Café volta a recuar na ICE, mas se mantém acima dos 160 cents
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerram esta quinta-feira com quedas, em um novo dia de características técnicas. Pela manhã, o setembro chegou a buscar um nível próximo de 160,00 centavos, no entanto, encontrou uma zona compradora e, com isso, as perdas foram minimizadas. Por sua vez, os ganhos consistentes observados na terça-feira não conseguem ser ampliados. Ao longo da sessão, se verificou também a pressão externa para que maiores avanços não fossem registrados. Os indicadores de bolsas internacionais e da maior parte das commodities se mostraram negativos e influenciou vários players a se posicionarem de lado em relação a mercados de maior risco. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve queda de 180 pontos, com 163,05 centavos, sendo a máxima em 165,15 e a mínima em 160,85 centavos por libra, com o setembro tendo desvalorização de 190 pontos, com a libra a 166,20 centavos, sendo a máxima em 168,30 e a mínima em 164,05 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, julho teve queda de 8 dólares, com 2.054 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 9 dólares, com 2.089 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a quinta-feira foi de perdas relativas na bolsa nova-iorquina, com o mercado passando a desacelerar, após ter atingido, na quarta, as máximas de quatro semanas. No longo prazo, o mercado mantém dominante o sentimento baixista, ao passo que no curto prazo já se vê uma certa mudança em relação às semanas anteriores, que se mostravam também amplamente flexionadas para as retrações. Para os analistas, qualquer ganho adicional verificado no momento seria "meramente uma ação corretiva". Avaliando um quadro mais amplo, o setembro na bolsa nova-iorquina ainda está inserido em uma tendência baixista massiva, iniciada em maio de 2011, após ter atingido a máxima de 300,15 centavos por libra. O mercado caiu para um nível de mais de um ano de baixa no dia 18 de junho, ao atingir 150,10 centavos. Desde a metade d julho, ganhos modestos foram observados, com o nível de 168,55 centavos tendo sido tocado no dia 27. O mercado conseguiu se posicionar acima da média móvel de 20 dias, que atualmente está em 157,58 centavos, mas ainda está bem abaixo de médias móveis de médio e longo prazos, incluindo as de 40, 50, 100 e 200 dias. Dave Toth, diretor de pesquisa técnica da R. J. O'Brien, indicou que "num período intermediário a tendência até é de alta, mas no longo prazo, o aspecto é negativo, no entanto, esse perspectiva pode abrir espaço para algumas correções", sustentou. O especialista ressaltou que os players devem, no curto prazo, estarem atentos com um quadro construtivo de compras, mas se tornarem ainda mais cautelosos se o nível de 157,00 centavos foi novamente testado, o que poderia inviabilizar todo impulso de retomada dos ganhos. O nível de 157,00 representa a baixa de 26 de junho e é um importante parâmetro de risco no curto prazo. "Se conseguirmos continuar acima dos 157,00 poderemos tender a voltar a subir, caso não tenhamos êxito é possível que entremos em um viés de baixa mais efetiva", concluiu o especialista. O Vietnã deverá ter uma produção recorde de 23,7 milhões de sacas em 2012/2013. A previsão é da consultoria alemã F.O. Licht. A empresa avalia que o país produtor de café robusta deve elevar sua produção em cerca de 1 milhão de sacas sobre o registrado em 2011/2012, quando teria colhido 22,7 milhões de sacas. Para a Licht, o crescimento está relacionado diretamente às boas condições climáticas. Já o Brasil, líder global na produção de arábica, continua tendo sua safra estimada em 56 milhões de sacas pela F.O. Licht. As exportações de café do Brasil em junho, até o dia 27, somaram 1.338.154 sacas de café, contra as 1.202.214 sacas registradas no mesmo período de maio, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.082 sacas, indo para 1.617.137 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 13.424 lotes, com as opções tendo 826 calls e 897 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 165,15, 165,50, 166,00, 166,50, 167,00, 167,50, 168,00, 168,50-168,55, 169,00, 169,50, 169,90-170,00, 170,50, 171,00, 171,50, 172,00, 172,50, 173,00 e 173,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 160,85, 160,10-160,00, 159,50, 159,00, 158,50, 158,00, 157,50, 157,00, 156,50, 156,00 e 155,50 centavos por libra.
