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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MAIOR PROCURA POR OUTROS TIPOS DE CAFÉ

MAIOR PROCURA POR OUTROS TIPOS DE CAFÉ
A primeira semana do ano de 2011 começou com uma forte queda das commodities, provocada principalmente pela valorização forte do dólar americano. Na sequência o que vimos foram declarações fortes de apoio ao Euro, com a China iniciando a rodada dizendo que continuará a investir suas reservas na moeda comum européia, seguida pelo Japão prometendo apoio na compra de títulos relacionados ao pacote de ajuda da região, e finalmente os governos da própria Europa se dizendo comprometidos em ajudar os países que estão em situação economicamente desconfortável. A retórica ajudou a recuperação do Euro que subiu 5.88% das mínimas vistas no dia 10 de janeiro, estando agora no patamar mais alto desde 23 de novembro de 2010.

Desde meu último relatório escrito em português no dia 19 de dezembro de 2010, tivemos entre os principais acontecimentos o incremento dos juros na China e no Brasil, o aumento do compulsório na China, a divulgação de índices inflacionários acima dos previstos para os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e alguns países emergentes, e finalmente o crescimento do PIB chinês no último trimestre de 2010 maior do que esperado. Este último fato, ocorrido nesta semana, provocou uma forte queda das commodities no dia de sua divulgação (incluindo o café) em função dos investidores se mostrarem receosos com uma nova rodada de aperto da política monetária do principal consumidor de várias commodities. A China é hoje responsável por mais de 40% do consumo mundial de minério de ferro, de zinco, de aço, e de algodão. De cobre o percentual de consumo está em torno de 38%. O país também responde por 31% do consumo global de borracha, 30% do consumo de arroz, 29% de óleo de palma, 24% de soj a, 19.5% de milho e quase 10% de petróleo. Os números servem para ilustrar o porquê das oscilações que atingem os mercados quando algum dado econômico é divulgado do país asiático.

O inicio do comentário falando do macro é proposital para que eu possa expressar a minha opinião com os riscos de baixa que poderemos ter para o café. Creio que o café continuará subindo, surpreendendo muitos, a não ser que vejamos uma aversão ao risco provocada por uma nova onda de notícias negativas na Europa ou nos Estados Unidos, ou então uma forte valorização da moeda americana, assim como mudanças de políticas monetárias (contracionistas). Em outras palavras o fundamento do café é positivo, e se o macro não atrapalhar não consigo visualizar quem vai vender este mercado.

As novas altas que vimos tanto na bolsa de Nova Iorque, como na de Londres e na de São Paulo, nos dão a clara dimensão do momento que vivemos. Nem mesmo a venda de mais de 10 mil lotes dos fundos de índice, que ajustaram suas posições no contrato “C” durante 5 sessões a partir do quinto dia útil do ano, conseguiu evitar com que os preços do terminal subissem. O que impressiona, mesmo os mais altistas, é que apesar das altas os diferenciais não enfraqueceram em praticamente nenhuma origem. Até no Brasil, que supostamente colheu a maior safra de sua história, e que tem exportado volumes recordes, a bolsa local (BM&F) subiu mais do que a ICE, ou seja a arbitragem estreitou ainda mais, encerrando na última sexta-feira em US$ 14.00 por saca. Impressionante!!! Isto indica que os produtores/exportadores podem falar aos compradores internacionais de café fine-cup que caso não melhorarem suas ofertas não levarão o produto.

O cenário nos dá a entender de que a indústria ou terá que pagar os preços pedidos, ou buscará alternativas não tão caras – o que servirá para ratificar o mercado altista que vivemos. Assumindo-se que de fato o volume de café fino disponível, não apenas no Brasil mas nos outros países produtores, seja pequeno, não há o que fazer a não ser comprar outros tipos de café. Da mesma forma que os torrefadores tiveram que forçosamente usar mais café brasileiro natural nos seus blends – dada a menor produção de café lavado (ou suave) – a próxima alternativa terá que ser usar cafés good cup (sem falar de uma maior utilização de conillon/robusta). Uma coisa é certa, algum tipo de café terá que ser torrado para continuar a abastecer a demanda!!

