ESTIAGEM NO BRASIL MANTERÁ PREÇO FUTURO DO CAFÉ ELEVADO, DIZ BANCO
Preocupações com os prejuízos causados pela estiagem no Brasil devem manter os preços internacionais do café arábica elevados até o ano que vem, afirmou nesta segunda-feira Christian Praun, trader de commodities do Espírito Santo Bank, na 2ª Conferência de Agronegócios, em São Paulo. De acordo com ele, os cafeicultores brasileiros aproveitaram a recente valorização da commodity na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para negociar os grãos estocados de safras passadas. 'O Brasil fixou muito nas últimas duas a três semanas, mas agora a origem já não está mais tão presente', comentou Praun.
O trader do banco observou que os preços do café fino no mercado doméstico saltaram de R$ 280 a saca no fim de 2013 para cerca de R$ 500 a saca no início deste ano, mas devem ficar na casa de R$ 400 a saca dentro de um ano e meio a dois anos. Para os futuros na ICE, ele projeta um recuo para área de 160 centavos de dólar por libra-peso. Hoje o primeiro vencimento na ICE fechou a 193,35 centavos de dólar por libra-peso.
Na opinião de Praun, as atuais cotações em Nova York refletem uma safra de cerca de 50 milhões de sacas no Brasil. 'Tivemos problemas com a seca, principalmente no sul de Minas, e os fundos agora tentam atrair mais players (torrefadoras) para maximizar esses ganhos', afirmou o trader.
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