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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Café na ICE tem movimento corretivo e fecha com fortes perdas

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com fortes quedas, refletindo algumas realizações de lucro, após as fortes altas experimentada pela commodity ao longo dos últimos dias. Ao longo de boa parte do dia, o primeiro contrato conseguiu se manter acima do nível psicológico de 140,00 centavos. No entanto, pouco antes do fechamento do intraday, um fundo teria atuado de forma mais agressiva no lado vendedor, o que acirrou as perdas e abriu espaço para stops de venda, fazendo com que o março voltasse a flutuar proximamente dos 135,00 cents. O foco dos players continua sendo os relatórios meteorológicos vindos do Brasil. O cinturão cafeeiro do país vive um período de temperaturas muito altas e com níveis de chuva bastante abaixo da média histórica para esse período do ano. Com isso, a disponibilidade hídrica do solo já recuou de forma exponencial e há sérios riscos de que os grãos sofram para ter um adequado processo de enchimento. Isso poderá afetar fortemente o volume da safra e também a qualidade do produto. De acordo com a empresa Climatempo, as chuvas previstas para ocorrer a partir da segunda quinzena de fevereiro no centro-sul brasileiro provavelmente não serão suficientes para que o mês termine com precipitações acima da média histórica. Diante da possibilidade de o Brasil ofertar um volume menor de café, as contas sobre a disponibilidade do grão já estão sendo refeitas. No início do ano, alguns players admitiam que 2014 poderia ser um ano de déficit, ao passo que agora essa possibilidade se mostra ainda mais concreta. A demanda global por café tem um crescimento apenas moderado, mas suficiente para balizar com a produção, ao passo que os estoques globais do grão estão em queda constante, o que sugere um cenário positivo para a formação de um déficit do grão.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve ganho de 735 pontos, com 135,75 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 144,15 centavos e a mínima de 134,80 centavos, com o maio registrando avanço de 725 pontos, com 137,85 centavos por libra, com a máxima em 146,10 centavos e a mínima em 136,90 centavos. Na Euronext/Liffe, o março teve alta de 3 dólares, com 1.860 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 3 dólares, para o nível de 1.845 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por vendas moderadas na primeira parte da sessão. O março falhou ao tentar buscar as altas do pregão anterior e, diante disso, os vendedores ganharam corpo. As perdas variavam próximas dos 100 pontos, até algumas liquidações mais agressivas de fundos pressionarem fortemente o mercado, o que deu espaço para que as quedas fossem consideráveis. No segmento externo, o dia foi tranquilo, com altas para as bolsas internacionais e queda do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais. Nas commodities softs, apenas o café apresentou oscilações mais fortes, com o cacau tendo um dia de pequena valorização, assim como o suco de laranja.

"A expectativa por uma correção era crescente, principalmente após termos avançado mais de mil pontos apenas na última terça-feira. Evidentemente, que a seca e o calor trazem preocupações quanto à produção brasileira, mas o reflexo desse problema climático se deu muito rapidamente nos terminais. Esse 'efeito foguete' gera uma contraofensiva e, portanto, uma retração mais incisiva, como a desta quinta-feira, não pode ser notada como algo inesperado. Alguns players avaliaram que a possibilidade da retomada das chuvas a partir de 17 de fevereiro no centro-sul brasileiro pode ter motivado alguns fundos a liquidarem. É uma possibilidade, mas acreditamos que essa liquidação está em linha com o aspecto técnico do mercado, que subiu intensamente e que, diante disso, teria, mais cedo ou mais tarde, de passar por alguma correção", disse um trader.

A Organização Internacional do Café estimou a produção global do produto em 145,8 milhões de sacas na safra 2013/2014, o que significa uma alta de 0,5% em relação às 145,1 milhões de sacas da temporada anterior. A produção da variedade robusta, de acordo com a entidade baseada em Londres, foi estimada com uma alta de 7,2%, para 60,3 milhões de sacas, enquanto a produção de arábica foi projetada em queda de 3,8%, para 85,4 milhões de sacas.

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 6.039 sacas, indo para 2.637.683 sacas.

Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência144,15, 144,50-144,55, 145,00, 145,50, 145,80, 146,00, 146,50, 147,00, 147,50,148,00, 148,50 e 149,00 centavos de dólar, com o suporte 134,80, 134,50,134,25, 134,00, 133,50, 133,00, 132,50, 132,00, 131,50, 131,00, 130,50,130,10-130,00, 129,50 e 129,00 centavos.




Londres reverte vendas iniciais e fecha com estabilidade

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com poucas oscilações, em uma sessão mais calma, sem maiores atropelos e com um volume comercializado inferior ao registrado nos pregões iniciais da semana. As rolagens de posições continuam e o maio já conta com mais de 33 mil contratos em aberto, contra cerca de 26 mil do março.

De acordo com analistas internacionais, o dia teve uma tentativa inicial de jogar os preços para baixo. Com várias vendas especulativas, o março chegou a tocar o nível de 1.824 dólares, no entanto, pouco a pouco, os vendedores foram perdendo fôlego e algumas recompras foram processadas, permitindo, assim, que o março encerrasse as operações muito próximo do patamar registrado ao final da quarta-feira.

"Depois dos bons ganhos dos últimos dias seria natural algumas tentativas de realizações. Isso também foi verificado nesta quinta-feira na bolsa de Nova Iorque. Mas, ao final, o mercado demonstrou que continua bastante atento aos fatores climáticos do Brasil e voltou a ganhar corpo. A tendência é que os vietnamitas já estejam praticamente reintegrados ao mercado, depois do Tet, e, mesmo assim, verificamos que a pressão vendedora da origem não é das mais efetivas", disse um trader.

O março teve uma movimentação ao longo do dia de 6,47 mil contratos, contra 7,30 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 15 dólares.

No encerramento do dia, o março teve alta de 3 dólares, com1.860 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 3 dólares, para o nível de 1.845 dólares por tonelada.

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