Desta forma acredito que veremos muito provavelmente o seguinte: uma maior utilização dos cafés (em sua maioria velhos) certificados na bolsa de Nova Iorque; o estreitamente da arbitragem entre Londres e Nova Iorque – hoje o robusta negociado na LIFFE está US$ 185 por saca mais barato do que o arábica negociado na ICE; e finalmente o estreitamento dos preços entre cafés “não finos” e café finos – ou seja o preço do good cup vai ficar mais próximo do fine cup, entre outros. Por consequência o café baixo, ou o café usado para o consumo-interno no Brasil, também apreciará, isto depois de ter provocado um prejuízo danado nos balanços dos comerciantes de café no ano passado.

Isso tudo fará com que os baixistas que dizem que o preço do café é resultado de especulação, dado que não há falta do produto, tenham mais um sinal de que por mais caro que acreditem estar o preço de uma saca de café, ela poderá encarecer mais. Dirão que isto não é sustentável, pois o remédio para preços altos são preços altos (o que estimula maior produção). Isto lá é verdade, porém como o ciclo do café é mais longo, e estaremos entrando em um ciclo de produção deficitário por causa da safra menor brasileira, assim como as chuvas na Colômbia e doenças no cafezal deles atrapalharam mais uma vez o país a recuperar sua produção, o ciclo de preços altos ainda não acabou. Os baixistas também dizem que começaremos a ver uma destruição da demanda, com consumidores se negando a pagar mais pelo seu cafezinho, porém eu acho que a indústria acabará (forçosamente?) mudando o blend, o que vai servir para que os preços do torrado e moído no varejo não sofram tantas majorações.

Os que não têm cobertura de alta (hedge) devem aproveitar as volatilidades baixas do mercado de opções (andaram massacrando-as no começo do ano) para se proteger. O mesmo vale para quem tem surfado as altas sem hedge algum no físico, pois por mais que creiam – assim como eu – que os preços continuarão a subir, comprar um seguro ajuda a não ficar arrependido caso o cenário macro deteriore.

Tenham todos um excelente 2011.
Rodrigo Costa*

domingo, 23 de janeiro de 2011

QUEM ACREDITA EM 40 CENTAVOS?

QUEM ACREDITA EM 40 CENTAVOS?

O mercado de açúcar em NY fechou a semana com ligeira alta nos vencimentos mais curtos, com o março encerrando a semana em 32,33 centavos de dólar por libra-peso. Desde o final de 2010, o mercado apresentou a seguinte variação: para o vencimento março, o preço ficou inalterado, para os meses de fixação da safra 2011/2012, ou seja, de maio de 2011 até março de 2012, houve uma variação positiva entre 14 e 26 dólares por tonelada; para a safra seguinte 2012/2013, ocorreu apenas uma variação positiva para a entressafra de 2012 com os preços subindo perto de 15 dólares por tonelada.

O mercado está claramente antecipando os problemas que certamente teremos com uma moagem de cana bem menor do que antecipada e com uma oferta de etanol abaixo da expectativa. Um executivo do setor demonstra enorme preocupação com o estoque de 1º de janeiro que aponta 2,237 bilhões de litros de anidro e 3,544 bilhões de litros de hidratado, suficientes para 96 dias de consumo nacional. Sem muita folga.

Imagina-se que essa situação está incorporada nas cotações e a oscilação na curva de preços de longo prazo, como dito acima, é uma reação do mercado a possível insolubilidade da questão oferta e demanda que continuará sobre nossas cabeças ainda por algum tempo. Ou seja, já está descontada. É possível que a alta do mercado (34,77 centavos de dólar por libra-peso) já tenha sido estabelecida. Sob essa perspectiva, precisaria haver uma piora acentuada nos fundamentos que fizessem o mercado repetir esse nível. O maio precisaria subir quase 20% para bater um novo recorde de preços. Para 40 centavos , Quem acredita?

A curva de preços desenvolvida pela Archer Consulting mostra que durante 2011 dificilmente veremos o hidratado abaixo de R$ 1,0317 por litro e o anidro abaixo de R$ 1,1477 por litro (preços ESALQ), ambos remuneradores. No entanto, caso o dólar de desvalorize e o real chegue a R$ 1,6000, com o açúcar ajustando no mercado internacional na mesma paridade, os valores limites ficariam em R$ 1,0135 e R$ 1,1215, respectivamente.

