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quinta-feira, 13 de março de 2014

Dólar fecha em queda diante de perspectiva de fluxo positivo

Depois de quatro pregões consecutivos de alta, o dólar comercial fechou em
queda frente ao real diante do movimento de realização de lucro no exterior e
da perspectiva de fluxo positivo de recursos para o mercado local. 
O dólar comercial caiu 0,34% encerrando a R$ 2,3590. Já o contrato futuro para
abril recuava 0,31% para R$ 2,37.
O dia foi de realização de lucros no exterior, com o dólar caindo frente às
moedas emergentes, depois de ter subido nos últimos dois dias com o temor em
relação à desaceleração da China. A recuperação do preço do cobre hoje
contribuiu para a valorização de algumas moedas atreladas a commodities como o
dólar australiano, rand sul-africano e peso chileno.
No mercado interno, a entrada de recursos e a perspectiva de fluxo positivo nos
próximos dias contribuíram para queda da moeda americana. Depois da Petrobras
captar US$ 8,5 bilhões na segunda-feira, o banco Daycoval fechou hoje a
captação de US$ 500 milhões por meio de uma emissão de bônus no exterior pelo
prazo de cinco anos. O Tesouro Nacional também anunciou que pretende realizar
uma emissão em euros até o fim de março.
Dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram que o fluxo cambial ficou
positivo em US$ 2,702 bilhões na primeira semana de março, até o dia 7. O
número é resultado de uma entrada líquida de US$ 2,505 bilhões na conta
financeira e de um superávit de US$ 198 milhões na conta comercial.
Só no dia 6 de março foi registrada uma entrada de US$ 1,103 bilhão na conta
financeira, no mesmo dia em que o Tesouro Nacional vendeu todo o lote de 5,750
milhões em Notas do Tesouro Nacional - série F, cuja operação somou R$ 5,969
bilhões. Por terem prazos mais longos, esses papéis costumam ser muito
demandados por investidores estrangeiros.
No ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 2,457 bilhões.
Em discurso em evento promovido pelo Goldman Sachs, o presidente do Banco
Central, Alexandre  Tombini, informou hoje que o ingresso líquido de capitais
estrangeiros para renda fixa , bolsa e Investimento Estrangeiro Diret o (IED)
somou US$ 9,2 bilhões em fevereiro, acima dos US$ 7,806 bilhões registrados em
janeiro.
Nesse cenário, os investidores locais têm reduzido a posição comprada em dólar.
Desde o fim de janeiro, esse grupo de investidores diminuiu a posição comprada
em dólar via cupom cambial (DDI) e dólar futuro de US$ 9,18 6 bilhões para US$
3,554 bilhões ontem. No mesmo período, os estrangeiros também reduziram sua
aposta na alta do dólar na BM&F de US$ 27,353 bilhões para US$ 24,800 bilhões.
Segundo analistas, parte desse aumento da posição dos estrangeiros em dólar
reflete a busca por hedge para suas alocações em renda fixa.
"O estrangeiro está bem menos avesso ao Brasil. A divulgação da meta fiscal foi
decisiva para isso. E acho que vamos continuar vendo nas próximas semanas mais
fluxos para renda fixa", diz o gestor de renda fixa e derivativos da Brasif
Gestão, Henrique de la Rocque.
Para diretor de câmbio da B&T Corretora, Marcos Trabbold , os investidores
estrangeiros estão aproveitando a alta taxa básica de juros, em 10,75%, para
ampliar os investimentos em renda fixa, mas isso não muda a perspectiva para o
câmbio ..  O executivo afirma que a tendência ainda é de desvalorização do real
e que se o câmbio se mantiver no patamar entre R$ 2,35 e R $ 2,40  é provável
que o BC faça a rolagem integral do lote de US$ 10,148 bilhões com vencimento
previsto para o início de abril.
A autoridade monetária fez a rolagem de mais 10 mil contratos de swap cambial
tradicional ofertados em leilão hoje, em operação que movimentou o equivalente
a US$ 492,8 milhões. Com isso, o BC reduziu a US$ 8,670 bilhões o volume em
swaps que podem vencer em abril.
O BC também vendeu hoje todos os quatro mil contratos de swap cambial
tradicional ofertados em leilão, movimentando o equivalente a US$ 197,8
milhões. Com isso, a posição vendida em dólar do BC via swaps junto ao mercado
aumentou a US$ 84,803 bilhões.




