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terça-feira, 10 de maio de 2011

Coopemar: melhor qualidade do café foi tema do Encontro de Cafeicultores

Regiane Ferreira

Para dar início à 11ª campanha “Café Colheita com Qualidade”, aproximadamente 300 pessoas foram recebidas pela Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília, na quinta-feira (05/05), com café da manhã especial, incluindo cappuccino, drink de café com laranja e licor de café, feitos pelo consultor e barista, Leandro Moeda Dias.

Após a cerimônia de abertura com representantes do setor e autoridades, as esposas dos cooperados participaram de programação especial com palestras e bingo.

Quem começou as palestras foi o pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Prof. Dr. Gerson Silva Giomo, enfatizando os principais cuidados durante a pós-colheita e qualidade do café. “Muitos detalhes fazem diferença durante a secagem do café, por isso o cafeicultor deve estar atento a tudo, pois a boa comercialização vai depender das boas condições do café. Mais de 50% da qualidade do produto final depende do próprio produtor”, alerta o pesquisador.

O cafeicultor e pecuarista de Guaimbê, Sérgio Yoshiaki Tinen, que está no ramo há pouco tempo, aproveitou todas as dicas. “São informações essenciais, pois estou começando agora. A gente aprende e já coloca em prática. As orientações sobre colheita, secagem e estocamento do café contribuem bastante, principalmente para quem é novo no ramo”, comenta.

Para o presidente da Câmara Setorial de Café e diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Nathan Herszkowicz, o importante é o cafeicultor oferecer boa qualidade para alcançar melhores preços. "Temos condições de produzir um café bom para o Brasil e para o exterior. Muitos dos nossos cafés são iguais aos melhores do mundo. O consumidor quer um café melhor e existe mercado para café de qualidade no Brasil”, afirma.

Ele ainda destaca o Programa de Qualidade do Café, da ABIC, que identifica três qualidades de café: Tradicional (qualidade menor), Superior (intermediário) e Gourmet (alta qualidade), com o objetivo de agregar valor e ampliar o consumo a partir da melhoria contínua dos cafés. É o único programa que se tem conhecimento no mundo que avalia a qualidade do café torrado e moído (as demais certificações avaliam o café verde, apenas). “Assim, a ABIC consegue monitorar a qualidade do café que está sendo vendido no Brasil. As marcas são certificadas e depois fiscalizadas regularmente”, explica Herszkowicz.

O que determina a categoria é a nota final, numa escala de 0 a 10, obtida pelo produto: para Cafés Tradicionais, nota igual ou superior a 4,5; Cafés Superiores, nota igual ou superior a 6,0 pontos e até 7,3; e Cafés Gourmets nota igual ou superior a 7,3 até 10. Segundo Herszkowicz, “das 430 marcas certificadas no País, 110 são Gourmet”.

Tarde de Campo – Depois do almoço, os participantes visitaram os stands e receberam informações de produtos e maquinários agrícolas. Ao fim do dia, o presidente da Coopemar, François Regis Guillaumon, comemorou o sucesso do encontro. “No ano em que vamos celebrar o nosso jubileu, esperávamos ver a casa cheia e foi o que aconteceu. Até porque é um momento bom para a cafeicultura e devemos aproveitar essa época boa, pois o café ajuda os outros setores a superarem as dificuldades. Isso é o cooperativismo”, diz.

A campanha será encerrada no final do ano, com o concurso que elege o melhor café da região e a comemoração dos 50 anos da cooperativa. “Momento em que, além de tudo, comemoraremos a vitória da agricultura da nossa região. Esperamos melhorar ainda mais a qualidade do café para competirmos com cafeicultores de todo o Estado de São Paulo”, finaliza Guillaumon.

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