funcafé não dispõe de recursos necessários para financiar um volume que viesse deixar os compradores em uma situação não tanto confortável como a atual.
O instrumento proposto é simples, ele consiste na criação de um seguro contra queda nos preços do produto financiado, de forma que os bancos ao fazer a concessão do financiamento teriam a certeza de que em caso de declínio nos preços em níveis abaixo dos preços mínimos, os produtores receberiam um ressarcimento de um valor que seria fixado, de forma que daria segurança ao Banco para emprestar, e ao mesmo tempo, condições financeiras para que produtores e outros agentes da cadeia como indústrias nacionais e exportadores, conseguissem fazer a operação, diminuindo a pressão de oferta que provoca os altos descontos. A fonte de recursos para o seguro seria o Funcafé, que tem na lei que o criou, amparo para esta ação.
Exemplificamos, somente para efeito de compreensão, visto que o atual preço de garantia precisa ser corrigido por estar abaixo do custo de produção:
Produtor A - Vai ao Banco e recebe no preço de hoje R$ 261,00 por saca de café financiado pelo prazo de 12 meses. Após 12 meses podem ocorrer 2 situações distintas:
1ª – Os preços se mantêm acima dos preços mínimos e ele paga o financiamento.
2ª – Os preços declinam em níveis abaixo do preço mínimo, o produtor vende o café e recebe o complemento que foi determinado no seguro.
Supondo que o valor do seguro fosse de até R$40,00 por saca e na situação 2 os preços caíssem para R$240,00, o produtor receberia R$21,00 para complementar o preço mínimo de garantia e pagar o banco.
4) Custo para o Governo
Se colocarmos como meta o financiamento de 10 milhões de sacas de café em toda a cadeia, e utilizando-se o valor exemplificado acima, seria necessário que o Governo realizasse uma alocação orçamentária no Funcafé de R$400 milhões, valor este que teria uma pequena possibilidade de efetivamente ser utilizado, dado ao fortíssimo impacto que o Programa forneceria ao mercado.
5) Efeitos no Mercado
Os seguintes efeitos podem ser esperados a partir da adoção deste instrumento:
- Uma maior oferta de crédito por parte dos agentes financeiros para estocagem do grão, inclusive de fontes de exigibilidade obrigatória, já que seria uma operação com baixíssimo nível de risco para os bancos.
- Maior facilidade dos produtores em acessar esta linha de crédito.
- Maior volume de sacas financiadas. Além dos produtores, todos os demais agentes da cadeia café poderiam acessar o instrumento e as linhas de crédito, de forma que a pressão da oferta seria minimizada.
- Maior harmonia na cadeia café, com redução dos conflitos. Diminuiria a disputa pelos recursos entre os diferentes agentes, uma vez que se espera um substancial aumento na oferta de crédito, bem como pelo fato de toda cadeia assumir uma mesma posição diante do mercado.
- Melhora nos preços pagos aos produtores, pela via da redução dos descontos aplicados contra nossos cafés. Significa que diferentemente de outras políticas que procuravam elevar os preços internos por medidas de impacto a todos os demais produtores mundiais e exerciam o chamado efeito “guarda chuva”, o instrumento proposto irá elevar os preços de nossos cafés sem beneficiar os nossos concorrentes.
- Melhoria na renda dos produtores, melhoria na economia dos mais de 1.700 municípios onde a cafeicultura se faz presente, aumento na oferta de empregos, redução da inadimplência nos financiamentos, eliminação da necessidade constante de renegociações de dívidas pela falta de renda.
A proposta que estamos apresentando foi fruto de discussão com diferentes agentes da cadeia café e profissionais do sistema financeiro, e foi elaborada a partir da percepção da necessidade de novas estratégias em razão da insuficiência dos resultados das políticas adotadas no último ano para fazer frente à crise enfrentada pelo setor produtivo.
Esperamos com esta contribuição, oferecer uma eficaz alternativa que possa corrigir o que consideramos ser distorções oriundas de um mercado em que a correlação de forças e de organização entre oferta (produtores) e demanda (indústrias internacionais) é profundamente e perversamente desigual.
Entendemos ainda ser necessária a adoção de outras medidas para a estruturação do setor, que vão desde o reajuste do preço mínimo “que é fundamental”, a continuidade dos programas de opções de venda, o aperfeiçoamento das estatísticas brasileiras, a agilização dos financiamentos de custeio e colheita dos produtores, a erradicação de lavouras improdutivas e o equacionamento do endividamento da cafeicultura, para que possamos no menor espaço de tempo possível, proporcionar melhores condições de remuneração a nossos cafeicultores e trabalhadores que sofrem com a situação atual.
Brasília, 23 de fevereiro de 2010
SILAS BRASILEIRO
Deputado Federal
quarta-feira, 31 de março de 2010
31/03 17:00 SAFRAS APONTA PRODUÇÃO 2010/11 EM 51,6 A 54,2 MI SCS - 1a SONDAGEM
31/03 17:00 SAFRAS APONTA PRODUÇÃO 2010/11 EM 51,6 A 54,2 MI SCS - 1a SONDAGEM
A safra brasileira de café 2010/11 deve ficar entre 51,6 a
54,2 milhões de sacas. É o que aponta a primeira sondagem de SAFRAS & Mercado
para a safra 2010/11 (colhida em 2010), realizada através de um levantamento
junto a produtores, agrônomos, técnicos, cooperativas e secretarias de
agricultura, exportadores e indústrias, entre outros órgãos das regiões
produtoras de café do Brasil. Já a produção 2009/10 foi ligeiramente revisada
para cima por SAFRAS de 42,5 milhões de sacas para 43,2 milhões de sacas.
Na comparação entre a safra 2010/11 e 2009/10, SAFRAS projeta, portanto,
uma elevação na produção de 19% a 25%. O número médio da safra 2010/11 (entre
estimativa mínima e máxima) ficou em 52,9 milhões de sacas, acima da safra
recorde de 2002/03, que fora de 52,5 milhões de sacas, segundo SAFRAS.
A produção total de arábica 2010/11 foi indicada em 39,05 a 41,05 milhões
de sacas, com aumento de 24% a 31% sobre 2009/10 (31,4 milhões de sacas). Já a
safra 2010/11 de conillon foi colocada em 12,55 a 13,15 milhões de sacas,
devendo ter incremento de 6% a 11% na comparação com 2009/10 (11,8 milhões de
sacas).
Veja abaixo o quadro completo com a primeira sondagem de SAFRAS & Mercado
para a safra brasileira de café 2010/11 e a revisão da safra 2009/10, além de
comparativo com safras anteriores:
--------------------------------------------------------------------------
CAFÉ BRASIL: PRIMEIRA SONDAGEM - SAFRA 2010/11
- em milhões de sacas de 60 quilos -
--------------------------------------------------------------------------
2010/11** 2009/10* 2008/09* 2007/08
Var % Var % Média (b)
(a1/b) (a1) (a2/b) (a2)
--------------------------------------------------------------------------
Minas Gerais 25 27,10 32 28,60 27,85 21,60 26,00 17,20
- Sul/Oeste 30 15,00 39 16,00 15,50 11,50 14,20 8,50
-Cerrado 36 5,30 41 5,50 5,40 3,90 5,00 3,10
-Zona da Mata 10 6,80 15 7,10 6,95 6,20 6,80 5,60
Espírito Santo 3 12,00 8 12,50 12,25 11,60 11,90 10,40
- arábica 12 2,90 15 3,00 2,95 2,60 2,80 2,10
- conillon 1 9,10 6 9,50 9,30 9,00 9,10 8,30
São Paulo 28 4,60 33 4,80 4,70 3,60 4,80 3,10
Paraná 31 2,10 38 2,20 2,15 1,60 2,60 1,90
Bahia 20 2,40 25 2,50 2,45 2,00 2,45 2,30
- arábica 20 1,80 23 1,85 1,83 1,50 1,80 1,60
-conillon 20 0,60 30 0,65 0,63 0,50 0,65 0,70
Rondônia 25 2,00 31 2,10 2,05 1,60 1,90 1,50
Outros 17 1,40 25 1,50 1,45 1,20 1,45 1,50
-arábica 10 0,55 20 0,60 0,58 0,50 0,65 0,60
-conillon 21 0,85 29 0,90 0,88 0,70 0,80 0,90
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ARÁBICA 24 39,05 31 41,05 40,05 31,40 38,65 26,50
CONILLON 6 12,55 11 13,15 12,85 11,80 12,45 11,40
TOTAL 19 51,60 25 54,20 52,90 43,20 51,10 37,90
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Fonte: Cooperativas; Produtores, Exportadores, Comerciantes, Armazenadores,
Secretarias de Agriculutras e Deral/PR
*Estimativas e **Projeções - Safras & Mercado
Elaboração: Safras e Mercado
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A safra brasileira de café 2010/11 deve ficar entre 51,6 a
54,2 milhões de sacas. É o que aponta a primeira sondagem de SAFRAS & Mercado
para a safra 2010/11 (colhida em 2010), realizada através de um levantamento
junto a produtores, agrônomos, técnicos, cooperativas e secretarias de
agricultura, exportadores e indústrias, entre outros órgãos das regiões
produtoras de café do Brasil. Já a produção 2009/10 foi ligeiramente revisada
para cima por SAFRAS de 42,5 milhões de sacas para 43,2 milhões de sacas.
Na comparação entre a safra 2010/11 e 2009/10, SAFRAS projeta, portanto,
uma elevação na produção de 19% a 25%. O número médio da safra 2010/11 (entre
estimativa mínima e máxima) ficou em 52,9 milhões de sacas, acima da safra
recorde de 2002/03, que fora de 52,5 milhões de sacas, segundo SAFRAS.
A produção total de arábica 2010/11 foi indicada em 39,05 a 41,05 milhões
de sacas, com aumento de 24% a 31% sobre 2009/10 (31,4 milhões de sacas). Já a
safra 2010/11 de conillon foi colocada em 12,55 a 13,15 milhões de sacas,
devendo ter incremento de 6% a 11% na comparação com 2009/10 (11,8 milhões de
sacas).
Veja abaixo o quadro completo com a primeira sondagem de SAFRAS & Mercado
para a safra brasileira de café 2010/11 e a revisão da safra 2009/10, além de
comparativo com safras anteriores:
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CAFÉ BRASIL: PRIMEIRA SONDAGEM - SAFRA 2010/11
- em milhões de sacas de 60 quilos -
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2010/11** 2009/10* 2008/09* 2007/08
Var % Var % Média (b)
(a1/b) (a1) (a2/b) (a2)
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Minas Gerais 25 27,10 32 28,60 27,85 21,60 26,00 17,20
- Sul/Oeste 30 15,00 39 16,00 15,50 11,50 14,20 8,50
-Cerrado 36 5,30 41 5,50 5,40 3,90 5,00 3,10
-Zona da Mata 10 6,80 15 7,10 6,95 6,20 6,80 5,60
Espírito Santo 3 12,00 8 12,50 12,25 11,60 11,90 10,40
- arábica 12 2,90 15 3,00 2,95 2,60 2,80 2,10
- conillon 1 9,10 6 9,50 9,30 9,00 9,10 8,30
São Paulo 28 4,60 33 4,80 4,70 3,60 4,80 3,10
Paraná 31 2,10 38 2,20 2,15 1,60 2,60 1,90
Bahia 20 2,40 25 2,50 2,45 2,00 2,45 2,30
- arábica 20 1,80 23 1,85 1,83 1,50 1,80 1,60
-conillon 20 0,60 30 0,65 0,63 0,50 0,65 0,70
Rondônia 25 2,00 31 2,10 2,05 1,60 1,90 1,50
Outros 17 1,40 25 1,50 1,45 1,20 1,45 1,50
-arábica 10 0,55 20 0,60 0,58 0,50 0,65 0,60
-conillon 21 0,85 29 0,90 0,88 0,70 0,80 0,90
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ARÁBICA 24 39,05 31 41,05 40,05 31,40 38,65 26,50
CONILLON 6 12,55 11 13,15 12,85 11,80 12,45 11,40
TOTAL 19 51,60 25 54,20 52,90 43,20 51,10 37,90
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Fonte: Cooperativas; Produtores, Exportadores, Comerciantes, Armazenadores,
Secretarias de Agriculutras e Deral/PR
*Estimativas e **Projeções - Safras & Mercado
Elaboração: Safras e Mercado
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domingo, 28 de março de 2010
CAFÉ: GESTÃO COM CONGESTÃO E INDIGESTÃO
CAFÉ: GESTÃO COM CONGESTÃO E INDIGESTÃO
Terça, 23 Março 2010 13:20 |
Estamos nos aproximando de mais uma colheita de café que deverá ser expressiva em volume, mas, depressiva economicamente aos cafeicultores. No entanto até o momento não vemos nenhuma sinalização com relação a um planejamento estratégico em prol dos cafeicultores. Todos os elos da cadeia estão na espera da colheita para provocarem mais uma sangria aos cafeicultores e uma verdadeira carnificina econômica como vem sendo a tônica dos últimos anos amparados pelo gestor público que é o Ministério da Agricultura através de seu secretário Sr. Manoel Vicente Bertoni.
Temos a previsão de safra 2010/2011, de 46 milhões de sacas, realizado pela CONAB, mas não temos os estoques das cooperativas e do comércio em geral. Portanto, não temos praticamente nada. Como podemos fazer um planejamento se nem sabemos da nossa disponibilidade? Quais são os reais estoques das cooperativas com relação à quantidade e qualidade? E do comércio em geral? Isso é uma tática dessa gestão da cafeicultura em manter os números e a real situação a sete chaves, pois quanto maior o desconhecimento dos cafeicultores facilita o conluio dos demais elos da cadeia. Isso amparado pelo Ministério da Agricultura através do Sr. Bertoni.
