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sábado, 27 de março de 2010

Quando pesa a balança

Quando pesa a balança
A semana novamente trabalhou dentro do intervalo que já esta estabelecida há quatro semanas entre 130.00 e 137.00 tendo alguns rompimentos abaixo de 130.00 chegando à mínima em 128.70 e na máxima que foi esta semana em 137.95.
O que pensar sobre este mercado?
A próxima semana já nos mostra algumas divergências entre set up de compra e set up de vendas com indicadores se divergindo entre si.
Para onde estas divergências ira nos remeter? A falta de mercadoria é disfarçadas com contratos futuros , se a velha lei da oferta e procura fosse levada ao pé da letra produtores hoje estariam no céu ,mas ainda estamos no purgatório com os preços praticados.
A bolsa de café em Nova Iorque que teoricamente deveria balizar o mercado, quando há falta de mercadoria , como agora, para nos pobres mortais e produtores, simplesmente não serve para nada, pois os negócios são concretizados há um patamar muito acima dela, os cafés lavados dos paises centrais, por exemplo, cafés finos, que são os cafés que tem os maiores números de negócios na bolsa, o contrato C, estão sendo vendidos a 66 cents de dólar por libra peso acima da cotação, se este ágio viesse para bolsa e para o mercado físico estaríamos vendendo café a 219.05 cents de dólar e não a 135.95 cents de dólar como foi o fechamento de sexta feira. O mercado estaria sem muita força acima de R$300,00 e não há R$270,00 que é o preço médio para café de qualidade no Brasil.
Então para que serve a bolsa para o produtor?
A bolsa no exato momento que estamos atravessando não serve mais para nada, porque os negócios estão feitos acima do valor dela mascarando a falta de café que o mundo atravessa por isso vem andando de lado por quatro semanas. Este instrumento que muitos julgam como perfeito por ser aberto não mostra a realidade da produção de café em nenhum lugar do mundo servindo apenas para que fundos alavanquem suas posições deixando alguns milionários e outros quebrados , a produção não pode ser paga por estes parâmetros temos custos que não são alavancados são pagos com trabalho e dedicação.Outro fator que chama a atenção é que não existe uma regulamentação para os cafés que estão certificados e depositados na bolsa , são cafés velhos, o que atrapalha as negociações um estoque que serve só de fachada como os antigos café do saudoso IBC, estes cafés deveriam ter um tempo limite de estocagem , que ao passar este período teriam que obrigatoriamente ser industrializado ou destruído dependendo do tempo de armazenagem.
A indústria com medo de receber cafés velhos que estão armazenados na bolsa fica de fora do mercado e faz contratos fora bolsa não servindo para hedge, para exportadores para que vender na bolsa se o mercado lhe paga melhor.
Como podem observar amigos produtores a briga por preço e mercado é muito mais complexa do que podem imaginar, fora as variações das economias que levam a bolsa para baixo, mas deixa deixar aqui registrado ,que quando a uma oferta de café folgada ,ou há algum problema desta economia globalizada ,podem ter certeza que esta baixa será repassada prontamente para os preços, e quando os senhores forem vender seu café ouvirão aquele discurso:
Não, hoje não posso pagar mais aquele preço, porque a bolsa caiu.
Para semana como temos divergências no rompimento da máxima da semana no mês de maio estará comprando contratos um recuo sem rompimento da mínima também entraremos comprados, aproveitando a falta de mercadoria, como existem divergências também poderemos estar trabalhando na ponta vendedora contrato de julho, o motivo o mesmo falta de mercadoria só que já estaremos trabalhando a safra nova onde não teremos mais falta.
Bons negócios a todos

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