A Archer divulgou há algumas semanas para seus clientes, e agora parcialmente ao mercado, um estudo de correlação de preços utilizando em alguns casos as últimas 250 cotações (um ano) em outros as últimas 500 cotações, que mostrou um r2 de 0,869. R2 é o coeficiente de determinação que dá a proporção de oscilação de uma variável (preço do açúcar em NY) que é previsível pela outra variável (etanol anidro no mercado interno). Ou seja, 86,9% do preço do etanol anidro é explicado pelo preço do açúcar em NY. Os outros 13,1%, podemos dizer, são fatores exógenos não-explicados.

Depois desse levantamento, procedemos ao back-testing que estima a curva diária de preços do etanol anidro, baseada nas cotações de NY comparando o valor encontrado com o negociado daquele dia. E aí está a surpresa maior. Na média dos 250 dias, a diferença entre o estimado e o real foi de apenas 0,4%. Usando o desvio-padrão sobre a diferença dos dados obtidos, com 95% de intervalo de segurança, a variação máxima de preços foi de 12% na alta e 11% na baixa, ou seja, em apenas 5% dos eventos os valores efetivos e estimados se descolaram mais do que esses percentuais. Se pegarmos o spot médio em NY a 31 centavos de dólar por libra-peso, o modelo aponta para um valor de R$ 1,1994 por litro de etanol anidro (Esalq mostra 1,2326).

O modelo da Archer indica que a fixação para a safra 2011/2012 está entre 7,1 e 8,9 milhões de toneladas fixadas, com preço médio de 22,81 centavos de dólar por libra-peso.

A volatilidade das opções continua alta: a histórica de 20, 40 e 90 dias, anualizadas, estão em 63%, 55% e 56%. A posição em aberto para o vencimento março parece que não vai ter surpresas. Só uma coisa para você colocar no post-it na tela do seu computador: um eventual pânico em volta dos 30 centavos de dólar por libra-peso (culpe os High-Frequency Traders) encontra 30.000 lotes nas puts (opções de venda). Que ninguém nos ouça.
O CFTC aprovou as regras propostas para o limite de posição especulativa em 28 commodities, incluindo o açúcar. A aprovação é para as regras, ainda falta muita coisa para que o controle seja implementado. Existem vários buracos nessa proposta, como por exemplo, a falta de estabelecer de maneira criteriosa diferentes limites para diferentes negociadores. O próprio CFTC reconhece a falta de evidência econômica e estatística de que excessiva especulação pode distorcer os preços, nem que a eventual regulamentação venha a coibir isso. Leia novamente esse parágrafo!

Harry Schultz – conhecido guru do mercado financeiro - é um dos mais bem pagos consultores de investimentos do mundo, além de autor de vários livros e de uma análise semanal sobre o mercado que tem fiéis leitores em todo o planeta. Schultz previu a crise financeira de 2008 e na ocasião comparava os investidores (não os seus clientes, evidentemente) aos carneirinhos que iam para o abate. Bem, agora Schultz acha que o ouro está muito barato. “Só me acordem quando chegar a US$ 2.400”, disse ele. O ouro fechou perto de US$ 1.350. No seu portfólio recomendado, 50% estão destinados ao ouro, até 20% em commodities (açúcar incluso), além de títulos dos governos suíço, australiano, canadense, brasileiro e chinês somente. Se você precisava de um incentivo para acreditar no açúcar, aí está. Mas se perder a fixação, não adianta ligar para o Sr.Schultz. Talvez você tenha sido ganancioso demais.

No Fundo Fictício da Archer Consulting, nesse período de 3 semanas de recesso, tivemos que fazer vários ajustes na posição. Em resumo, compramos um total de 1458 lotes ao preço médio de 29,65 e vendemos 800 lotes ao preço médio de 28,05, ajuste que custou a bagatela de US$ 1,440,000. Parte desse prejuízo foi compensada com a deterioração do valor das opções nesse período. Perdemos no período pouco mais de US$ 13 mil. Assim, fechamos a semana com uma posição delta vendida equivalente de 19 lotes, que vamos ajustar se o maio negociar 28,30 (vendendo 200 lotes) ou 30,90 (comprando 200 lotes). O ganho acumulado é de US$ 2,591,930.43 após 750 dias de existência do fundo, o que dá um retorno anualizado de 86,40%.