O Sr. Bertoni esteve (Des)representando a cafeicultura brasileira no simpósio internacional de café, na Guatemala, no mês de fevereiro passado e, teve a desfaçatez de afirmar que a cafeicultura brasileira praticamente não tem dificuldades e que tudo corre dentro da normalidade. Mas, ele esqueceu (?) de falar que o cafeicultor está sob uma servidão econômica vendendo seu café abaixo do custo de produção em benefício aos demais elos da cadeia e que o preço mínimo de R$ 261,69, estabelecido pelo Ministério da Agricultura, está abaixo do custo de produção com vendas predatórias e praticando dumping. Ele também omitiu que o Brasil vem conseguindo bater recordes de exportação com recordes de prejuízos aos cafeicultores. O Sr. Bertoni omitiu que, hoje, temos 50% de markte share (Participação de Mercado) na exportação mundial de arábica e que estamos vendendo praticamente por volta de 40% mais barato que nossos principais concorrentes mostrando a total falta de gestão pública e deixando vazar pelo ralo da incompetência, bilhões de reais que deveriam irrigar a economia do setor produtivo dando saúde econômica e deixaríamos as bengalas dos empréstimos do FUNCAFÉ e outros. A SINCAL pergunta - Qual a firma ou qualquer ramo de atividade comercial que detém 50% de participação de mercado vende seu produto com 40% de desconto? Parece brincadeira, mas na cafeicultura isso é verdadeiro. Portanto inacreditável, estupidez, ignorância e outros demais adjetivos de desqualificação que podemos pensar.
Com relação ao FUNCAFÉ, o Sr. Bertoni, omitiu que vem servindo para ancoragem de preço e estoques nas cooperativas e essas repassam para os exportadores ou exportam diretamente ou repassam para a ABIC e ABICS. Sendo assim, o FUNCAFÉ está á mercê do comércio de café em detrimento aos produtores, que são os possuidores legítimos do fundo, inclusive financiando as indústrias de torrefação, algumas multinacionais, tirando do produtor para financiar corporações multimilionárias na retórica do aumento do consumo interno. Pura balela da ABIC que empurra “goela abaixo” um café de péssima qualidade no pobre povo brasileiro que na composição média do nosso café torrado e moído temos por volta de 43% de robusta; 22% de PVA (Preto, Verde e Ardido) que deveria ser descartado como fonte de biodiesel ou orgânico para adubar as próprias lavouras de café; sobrando assim 35% para o arábica. Portanto, estamos bebendo um café que outros países, ajuizados, se indispõe em beber. No próprio PVA cabe uma análise mais criteriosa por parte dos órgãos fiscalizadores da saúde. Mas, isso é um outro tema.
Além do exposto inicialmente, com a proximidade da safra, não vemos nenhum movimento das nossas cooperativas para socorrer os cafeicultores, pois, sabemos que perante uma safra alta os preços tendem a cair mais ainda. Porque as cooperativas não brigam? Será que algumas estão apertadas precisando repor os estoques a preços baratos? Ou estão em conluio com os exportadores e ABIC/ABICS para continuar oferecendo cafés baratos visando markte-share (Participação de Mercado)? Será que algumas tem problema de caixa e precisam continuar pedalando? Não sabemos o real fato, mas a SINCAL está instruindo os cafeicultores a exigir o warrant e os recibos de depósitos dos cafés depositados, com isso as cooperativas não poderão vender e manipular o café da maneira que bem entender, pois, o desvio do café da forma original é crime, amparados por lei através do warrant e recibo de depósito. Ainda temos as opções de colocar os cafés em Armazéns Gerais e também pegar o warrant e recibo de depósito. Dentro dessa sistemática estaremos descentralizando das cooperativas que, hoje, deveriam nos tratar como mães, mas não passam de amargas madrastas. Como as cooperativas estão trabalhando a sete chaves nas informações, principalmente dos estoques, trazendo-nos dúvidas e aí, passaremos a criticar essas atuais sistemáticas. Queremos transparência e clareza nas ações das nossas cooperativas inclusive necessitamos que as mesmas passem a brigar realmente pelos cooperados. Além do que, os instrumentos como o PEPRO (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) instrumento muito importante aos cafeicultores, para a melhoria dos preços, foi detonado por algumas de nossas cooperativas inclusive com processos junto ao TCU (Tribunal de Conta da União) com alegação de deturpação do processo do PEPRO, inclusive não repassando a verba aos cooperados. Um absurdo. Perdemos um excelente instrumento para a correção dos preços por culpa proposital de algumas cooperativas. Esperamos que as opções de vendas não venham cair na mesma sistemática pois, até o momento as opções não estão fluindo convenientemente.
Com relação aos políticos, especialmente os deputados, não vemos nenhuma ação de luta em prol ao setor produtivo. O que estamos vendo é um verdadeiro anacronismo dos nossos deputados apoiando esse conluio através desse CDPC (Conselho Deliberativo de Política Cafeeira) a mais de uma década e sempre a mesma conversa eleitoreira e demagoga e, ainda fomos obrigados a conviver com verdadeiro desfiladeiro de notícias de acusações severíssimas contra alguns deputados numa demonstração de conluio com os demais elos da cadeia em detrimento aos cafeicultores. Esperamos uma reação rápida dos nossos deputados antes da entrada da safra para alcançarmos preços condizentes, mas, não poderemos suportar a inércia e na época das eleições nos assediarem no encalço dos votos dos cafeicultores.
Para a SINCAL “A legítima representante dos cafeicultores”, na cafeicultura não existe gestão, mas sim, congestão e indigestão.
SINCAL – O Cafeicultor é o Principal
Associação Nacional dos Sindicatos Rurais
das Regiões Produtoras de Café e Leite.
Terça, 23 Março 2010 13:20 |
Estamos nos aproximando de mais uma colheita de café que deverá ser expressiva em volume, mas, depressiva economicamente aos cafeicultores. No entanto até o momento não vemos nenhuma sinalização com relação a um planejamento estratégico em prol dos cafeicultores. Todos os elos da cadeia estão na espera da colheita para provocarem mais uma sangria aos cafeicultores e uma verdadeira carnificina econômica como vem sendo a tônica dos últimos anos amparados pelo gestor público que é o Ministério da Agricultura através de seu secretário Sr. Manoel Vicente Bertoni.
Temos a previsão de safra 2010/2011, de 46 milhões de sacas, realizado pela CONAB, mas não temos os estoques das cooperativas e do comércio em geral. Portanto, não temos praticamente nada. Como podemos fazer um planejamento se nem sabemos da nossa disponibilidade? Quais são os reais estoques das cooperativas com relação à quantidade e qualidade? E do comércio em geral? Isso é uma tática dessa gestão da cafeicultura em manter os números e a real situação a sete chaves, pois quanto maior o desconhecimento dos cafeicultores facilita o conluio dos demais elos da cadeia. Isso amparado pelo Ministério da Agricultura através do Sr. Bertoni.
O Sr. Bertoni esteve (Des)representando a cafeicultura brasileira no simpósio internacional de café, na Guatemala, no mês de fevereiro passado e, teve a desfaçatez de afirmar que a cafeicultura brasileira praticamente não tem dificuldades e que tudo corre dentro da normalidade. Mas, ele esqueceu (?) de falar que o cafeicultor está sob uma servidão econômica vendendo seu café abaixo do custo de produção em benefício aos demais elos da cadeia e que o preço mínimo de R$ 261,69, estabelecido pelo Ministério da Agricultura, está abaixo do custo de produção com vendas predatórias e praticando dumping. Ele também omitiu que o Brasil vem conseguindo bater recordes de exportação com recordes de prejuízos aos cafeicultores. O Sr. Bertoni omitiu que, hoje, temos 50% de markte share (Participação de Mercado) na exportação mundial de arábica e que estamos vendendo praticamente por volta de 40% mais barato que nossos principais concorrentes mostrando a total falta de gestão pública e deixando vazar pelo ralo da incompetência, bilhões de reais que deveriam irrigar a economia do setor produtivo dando saúde econômica e deixaríamos as bengalas dos empréstimos do FUNCAFÉ e outros. A SINCAL pergunta - Qual a firma ou qualquer ramo de atividade comercial que detém 50% de participação de mercado vende seu produto com 40% de desconto? Parece brincadeira, mas na cafeicultura isso é verdadeiro. Portanto inacreditável, estupidez, ignorância e outros demais adjetivos de desqualificação que podemos pensar.
Com relação ao FUNCAFÉ, o Sr. Bertoni, omitiu que vem servindo para ancoragem de preço e estoques nas cooperativas e essas repassam para os exportadores ou exportam diretamente ou repassam para a ABIC e ABICS. Sendo assim, o FUNCAFÉ está á mercê do comércio de café em detrimento aos produtores, que são os possuidores legítimos do fundo, inclusive financiando as indústrias de torrefação, algumas multinacionais, tirando do produtor para financiar corporações multimilionárias na retórica do aumento do consumo interno. Pura balela da ABIC que empurra “goela abaixo” um café de péssima qualidade no pobre povo brasileiro que na composição média do nosso café torrado e moído temos por volta de 43% de robusta; 22% de PVA (Preto, Verde e Ardido) que deveria ser descartado como fonte de biodiesel ou orgânico para adubar as próprias lavouras de café; sobrando assim 35% para o arábica. Portanto, estamos bebendo um café que outros países, ajuizados, se indispõe em beber. No próprio PVA cabe uma análise mais criteriosa por parte dos órgãos fiscalizadores da saúde. Mas, isso é um outro tema.
Além do exposto inicialmente, com a proximidade da safra, não vemos nenhum movimento das nossas cooperativas para socorrer os cafeicultores, pois, sabemos que perante uma safra alta os preços tendem a cair mais ainda. Porque as cooperativas não brigam? Será que algumas estão apertadas precisando repor os estoques a preços baratos? Ou estão em conluio com os exportadores e ABIC/ABICS para continuar oferecendo cafés baratos visando markte-share (Participação de Mercado)? Será que algumas tem problema de caixa e precisam continuar pedalando? Não sabemos o real fato, mas a SINCAL está instruindo os cafeicultores a exigir o warrant e os recibos de depósitos dos cafés depositados, com isso as cooperativas não poderão vender e manipular o café da maneira que bem entender, pois, o desvio do café da forma original é crime, amparados por lei através do warrant e recibo de depósito. Ainda temos as opções de colocar os cafés em Armazéns Gerais e também pegar o warrant e recibo de depósito. Dentro dessa sistemática estaremos descentralizando das cooperativas que, hoje, deveriam nos tratar como mães, mas não passam de amargas madrastas. Como as cooperativas estão trabalhando a sete chaves nas informações, principalmente dos estoques, trazendo-nos dúvidas e aí, passaremos a criticar essas atuais sistemáticas. Queremos transparência e clareza nas ações das nossas cooperativas inclusive necessitamos que as mesmas passem a brigar realmente pelos cooperados. Além do que, os instrumentos como o PEPRO (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) instrumento muito importante aos cafeicultores, para a melhoria dos preços, foi detonado por algumas de nossas cooperativas inclusive com processos junto ao TCU (Tribunal de Conta da União) com alegação de deturpação do processo do PEPRO, inclusive não repassando a verba aos cooperados. Um absurdo. Perdemos um excelente instrumento para a correção dos preços por culpa proposital de algumas cooperativas. Esperamos que as opções de vendas não venham cair na mesma sistemática pois, até o momento as opções não estão fluindo convenientemente.
Com relação aos políticos, especialmente os deputados, não vemos nenhuma ação de luta em prol ao setor produtivo. O que estamos vendo é um verdadeiro anacronismo dos nossos deputados apoiando esse conluio através desse CDPC (Conselho Deliberativo de Política Cafeeira) a mais de uma década e sempre a mesma conversa eleitoreira e demagoga e, ainda fomos obrigados a conviver com verdadeiro desfiladeiro de notícias de acusações severíssimas contra alguns deputados numa demonstração de conluio com os demais elos da cadeia em detrimento aos cafeicultores. Esperamos uma reação rápida dos nossos deputados antes da entrada da safra para alcançarmos preços condizentes, mas, não poderemos suportar a inércia e na época das eleições nos assediarem no encalço dos votos dos cafeicultores.
Para a SINCAL “A legítima representante dos cafeicultores”, na cafeicultura não existe gestão, mas sim, congestão e indigestão.
SINCAL – O Cafeicultor é o Principal
Associação Nacional dos Sindicatos Rurais
das Regiões Produtoras de Café e Leite.
Comercialização da safra nova no Cerrado Mineiro está em 30%
Comercialização da safra nova no Cerrado Mineiro está em 30%
Agência Safras
25/03/2010
Lessandro Carvalho
O ritmo dos negócios é lento para o café no cerrado mineiro, às vésperas da colheita da safra nova. Mas a estimativa é que cerca de 30% da safra 2010 da região já tenha sido negociada antecipadamente, via troca-troca por insumos, CPRs (Cédula de Produto Rural) e outras negociações para entrega futura. É o que indica o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis.
Quanto à safra 2009 remanescente, Francisco de Assis acredita que ainda resta de 5% a 10% da produção a negociar. Ele falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2010, que se realiza de 24 a 26 de março em Araguari, no cerrado mineiro.