JUROS: Dólar e taxa dos títulos dos EUA levam DIs ao campo negativo
   São Paulo, 12 de março de 2014 - O comportamento do dólar comercial e das
taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que recuaram nesta tarde,
levou a taxa dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) a ficarem no campo
negativo. Com o maior volume financeiro, os papéis que expiram em janeiro de
2015 caíram de 11,11% para 11,10%, com volume financeiro de R$ 20,474 bilhões.
   No mesmo sentido, mas no longo prazo, as taxas dos contratos programados
para janeiro de 2017 cederam de 12,47% para 12,43%, movimentando R$ 18,449
bilhões. Os DIs com vencimento em janeiro de 2016 tiveram o mesmo comportamento
ao recuarem de 12,04% para 11,96%, com volume de R$ 15,812 bilhões.




PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: China e EUA podem elevar aversão ao risco
   São Paulo, 12 de março de 2014 - Indicadores de produção industrial e o
desempenho das vendas no varejo da China somados aos pedidos de
seguro-desemprego da última semana poderão elevar a versão ao risco dos
investidores estrangeiros nos mercados emergentes. Apesar da expectativa de que
os dados chineses venham em linha com os do mesmo período de 2013, o mercado
fica reticente em relação ao cenário de desaceleração do crescimento da
maior potência econômica asiática.
   "Esses números de produção e varejo chineses serão muito importantes
para o comportamento da curva dos contratos de DI [Depósito Interfinanceiro] e
do dólar, pois o mercado está muito sensível em relação aos indicadores do
país ultimamente. Enquanto nos Estados Unidos, se os dados de pedidos de
auxílio desemprego subirem, como aconteceu na semana passada, surpreendendo a
todos, será um sinal de desaceleração", diz Vladimir Caramaschi,
estrategista-chefe do Crédit Agricole.
   O economista acredita que se os números do varejo norte-americano e do
mercado de trabalho não animarem os investidores, as taxas dos títulos do
Tesouro do país deverão subir, e, consequentemente, os dos contratos de DI
aqui no Brasil vão acompanhá-los.

   Para a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), que será divulgada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Caramaschi afirma que o
mercado não está otimista e espera uma queda moderada. Conforme o Termômetro
CMA, as vendas no comércio varejista deverão retrair 0,2% em janeiro na
comparação com dezembro.
   Hoje, no mercado de juros futuros, o comportamento do dólar comercial e das
taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que recuaram nesta tarde,
levou a taxa dos DIs a ficarem no campo negativo. Com o maior volume financeiro,
os papéis que expiram em janeiro de 2015 caíram de 11,11% para 11,10%, com
volume financeiro de R$ 20,474 bilhões.
    
   No mesmo sentido, mas no longo prazo, as taxas dos contratos programados
para janeiro de 2017 cederam de 12,47% para 12,43%, movimentando R$ 18,449
bilhões. Os DIs com vencimento em janeiro de 2016 tiveram o mesmo comportamento
ao recuarem de 12,04% para 11,96%, com volume de R$ 15,812 bilhões.
    Câmbio
   O dólar comercial encerrou as negociações com queda de 0,33%, cotado a R$
2,3570 para compra e a R$ 2,3590 para venda. Durante o dia, a moeda oscilou
entre a mínima de R$ 2,3580 e a máxima de R$ 2,3750. No mercado futuro, os
contratos de dólar comercial com vencimento em abril tinham desvalorização de
0,31% em relação ao real, negociado por R$ 2.370,500.




