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sábado, 8 de maio de 2010

Pânico nos mercados tira suporte das commodities

07/05 05:00 Pânico nos mercados tira suporte das commodities

Foi uma quinta-feira de pânico no mercado global, e os movimentos financeiros
derivados das preocupações com a economia europeia e com as bolsas americanas
provocaram a valorização do dólar e a retração das commodities em geral, sem
poupar as agrícolas.
Na bolsa de Chicago, referência para as cotações dos grãos no mercado
internacional, a soja foi a mais afetada. Segundo o Valor Data, os contratos
futuros de segunda posição de entrega - normalmente os de maior liquidez -
recuaram 2,45%, e passaram a acumular uma queda de 13,35% este ano.
O tombo da soja elevou a pressão sobre milho e trigo, que completam a trinca
das commodities agrícolas mais negociadas no planeta. No caso do milho, a
segunda posição caiu 0,47% e elevou as perdas em 2009 para 12,49%; no do trigo,
a erosão diária foi de 0,73%, ampliando a anual para 8,18%. Ainda assim, os
patamares de fechamento de quinta foram os mais baixos em "apenas" um mês.
As commodities agrícolas negociadas na bolsa de Nova York (açúcar, café, cacau,
suco de laranja e algodão) não se livraram do contágio. As baixas levaram os
preços aos mais baixos níveis desde meados de abril. A exceção foi o açúcar,
que já estava em queda e atingiu o piso em pouco mais de um ano.
As turbulências na Europa também afetaram as ações das empresas de carnes. No
Brasil, que tem empresas fortes na exportação, a mais afetada foi o Minerva,
cujos papéis recuaram 7,43%. Os da JBS caíram 3% e as ações da Marfrig, 1,36%.
A Brasil Foods perdeu 1,43% no dia. Papéis das americanas Tyson e Smithfield
despencaram. As quedas foram de 5,93% e 4,37%, respectivamente, segundo o Valor
Data.

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