Bom final de semana a todos.

Arnaldo Luiz Corrêa

Ação e reação.

O mercado desta semana fez o oposto da semana passada, noticias que vinham das economias da China, Comunidade Européia e EUA deram o tom, o mercado como sempre sensível a todas as estas noticias trabalhou andando de lado e veio pela segunda vez testar a base da consolidação em 230,00, onde eu acreditava que estariam as ordens escondidas de vendedores , quando o mercado bateu abaixo de 230,00 o que vimos foi uma verdadeira luta entre compradores e vendedores , as ordens de venda vieram, mas as de compra também trazendo muita volatilidade, os vendedores dentro de um cenário altista tiraram a ordens e vimos o mercado reagir que da mínima de 226,50 do dia 20/01/2011 ate máxima de 241,80 do 21/01/2011 foram 9 horas de contra ataque que mostrou a grande força deste mercado.
A expansão da economia principalmente da China, mas de outras economias como Brasil, mostra uma nova realidade dos mercados não só do café, mas de todas as commodities, temos mais consumidores com dinheiro para comprar o que venho falando já há bastante tempo, e estes novos tempos terá que ser estudado em separado nos próximos anos, pois simplesmente olharmos para o passado não nos dará há noção deste mercado que bate a porta.
O algodão não para de subir a arroba do boi não para de subir, o café não para de subir, e ainda não chegamos ao preço que desestimule ao consumo, ainda tem muita gordura pra queimar, mesmo porque o mercado das commodities ficou estagnado e manobrado por décadas pela economia dominadora dos EUA e Europa, agora com grandes consumidores aparecendo com dinheiro para comprar, começam a ameaçar estas economias, e a comprar produtos que antigamente tínhamos que ficar pedindo favor para que fossem consumidos, mesmo sabendo que precisam de nossa agricultura.
O cenário é altista, o consumo está alto os estoques baixos e o clima não esta perdoando ao produtor.
Nas próximas semanas o vencimento das opções destas commodities na Ice bolsa de mercadorias de Nova Iorque trará novamente à tona a recompra das posições dos vendidos que vêm trocando de posição a cada vencimento rolando um prejuízo e aumentando o tamanho das margens por não poder mudar de lado, fazendo a cada vencimento um rali, um novo patamar de preço que depois de rompido não volta mais, 170/180 cents de dólar por libra peso era sonho agora já é passado para o nosso café.
A exportação brasileira em uma chamada safra recorde não teve a qualidade esperada, mas não ficou empoeirando as prateleiras das empresas exportadoras o que nos leva a crer que uma super safra hoje teria que ser acima de 60 milhões de sacas, pois para uma exportação de 33 milhões de sacas e um consumo de 19 milhões de sacas conforme dados das fontes específicas nos leva a crer que 52 milhões é simplesmente o consumo e como temos a bienualidade das lavouras cafeeiras, sabemos que os estoques das empresas torrefadoras não será reposto com muita facilidade.
Com o mercado se dado por vencido acreditando em alta, com produtores acreditando em alta com comerciantes acreditando em alta fica difícil acreditar em baixa, o mercado fez uma correção lateral desde o final do mês de dezembro de 2010 e agora nos parece pronto para novos alvos.
Nosso trade se iniciara depois do mercado romper o topo anterior com confirmação com alvos em 267,40 cents de dólar por libra peso na Ice e 328,00 dólares por saca na Bmf.
Vamos aguardar a ação e reação deste mercado apaixonante.
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

José Sette (OIC): mesmo que a safra brasileira seja maior que esperada não haverá excesso de café

\"A OIC tem quatro objetivos básicos em sua atuação. O primeiro é servir como fórum de cooperação internacional entre os países que exportam e importam café. Temos um quadro de membros que representa cerca de 97% da produção mundial e mais de 80% do consumo mundial.\"

\"Fazemos um trabalho para promover a transparência do mercado internacional de café através do fornecimento de estatísticas.\"

\"Trabalhamos para fazer um setor cafeeiro sustentável no longo prazo por meio de varias iniciativas.\"

\"O Encafé sempre foi um evento dos mais importantes na cafeicultura brasileira, e até mundial. Sempre foi um fórum de debates sobre as grandes questões que afligem a cafeicultura nacional. Um bom exemplo é a questão da IN 16.\"

