CHUVAS AJUDAM, MAS ALIVIO DEFINITIVO AINDA É INCERTO - SOMAR
As chuvas começaram a chegar às áreas de café do Brasil e
deverão somar volumes importantes na principal região cafeeira nos próximos
dias, mas para evitar maiores perdas na safra do maior produtor global do grão
serão necessárias precipitações volumosas até o fim no mês.
A avaliação é da Somar Meteorologia, que prevê cerca de 50 milímetros
de chuvas até o meio da próxima semana em algumas áreas de Minas Gerais,
principal Estado produtor de café do Brasil, onde as lavouras sofreram em
janeiro com um verão atipicamente seco e temperaturas acima da média.
"Essas chuvas já vão dar uma ajuda, mas não refrescam tanto, dá uma
condição bem melhor para o que vinha ocorrendo. Mas precisa que volte a chover
com mais intensidade até o final de fevereiro, porque senão as perdas
começam a ficar bastante altas no café", afirmou o agrometeorologista Marco
Antônio dos Santos.
Os contratos futuros do café arábica operavam em baixa em Nova York, com
notícias de chuvas no Brasil. Por volta 14h45 (horário de Brasília) o
contrato para entrega em maio recuava 1,30 por cento, a 1,4010 dólar por
libra-peso.
Segundo o especialista, as chuvas nos próximos dias deverão ser
generalizadas.. "Mas se abrir o tempo depois não servirão para nada",
completou.
Chuvas de cerca de 50 milímetros, segundo o meteorologista da Somar,
permitem que o cafezal suporte somente mais uma semana sem umidade,
especialmente após um janeiro quente e seco, que ressecou a terra.
"Se estivéssemos falando em 100 milímetros, tudo bem, mas como estamos
falando em 50...", disse.
"Tem que esperar os próximos dez dias, ver o volume de chuvas e onde vão
cair... A tensão ainda continua, não dá pra dizer que está tranquilo, ainda
se mantém a luz amarela, vai depender muito de como será a chuva nos
próximos dias" completou.
A boa notícia é que as temperaturas nas próximas semanas não serão
tão altas como em janeiro, segundo a Somar.
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