Francisco de Assis acredita que as cotações no mercado brasileiro vão cair na entrada da safra, como tradicionalmente ocorre. Entretanto, o anúncio de R$ 2,1 bilhão para financiamentos da colheita, estocagem e custeio deverão dar fôlego para o produtor se capitalizar e assim o escoamento da oferta da safra nova não deve trazer tanta pressão sobre as cotações. \"Os preços vão ceder, mas vão ceder menos com as medidas de financiamento\", afirmou.
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Agência Safras
25/03/2010
Lessandro Carvalho
O ritmo dos negócios é lento para o café no cerrado mineiro, às vésperas da colheita da safra nova. Mas a estimativa é que cerca de 30% da safra 2010 da região já tenha sido negociada antecipadamente, via troca-troca por insumos, CPRs (Cédula de Produto Rural) e outras negociações para entrega futura. É o que indica o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis.
Quanto à safra 2009 remanescente, Francisco de Assis acredita que ainda resta de 5% a 10% da produção a negociar. Ele falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2010, que se realiza de 24 a 26 de março em Araguari, no cerrado mineiro.
Francisco de Assis acredita que as cotações no mercado brasileiro vão cair na entrada da safra, como tradicionalmente ocorre. Entretanto, o anúncio de R$ 2,1 bilhão para financiamentos da colheita, estocagem e custeio deverão dar fôlego para o produtor se capitalizar e assim o escoamento da oferta da safra nova não deve trazer tanta pressão sobre as cotações. \"Os preços vão ceder, mas vão ceder menos com as medidas de financiamento\", afirmou.
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Boletim semanal Carvalhaes
Boletim semanal Carvalhaes - Esta semana o mercado físico mostrou-se mais ativo para os cafés de boa qualidade
Boletim semanal - ano 77 - n° 12
Santos, sexta-feira, 26 de março de 2010
Escritório Carvalhaes
Esta semana o mercado físico mostrou-se mais ativo para os cafés de boa qualidade e médios, bastante procurados pelos compradores. Os claros e os de bebida mais fraca continuaram com fortes deságios.
A ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, divulgou, esta semana, a pesquisa “Tendência do Consumo de Café – 2009”. Realizada anualmente desde 2003, a pesquisa indica que o consumo brasileiro de café em 2009 foi de 18,4 milhões de sacas de 60 kgs. Para 2010, a ABIC projeta um crescimento de 5% ou 1 milhão de sacas. Segundo o trabalho, 97% dos entrevistados, homens e mulheres com mais de 15 anos de idade, declararam que haviam consumido café no dia da pesquisa e também no anterior, mesmo porcentual de 2008. O consumo cresce em todas as classes sociais, com destaque na classe C (4 a 10 salários mínimos). No período entre 2003 e 2009, a participação da classe C passou de 37 para 42%, crescendo também no consumo fora de casa, onde avançou de 14 para 48%.
Apesar dos bons números de nosso consumo interno, a ABIC alertou para o empobrecimento do setor, onde os preços subiram em média 35% em 15 anos, para um aumento, no período, da cesta básica de aproximadamente 300%. Segundo Nathan Herszkowicz, diretor executivo da ABIC, este quadro cria um ambiente favorável para uma aceleração no processo de fusões e aquisições no setor.
Foi divulgado esta semana na 15ª Fenicafé – Feira de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, que a irrigação na cafeicultura brasileira passou de 10 mil para 240 mil hectares em 12 anos. Ela representa 9% do parque cafeeiro e responde por 25% da produção nacional.
O MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou que o governo vai liberar em 2010, através do FUNCAFÉ – Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, R$ 2,1 bilhões para apoiar a cafeicultura. Segundo Lucas Tadeu Ferreira, diretor do Departamento de Café do MAPA, os recursos devem começar a ser liberados em abril.
A queda na produção da Colômbia, América Central, Vietnã e alguns países da África, não se deve apenas a fatores climáticos. O atual patamar de preços não estimula o investimento e impede a renovação de boa parte do parque cafeeiro desses produtores. O consumo mundial cresce a cada ano e não se enxerga de onde vai sair a produção para atender este aumento de demanda, que deve chegar a 20 milhões de sacas em 10 anos.
Até o dia 25, os embarques de março estavam em 1.547.125 sacas de café arábica, 17.003 sacas de café conillon, somando 1.564.128 sacas de café verde, e 177.014 sacas de solúvel, contra 2.104.611 sacas no mesmo dia do mês anterior. Até o dia 25, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 2.256.467 sacas, contra 2.467.156 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 19, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 26, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 335 pontos ou US$4,44 (R$8,13) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 19, a R$315,49 e hoje, dia 26, a R$328,68/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 115 pontos.
Boletim semanal - ano 77 - n° 12
Santos, sexta-feira, 26 de março de 2010
Escritório Carvalhaes
Esta semana o mercado físico mostrou-se mais ativo para os cafés de boa qualidade e médios, bastante procurados pelos compradores. Os claros e os de bebida mais fraca continuaram com fortes deságios.
A ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, divulgou, esta semana, a pesquisa “Tendência do Consumo de Café – 2009”. Realizada anualmente desde 2003, a pesquisa indica que o consumo brasileiro de café em 2009 foi de 18,4 milhões de sacas de 60 kgs. Para 2010, a ABIC projeta um crescimento de 5% ou 1 milhão de sacas. Segundo o trabalho, 97% dos entrevistados, homens e mulheres com mais de 15 anos de idade, declararam que haviam consumido café no dia da pesquisa e também no anterior, mesmo porcentual de 2008. O consumo cresce em todas as classes sociais, com destaque na classe C (4 a 10 salários mínimos). No período entre 2003 e 2009, a participação da classe C passou de 37 para 42%, crescendo também no consumo fora de casa, onde avançou de 14 para 48%.
Apesar dos bons números de nosso consumo interno, a ABIC alertou para o empobrecimento do setor, onde os preços subiram em média 35% em 15 anos, para um aumento, no período, da cesta básica de aproximadamente 300%. Segundo Nathan Herszkowicz, diretor executivo da ABIC, este quadro cria um ambiente favorável para uma aceleração no processo de fusões e aquisições no setor.
Foi divulgado esta semana na 15ª Fenicafé – Feira de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, que a irrigação na cafeicultura brasileira passou de 10 mil para 240 mil hectares em 12 anos. Ela representa 9% do parque cafeeiro e responde por 25% da produção nacional.
O MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou que o governo vai liberar em 2010, através do FUNCAFÉ – Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, R$ 2,1 bilhões para apoiar a cafeicultura. Segundo Lucas Tadeu Ferreira, diretor do Departamento de Café do MAPA, os recursos devem começar a ser liberados em abril.
A queda na produção da Colômbia, América Central, Vietnã e alguns países da África, não se deve apenas a fatores climáticos. O atual patamar de preços não estimula o investimento e impede a renovação de boa parte do parque cafeeiro desses produtores. O consumo mundial cresce a cada ano e não se enxerga de onde vai sair a produção para atender este aumento de demanda, que deve chegar a 20 milhões de sacas em 10 anos.
Até o dia 25, os embarques de março estavam em 1.547.125 sacas de café arábica, 17.003 sacas de café conillon, somando 1.564.128 sacas de café verde, e 177.014 sacas de solúvel, contra 2.104.611 sacas no mesmo dia do mês anterior. Até o dia 25, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 2.256.467 sacas, contra 2.467.156 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 19, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 26, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 335 pontos ou US$4,44 (R$8,13) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 19, a R$315,49 e hoje, dia 26, a R$328,68/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 115 pontos.
Stephanes apoia reivindicação do setor de café sobre drawback
Stephanes apoia reivindicação do setor de café sobre drawback
Agência Estado
São Paulo, 26 - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje que os baixos custos de mão de obra no Vietnã podem desestimular o investimento da indústria de café solúvel no Brasil, se nada for feito. Em reunião ontem, em Brasília, os representantes do setor voltaram a pedir ao governo a inclusão do produto na política de drawback, limitado a 20% do volume de café solúvel exportado por ano, o equivalente a 600 mil sacas.
\"Ou encontramos solução, ou a indústria de café solúvel vai ter que deixar o País em busca de custos menores de produção\", disse Stephanes em entrevista a jornalistas, após receber o título de sócio honorário da Sociedade Rural Brasileira (SRB), pelo trabalho desenvolvido à frente do ministério.
Ministério da Fazenda
Em referência às dificuldades para liberação, pelo Ministério da Fazenda, de recursos para apoio à comercialização de produtos agrícolas, Stephanes defendeu mais agilidade no processo de decisão. \"Existem opiniões divergentes. Está havendo uma demora porque muitos órgãos participam do debate\", disse. \"A agricultura tem ciclos - plantio, colheita e comercialização - e não pode esperar a burocracia pública\", acrescentou.
Por fim, o ministro defendeu a manutenção de preços mínimos para o milho, em função da enorme variedade de produtos derivados e do peso na alimentação de aves, suínos e gado confinado. \"Só há milho em estoque para 60 dias. Tem que haver a previsibilidade de que o agricultor continue plantando, no mínimo, a área atual.\"
Agência Estado
São Paulo, 26 - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje que os baixos custos de mão de obra no Vietnã podem desestimular o investimento da indústria de café solúvel no Brasil, se nada for feito. Em reunião ontem, em Brasília, os representantes do setor voltaram a pedir ao governo a inclusão do produto na política de drawback, limitado a 20% do volume de café solúvel exportado por ano, o equivalente a 600 mil sacas.
\"Ou encontramos solução, ou a indústria de café solúvel vai ter que deixar o País em busca de custos menores de produção\", disse Stephanes em entrevista a jornalistas, após receber o título de sócio honorário da Sociedade Rural Brasileira (SRB), pelo trabalho desenvolvido à frente do ministério.
Ministério da Fazenda
Em referência às dificuldades para liberação, pelo Ministério da Fazenda, de recursos para apoio à comercialização de produtos agrícolas, Stephanes defendeu mais agilidade no processo de decisão. \"Existem opiniões divergentes. Está havendo uma demora porque muitos órgãos participam do debate\", disse. \"A agricultura tem ciclos - plantio, colheita e comercialização - e não pode esperar a burocracia pública\", acrescentou.
Por fim, o ministro defendeu a manutenção de preços mínimos para o milho, em função da enorme variedade de produtos derivados e do peso na alimentação de aves, suínos e gado confinado. \"Só há milho em estoque para 60 dias. Tem que haver a previsibilidade de que o agricultor continue plantando, no mínimo, a área atual.\"
sábado, 27 de março de 2010
Quando pesa a balança
Quando pesa a balança
A semana novamente trabalhou dentro do intervalo que já esta estabelecida há quatro semanas entre 130.00 e 137.00 tendo alguns rompimentos abaixo de 130.00 chegando à mínima em 128.70 e na máxima que foi esta semana em 137.95.
O que pensar sobre este mercado?
A próxima semana já nos mostra algumas divergências entre set up de compra e set up de vendas com indicadores se divergindo entre si.
Para onde estas divergências ira nos remeter? A falta de mercadoria é disfarçadas com contratos futuros , se a velha lei da oferta e procura fosse levada ao pé da letra produtores hoje estariam no céu ,mas ainda estamos no purgatório com os preços praticados.
A bolsa de café em Nova Iorque que teoricamente deveria balizar o mercado, quando há falta de mercadoria , como agora, para nos pobres mortais e produtores, simplesmente não serve para nada, pois os negócios são concretizados há um patamar muito acima dela, os cafés lavados dos paises centrais, por exemplo, cafés finos, que são os cafés que tem os maiores números de negócios na bolsa, o contrato C, estão sendo vendidos a 66 cents de dólar por libra peso acima da cotação, se este ágio viesse para bolsa e para o mercado físico estaríamos vendendo café a 219.05 cents de dólar e não a 135.95 cents de dólar como foi o fechamento de sexta feira. O mercado estaria sem muita força acima de R$300,00 e não há R$270,00 que é o preço médio para café de qualidade no Brasil.
Então para que serve a bolsa para o produtor?
A bolsa no exato momento que estamos atravessando não serve mais para nada, porque os negócios estão feitos acima do valor dela mascarando a falta de café que o mundo atravessa por isso vem andando de lado por quatro semanas. Este instrumento que muitos julgam como perfeito por ser aberto não mostra a realidade da produção de café em nenhum lugar do mundo servindo apenas para que fundos alavanquem suas posições deixando alguns milionários e outros quebrados , a produção não pode ser paga por estes parâmetros temos custos que não são alavancados são pagos com trabalho e dedicação.Outro fator que chama a atenção é que não existe uma regulamentação para os cafés que estão certificados e depositados na bolsa , são cafés velhos, o que atrapalha as negociações um estoque que serve só de fachada como os antigos café do saudoso IBC, estes cafés deveriam ter um tempo limite de estocagem , que ao passar este período teriam que obrigatoriamente ser industrializado ou destruído dependendo do tempo de armazenagem.
A indústria com medo de receber cafés velhos que estão armazenados na bolsa fica de fora do mercado e faz contratos fora bolsa não servindo para hedge, para exportadores para que vender na bolsa se o mercado lhe paga melhor.
Como podem observar amigos produtores a briga por preço e mercado é muito mais complexa do que podem imaginar, fora as variações das economias que levam a bolsa para baixo, mas deixa deixar aqui registrado ,que quando a uma oferta de café folgada ,ou há algum problema desta economia globalizada ,podem ter certeza que esta baixa será repassada prontamente para os preços, e quando os senhores forem vender seu café ouvirão aquele discurso:
Não, hoje não posso pagar mais aquele preço, porque a bolsa caiu.