\"A IN 16 trata-se de uma iniciativa pioneira no mundo. Acompanharemos a evolução com muito interesse.\"

\"Os fundamentos do mercado são muito favoráveis à firmeza de preços. Ao mesmo tempo estamos vendo um fluxo de grandes capitais especulativos para as commodities em geral. Com isso fica difícil separar o que é fundamento e especulação.\"

\"Os fundamentos devem ser favoráveis para o mercado de café por pelo menos um ano.\"

\"Sabemos que o número da safra brasileira é uma grande incógnita e sujeito a grandes controvérsias. Com a evolução do tempo teremos ideia melhor da safra brasileira que será fundamental para cobrir os atuais problemas com café arábica.\"

\"Certamente em 2011 haverá queda de produção, pela bienalidade baixa e qualquer que seja a produção, terá que suprir a necessidade por dois anos para frente.\"

\"Continuo a acreditar que mesmo que a safra brasileira seja maior que esperada, ainda não haverá excesso de café.\"

Fonte: Cafépoint

BARRIGA CHEIA, GOIABA TEM BICHO!!!!

BARRIGA CHEIA, GOIABA TEM BICHO!!!!

Felizmente após mais de 8 anos de vendas ininterruptas de sacas de café abaixo do custo por parte do produtor, o ano de 2010 trouxe algum alento para a tão sofrida classe cafeicultora, os preços melhoraram permitindo ao produtor (aqueles que tinham café para vender) quitar pelo menos as contas do ano. Uma nova esperança se abre no coração daqueles que amam esta lavoura, que mesmo pagando de seu próprio bolso e acumulando dividas conseguiram manter os pés de café em produção. Entretanto, não podemos cair nas mesmas armadilhas de outros tempos, pois, por mais que alguns se mostrem amigos dos cafeicultores na verdade não passam de verdadeiros parasitas (SANGUE-SUGAS), que acumularam verdadeiras fortunas em cima do suor do produtor rural nestes anos de crise.

Como explicar que de uma hora para outra os nossos cafés naturais se tornaram tão bons a ponto de concorrer com os lavados da Colômbia?

Como explicar que de repente nossos café lavados possam ser negociados na bolsa de NY, coisa inimaginável há anos atrás?

Como explicar que agora o representante do MAPA (Bertone), tenha coragem de aparecer em um debate, sobre a cafeicultura?

Muitos analistas, experts no assunto, inventarão teorias para estes questionamentos, mas nós cafeicultores sabemos que a resposta é muito simples:

“NÃO VAI FALTAR CAFÉ NO MUNDO, JÁ ESTA FALTANDO CAFÉ NO MUNDO”

“A SITUAÇÃO CLIMÁTICA NA COLOMBIA E CENTRAIS PROVOCOU ALGO INÉDITO PARA OS CAFEZAIS DESTAS REGIÕES, AS DOENÇAS FUNGICAS, QUE ESTÃO LEVANDO AS LAVOURAS DE EITO”

“ESTA FALTANDO CAFEICULTOR, PRINCIPALMENTE NO BRASIL, POIS OS FILHOS E NETOS DAQUELES QUE PASSARAM POR ESTA CRISE, PREFEREM ARRENDAR SUAS FAZENDAS PARA AS USINAS DE CANA DE AÇUCAR (SUL DE MINAS, SÃO PAULO) E GRANDES PLANTADORES DE GRÃOS (CERRADO MINEIRO, BAHIA)”

Esta situação colocou o mercado de café em alerta total, ascenderam a luz VERMELHA, mas acredito ser tarde demais, pois aqueles que ficaram na atividade só aguardam mais uma ou duas safras bem vendidas para sair da atividade. Isso vai acontecer, pois sabemos que novas crises virão, pois não temos o mínimo de planejamento, não temos política cafeeira, não temos pessoas capacitadas para tocar este barco. Temos sim, um EXCESSO DE POLITICAGEM E MALANDRAGEM dentro do agronegócio café, partindo desde o produtor, passando pelos atravessadores, exportadores e importadores, que nestes 8 anos “chuparam até os ossos do pobre cafeicultor”.

