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domingo, 28 de março de 2010

Boletim semanal Carvalhaes

Boletim semanal Carvalhaes - Esta semana o mercado físico mostrou-se mais ativo para os cafés de boa qualidade





Boletim semanal - ano 77 - n° 12

Santos, sexta-feira, 26 de março de 2010

Escritório Carvalhaes

Esta semana o mercado físico mostrou-se mais ativo para os cafés de boa qualidade e médios, bastante procurados pelos compradores. Os claros e os de bebida mais fraca continuaram com fortes deságios.

A ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, divulgou, esta semana, a pesquisa “Tendência do Consumo de Café – 2009”. Realizada anualmente desde 2003, a pesquisa indica que o consumo brasileiro de café em 2009 foi de 18,4 milhões de sacas de 60 kgs. Para 2010, a ABIC projeta um crescimento de 5% ou 1 milhão de sacas. Segundo o trabalho, 97% dos entrevistados, homens e mulheres com mais de 15 anos de idade, declararam que haviam consumido café no dia da pesquisa e também no anterior, mesmo porcentual de 2008. O consumo cresce em todas as classes sociais, com destaque na classe C (4 a 10 salários mínimos). No período entre 2003 e 2009, a participação da classe C passou de 37 para 42%, crescendo também no consumo fora de casa, onde avançou de 14 para 48%.

Apesar dos bons números de nosso consumo interno, a ABIC alertou para o empobrecimento do setor, onde os preços subiram em média 35% em 15 anos, para um aumento, no período, da cesta básica de aproximadamente 300%. Segundo Nathan Herszkowicz, diretor executivo da ABIC, este quadro cria um ambiente favorável para uma aceleração no processo de fusões e aquisições no setor.

Foi divulgado esta semana na 15ª Fenicafé – Feira de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, que a irrigação na cafeicultura brasileira passou de 10 mil para 240 mil hectares em 12 anos. Ela representa 9% do parque cafeeiro e responde por 25% da produção nacional.

O MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou que o governo vai liberar em 2010, através do FUNCAFÉ – Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, R$ 2,1 bilhões para apoiar a cafeicultura. Segundo Lucas Tadeu Ferreira, diretor do Departamento de Café do MAPA, os recursos devem começar a ser liberados em abril.

A queda na produção da Colômbia, América Central, Vietnã e alguns países da África, não se deve apenas a fatores climáticos. O atual patamar de preços não estimula o investimento e impede a renovação de boa parte do parque cafeeiro desses produtores. O consumo mundial cresce a cada ano e não se enxerga de onde vai sair a produção para atender este aumento de demanda, que deve chegar a 20 milhões de sacas em 10 anos.

Até o dia 25, os embarques de março estavam em 1.547.125 sacas de café arábica, 17.003 sacas de café conillon, somando 1.564.128 sacas de café verde, e 177.014 sacas de solúvel, contra 2.104.611 sacas no mesmo dia do mês anterior. Até o dia 25, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 2.256.467 sacas, contra 2.467.156 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 19, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 26, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 335 pontos ou US$4,44 (R$8,13) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 19, a R$315,49 e hoje, dia 26, a R$328,68/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 115 pontos.

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