Para semana como temos divergências no rompimento da máxima da semana no mês de maio estará comprando contratos um recuo sem rompimento da mínima também entraremos comprados, aproveitando a falta de mercadoria, como existem divergências também poderemos estar trabalhando na ponta vendedora contrato de julho, o motivo o mesmo falta de mercadoria só que já estaremos trabalhando a safra nova onde não teremos mais falta.
Bons negócios a todos
A semana novamente trabalhou dentro do intervalo que já esta estabelecida há quatro semanas entre 130.00 e 137.00 tendo alguns rompimentos abaixo de 130.00 chegando à mínima em 128.70 e na máxima que foi esta semana em 137.95.
O que pensar sobre este mercado?
A próxima semana já nos mostra algumas divergências entre set up de compra e set up de vendas com indicadores se divergindo entre si.
Para onde estas divergências ira nos remeter? A falta de mercadoria é disfarçadas com contratos futuros , se a velha lei da oferta e procura fosse levada ao pé da letra produtores hoje estariam no céu ,mas ainda estamos no purgatório com os preços praticados.
A bolsa de café em Nova Iorque que teoricamente deveria balizar o mercado, quando há falta de mercadoria , como agora, para nos pobres mortais e produtores, simplesmente não serve para nada, pois os negócios são concretizados há um patamar muito acima dela, os cafés lavados dos paises centrais, por exemplo, cafés finos, que são os cafés que tem os maiores números de negócios na bolsa, o contrato C, estão sendo vendidos a 66 cents de dólar por libra peso acima da cotação, se este ágio viesse para bolsa e para o mercado físico estaríamos vendendo café a 219.05 cents de dólar e não a 135.95 cents de dólar como foi o fechamento de sexta feira. O mercado estaria sem muita força acima de R$300,00 e não há R$270,00 que é o preço médio para café de qualidade no Brasil.
Então para que serve a bolsa para o produtor?
A bolsa no exato momento que estamos atravessando não serve mais para nada, porque os negócios estão feitos acima do valor dela mascarando a falta de café que o mundo atravessa por isso vem andando de lado por quatro semanas. Este instrumento que muitos julgam como perfeito por ser aberto não mostra a realidade da produção de café em nenhum lugar do mundo servindo apenas para que fundos alavanquem suas posições deixando alguns milionários e outros quebrados , a produção não pode ser paga por estes parâmetros temos custos que não são alavancados são pagos com trabalho e dedicação.Outro fator que chama a atenção é que não existe uma regulamentação para os cafés que estão certificados e depositados na bolsa , são cafés velhos, o que atrapalha as negociações um estoque que serve só de fachada como os antigos café do saudoso IBC, estes cafés deveriam ter um tempo limite de estocagem , que ao passar este período teriam que obrigatoriamente ser industrializado ou destruído dependendo do tempo de armazenagem.
A indústria com medo de receber cafés velhos que estão armazenados na bolsa fica de fora do mercado e faz contratos fora bolsa não servindo para hedge, para exportadores para que vender na bolsa se o mercado lhe paga melhor.
Como podem observar amigos produtores a briga por preço e mercado é muito mais complexa do que podem imaginar, fora as variações das economias que levam a bolsa para baixo, mas deixa deixar aqui registrado ,que quando a uma oferta de café folgada ,ou há algum problema desta economia globalizada ,podem ter certeza que esta baixa será repassada prontamente para os preços, e quando os senhores forem vender seu café ouvirão aquele discurso:
Não, hoje não posso pagar mais aquele preço, porque a bolsa caiu.
Para semana como temos divergências no rompimento da máxima da semana no mês de maio estará comprando contratos um recuo sem rompimento da mínima também entraremos comprados, aproveitando a falta de mercadoria, como existem divergências também poderemos estar trabalhando na ponta vendedora contrato de julho, o motivo o mesmo falta de mercadoria só que já estaremos trabalhando a safra nova onde não teremos mais falta.
Bons negócios a todos
quinta-feira, 25 de março de 2010
Em 10 meses, Dulce Gusto vira líder em café espresso
Em 10 meses, Dulce Gusto vira líder em café espresso
A Nestlé decidiu antecipar a expansão da linha de café espresso Dulce Gusto em todo o País para antes do final do segundo semestre de 2010. Motivo: em menos de 10 meses desde seu lançamento, a Dulce Gusto, comercializada apenas em São Paulo e nos três Estados da região Sul, transformou-se num sucesso instantâneo de venda. De acordo com Lilian Miranda, diretora da unidade de negócios responsável pela linha, a Dolce Gusto já responde por 21% das vendas de café espresso no Brasil, estimadas em R$ 140 milhões no ano passado. Para Lilian, a aceitação do conceito pelos consumidores foi surpreendente. "Demos a eles a possibilidade de ter em casa o acesso a cafés diferenciados que até aqui só podiam beber , num restaurante ou numa cafeteria", afirma "Hoje, as pessoas chamam os amigos para degustar café espresso, assim como se costuma fazer com um bom vinho." Outros fatores positivos seriam o fácil manuseio da máquina de fazer espresso, e o seu custo, fixado em R$ 599.
A Nestlé decidiu antecipar a expansão da linha de café espresso Dulce Gusto em todo o País para antes do final do segundo semestre de 2010. Motivo: em menos de 10 meses desde seu lançamento, a Dulce Gusto, comercializada apenas em São Paulo e nos três Estados da região Sul, transformou-se num sucesso instantâneo de venda. De acordo com Lilian Miranda, diretora da unidade de negócios responsável pela linha, a Dolce Gusto já responde por 21% das vendas de café espresso no Brasil, estimadas em R$ 140 milhões no ano passado. Para Lilian, a aceitação do conceito pelos consumidores foi surpreendente. "Demos a eles a possibilidade de ter em casa o acesso a cafés diferenciados que até aqui só podiam beber , num restaurante ou numa cafeteria", afirma "Hoje, as pessoas chamam os amigos para degustar café espresso, assim como se costuma fazer com um bom vinho." Outros fatores positivos seriam o fácil manuseio da máquina de fazer espresso, e o seu custo, fixado em R$ 599.
Brasileiro se rende de vez ao cafezinho
25/03 06:32 Brasileiro se rende de vez ao cafezinho
Nunca tantos brasileiros beberam tanto café como em 2009. Pesquisa divulgada
pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) mostra que 97% da
população acima de 15 anos declara consumir café diariamente, número que
representa um crescimento de seis pontos percentuais ante 2003, quando a
pesquisa começou a ser realizada.
Com parcela maior da população consumindo, a demanda da indústria de café pela
matéria-prima bateu novo recorde, mesmo em um ano de crise financeira e
retração econômica. A necessidade doméstica de café em grão foi de 18,4 milhões
de sacas, 4% mais do que em 2008. Em doses de 50 mililitros, isso equivale a
331,2 bilhões de xícaras.
A indústria não teme uma estagnação do consumo pelo fato de quase todo
brasileiro acima de 15 anos declarar tomar café diariamente. A expectativa do
setor é de que ocorra em 2010 um aumento ainda superior na demanda doméstica,
da ordem de 5%. "E isso para ser conservador. O motor do aumento do consumo é a
qualidade e vamos ter que fazer a população beber mais café para continuarmos
crescendo", afirma Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic.
Para exemplificar o potencial do Brasil, Herszkowicz cita os EUA. Os americanos
são os maiores consumidores mundiais, com uma demanda doméstica de quase 22
milhões de sacas. Diferentemente do Brasil, onde quase todos consomem a bebida,
nos EUA, a penetração é de 57% da população, ou seja, o brasileiro teria espaço
para um consumo per capita ainda maior.
O aumento da renda da população no Brasil é um dos principais fatores para o
maior consumo de café em 2009. Conforme a pesquisa, as classes A e B
representaram juntas 27% do consumo e a classe C foi a grande responsável pelo
crescimento de 2009, concentrando uma fatia de 42% da demanda doméstica de
café. Em 2003, esse estrato já tinha a maior fatia do consumo, com 37%. Ainda
segundo a Abic, a classe D ficou com 31% do mercado doméstico de café.
As classes A e B têm as menores fatias da demanda total, mas são as que
consomem os cafés de maior valor agregado. Na categoria dos chamados cafés
especiais - que engloba expresso, gourmet, descafeinado, orgânico e de regiões
certificadas -, 27% dos consumidores da classe A disseram consumir esse tipo de
produto em 2009 ante um percentual de 19% em 2004. "Mesmo nas classes mais
baixas e apesar de percentuais pequenos conseguimos identificar um aumento do
consumo de cafés especiais", afirma Herszkowicz.
Uma mudança de hábito de consumo também foi confirmada na pesquisa. Cada vez
mais, o brasileiro toma café fora de casa, incentivado pelo crescimento das
cafeterias e e outros locais, como padarias, que passaram a oferecer produtos
diferenciados. A pesquisa mostra que em 2003 apenas 17% das pessoas diziam
consumir café fora de casa. Esse percentual subiu para 46% no ano passado.
Nunca tantos brasileiros beberam tanto café como em 2009. Pesquisa divulgada
pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) mostra que 97% da
população acima de 15 anos declara consumir café diariamente, número que
representa um crescimento de seis pontos percentuais ante 2003, quando a
pesquisa começou a ser realizada.
Com parcela maior da população consumindo, a demanda da indústria de café pela
matéria-prima bateu novo recorde, mesmo em um ano de crise financeira e
retração econômica. A necessidade doméstica de café em grão foi de 18,4 milhões
de sacas, 4% mais do que em 2008. Em doses de 50 mililitros, isso equivale a
331,2 bilhões de xícaras.
A indústria não teme uma estagnação do consumo pelo fato de quase todo
brasileiro acima de 15 anos declarar tomar café diariamente. A expectativa do
setor é de que ocorra em 2010 um aumento ainda superior na demanda doméstica,
da ordem de 5%. "E isso para ser conservador. O motor do aumento do consumo é a
qualidade e vamos ter que fazer a população beber mais café para continuarmos
crescendo", afirma Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic.
Para exemplificar o potencial do Brasil, Herszkowicz cita os EUA. Os americanos
são os maiores consumidores mundiais, com uma demanda doméstica de quase 22
milhões de sacas. Diferentemente do Brasil, onde quase todos consomem a bebida,
nos EUA, a penetração é de 57% da população, ou seja, o brasileiro teria espaço
para um consumo per capita ainda maior.
O aumento da renda da população no Brasil é um dos principais fatores para o
maior consumo de café em 2009. Conforme a pesquisa, as classes A e B
representaram juntas 27% do consumo e a classe C foi a grande responsável pelo
crescimento de 2009, concentrando uma fatia de 42% da demanda doméstica de
café. Em 2003, esse estrato já tinha a maior fatia do consumo, com 37%. Ainda
segundo a Abic, a classe D ficou com 31% do mercado doméstico de café.
As classes A e B têm as menores fatias da demanda total, mas são as que
consomem os cafés de maior valor agregado. Na categoria dos chamados cafés
especiais - que engloba expresso, gourmet, descafeinado, orgânico e de regiões
certificadas -, 27% dos consumidores da classe A disseram consumir esse tipo de
produto em 2009 ante um percentual de 19% em 2004. "Mesmo nas classes mais
baixas e apesar de percentuais pequenos conseguimos identificar um aumento do
consumo de cafés especiais", afirma Herszkowicz.
Uma mudança de hábito de consumo também foi confirmada na pesquisa. Cada vez
mais, o brasileiro toma café fora de casa, incentivado pelo crescimento das
cafeterias e e outros locais, como padarias, que passaram a oferecer produtos
diferenciados. A pesquisa mostra que em 2003 apenas 17% das pessoas diziam
consumir café fora de casa. Esse percentual subiu para 46% no ano passado.
terça-feira, 23 de março de 2010
Análise: Será que a safra vai aliviar, de novo, esse rombo?
Análise: Será que a safra vai aliviar, de novo, esse rombo?
Análise: Será que a safra vai aliviar, de novo, esse rombo?
O Estado de S. Paulo
23/03/10
Raquel Landim - O Estadao de S.Paulo
Análise:
A piora das contas externas prevista pelo Banco Central já estava nas contas do mercado financeiro. O BC reviu ontem sua estimativa para o déficit em transações correntes do País de US$ 40 bilhões para US$ 49 bilhões este ano. Há um mês, bancos e consultorias ouvidos pelo Boletim Focus já apontavam para déficit de US$ 50 bilhões. Para alguns analistas, a deterioração está só começando e vai piorar. O economista-chefe da RC Consultores, Fábio Silveira, projeta saldo negativo de US$ 52 bilhões. A previsão divulgada pelo Bradesco é de um déficit de US$ 55, 4 bilhões.
Mas essa visão não é tão unânime quanto parece. A estimativa da consultoria Tendências está muito abaixo do mercado, com US$ 35 bilhões. A LCA Consultores reduziu ontem sua projeção de déficit de US$ 53,3 bilhões para US$ 48,7 bilhões.
Ninguém dúvida que as contas externas brasileiras vão piorar este ano em relação a 2009. Mas a magnitude é alvo de questionamentos, inclusive no próprio governo, como mostrou a revisão do BC. Duas variáveis estão sendo observadas com lupa: as remessas de lucros e dividendos para o exterior e o resultado da balança comercial.