Assim, caros amigos cafeicultores, não se iludam com promessas de que devemos plantar mais café, pois chegou a hora do Brasil dominar o mercado internacional, não se iludam com Brasileiros sendo indicados para OIC, não se iludam com estes falsos plantios que a rede bobo nos mostra todos os dias, lembrem que ate pouco tempo estávamos jogados ao nada.
Cuidem daquilo que vocês possuem, façam produzir o Máximo com o mínimo para que possam sair das dívidas e serem donos de seu café e de sua vida.

CAFÉ NÃO SE PRODUZ DENTRO DE ARMAZÉNS, VAMOS MOSTRAR NOSSA FORÇA.

FOI PRECISO NOS QUEBRAREM PARA RECONHECER QUE SOMOS O ELO MAIS IMPORTANTE DA CADEIA, VAMOS MOSTRAR QUEM VAI MANDAR DAQUI PARA FRENTE, NÃO AUMENTEM SUAS ÁREAS, VAMOS MANTER NOSSA PRODUÇÃO, FAÇA VALER SEU PRODUTO E SUA DIGNIDADE, CHEGOU A NOSSA HORA CAFEICULTOR!!!!

Silvio Marcos Altrão Nisizaki
Diretor de Café do Sindicato Rural de Coromandel/MG
SINCAL

CHUVA EM MINAS GERAIS

REGIÃO SUDESTE

18/01/2011 - Terça-Feira
NUBLADO A ENCOBERTO COM CHUVA EM MINAS GERAIS. CLARO A PARCIALMENTE NUBLADO PASSANDO A NUBLADO COM POSSIBILIDADE DE CHUVAS ISOLADAS NO ESPÍRITO SANTO. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS NO RIO DE JANEIRO. NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS, POR VEZES FORTE EM SÃO PAULO.
Temperatura max.: 37 °C min.: 14 °C

19/01/2011 - Quarta-Feira
NUBLADO COM CHUVAS ESPARSAS EM MINAS GERAIS. CLARO A PARCIALMENTE NUBLADO PASSANDO A NUBLADO COM CHUVAS ISOLADAS NO RIO DE JANEIRO E POSSIBILIDADE NO ESPÍRITO SANTO. NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS, POR VEZES FORTE EM SÃO PAULO.
Temperatura max.: 37 °C min.: 14 °C

20/01/2011 - Quinta-Feira
NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA EM MINAS GERAIS E EM SÃO PAULO, ONDE HÁ POSSIBILIDADE DE CHUVA FORTE EM PONTOS ISOLADOS. CLARO A PARCIALMENTE NUBLADO PASSANDO A NUBLADO COM CHUVAS ISOLADAS NO RIO DE JANEIRO E POSSIBILIDADE NO ESPÍRITO SANTO.
Temperatura max.: 37 °C min.: 16 °C

21/01/2011 - Sexta-Feira
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA NO SUL E TRIÂNGULO DE MINAS GERAIS E POR VEZES FORTE EM SÃO PAULO. DEMAIS REGIÕES MINEIRAS, PARCIALMENTE NUBLADO. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA ISOLADAS NO FINAL DO PERÍODO NO RIO DE JANEIRO E ESPÍRITO SANTO.
Temperatura max.: 37 °C min.: 15 °C

domingo, 16 de janeiro de 2011

Martelo invertido

Martelo invertido
O mercado cafeeiro esta semana trabalhou ainda dentro da consolidação que fica entre 230,00 na mínima e 242,25 que era a máxima agora sendo a máxima em 244,50.
Apesar de o mercado ter feito um novo topo , logo apos fazê-lo o mercado recuou, mostrando cansaço e voltou a cair fechando a semana em 234,60.
A configuração da figura de japonese candlestick no gráfico semanal do café, também mostra que o mercado esta cansado de subir e sugere uma correção, que já tinha comentado sobre ela na semana passada, o rompimento da mínima da consolidação abre alvo para a correção com suportes técnicos em 225,00, 220,00 e 216,00 em um recuo em cima das medias e 61,8% de retração de Fibonacci.
No físico o começo do ano sempre começa lento, mas os cafés de qualidade continuam a ser disputado e os ágios são visto sendo pago a toda hora, café despolpado ficando na casa de 480,00 até 500,00 reais por saca de 60 kg e café natural de bebida fina ficando na casa de 380,00 a 450,00 por saca de 60 kg.
As chuvas que caem nas regiões cafeeiras trazem crescimento para lavoura enchimento de grãos, mas também trazem algumas doenças e dificuldades no campo para faze os tratos culturais, mas como nem tudo é perfeito tem que agradecer a nosso Pai eterno e esperar a hora de entrar no campo para fazer um trato melhor em nossas lavouras.
No campo da macro economia não existe novidades as crises continuam e não tem solução em curto prazo, o que nos resta fazer é ficar alertas para que não ser pegos de surpresa.
O cenário do café continua o mesmo também sem alteração, onde os estoques estão baixos para o consumo, fazendo com a indústria trabalhe da Mao pra boca, o clima o grande vilão da agricultura, continua atrapalhando os trabalhos de colheita dos países da America Central, onde podemos deduzir que novamente a safra deles será de baixa qualidade dando suporte à tendência de alta que deve durar ainda por muito tempo, e diminui o tamanho da correção esperada.
Vamos aguardar o movimento do mercado
Uma boa semana a todos
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com