Bovespa tem recuperação modesta, mas segue abaixo dos 46 mil pontos

A bolsa brasileira conseguiu cravar o segundo dia seguido de recuperação. Mas,
assim como aconteceu ontem, o "repique" começou bem, mas terminou o dia sem
força. Se por um lado os operadores são unânimes em afirmar que o mercado está
"barato" e os vendedores já não têm mais o mesmo ímpeto de antes, por outro,
ninguém tem coragem de bancar que a hora de comprar seja agora. O relatório
divulgado ontem pelo Credit Suisse, alterando a recomendação de Petrobras de
venda para neutra - justamente porque o papel está muito barato, e não
necessariamente por melhora nos fundamentos da companhia - ajudou as ações da
estatal a subir com maior fôlego hoje e também se refletiu sobre os papéis da
Vale, outro ativo que vinha sofrendo há alguns pregões. "O fato é que as ações
estão muito achatadas, o que acaba chamando compras. Mas o quadro ainda é
preocupante", afirma o especialista em bolsa da Icap Brasil, Rogério Oliveira,
lembrando que uma série de incertezas ainda persistem tanto no ambiente
doméstico como no internacional. O Ibovespa subiu 0,36%, para 45.862 pontos,
com volume de R$ 6,203 bilhões. Vale PNA terminou em alta de 1,37%, para R$
26,46, e Petrobras PN ganhou 1,60%, a R$ 13,32. Entre as maiores altas do dia
ficaram as elétricas, que também andavam "achatadas" por conta das preocupações
com o risco de racionamento. Energias do Brasil ON (5,50%) liderou o Ibovespa,
seguida de Eletrobras ON (5,31%) e PNB (4,48%), Light ON (3,17%) e CPFL Energia
ON (2,74%). A descoberta de uma sobra "inesperada" de R$ 4 bilhões nas contas
do governo traz alívio ao setor. O recurso da "Conta de Energia de Reserva"
deve reduzir as despesas do Tesouro para ressarcir as distribuidoras pelo uso
das usinas termelétricas, mais caras, para evitar o risco de racionamento no
país. Light também reagiu às declarações do diretor de finanças e relações com
investidores da companhia, João Batista Zolini, durante teleconferência com
analistas. Ele afirmou que o índice atual de descontratação da distribui dora
está em torno de 5%. Esse é o percentual de exposição da companhia ao preço de
energia de curto prazo, atualmente no teto regulatório, de R$ 822,83 por
megawatt-hora (MWh). O presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, também
comentou a exposição involuntária das distribuidoras, devido à operação das
térmicas. "Se isso se permanecer, vamos ter que repensar toda a nossa
estratégia de caixa ao longo do ano", disse. Na ponta negativa do Ibovespa
ficaram Usiminas PNA (-2,85%), Vivo PN (-2,10%) e Qualicorp ON (-2,05%).  Itaú
PN (-1,23%) chegou a cair mais de 2% ao longo do pregão, figurando entre as
maiores baixas, mas amenizou as perdas no fechamento. O Valor apurou que a
instituição perdeu nove executivos de peso de sua tesouraria, entre eles o
diretor de trading do Itaú BBA, Fábio Okumura, que migraram para o Credit
Suisse Hedging Griffo, onde integrarão a equipe responsável pelo lançamento de
uma nova família de fundos. "Certamente foi um baque para o banco.", comentou
um operador.




PERSPECTIVA: Ibovespa espera dados estáveis de China para recuperar fôlego
   São Paulo, 12 de março de 2014 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, dependerá dos indicadores chineses e norte-americanos que serão
no mínimo estáveis para recuperar o fôlego e flertar novamente com o patamar
dos 47 mil pontos a partir de amanhã (13). Números importantes sobre a
produção industrial e as vendas no varejo da potência asiática e do mercado
de trabalho e comércio varejista nos Estados Unidos vão traçar o caminho para
os mercados acionários.
   "Para que as ações da Vale mantenham a tendência de alta deste pregão
será necessário que a produção industrial chinesa seja, no mínimo, em linha
com o do ano passado para que o reflexo seja positivo. Mas a expectativa é de
que a onda de pessimismo fique mais branda, caso os indicadores sejam conforme
as projeções", diz Waldney Trindade Nery, analista da Uniletra Corretora.
   Hoje, o Ibovespa, encerrou com alta de 0,36%, aos 45.861 pontos. O volume
financeiro da bolsa brasileira nesta segunda-feira foi de R$ 6,203 bilhões. As
ações preferenciais da Vale (VALE5; 1,19%, a R$ 26,46), da Petrobras (PETR4;
1,60%, a R$ 13,32) e do Bradesco (BBDC4; 0,63%, a R$ 27,28) encerraram com
valorização e garantiram o resultado em campo positivo do índice.