As filiais de multinacionais instaladas no Brasil devem aumentar significativamente suas remessas para as matrizes. O real valorizado e a economia local crescendo entre 5% e 6% em um mundo ainda em crise corroboram essa tendência. Em fevereiro, esse dado deu um susto no BC . Quando divulgou a prévia do mês, no dia 23, a autoridade monetária apontou que as remessas de lucros e dividendos estavam em US$ 385 milhões. Em apenas três dias (24,25 e 26 de fevereiro) foram enviados mais US$ 870 milhões.
Para a balança comercial, a média do mercado sinaliza saldo de US$ 10 bilhões, muito abaixo dos US$ 24 bilhões de 2009. O BC seguiu o mercado e reduziu sua estimativa de US$ 15 bilhões para US$ 10 bilhões. O principal argumento é a força das importações. Até a terceira semana, as compras externas brasileiras subiam 41,3% em março em relação a março de 2009. No acumulado de janeiro até agora, a alta é de 33,9%.
A dúvida está nas exportações. Alguns especialistas em comércio exterior começam a ver um prognóstico mais positivo para as vendas das commodities brasileiras e avaliam rever suas estimativas de saldo comercial. Fernando Ribeiro, economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio (Funcex), é um deles. Ele prevê um saldo de US$ 8 bilhões para a balança comercial, mas pode revisar para cima.
O economista está atento à colheita da soja, que vai muito bem. A Conab estima uma safra do grão de 67,6 milhões de toneladas, bem acima dos 57,8 milhões do ano passado.
Outra variável que pode mudar o jogo é o minério de ferro. A Vale está pedindo um reajuste de 80% para os chineses, muito acima dos 30% estimados no início ano. \"O mercado não está vendo esse excedente na exportação\", diz André Sacconato, da Tendências. Será que mais uma vez as commodities vão ajudar a salvar as contas externas?
O Estado de S. Paulo
23/03/10
Raquel Landim - O Estadao de S.Paulo
Análise:
A piora das contas externas prevista pelo Banco Central já estava nas contas do mercado financeiro. O BC reviu ontem sua estimativa para o déficit em transações correntes do País de US$ 40 bilhões para US$ 49 bilhões este ano. Há um mês, bancos e consultorias ouvidos pelo Boletim Focus já apontavam para déficit de US$ 50 bilhões. Para alguns analistas, a deterioração está só começando e vai piorar. O economista-chefe da RC Consultores, Fábio Silveira, projeta saldo negativo de US$ 52 bilhões. A previsão divulgada pelo Bradesco é de um déficit de US$ 55, 4 bilhões.
Mas essa visão não é tão unânime quanto parece. A estimativa da consultoria Tendências está muito abaixo do mercado, com US$ 35 bilhões. A LCA Consultores reduziu ontem sua projeção de déficit de US$ 53,3 bilhões para US$ 48,7 bilhões.
Ninguém dúvida que as contas externas brasileiras vão piorar este ano em relação a 2009. Mas a magnitude é alvo de questionamentos, inclusive no próprio governo, como mostrou a revisão do BC. Duas variáveis estão sendo observadas com lupa: as remessas de lucros e dividendos para o exterior e o resultado da balança comercial.
As filiais de multinacionais instaladas no Brasil devem aumentar significativamente suas remessas para as matrizes. O real valorizado e a economia local crescendo entre 5% e 6% em um mundo ainda em crise corroboram essa tendência. Em fevereiro, esse dado deu um susto no BC . Quando divulgou a prévia do mês, no dia 23, a autoridade monetária apontou que as remessas de lucros e dividendos estavam em US$ 385 milhões. Em apenas três dias (24,25 e 26 de fevereiro) foram enviados mais US$ 870 milhões.
Para a balança comercial, a média do mercado sinaliza saldo de US$ 10 bilhões, muito abaixo dos US$ 24 bilhões de 2009. O BC seguiu o mercado e reduziu sua estimativa de US$ 15 bilhões para US$ 10 bilhões. O principal argumento é a força das importações. Até a terceira semana, as compras externas brasileiras subiam 41,3% em março em relação a março de 2009. No acumulado de janeiro até agora, a alta é de 33,9%.
A dúvida está nas exportações. Alguns especialistas em comércio exterior começam a ver um prognóstico mais positivo para as vendas das commodities brasileiras e avaliam rever suas estimativas de saldo comercial. Fernando Ribeiro, economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio (Funcex), é um deles. Ele prevê um saldo de US$ 8 bilhões para a balança comercial, mas pode revisar para cima.
O economista está atento à colheita da soja, que vai muito bem. A Conab estima uma safra do grão de 67,6 milhões de toneladas, bem acima dos 57,8 milhões do ano passado.
Outra variável que pode mudar o jogo é o minério de ferro. A Vale está pedindo um reajuste de 80% para os chineses, muito acima dos 30% estimados no início ano. \"O mercado não está vendo esse excedente na exportação\", diz André Sacconato, da Tendências. Será que mais uma vez as commodities vão ajudar a salvar as contas externas?
Análise: Será que a safra vai aliviar, de novo, esse rombo?
O Estado de S. Paulo
23/03/10
Raquel Landim - O Estadao de S.Paulo
Análise:
A piora das contas externas prevista pelo Banco Central já estava nas contas do mercado financeiro. O BC reviu ontem sua estimativa para o déficit em transações correntes do País de US$ 40 bilhões para US$ 49 bilhões este ano. Há um mês, bancos e consultorias ouvidos pelo Boletim Focus já apontavam para déficit de US$ 50 bilhões. Para alguns analistas, a deterioração está só começando e vai piorar. O economista-chefe da RC Consultores, Fábio Silveira, projeta saldo negativo de US$ 52 bilhões. A previsão divulgada pelo Bradesco é de um déficit de US$ 55, 4 bilhões.
Mas essa visão não é tão unânime quanto parece. A estimativa da consultoria Tendências está muito abaixo do mercado, com US$ 35 bilhões. A LCA Consultores reduziu ontem sua projeção de déficit de US$ 53,3 bilhões para US$ 48,7 bilhões.
Ninguém dúvida que as contas externas brasileiras vão piorar este ano em relação a 2009. Mas a magnitude é alvo de questionamentos, inclusive no próprio governo, como mostrou a revisão do BC. Duas variáveis estão sendo observadas com lupa: as remessas de lucros e dividendos para o exterior e o resultado da balança comercial.
As filiais de multinacionais instaladas no Brasil devem aumentar significativamente suas remessas para as matrizes. O real valorizado e a economia local crescendo entre 5% e 6% em um mundo ainda em crise corroboram essa tendência. Em fevereiro, esse dado deu um susto no BC . Quando divulgou a prévia do mês, no dia 23, a autoridade monetária apontou que as remessas de lucros e dividendos estavam em US$ 385 milhões. Em apenas três dias (24,25 e 26 de fevereiro) foram enviados mais US$ 870 milhões.
Para a balança comercial, a média do mercado sinaliza saldo de US$ 10 bilhões, muito abaixo dos US$ 24 bilhões de 2009. O BC seguiu o mercado e reduziu sua estimativa de US$ 15 bilhões para US$ 10 bilhões. O principal argumento é a força das importações. Até a terceira semana, as compras externas brasileiras subiam 41,3% em março em relação a março de 2009. No acumulado de janeiro até agora, a alta é de 33,9%.
A dúvida está nas exportações. Alguns especialistas em comércio exterior começam a ver um prognóstico mais positivo para as vendas das commodities brasileiras e avaliam rever suas estimativas de saldo comercial. Fernando Ribeiro, economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio (Funcex), é um deles. Ele prevê um saldo de US$ 8 bilhões para a balança comercial, mas pode revisar para cima.
O economista está atento à colheita da soja, que vai muito bem. A Conab estima uma safra do grão de 67,6 milhões de toneladas, bem acima dos 57,8 milhões do ano passado.
Outra variável que pode mudar o jogo é o minério de ferro. A Vale está pedindo um reajuste de 80% para os chineses, muito acima dos 30% estimados no início ano. \"O mercado não está vendo esse excedente na exportação\", diz André Sacconato, da Tendências. Será que mais uma vez as commodities vão ajudar a salvar as contas externas?
O Estado de S. Paulo
23/03/10
Raquel Landim - O Estadao de S.Paulo
Análise:
A piora das contas externas prevista pelo Banco Central já estava nas contas do mercado financeiro. O BC reviu ontem sua estimativa para o déficit em transações correntes do País de US$ 40 bilhões para US$ 49 bilhões este ano. Há um mês, bancos e consultorias ouvidos pelo Boletim Focus já apontavam para déficit de US$ 50 bilhões. Para alguns analistas, a deterioração está só começando e vai piorar. O economista-chefe da RC Consultores, Fábio Silveira, projeta saldo negativo de US$ 52 bilhões. A previsão divulgada pelo Bradesco é de um déficit de US$ 55, 4 bilhões.
Mas essa visão não é tão unânime quanto parece. A estimativa da consultoria Tendências está muito abaixo do mercado, com US$ 35 bilhões. A LCA Consultores reduziu ontem sua projeção de déficit de US$ 53,3 bilhões para US$ 48,7 bilhões.
Ninguém dúvida que as contas externas brasileiras vão piorar este ano em relação a 2009. Mas a magnitude é alvo de questionamentos, inclusive no próprio governo, como mostrou a revisão do BC. Duas variáveis estão sendo observadas com lupa: as remessas de lucros e dividendos para o exterior e o resultado da balança comercial.
As filiais de multinacionais instaladas no Brasil devem aumentar significativamente suas remessas para as matrizes. O real valorizado e a economia local crescendo entre 5% e 6% em um mundo ainda em crise corroboram essa tendência. Em fevereiro, esse dado deu um susto no BC . Quando divulgou a prévia do mês, no dia 23, a autoridade monetária apontou que as remessas de lucros e dividendos estavam em US$ 385 milhões. Em apenas três dias (24,25 e 26 de fevereiro) foram enviados mais US$ 870 milhões.
Para a balança comercial, a média do mercado sinaliza saldo de US$ 10 bilhões, muito abaixo dos US$ 24 bilhões de 2009. O BC seguiu o mercado e reduziu sua estimativa de US$ 15 bilhões para US$ 10 bilhões. O principal argumento é a força das importações. Até a terceira semana, as compras externas brasileiras subiam 41,3% em março em relação a março de 2009. No acumulado de janeiro até agora, a alta é de 33,9%.
A dúvida está nas exportações. Alguns especialistas em comércio exterior começam a ver um prognóstico mais positivo para as vendas das commodities brasileiras e avaliam rever suas estimativas de saldo comercial. Fernando Ribeiro, economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio (Funcex), é um deles. Ele prevê um saldo de US$ 8 bilhões para a balança comercial, mas pode revisar para cima.
O economista está atento à colheita da soja, que vai muito bem. A Conab estima uma safra do grão de 67,6 milhões de toneladas, bem acima dos 57,8 milhões do ano passado.
Outra variável que pode mudar o jogo é o minério de ferro. A Vale está pedindo um reajuste de 80% para os chineses, muito acima dos 30% estimados no início ano. \"O mercado não está vendo esse excedente na exportação\", diz André Sacconato, da Tendências. Será que mais uma vez as commodities vão ajudar a salvar as contas externas?
sábado, 20 de março de 2010
Café uma indecisão do mercado.
Café uma indecisão do mercado.
O mercado do nosso café terminou a semana mostrando uma perfeita indecisão, retratado claramente no gráfico semanal onde tivemos uma valorização de 10 pontos durante a semana. O mercado continua trabalhando em congestão há sete semanas no intervalo de 130.00 onde ainda não encontrou forças para fechar abaixo e 137.00 onde também não encontrou forças para fechar acima.
A preocupação com a economia na zona do Euro em especial com a economia da Grécia, a demora da ajuda pedida pelo governo da Grécia, pode se contaminar e espalhar para outras economias da região que estão fragilizadas e ainda sentem o reflexo da crise começada no ano de 2.008.
Esta desconfiança fez que investidores buscassem novamente o dólar, o valorizando e alguns ativos voltaram a cair como petróleo café e algumas bolsas na Europa Ásia e Brasil no final de semana.
O mercado de café físico segue firme alavancado pela entre safra, por estoques baixos e a estrema falta de cafés finos.
A bolsa durante a semana teve dias de altas e dias de baixas mostrando uma total indecisão do mercado, ao mesmo tempo em que alguns acreditam em alta pela entre safra e falta de mercadoria e também começasse a especulação do inverno brasileiro, também começa a especulação pela entrada de um novo ciclo de produtividade alta no Brasil dentro destes dois cenários compradores e vendedores estão tomando suas decisões e travando suas batalhas.
Graficamente duas coisas esta me chamando a atenção, no gráfico diário o rompimento de LTB (linha de tendência de baixa) no dia em que tivemos a alta, no gráfico semanal o indicador que marca uma posição de sobre vendidos o que pode gerar um repique para que estas posições sejam realizadas ,pois se aproxima a mudança do primeiro mês da bolsa de maio para junho, posição onde muitos gostam de passar coberto por causa do inverno.A lateralização do mercado por sete semanas a fechamento das Bandas de Bolinger nos da entender que o mercado vai ter q tomar uma direção , se o mercado testar novamente a posição de 130.00 podemos ter uma elevação das cotações momentâneas testando também a casa do 137.00 um rompimento com velocidade e volume de uns dos dois lados vai dar a direção para os próximos pregões.