Inverted Hammer

Inverted Hammer
The coffee market this week has also worked within the consolidation that is between 230.00 and 242.25 at least that was the maximum now being the highest at 244.50.
Although the market has made a new top, do it right after the market fell, showing fatigue and fell again by closing the week at 234.60.
The configuration of the figure of Japanese candlestick in the weekly chart of coffee, also shows that the market is tired of going up and suggests a correction, which had already commented on it last week, the disruption of consolidation of the minimum opening target for the fix brackets technicians at 225.00, 220.00 and 216.00 in a decline over the medium and 61.8% shrinkage of Fibonacci.
In the physical beginning of the year always starts slow, but quality coffees is still disputed and the premiums are being paid because all the time, getting washed coffee in the house of 480.00 to 500.00 dollars per bag of 60 kg and natural coffee drink in the house getting thin 380.00 to 450.00 per bag of 60 kg.
The rains that fall in the coffee regions bring growth to crop grain filling, but also bring some diseases and difficulties in the field to make the cultural practices, but not everything is perfect have to thank our eternal Father and wait to enter the field to make a better deal on our crops.
In the field of macro economy there is no news crises and still has no solution in the short term, what we can do is be alert not to be surprised.
The scenario remains the same coffee also unchanged, where inventories are low for consumption, making the industry work for Mao's mouth, the climate, the major killer of agriculture, continues to hamper the work of collection of Central American countries, where again we can deduce that the harvest will be poor quality of them supporting the bullish trend that should last for a long time, and decreases the size of the expected correction.
Let's wait for the market movement
A good week
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Market international

Market international
In the market for actuals here, Colombians, UGQ, sold FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment at 35¢ over the relevant months “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment from 43¢ over the relevant months “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for Jan./Feb. shipment from 2¢ over Mar. “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Jan. through June equal shipment from 17¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Jan. through June equal shipment from 23¢ under the relevant months “C.”
Santos 4s were offered FOB for Jan./Feb. shipment from 36¢ to 34¢ under Mar. “C,” depending on description.
Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Jan./Feb. crossing from 17.5¢ over Mar. “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Feb./Mar./Apr. equal shipment from 17¢ over the relevant months “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Feb./Mar./Apr. equal shipment from 25¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, Feb./Mar. shipment from $17 over the relevant months “C.”
Extra prime Guatemalas, were offered FOB for Feb. shipment from $23 over Mar. “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $26 to $28 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $33 to $35 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from $28 over per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb./Mar. shipment from $36 to $37 over the relevant months “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $16 over the relevant months “C.”
High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Feb. shipment from $20 over per 46 kilos, Mar. “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Feb./Mar. shipment from $30 to $32 over, per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Feb./Mar./Apr. equal shipment were offered FOB from $21 over the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb./Mar./Apr. equal shipment from $12 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Feb./Mar. shipment from $15 to $17 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Feb./Mar. shipment, per 46 kilos, from $15 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for Feb./Mar. shipment, per 46 kilos, from $14 over the relevant months “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Dec. shipment from 15¢ over Mar. London. Ivory Coast robustas, grade 2, were offered exdock for prompt shipment from 14¢ over Mar. London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Dec. shipment from 6¢ over Mar. London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Dec. shipment from 8¢ over Mar. London.