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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

PETRÓLEO: Futuros interrompem sequência de quedas e fecham em leva alta
   São Paulo, 7 de janeiro de 2015 - Os contratos futuros do petróleo
apresentaram uma leve recuperação, depois das quedas dos últimos dias, diante
da divulgação da diminuição dos estoques de petróleo dos Estados Unidos.
No entanto, o Brent continuou cotado na casa dos US$ 51 o barril e o WTI abaixo
de US$ 49.
   "Na minha opinião, o mercado está pendendo, de maneira exagerada, para o
lado negativo. No entanto, não há chances de transformar essa percepção
atual até que haja sinais concretos de mudanças dos fundamentos", disse o
analista do Energy Management Institute, Dominick Chirichella.

   O Departamento de Energia (DoE) informou que os estoques de petróleo dos
Estados Unidos caíram em 3,1 milhões barris, ou 0,8%, para 382,4 milhões de
barris na semana encerrada em 2 de janeiro.

   No entanto, os estoques de gasolina subiram em 8,1 milhões de barris, ou
3,5%, para 237,2 milhões de barris. Os estoques de derivados também
aumentaram, em 11,2 milhões barris, ou 8,9%, para 136,9 milhões de barris.
   "Certamente a baixa dos preços do petróleo terá um impacto positivo na
demanda, mas vai levar um tempo considerável para isso chegar ao mercado.
Assim, a mudança em curto e médio prazo deverá vir do lado da equação da
oferta, de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep)
ou de fora do cartel", afirmou.
   Até o momento a Opep e a Arábia Saudita, principal membro da
organização, não manifestaram nenhuma intenção de reduzir a produção para
restaurar os preços no mercado internacional. Em novembro, o cartel decidiu
manter inalterada a sua produção diária em 30 milhões de barris e, desde
então, os preços do petróleo aceleram suas perdas.
   Em um movimento contrário ao visto nos últimos quatro dias, os contratos
futuros fecharam em alta hoje. O WTI, negociado na plataforma Nymex e com
vencimento em fevereiro de 2015, subiu 1,50%, para US$ 48,65 o barril, enquanto
o contrato do petróleo Brent, negociado na plataforma ICE e com vencimento no
mesmo mês, teve alta leve de 0,10%, a US$ 51,15 o barril.




Petrobras fecha no azul após 6 quedas e ajuda Bolsa a subir pelo 2º dia
O principal índice da Bolsa brasileira fechou esta
quarta-feira (7) em alta pelo segundo dia, amparado no bom desempenho de papéis
de bancos, Petrobras, Vale e siderúrgicas, além do clima de menor aversão ao
risco nos mercados internacionais.
"Junto a isso, os investidores domésticos aguardam por anúncios de ajustes
fiscais no Brasil, demonstrando otimismo com a equipe de Joaquim Levy [novo
ministro da Fazenda], o que também colaborou para o bom desempenho da Bovespa
nesta quarta", disse Ricardo Kim, analista da XP Investimentos.
A valorização do Ibovespa foi de 3,05%, para 49.462 pontos. O índice, no
entanto, soma queda de 1,09% em 2015. O volume financeiro movimentado nesta
sessão foi de R$ 7,559 bilhões. Para Kim, o noticiário positivo envolvendo
empresas e setores com peso relevante na Bolsa brasileira intensificou os
ganhos nesta quarta.
"Além disso, o Ibovespa já caiu bastante e, principalmente em dólar, está em um
nível bem baixo. Os estrangeiros olham muito para isso. Logo, qualquer melhora
no humor nas Bolsas externas pode ajudar a impulsionar o índice aqui no
Brasil", afirmou.
No exterior, as principais Bolsas subiram, após dados fracos de inflação na
Europa terem alimentado apostas de novos estímulos naquela região. Operadores
aguardaram ainda a divulgação da ata da última reunião do Fed (banco central
dos EUA), que saiu logo após o fechamento do mercado no Brasil. A autoridade,
segundo o documento, manteve sua estimativa de aumento dos juros americanos
ainda neste ano.
Após seis quedas seguidas, as ações preferenciais da Petrobras, sem direito a
voto, tiveram valorização de 4,08%, para R$ 8,67 cada uma. Já os papéis
ordinários da estatal, com direito a voto, avançaram 4,84%, para R$ 8,45 cada
um.
O ganho da petroleira ocorreu após a companhia informar que concluiu com
sucesso negociação com credores que demandavam demonstração contábil do
terceiro trimestre de 2014 revisada por auditor externo até fim deste mês. Na
véspera, os papéis caíram para seu menor nível desde 2003, na esteira da queda
do petróleo e do escândalo de corrupção dentro da estatal.
Em nota, a equipe de análise da Concórdia corretora avaliou a flexibilização
dos credores da Petrobras "como um alento para a companhia, apesar de
representar apenas um ganho de folego e não a solução de seus problemas".
Também subiram as ações preferenciais da Vale (+3,63%, para R$ 19,99), que
caíram mais de 40% em 2014, ajudando o Ibovespa a se manter no azul. O setor de
siderurgia contribuiu com o avanço do índice, após uma fonte do setor de
distribuição ter falado à Reuters que "as usinas anunciaram reajustes de 5% a
8% em planos em relação aos preços do quarto trimestre para aplicação a partir
da segunda quinzena de janeiro.
Os papéis da Gerdau estiveram entre as maiores altas, com valorização de 7,53%,
para R$ 10,42 cada um, influenciando o ganho de 6,89% da Metalúrgica Gerdau,
para R$ 12,10. A ação preferencial da Usiminas subiu 5,93%, para R$ 5, enquanto
a CSN valorizou-se em 10,81%, para R$ 5,74.
Os bancos, segmento com maior peso dentro do Ibovespa, subiram. O Itaú Unibanco
ganhou 3,62%, para R$ 35,80, enquanto o papel preferencial do Bradesco avançou
3,97%, para R$ 36,89. Já o Banco do Brasil viu sua ação subir 4,40%, para R$
23,48.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar teve um novo dia de alívio com expectativa de novas medidas
de estímulo na Europa. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve
desvalorização de 0,15% sobre o real, cotado em R$ 2,695 na venda.
Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu durante boa parte do
dia, mas fechou em leve alta de 0,11%, para R$ 2,705. A virada, segundo
operadores, refletiu fluxos pontuais de saída de moeda estrangeira do país.
O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no
câmbio, através do leilão de 2 mil contratos de swap cambial (operação que
equivale a uma venda futura de dólares), por US$ 98 milhões.
A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de
swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 489,7 milhões. Até o momento, o
BC já rolou cerca de 19% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que
vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões.

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