O rompimento para cima nos traz um conforto para posicionar no físico e também na bolsa vendas futuras. Portanto aproveitem as oportunidades , pois passam rápido.
Vamos ver a semana como se comporta.
Tenham todos uma boa semana e sucesso nos negócios
Que Deus abençoe a todos
Wagner Pimentel
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com
O mercado do nosso café terminou a semana mostrando uma perfeita indecisão, retratado claramente no gráfico semanal onde tivemos uma valorização de 10 pontos durante a semana. O mercado continua trabalhando em congestão há sete semanas no intervalo de 130.00 onde ainda não encontrou forças para fechar abaixo e 137.00 onde também não encontrou forças para fechar acima.
A preocupação com a economia na zona do Euro em especial com a economia da Grécia, a demora da ajuda pedida pelo governo da Grécia, pode se contaminar e espalhar para outras economias da região que estão fragilizadas e ainda sentem o reflexo da crise começada no ano de 2.008.
Esta desconfiança fez que investidores buscassem novamente o dólar, o valorizando e alguns ativos voltaram a cair como petróleo café e algumas bolsas na Europa Ásia e Brasil no final de semana.
O mercado de café físico segue firme alavancado pela entre safra, por estoques baixos e a estrema falta de cafés finos.
A bolsa durante a semana teve dias de altas e dias de baixas mostrando uma total indecisão do mercado, ao mesmo tempo em que alguns acreditam em alta pela entre safra e falta de mercadoria e também começasse a especulação do inverno brasileiro, também começa a especulação pela entrada de um novo ciclo de produtividade alta no Brasil dentro destes dois cenários compradores e vendedores estão tomando suas decisões e travando suas batalhas.
Graficamente duas coisas esta me chamando a atenção, no gráfico diário o rompimento de LTB (linha de tendência de baixa) no dia em que tivemos a alta, no gráfico semanal o indicador que marca uma posição de sobre vendidos o que pode gerar um repique para que estas posições sejam realizadas ,pois se aproxima a mudança do primeiro mês da bolsa de maio para junho, posição onde muitos gostam de passar coberto por causa do inverno.A lateralização do mercado por sete semanas a fechamento das Bandas de Bolinger nos da entender que o mercado vai ter q tomar uma direção , se o mercado testar novamente a posição de 130.00 podemos ter uma elevação das cotações momentâneas testando também a casa do 137.00 um rompimento com velocidade e volume de uns dos dois lados vai dar a direção para os próximos pregões.
O rompimento para cima nos traz um conforto para posicionar no físico e também na bolsa vendas futuras. Portanto aproveitem as oportunidades , pois passam rápido.
Vamos ver a semana como se comporta.
Tenham todos uma boa semana e sucesso nos negócios
Que Deus abençoe a todos
Wagner Pimentel
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com
quinta-feira, 18 de março de 2010
Falta ao Brasil estratégia para o agronegócio, diz Roberto Rodrigues
Falta ao Brasil estratégia para o agronegócio, diz Roberto Rodrigues
Agronegócio | 17/03/2010 | 18h23min
Ex-ministro da Agricultura afirmou que o setor precisa aumentar sua participação no próximo governo
Agência Estado
Gerson Freitas Jr.
O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues afirmou nesta quarta, dia 17, que falta ao Brasil uma política estratégica para o agronegócio e que o setor precisa aumentar sua participação no próximo governo.
— Não faltam políticas agrícolas para o país; falta coordenação — afirmou Rodrigues, que participou, em São Paulo, do fórum da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), que discutiu as demandas que o setor pretende apresentar para os candidatos ao Palácio do Planalto.
— O próximo presidente precisa entender que de nada adianta um excelente Ministério da Agricultura se não houver integração com outras pastas. A montagem institucional é prioridade para o setor — assegurou.
Na avaliação de Rodrigues, o agronegócio não tem voz em Ministérios e órgãos cujas decisões afetam diretamente o setor, como as pastas do Meio Ambiente e das Relações Exteriores.
— É incrível que o setor responsável por 30% do PIB não tenha representação no Banco Central e no conselho do BNDES — exemplificou.
Ele citou ainda o fato de nenhum representante da cadeia ter sido chamado para o Grupo de Acompanhamento da crise criado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início do ano passado.
Rodrigues admitiu, no entanto, que os diferentes elos do agronegócio têm dificuldade para definir uma pauta conjunta, o que acaba comprometendo sua representação junto ao governo.
— Falta profissionalismo na representação do agronegócio, o que nos obriga a ser sempre reativos e quase nunca propositivos — lamentou.
AGÊNCIA ESTADO
Agronegócio | 17/03/2010 | 18h23min
Ex-ministro da Agricultura afirmou que o setor precisa aumentar sua participação no próximo governo
Agência Estado
Gerson Freitas Jr.
O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues afirmou nesta quarta, dia 17, que falta ao Brasil uma política estratégica para o agronegócio e que o setor precisa aumentar sua participação no próximo governo.
— Não faltam políticas agrícolas para o país; falta coordenação — afirmou Rodrigues, que participou, em São Paulo, do fórum da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), que discutiu as demandas que o setor pretende apresentar para os candidatos ao Palácio do Planalto.
— O próximo presidente precisa entender que de nada adianta um excelente Ministério da Agricultura se não houver integração com outras pastas. A montagem institucional é prioridade para o setor — assegurou.
Na avaliação de Rodrigues, o agronegócio não tem voz em Ministérios e órgãos cujas decisões afetam diretamente o setor, como as pastas do Meio Ambiente e das Relações Exteriores.
— É incrível que o setor responsável por 30% do PIB não tenha representação no Banco Central e no conselho do BNDES — exemplificou.
Ele citou ainda o fato de nenhum representante da cadeia ter sido chamado para o Grupo de Acompanhamento da crise criado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início do ano passado.
Rodrigues admitiu, no entanto, que os diferentes elos do agronegócio têm dificuldade para definir uma pauta conjunta, o que acaba comprometendo sua representação junto ao governo.
— Falta profissionalismo na representação do agronegócio, o que nos obriga a ser sempre reativos e quase nunca propositivos — lamentou.
AGÊNCIA ESTADO
sábado, 13 de março de 2010
o mercado evoluiu dentro do esperado
A semana o mercado evoluiu dentro do esperado com um repique dos preços e fechando a semana com uma valorizaçao de 200 PONTOS frente ao fechamemto da semana passada a 132.40 cents de dolar por libra peso.
O dólar tambem como esperado e com um aporte de dolares na semana entrando na Bovespa, principalmente para a compra das ações da petrobras ,onde na terça feira passada ,compraram 2.2 bilhoes de reais em açoes da petro, empurrando ainda mais cotações do dólar para baixo.
O dolar comercial fechou a semana com desvalorização de 1.26% na semana fechando a 1.7650.
As bandas de bolinger se fecham o que mostra uma baixa volatilidade nas cotações do cafe para proxima semana ,o que deverá provocar uma correção lateral para os preços .
A tendencia de baixa continua para medio prazo quando teremos a entrada da safra brasileira e teremos players do lado produtor injetando produto novo no mercado.
Na sexta-feira uma realização de lucro do petroleo ajudou a segurar a valorizaçao do cafe e puxou o cafe para baixo do meio para o fim do pregão.
Para amigos produtores que ainda têm a mosca branca do momento, ou seja cafe de alta qualidade, esta na hora de pensar em sua realização , como já disse antes, aproveitar nestes repiques de preço, para depois não chorar o leite derramado e vender os cafés a preços abaixo das cotaçoes atuais e alimentar a estatísticas dos que pensam que produtor só vende cafe na baixa.
A semana começa ,com o set up do crv 3% dando entrada em um trade de venda ,o que aguardaremos a segunda feira ,no proximo pregao ,para determinarmos uma entrada e fazermos uma venda de contratos de cafe.
Tenham todos um bom fim de semana uma boa semana de negocios e que Deus abençoe a todos.
P.S:Acertar o topo é estatiscamente dificil portanto vejam o preço que lhes sirvam e realizem os negócios.
wagner pimentel
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com
O dólar tambem como esperado e com um aporte de dolares na semana entrando na Bovespa, principalmente para a compra das ações da petrobras ,onde na terça feira passada ,compraram 2.2 bilhoes de reais em açoes da petro, empurrando ainda mais cotações do dólar para baixo.
O dolar comercial fechou a semana com desvalorização de 1.26% na semana fechando a 1.7650.
As bandas de bolinger se fecham o que mostra uma baixa volatilidade nas cotações do cafe para proxima semana ,o que deverá provocar uma correção lateral para os preços .
A tendencia de baixa continua para medio prazo quando teremos a entrada da safra brasileira e teremos players do lado produtor injetando produto novo no mercado.
Na sexta-feira uma realização de lucro do petroleo ajudou a segurar a valorizaçao do cafe e puxou o cafe para baixo do meio para o fim do pregão.
Para amigos produtores que ainda têm a mosca branca do momento, ou seja cafe de alta qualidade, esta na hora de pensar em sua realização , como já disse antes, aproveitar nestes repiques de preço, para depois não chorar o leite derramado e vender os cafés a preços abaixo das cotaçoes atuais e alimentar a estatísticas dos que pensam que produtor só vende cafe na baixa.
A semana começa ,com o set up do crv 3% dando entrada em um trade de venda ,o que aguardaremos a segunda feira ,no proximo pregao ,para determinarmos uma entrada e fazermos uma venda de contratos de cafe.
Tenham todos um bom fim de semana uma boa semana de negocios e que Deus abençoe a todos.
P.S:Acertar o topo é estatiscamente dificil portanto vejam o preço que lhes sirvam e realizem os negócios.
wagner pimentel
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quinta-feira, 11 de março de 2010
Oito milhões de votos
Oito milhões de votos
A safra 2009/2010 esta chegando ao seu final e se aproxima a safra 2010/2011.
Temos estimativas de todo jeito tamanho e gosto, temos estimativas entre 46 milhões e 60 milhões de sacas de café, portanto uma discrepância enorme onde as estratégias para os produtores são totalmente diferentes, estratégias essa de comercialização da safra, pois se colhermos 46 milhões de sacas com os contratos que já estão vendido e que irão se firmar o aperto de mercadoria continuara e não teremos queda no preço durante a safra, mas se colhermos 60 milhões de sacas as estratégias terão que ser outra com certeza.
Uma grande forma de segurar o preço de café continua sendo na forma de opção, que apesar da ultima ter tido alguns contra tempo, para quem conseguiu exercer a opção fez um belo preço pelo seu café.
A próxima safra que chega e ainda não temos nada para poder gerenciar o volume de café ofertado durante colheita, o governo ainda não mostrou nada para nossa próxima safra.
Em um cenário onde temos uma super crise na economia mundial onde quem pode mais chora menos, e em um cenário de produção de 60 milhões de sacas o que vamos fazer com o nosso café.
Será que vamos novamente ter que escoar nossa safra para fazer girar nossa colheita?
Será que nem em um ano de eleição presidencial teremos apoio?
A nossa representatividade com oito milhões de trabalhadores, ou oito milhões de votos não vamos ter apoio?
O produtor de café tem que entender que ele não vai ser bem sucedido se não tiver uma representatividade no governo, temos que ter apoio do governo, não podemos vender nosso café a qualquer preço, e sem um governo do nosso lado, não temos a menor chance perante este mercado, que é regido pela bolsa ICE de Nova Iorque, que movimenta 10 safras brasileiras por ano em seus pregoes, ou seja, 600 milhões de sacas.
O sucesso do produtor moderno não esta só em produtividade, passa pelo mercado futuro em bolsa e financiamento da mercadoria principalmente na hora da colheita.
A cobrança de uma atitude do governo, mostrando nossa força com nossos oito milhões de votos, para uma comercialização melhor para nossa mercadoria o mínimo que temos que fazer.
Vamos cobrar nossos direitos do estatuto da terra que temos o direito de 30% de lucro no mínimo em nossa produção.
Temos o direito de ter lucro!
Wagner Pimentel
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com
A safra 2009/2010 esta chegando ao seu final e se aproxima a safra 2010/2011.
Temos estimativas de todo jeito tamanho e gosto, temos estimativas entre 46 milhões e 60 milhões de sacas de café, portanto uma discrepância enorme onde as estratégias para os produtores são totalmente diferentes, estratégias essa de comercialização da safra, pois se colhermos 46 milhões de sacas com os contratos que já estão vendido e que irão se firmar o aperto de mercadoria continuara e não teremos queda no preço durante a safra, mas se colhermos 60 milhões de sacas as estratégias terão que ser outra com certeza.
Uma grande forma de segurar o preço de café continua sendo na forma de opção, que apesar da ultima ter tido alguns contra tempo, para quem conseguiu exercer a opção fez um belo preço pelo seu café.
A próxima safra que chega e ainda não temos nada para poder gerenciar o volume de café ofertado durante colheita, o governo ainda não mostrou nada para nossa próxima safra.
Em um cenário onde temos uma super crise na economia mundial onde quem pode mais chora menos, e em um cenário de produção de 60 milhões de sacas o que vamos fazer com o nosso café.
Será que vamos novamente ter que escoar nossa safra para fazer girar nossa colheita?
Será que nem em um ano de eleição presidencial teremos apoio?
A nossa representatividade com oito milhões de trabalhadores, ou oito milhões de votos não vamos ter apoio?
O produtor de café tem que entender que ele não vai ser bem sucedido se não tiver uma representatividade no governo, temos que ter apoio do governo, não podemos vender nosso café a qualquer preço, e sem um governo do nosso lado, não temos a menor chance perante este mercado, que é regido pela bolsa ICE de Nova Iorque, que movimenta 10 safras brasileiras por ano em seus pregoes, ou seja, 600 milhões de sacas.
