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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Café tem correção na ICE e sobe em dia de commodities pressionadas

Café tem correção na ICE e sobe em dia de commodities pressionadas

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com altas, interrompendo a recente onda de perdas. Os longo da manhã, o contrato de julho chegou, novamente, a flutuar abaixo dos 260,00 centavos por libra, mas os vendedores não tiveram a consistência observada recentemente e ordens de compra passaram a ser observadas, o que permitiu que ganhos mais consistentes fossem registrados. Apesar de perder parte dos ganhos do dia, ao longo da tarde o café continuou a registrar ganho e o fechamento conseguiu se dar com dentro do nível de 260,00 centavos. As altas se deram em um ambiente inverso do verificado no segmento externo, que teve um dia de dólar com forças e commodities registrando novas perdas, principalmente com o petróleo registrando perdas consideráveis. Apesar desse cenário, especuladores e fundos se posicionaram no lado comprador, invertendo a tendência predominante nos últimos dias.

No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve alta de 340 pontos com 262,55 centavos, sendo a máxima em 264,65 e a mínima em 258,90 centavos por libra, com o setembro registrando oscilação positiva de 340 pontos, com a libra a 265,50 centavos, sendo a máxima em 267,50 e a mínima em 261,95 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho registrou baixa de 4 dólares, com 2.539 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 3 dólares, com 2.576 dólares por tonelada.
Segundo analistas internacionais, tecnicamente o mercado ainda demonstra uma tendência baixista. No entanto, os bearishs (baixistas) buscaram romper seu principal suporte atual, em 256,00 centavos, mas encontraram uma faixa compradora mais considerável logo abaixo dos 260,00 centavos, o que deu novo impulso para os preços, mesmo em um dia negativo para as commodities em geral. Esses analistas ressaltaram também que o mercado também tem um foco na questão do clima, o que permite ao café, em determinados momentos, mostrar algum "descolamento da tendência" observada no segmento macroeconômico. "Acreditamos que as altas desta segunda-feira foram, em parte, uma correção, após as várias baixas recentes. Caímos com uma intensidade muito forte e alguns operadores podem estar tentando um ajuste.
É claro que os baixistas vão continuar o trabalho para romper os 256,00 centavos e, se isso ocorrer, a tendência é abrimos espaço para perdas mais agressivas. Entretanto, o mercado pode ainda ter uma tentativa de recuperação, principalmente se o cenário externo voltar a operar com estabilidade ou ganhos, como era observado até há pouco", disse um trader.

Um operador ressaltou que o café em Nova Iorque também foi influenciado por novas regras de negócios com essa commodity na ICE. A direção empreendeu uma mudança para passar a ter o poder de cancelar operações e, assim, reduzir oscilações. A definição da ICE foi passar de 390 para 500 pontos o termo de anulação de operações abaixo ou acima de um preço médio registrado após oscilações mais fortes de preço. A casa de negócios define a oscilação como aquele que muda a direção de um negócio em cerca de 90 minutos, sem uma justificativa plausível no campo fundamental. O equilíbrio seria aquela no qual existe a estabilização, após a forte oscilação.

As exportações de café do México, Colômbia, República Dominicana, Peru, Honduras, Nicarágua, Guatemala, El Salvador e Costa Rica tiveram alta de 12,2% em abril, num reflexo dos preços internacionais em alta, que estimularam os países produtores a ampliar seus envios ao exterior. As remessas desses nove países atingiram 2.584.061 sacas, segundo dados da Anacafé (Associação Nacional de Café da Guatemala), entidade responsável pela estatística do bloco, contra 2.302.603 sacas do mesmo período de 2010. As exportações acumuladas pelo grupo na atual safra — outubro de 2010 ao final de abril passado — tiveram uma ampliação de quase 18%, atingindo 16.121.654 sacas.

As exportações de café do Brasil em maio, até o dia 20, somaram 1.261.224 sacas, contra 1.629.341 sacas registradas no mesmo período de abril, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.250 sacas indo para 1.666.921 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 12.772 lotes, com as opções tendo 3.084 calls e 3.579 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 264,65, 264,90-265,00, 265,50, 266,00, 267,50, 268,00, 268,50, 269,00, 269,20, 269,50 e 269,90-270,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 258,90, 258,50, 258,00, 257,50, 257,00, 256,50, 256,00, 255,50, 255,10-255,00, 254,50, 254,00 e 253,50 centavos por libra.

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