MERCADO EUA: Indices fecham próximos da estabilidade; Nasdaq sobe
   São Paulo, 12 de março de 2014 - Os índices acionários dos Estados
Unidos desaceleraram suas perdas no final do pregão hoje e fecharam o dia
próximos da estabilidade, com exceção do Nasdaq Composto, que foi
impulsionado pela notícia de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla
em inglês) da King Digital. O Dow Jones caiu 0,07%, a 16.340,08 pontos, o S&P
500 encerrou com leve alta de 0,03%,a 1.868,20 pontos, e o Nasdaq Composto subiu
0,38%, a 4.323,33 pontos.
   Sem indicadores econômicos hoje nos Estados Unidos, o mercado continua
seguindo a tendência internacional e atento à desaceleração econômica na
China e às tensões entre o Ocidente e a Rússia sobre a Ucrânia.
   O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje que se a Rússia
não recuar com o apoio à separação da Crimeia da Ucrânia, a comunidade
internacional será forçada a aplicar custos a suas violações da lei
internacional.. Os comentários foram feitos em recepção ao primeiro-ministro
ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, na Casa Branca.
   "Nós vimos alguns sinais de fraqueza na economia chinesa e a disputa
territorial em curso com a Rússia prejudicar a confiança do mercado esses
dias, contribuindo com quedas significantes nos índices globais, mas o mercado
dos Estados Unidos ainda não mostrou nenhuma evidência de pânico e apenas
alguns sinais de pessimismo chegando", afirmou o economista do IG, Peter
Martin.
   "Uma conclusão pode ser que os investidores americanos se sintam
suficientemente imunes aos choques econômicos ou geopolíticos externos; outra
conclusão é que o mercado está apenas esperando os dados de vendas do varejo
amanhã", completou Martin.
   Entre as notícias corporativas, a empresa britânica criadora do jogo Candy
Crush, a King Digital, impulsionou o Nasdaq Composto, ao anunciar que entrou
com um pedido de abertura de capital para se listar no índice. A companhia
espera captar cerca de US$ 5 bilhões com sua oferta pública inicial de ações
(IPO, na sigla em inglês).




PETRÓLEO: Preços de futuros caem com dados sobre estoques e reservas dos EUA
   São Paulo, 12 de março de 2014 - Os preços dos contratos futuros
internacionais de petróleo encerraram os negócios de hoje em queda, após o
aumento maior do que esperado de estoques da commodity dos Estados Unidos e de
informações de que o país começará a liberar barris de suas reservas. Na
Nymex, os preços dos contratos futuros do WTI para abril tiveram queda de 2%,
para US$ 97,99 o barril. Na plataforma ICE, os preços dos contratos futuros do
Brent com vencimento no mesmo mês tiveram queda de 0,5%, para US$ 108,02 o
barril.
   O Departamento de Energia (DoE) informou que os estoques de petróleo dos
Estados Unidos subiram em 6,2 milhões de barris, ou 1,7%, para 370 milhões de
barris, na semana encerrada em 7 de março. Os estoques de gasolina caíram em
5,2 milhões barris, ou 2,3%, para 223,8 milhões de barris. Os estoques de
derivados caíram em 500 mil barris, ou 0,5%, para 113,9 milhões de barris.
   Ainda hoje, a mídia internacional reportou que os Estados Unidos começaram
a realizar seus primeiros "testes" de venda de petróleo de suas reservas
estratégicas desde 1990, sinalizando que estão preparados para responder a
eventuais tumultos no mercado de energia, provenientes da crise na Ucrânia.

   O Departamento de Energia do país anunciou que planeja liberar cerca de 5
milhões de barris de petróleo por dia, menos de 1% do total de sua reserva, de
696 milhões, com o objetivo de "acessar de forma adequada o suas capacidades
em casos de interrupções".
   A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou para
cima a projeção para a demanda internacional pela commodity em 2014, para 91,
1 milhões de barris de petróleo por dia. A notícia, no entanto, não foi
suficiente para ofuscar os dados mais cedo e elevar os preços da commodity.



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