O sucesso do produtor moderno não esta só em produtividade, passa pelo mercado futuro em bolsa e financiamento da mercadoria principalmente na hora da colheita.
A cobrança de uma atitude do governo, mostrando nossa força com nossos oito milhões de votos, para uma comercialização melhor para nossa mercadoria o mínimo que temos que fazer.
Vamos cobrar nossos direitos do estatuto da terra que temos o direito de 30% de lucro no mínimo em nossa produção.
Temos o direito de ter lucro!
Wagner Pimentel
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com
quarta-feira, 10 de março de 2010
Agrotóxicos: 800 mil litros interditados na fábrica da Basf
Agrotóxicos: 800 mil litros interditados na fábrica da Basf
9 de março de 2010
Mais de 800 mil litros de agrotóxicos interditados. Esse é o resultado da fiscalização realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na última sexta-feira (5), na fábrica da empresa Basf, em Guaratinguetá (SP). Entre os produtos interditados está o agrotóxico Opera, produto mais vendido pela empresa.
Durante os três dias em que os ficais da Anvisa estiveram na indústria, foram encontradas inúmeras irregularidades, como uso de componentes e produtos técnicos (ingredientes utilizados na formulação de agrotóxicos) com prazo de validade vencidos e sem data de fabricação ou validade. A empresa alemã também não conseguiu comprovar o controle de qualidade e nem a rastreabilidade das pré-misturas dos componentes utilizados para a formulação dos agrotóxicos.
“Verificamos que a data de fabricação das pré-misturas, utilizadas na elaboração do produto acabado, eram mais recentes que as do produto final”, afirma o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares. Além disso, os fiscais da Agência identificaram que cada lote de agrotóxico possuía mais de dois mil litros de substâncias desconhecidas que não podiam ser identificadas e nem rastreadas.
Os dados do sistema da Basf também não conferiam com os da linha de produção. “Agrotóxicos são produtos com alto risco para saúde e meio ambiente, por isso problemas na produção desses produtos aumentam significativamente as chances do desenvolvimento de diversos agravos a saúde, como câncer e toxicidade reprodutiva em trabalhadores rurais e consumidores”, explica Álvares.
O diretor da Anvisa destacou, ainda, as dificuldades que os técnicos passaram durante a fiscalização na Basf. “Com os nossos fiscais dentro da fábrica, as luzes foram apagadas, máquinas paradas e os responsáveis se negaram a assinar alguns documentos”, finaliza.
A operação contou com o apoio da Polícia Federal de Cruzeiro e com a Vigilância Sanitária do Município de Guaratinguetá.
Interdição
A interdição é válida por 90 dias, prazo em que os produtos não poderão ser comercializados. O fabricante terá cinco dias úteis para apresentar a contraprova.
As infrações encontradas podem ser penalizadas com a aplicação de multas de até R$1,5 milhão e com o cancelamento dos informes de avaliação toxicológica dos agrotóxicos em que foram identificadas as irregularidades.
Caso haja a verificação de crime ou de outras irregularidades, além das administrativas, os procedimentos são encaminhados para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal.
Assessoria de Imprensa / Anvisa
9 de março de 2010
Mais de 800 mil litros de agrotóxicos interditados. Esse é o resultado da fiscalização realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na última sexta-feira (5), na fábrica da empresa Basf, em Guaratinguetá (SP). Entre os produtos interditados está o agrotóxico Opera, produto mais vendido pela empresa.
Durante os três dias em que os ficais da Anvisa estiveram na indústria, foram encontradas inúmeras irregularidades, como uso de componentes e produtos técnicos (ingredientes utilizados na formulação de agrotóxicos) com prazo de validade vencidos e sem data de fabricação ou validade. A empresa alemã também não conseguiu comprovar o controle de qualidade e nem a rastreabilidade das pré-misturas dos componentes utilizados para a formulação dos agrotóxicos.
“Verificamos que a data de fabricação das pré-misturas, utilizadas na elaboração do produto acabado, eram mais recentes que as do produto final”, afirma o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares. Além disso, os fiscais da Agência identificaram que cada lote de agrotóxico possuía mais de dois mil litros de substâncias desconhecidas que não podiam ser identificadas e nem rastreadas.
Os dados do sistema da Basf também não conferiam com os da linha de produção. “Agrotóxicos são produtos com alto risco para saúde e meio ambiente, por isso problemas na produção desses produtos aumentam significativamente as chances do desenvolvimento de diversos agravos a saúde, como câncer e toxicidade reprodutiva em trabalhadores rurais e consumidores”, explica Álvares.
O diretor da Anvisa destacou, ainda, as dificuldades que os técnicos passaram durante a fiscalização na Basf. “Com os nossos fiscais dentro da fábrica, as luzes foram apagadas, máquinas paradas e os responsáveis se negaram a assinar alguns documentos”, finaliza.
A operação contou com o apoio da Polícia Federal de Cruzeiro e com a Vigilância Sanitária do Município de Guaratinguetá.
Interdição
A interdição é válida por 90 dias, prazo em que os produtos não poderão ser comercializados. O fabricante terá cinco dias úteis para apresentar a contraprova.
As infrações encontradas podem ser penalizadas com a aplicação de multas de até R$1,5 milhão e com o cancelamento dos informes de avaliação toxicológica dos agrotóxicos em que foram identificadas as irregularidades.
Caso haja a verificação de crime ou de outras irregularidades, além das administrativas, os procedimentos são encaminhados para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal.
Assessoria de Imprensa / Anvisa
quarta-feira, 3 de março de 2010
Países produtores insatisfeitos com preços
Conferência Mundial
Países produtores insatisfeitos com preços
Na manhã de sábado, 27 de fevereiro, teve início a primeira rodada de palestras da Conferência Mundial do Café da Organização Internacional do Café (OIC), na Guatemala.
Entre os palestrantes da sessão da manhã, que contou com intervenções de representantes de países africanos, Brasil, Vietnã, Colômbia e de nações da América Central, ficou claro o clamor de que o preço do café tem que subir para viabilizar a cafeicultura mundial.
O representante dos países africanos responsabilizou a queda da produção de café em seu continente pelo enfraquecimento ou o desaparecimento de instituições reguladoras.
Os dois palestrantes do Vietnã frisaram que o segundo maior país produtor do mundo está com sua cafeicultura estagnada, possuindo uma expressiva área de plantio com cafeeiros envelhecidos. O Vietnã apresentou, inclusive, um projeto de transformação de seu disperso esquema de atuação institucional para um novo arranjo integrado e centralizado.
Já o representante da América Central listou os problemas de produção de cada país e ressaltou que as indicações de incremento da demanda mundial por cafés lavados, nos próximos anos, só poderá ser atendida via estimulo de preço, já que a presente remuneração ao produtor de café não será capaz de viabilizar o aumento de produção.
A intervenção do gerente geral da Federação dos Cafeicultores da Colômbia foi francamente defensiva quanto à explicação da quebra do volume produzido por seu país. Do regime inadequado de chuvas, ataques de ferrugem e broca, aumentos dos custos de produção, o único ponto dinâmico apresentado pelo dirigente colombiano foi a chamada preferência dos consumidores mundiais por cafés lavados, o que, na sua avaliação, os altos diferenciais de preço do último ano demonstram.
O gerente da Federação foi eloqüente quanto à fidelidade do consumidor mundial ao café colombiano e na apresentação da tendência de aumento da demanda mundial por estes cafés nos próximos anos.
A intervenção do Brasil foi bem feita, apresentando o desempenho da produção e das exportações do país nos últimos anos em comparação com o período em que o mercado mundial era regido pelo sistema de cláusulas econômicas da OIC.
Manoel Bertone, secretário de Produção e Agroenergia do MAPA, conclamou os demais países do mundo a organizarem arranjos institucionais como o que o Brasil conta, fazendo referência ao Funcafé, ao CDPC e à EMBRAPA.
Bertone lançou no ar o desafio dos países produtores conseguirem aumentar o preço do café sem gerar aumentos de produção, o que poderia levar o mundo a se ver em novo ciclo de desequilíbrio entre oferta e demanda.
O representante brasileiro não desenvolveu, contudo, o quadro de crise porque passa o produtor brasileiro de café e acabou sua intervenção dando apoio irrestrito à OIC.
Como conclusão da primeira rodada de palestras da Conferência Mundial do Café, podemos ressaltar que o conjunto dos países produtores não está satisfeito com os atuais preços do produto, mesmo aqueles que vêm comercializando o café com elevados prêmios, uma vez que renda a global destes países é prejudicada por menor volume de produção, o que implica em custos unitários de produção por saca mais elevados.
Ainda é cedo para uma avaliação do resultado desta Conferência, mas a continuar a linha de palestras que assistimos até aqui, todos os presentes estão de acordo que a cafeicultura mundial não pode mais funcionar com os presentes patamares de preço, porém ninguém se atreve a buscar uma ação coletiva pela valorização do café ao nível do produtor com a conseqüente diminuição das margens operacionais dos demais agentes da cadeia ou pela elevação do preço ao nível do consumidor.
É evidente que os consumidores ou importadores não vão ceder de mão beijada, portanto somente uma forte articulação dos produtores de café é que poderá levar o desafio à agenda internacional.
Até lá, certamente ainda teremos muitas palestra tocando a sustentabilidade via elevação de produtividade, redução de custos de colheita, certificação e aumento do consumo mundial, particularmente em países produtores.
Atenciosamente,
Francisco Ourique1
Consultor Técnico
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1Francisco Ourique está na Cidade da Guatemala (GUA) representando o Conselho Nacional do Café (CNC) na Conferência Mundial da OIC.
Países produtores insatisfeitos com preços
Na manhã de sábado, 27 de fevereiro, teve início a primeira rodada de palestras da Conferência Mundial do Café da Organização Internacional do Café (OIC), na Guatemala.
Entre os palestrantes da sessão da manhã, que contou com intervenções de representantes de países africanos, Brasil, Vietnã, Colômbia e de nações da América Central, ficou claro o clamor de que o preço do café tem que subir para viabilizar a cafeicultura mundial.
O representante dos países africanos responsabilizou a queda da produção de café em seu continente pelo enfraquecimento ou o desaparecimento de instituições reguladoras.
Os dois palestrantes do Vietnã frisaram que o segundo maior país produtor do mundo está com sua cafeicultura estagnada, possuindo uma expressiva área de plantio com cafeeiros envelhecidos. O Vietnã apresentou, inclusive, um projeto de transformação de seu disperso esquema de atuação institucional para um novo arranjo integrado e centralizado.
Já o representante da América Central listou os problemas de produção de cada país e ressaltou que as indicações de incremento da demanda mundial por cafés lavados, nos próximos anos, só poderá ser atendida via estimulo de preço, já que a presente remuneração ao produtor de café não será capaz de viabilizar o aumento de produção.
A intervenção do gerente geral da Federação dos Cafeicultores da Colômbia foi francamente defensiva quanto à explicação da quebra do volume produzido por seu país. Do regime inadequado de chuvas, ataques de ferrugem e broca, aumentos dos custos de produção, o único ponto dinâmico apresentado pelo dirigente colombiano foi a chamada preferência dos consumidores mundiais por cafés lavados, o que, na sua avaliação, os altos diferenciais de preço do último ano demonstram.
O gerente da Federação foi eloqüente quanto à fidelidade do consumidor mundial ao café colombiano e na apresentação da tendência de aumento da demanda mundial por estes cafés nos próximos anos.
A intervenção do Brasil foi bem feita, apresentando o desempenho da produção e das exportações do país nos últimos anos em comparação com o período em que o mercado mundial era regido pelo sistema de cláusulas econômicas da OIC.
Manoel Bertone, secretário de Produção e Agroenergia do MAPA, conclamou os demais países do mundo a organizarem arranjos institucionais como o que o Brasil conta, fazendo referência ao Funcafé, ao CDPC e à EMBRAPA.
Bertone lançou no ar o desafio dos países produtores conseguirem aumentar o preço do café sem gerar aumentos de produção, o que poderia levar o mundo a se ver em novo ciclo de desequilíbrio entre oferta e demanda.
O representante brasileiro não desenvolveu, contudo, o quadro de crise porque passa o produtor brasileiro de café e acabou sua intervenção dando apoio irrestrito à OIC.
Como conclusão da primeira rodada de palestras da Conferência Mundial do Café, podemos ressaltar que o conjunto dos países produtores não está satisfeito com os atuais preços do produto, mesmo aqueles que vêm comercializando o café com elevados prêmios, uma vez que renda a global destes países é prejudicada por menor volume de produção, o que implica em custos unitários de produção por saca mais elevados.
Ainda é cedo para uma avaliação do resultado desta Conferência, mas a continuar a linha de palestras que assistimos até aqui, todos os presentes estão de acordo que a cafeicultura mundial não pode mais funcionar com os presentes patamares de preço, porém ninguém se atreve a buscar uma ação coletiva pela valorização do café ao nível do produtor com a conseqüente diminuição das margens operacionais dos demais agentes da cadeia ou pela elevação do preço ao nível do consumidor.
É evidente que os consumidores ou importadores não vão ceder de mão beijada, portanto somente uma forte articulação dos produtores de café é que poderá levar o desafio à agenda internacional.
