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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Café confia em compromisso de Dilma

“Darei toda a prioridade para garantir aos cafeicultores, pequenos, médios e grandes da região, todo o apoio necessário para que resolvam seus problemas de pagamentos de dívidas e de preços mínimos”, declarou a então candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, em Varginha, no dia 15 de setembro. Dilma foi eleita com 58,45% dos votos, e as lideranças do setor cafeeiro repercutem o compromisso assumido, acreditando que serão atendidos em suas reivindicações.

Para o presidente do Conselho Nacional do Café - CNC, Gilson Ximenes, o momento é de confiança em relação às ações da gestão Dilma a partir de 2011.

“Além do compromisso firmado pela presidente eleita, o CNC está trabalhando junto ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que também tem garantido que o novo governo vai criar ações para o café e os produtores”, contou Gilson.

Embora a expectativa do CNC seja positiva, a futura presidente, que integra a linha de frente do atual governo federal, terá que mudar radicalmente de postura, uma vez que o setor cafeeiro não conseguiu ver atendidas suas necessidades de forma concreta, com uma política agrícola efetiva e de respaldo ao café.

Em seu primeiro pronunciamento após a confirmação da vitória, Dilma disse que “passada a eleição agora é hora do trabalho. Passado o debate dos projetos agora é hora de união”, destacou a presidente eleita, que abordou em sua fala uma diversidade de temas, mas não citou, especificamente, a palavra agricultura e pecuária em nenhum momento. Dilma disse também que “o Brasil é uma terra generosa e sempre devolverá em dobro cada semente que for plantada com mão amorosa e olhar para o futuro”.

Gilson Ximenes citou que a presidente disse, após saber da vitória nas urnas, que “irá honrar todos os compromissos de campanha”. “É por isso que estou confiante, e olhando um futuro próximo com mais otimismo para a cafeicultura”, disse o dirigente nacional do setor produtor de café.

Já o presidente da Comissão de Café da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, disse que ainda é cedo para avaliar, mas que é preciso uma ação conjunta das instituições do setor para cobrar o compromisso da presidente eleita.

“Para esse compromisso ter sucesso é preciso que a CNA, o CNC e a bancada do agronegócio, representada pelo deputado federal Carlos Melles, cobrem o que foi prometido”, disse Breno.
Segundo o presidente da Comissão, será necessário que essas instituições se reúnam para traçar novas diretrizes e discutir estratégias. “Só depois disso, poderemos discutir com o governo. Por causa do endividamento dos produtores, sem resolver o passado, não há como agir no futuro”, ponderou Breno.

Breno disse que ambos os candidatos à presidência, José Serra e Dilma Rousseff, firmaram esse compromisso com o café. “Isso quer dizer que, finalmente, reconheceram a situação de dificuldades que o produtor atravessa há décadas e se mostraram sensibilizados”, disse.
Breno Mesquita acredita que o compromisso da presidente Dilma pode levar à valorização do produtor. “Se o produtor for efetivamente valorizado, finalmente o Brasil exercerá, na prática, a sua liderança no mundo e isso trará excelentes resultados para o setor”, finalizou.

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