Até lá, certamente ainda teremos muitas palestra tocando a sustentabilidade via elevação de produtividade, redução de custos de colheita, certificação e aumento do consumo mundial, particularmente em países produtores.
Atenciosamente,
Francisco Ourique1
Consultor Técnico
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1Francisco Ourique está na Cidade da Guatemala (GUA) representando o Conselho Nacional do Café (CNC) na Conferência Mundial da OIC.
Osório defende entrada em vigor do novo Acordo Internacional
O diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Nestor Osório, defendeu a entrada de vigência do novo acordo internacional durante o seu discurso de abertura da Conferência Mundial do Café, que ocorreu no último fim de semana na cidade da Guatemala.
Osório pediu urgência para que os países que ainda não depositaram seus instrumentos de ratificação, aceitação ou aprovação do novo acordo, especialmente os exportadores, intensifiquem o processo, possibilitando a entrada em vigor do novo acordo.
O Acordo Internacional do Café foi estabelecido em setembro de 2007, porém ele passará a vigorar definitivamente apenas depois que mais países participantes da OIC ratifiquem a proposta. Até agora, apenas cerca de 50% dos países exportadores assinaram o acordo, necessitando-se um mínimo de 66,6% destes países para que ele possa entrar em vigor. Isto não ocorrendo, a vigência do acordo em vigor, assinado em 2001, continua sendo prorrogada até que o bloco de países exportadores atinja os dois terços de ratificação necessários, já que a grande maioria dos países importadores já depositou seus instrumentos de ratificação, aceitação ou aprovação do novo acordo.
O novo acordo internacional foi um dos principais assuntos tratados na Conferência, que foi divida em quatro sessões: A Sustentabilidade econômica: A economia da produção; Sustentabilidade econômica: A economia da demanda; Sustentabilidade ambiental; e Sustentabilidade social.
O gerente geral, Aymbiré Fonseca e a gerente adjunta técnica, Mirian Eira, participaram da Conferência Mundial do Café representando a Embrapa Café e os interesses do Consórcio Pesquisa Café.
Osório pediu urgência para que os países que ainda não depositaram seus instrumentos de ratificação, aceitação ou aprovação do novo acordo, especialmente os exportadores, intensifiquem o processo, possibilitando a entrada em vigor do novo acordo.
O Acordo Internacional do Café foi estabelecido em setembro de 2007, porém ele passará a vigorar definitivamente apenas depois que mais países participantes da OIC ratifiquem a proposta. Até agora, apenas cerca de 50% dos países exportadores assinaram o acordo, necessitando-se um mínimo de 66,6% destes países para que ele possa entrar em vigor. Isto não ocorrendo, a vigência do acordo em vigor, assinado em 2001, continua sendo prorrogada até que o bloco de países exportadores atinja os dois terços de ratificação necessários, já que a grande maioria dos países importadores já depositou seus instrumentos de ratificação, aceitação ou aprovação do novo acordo.
O novo acordo internacional foi um dos principais assuntos tratados na Conferência, que foi divida em quatro sessões: A Sustentabilidade econômica: A economia da produção; Sustentabilidade econômica: A economia da demanda; Sustentabilidade ambiental; e Sustentabilidade social.
O gerente geral, Aymbiré Fonseca e a gerente adjunta técnica, Mirian Eira, participaram da Conferência Mundial do Café representando a Embrapa Café e os interesses do Consórcio Pesquisa Café.
terça-feira, 2 de março de 2010
Turbulência financeira golpeia commodities
Turbulência financeira golpeia commodities
Valor Econômico
01/03/10
Futuros: Entre as principais agrícolas, só o algodão, em NY, fechou fevereiro com preço médio superior ao de janeiro
Fernando Lopes, de São Paulo
Os preços internacionais das principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior não resistiram aos movimentos financeiros derivados da turbulência em países da Europa, sobretudo a Grécia, e voltaram a perder sustentação em fevereiro.
Cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) transacionados nas bolsas de Chicago e Nova York mostram que, dos oito produtos que fazem parte do levantamento, apenas o algodão apresentou valorização em relação à média de janeiro. Os demais, mesmo aqueles com fundamentos de oferta e demanda considerados "altistas", registraram variações negativas.
Com os resultados, fecharam o primeiro bimestre com ganhos em relação à média de dezembro de 2009 apenas o açúcar (6,42%) e o suco de laranja (6,02%). Na comparação com as médias de fevereiro do ano passado, sete das commodities do levantamento (açúcar, café, cacau, suco, algodão, soja e milho) ainda aparecem com cotações médias mensais mais elevadas. Só o trigo cai.
Exceção em fevereiro, o algodão, negociado em Nova York, encerrou o mês com cotação média 2,80% superior à de janeiro, segundo o Valor Data. A alta foi construída entre os dias 8 e 23, quando os investidores retomaram posições após baixas anteriores consideráveis. Também colaboraram para o salto as recentes boas compras do produto americano pela China. Apesar da valorização, o produto ainda acumula queda de 0,22% em 2010. Nos últimos doze meses, contudo, o ganho chega a 61%.
Das commodities nova-iorquinas que perderam valor, o suco de laranja foi o menos afetado, com uma queda de apenas 0,26% em relação ao mês anterior. Os problemas na oferta da fruta na Flórida e as perspectivas de redução da produção também em São Paulo - os dois Estados reúnem os dois maiores parques citrícolas do mundo, com larga vantagem para o brasileiro - continuam a oferecer sustentação às cotações, conforme declarações de traders a agências internacionais. Assim, no ano há alta de 6,14%; em 12 meses, de 96,77%.
O preço médio do açúcar, por sua vez, diminuiu 4,59% na comparação com a cotação média de janeiro. Mesmo assim o patamar de negociações continua elevado, principalmente por causa da crise da Índia, que deixou de exportar e voltou a importar em 2009 e segue a mesma trilha em 2010. A valorização acumulada na bolsa de Nova York este ano chega a 5,9%, e em 12 meses, a também expressivos 94,18%.
O café também foi tragado pelas turbulências financeiras e fechou fevereiro com preço médio 5,91% menor que o de janeiro. Mas, como o consumo mundial ainda se mostra pujante, os estoques globais estão magros e a safra da Colômbia foi prejudicada pelo clima adverso, analistas acreditam em recuperação. Mesmo com os fundamentos positivos para as cotações, o produto já apresenta desvalorização de 6,78% em relação à média de dezembro, ainda que em 12 meses os ganhos sejam de 15%.
O cacau completa a lista das principais commodities agrícolas negociadas no mercado nova-iorquino, e seu preço médio recuou 9,02% de janeiro para fevereiro, determinando a retração de 8,26% registrada neste ano, apesar dos eternos problemas políticos que sacodem a Costa do Marfim, maior produtor mundial. Em 12 meses, a valorização é de 17,71%.
Em Chicago, onde são negociadas as commodities agrícolas de maior liquidez e os fundamentos de oferta e demanda são mais "baixistas", só houve quedas de preços médios em fevereiro.
O produto que mais caiu foi o trigo, único de toda a lista que faz parte do levantamento que o Brasil importa aos borbotões. Em fevereiro, o tombo foi de 6,01% em relação à média de janeiro, o que elevou a retração em 2010 para 8,41%; em 12 meses, a confortável relação entre oferta e demanda produz uma queda de 7,96%.
No caso do milho, a baixa em relação a janeiro foi de 5,64%, o que elevou a redução da cotação média em relação a dezembro para 8,31% e reduziu a alta em 12 meses para míseros 0,73%. Não é uma boa notícia para os produtores brasileiros, que viraram o ano muito estocados e contam com as exportações, ainda não regulares, para compensar a maré adversa no mercado doméstico.
Para a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, a desvalorização do preço médio de fevereiro na comparação ao de janeiro foi de 3,88%, ampliando a perda no ano para 8,91% e diminuindo a alta em 12 meses para 1,72%. Aqui, as movimentações financeiras derivadas da crise europeia e das oscilações do dólar não atuaram sozinhas. Depois da boa colheita nos Estados Unidos no segundo semestre de 2009 e do bom desenvolvimento da safra sul-americana, a oferta tornou-se confortável como o previsto e a erosão poderá inclusive continuar, conforme analistas.
Valor Econômico
01/03/10
Futuros: Entre as principais agrícolas, só o algodão, em NY, fechou fevereiro com preço médio superior ao de janeiro
Fernando Lopes, de São Paulo
Os preços internacionais das principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior não resistiram aos movimentos financeiros derivados da turbulência em países da Europa, sobretudo a Grécia, e voltaram a perder sustentação em fevereiro.
Cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) transacionados nas bolsas de Chicago e Nova York mostram que, dos oito produtos que fazem parte do levantamento, apenas o algodão apresentou valorização em relação à média de janeiro. Os demais, mesmo aqueles com fundamentos de oferta e demanda considerados "altistas", registraram variações negativas.
Com os resultados, fecharam o primeiro bimestre com ganhos em relação à média de dezembro de 2009 apenas o açúcar (6,42%) e o suco de laranja (6,02%). Na comparação com as médias de fevereiro do ano passado, sete das commodities do levantamento (açúcar, café, cacau, suco, algodão, soja e milho) ainda aparecem com cotações médias mensais mais elevadas. Só o trigo cai.
Exceção em fevereiro, o algodão, negociado em Nova York, encerrou o mês com cotação média 2,80% superior à de janeiro, segundo o Valor Data. A alta foi construída entre os dias 8 e 23, quando os investidores retomaram posições após baixas anteriores consideráveis. Também colaboraram para o salto as recentes boas compras do produto americano pela China. Apesar da valorização, o produto ainda acumula queda de 0,22% em 2010. Nos últimos doze meses, contudo, o ganho chega a 61%.
Das commodities nova-iorquinas que perderam valor, o suco de laranja foi o menos afetado, com uma queda de apenas 0,26% em relação ao mês anterior. Os problemas na oferta da fruta na Flórida e as perspectivas de redução da produção também em São Paulo - os dois Estados reúnem os dois maiores parques citrícolas do mundo, com larga vantagem para o brasileiro - continuam a oferecer sustentação às cotações, conforme declarações de traders a agências internacionais. Assim, no ano há alta de 6,14%; em 12 meses, de 96,77%.
O preço médio do açúcar, por sua vez, diminuiu 4,59% na comparação com a cotação média de janeiro. Mesmo assim o patamar de negociações continua elevado, principalmente por causa da crise da Índia, que deixou de exportar e voltou a importar em 2009 e segue a mesma trilha em 2010. A valorização acumulada na bolsa de Nova York este ano chega a 5,9%, e em 12 meses, a também expressivos 94,18%.
O café também foi tragado pelas turbulências financeiras e fechou fevereiro com preço médio 5,91% menor que o de janeiro. Mas, como o consumo mundial ainda se mostra pujante, os estoques globais estão magros e a safra da Colômbia foi prejudicada pelo clima adverso, analistas acreditam em recuperação. Mesmo com os fundamentos positivos para as cotações, o produto já apresenta desvalorização de 6,78% em relação à média de dezembro, ainda que em 12 meses os ganhos sejam de 15%.
O cacau completa a lista das principais commodities agrícolas negociadas no mercado nova-iorquino, e seu preço médio recuou 9,02% de janeiro para fevereiro, determinando a retração de 8,26% registrada neste ano, apesar dos eternos problemas políticos que sacodem a Costa do Marfim, maior produtor mundial. Em 12 meses, a valorização é de 17,71%.
Em Chicago, onde são negociadas as commodities agrícolas de maior liquidez e os fundamentos de oferta e demanda são mais "baixistas", só houve quedas de preços médios em fevereiro.
O produto que mais caiu foi o trigo, único de toda a lista que faz parte do levantamento que o Brasil importa aos borbotões. Em fevereiro, o tombo foi de 6,01% em relação à média de janeiro, o que elevou a retração em 2010 para 8,41%; em 12 meses, a confortável relação entre oferta e demanda produz uma queda de 7,96%.
No caso do milho, a baixa em relação a janeiro foi de 5,64%, o que elevou a redução da cotação média em relação a dezembro para 8,31% e reduziu a alta em 12 meses para míseros 0,73%. Não é uma boa notícia para os produtores brasileiros, que viraram o ano muito estocados e contam com as exportações, ainda não regulares, para compensar a maré adversa no mercado doméstico.
Para a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, a desvalorização do preço médio de fevereiro na comparação ao de janeiro foi de 3,88%, ampliando a perda no ano para 8,91% e diminuindo a alta em 12 meses para 1,72%. Aqui, as movimentações financeiras derivadas da crise europeia e das oscilações do dólar não atuaram sozinhas. Depois da boa colheita nos Estados Unidos no segundo semestre de 2009 e do bom desenvolvimento da safra sul-americana, a oferta tornou-se confortável como o previsto e a erosão poderá inclusive continuar, conforme analistas.
Vaivém das commodities - SEM FUNRURAL
Vaivém das commodities - SEM FUNRURAL
Folha de S. Paulo
27/02/10
MAURO ZAFALON
As empresas associadas ao Cecafé (conselho dos exportadores) não são mais obrigadas a reter e recolher o Funrural referente às aquisições de produtores, conforme liminar do juiz Marcos Augusto de Souza, da 2ª Vara Federal em Brasília.
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Folha de S. Paulo
27/02/10
MAURO ZAFALON
As empresas associadas ao Cecafé (conselho dos exportadores) não são mais obrigadas a reter e recolher o Funrural referente às aquisições de produtores, conforme liminar do juiz Marcos Augusto de Souza, da 2ª Vara Federal em Brasília.
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