Em sessão calma, Londres recua, mas mantém parâmetros
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe tiveram uma sessão de quinta-feira bastante calma, com poucos negócios reportados e com algumas retrações sendo aferidas. A posição setembro não conseguiu, ao longo de todo dia, testar o nível de 2.100 dólares, no entanto, mesmo com as perdas, ainda se manteve bastante próxima desse importante referencial. A sessão foi pouco volátil, com a segunda posição variando apenas 16 dólares. De acordo com analistas internacionais, o dia em Londres foi caracterizado por um aspecto consolidativo, em um nível ligeiramente abaixo da referência de 2.100 dólares. Com o volume baixo de negócios, as variações de preços foram mínimas. As baixas vieram, majoritariamente, por conta do cenário externo, principalmente com o dólar em alta, o que estimulou algumas vendas. "Não tivemos uma sessão das mais agitadas e conseguimos manter integralmente os parâmetros. Levando-se em conta as retrações nos mercados externos e também no segmento de arábicas, as baixas modestas demonstram que os robustas ainda mantêm consistência", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de julho com uma movimentação de 1,28 mil lotes, com o setembro tendo 3,27 mil lotes negociados. O spread entre as posições julho e setembro ficou em 35 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição julho teve queda de 8 dólares, com 2.054 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 9 dólares, com 2.089 dólares por tonelada. FLEXIBILIZAÇÃO PARA EXPORTADORES E 3º LEILÃO DE SWAP DEIXAM DÓLAR ESTÁVEL São Paulo, 28/06/2012 - O Banco Central esperou o mercado à vista de câmbio encerrar as operações para dar aos investidores a notícia mais importante do dia. Os exportadores poderão voltar a fazer operações de pré-pagamento com instituições financeiras ou empresas que não sejam as importadoras de seus produtos. Em março último, dando sequência à lista de medidas que visavam evitar a valorização excessiva do real, esse tipo de financiamento às exportações tinha sido limitado aos importadores e por prazos de, no máximo, 360 dias. Na ocasião, a medida foi considerada agressiva por parte dos operadores que atuam nesse segmento.Vale registrar que a restrição de prazo continua valendo. Ainda assim, a expectativa dos operadores é de que mais esse passo atrás da equipe econômica nas medidas de restrição cambial aliviará a pressão de alta registrada sobre as cotações do dólar, nos últimos pregões. O primeiro retrocesso foi o encurtamento, de 1800 dias para 760 dias, nos prazos de empréstimos estrangeiros diretos tributados com IOF de 6%. Em seis sessões, entre os dias 19 e ontem, o dólar à vista de balcão saiu de R$ 2,030 para R$ 2,083, com uma valorização de 2,61% no período.Hoje, porém, a moeda norte-americana encerrou os negócios estável, repetindo a marca de R$ 2,083, embalada pelo anúncio de que o Banco Central fará, amanhã, mais uma oferta de 60 mil swaps cambiais, correspondente a uma venda de dólares de US$ 3 bilhões. Será a terceira operação em três pregões consecutivos e, se os investidores absorverem a totalidade dos contratos, como ocorreu ontem e hoje, a autoridade monetária terá despejado no mercado o equivalente a cerca de US$ 9 bilhões.Em meio às duas informações, e às movimentações que envolvem a rolagem de posições no mercado futuro, o dólar julho registrava queda de 0,05%, a R$ 2,0775, às 17h24. O dólar agosto, que está ganhando liquidez com a proximidade do vencimento de julho, mantinha sinal de alta, a R$ 2,0,90 (+0,10%).Lá fora, onde o clima continua sendo de apreensão em relação ao resultado da reunião da União Europeia, que começou hoje e se estende até amanhã, o euro estava em US$ 1,2444 há pouco, ante US$ 1,2467 no final da tarde de ontem, em Nova York.
BC MUDA OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO ÀS EXPORTAÇÕES PELO PAGAMENTO ANTECIPADO
Brasília, 28/06/2012 -
O Banco Central alterou novamente o funcionamento de uma das operações de financiamento às exportações, o chamado Pagamento Antecipado (PA). O prazo foi mantido em no máximo 360 dias, mas a origem dos recursos foi flexibilizada.Em março, o BC havia fixado que a origem dos recursos desse financiamento ao exportador deveria ser exclusivamente do comprador dos produtos ou serviços. Ou seja, do importador. Agora, o BC volta a permitir que instituições financeiras ou outras empresas possam ser a origem dos recursos.Em março, quando mudaram a norma, a preocupação do BC era que muitas empresas poderiam usar o PA - que não paga IOF ou Imposto de Renda - para trazer recursos ao Brasil e investi-los em aplicações financeiras, como a renda fixa. Em janeiro e fevereiro de 2012, o volume de PAs cresceu 46% na comparação com igual período de 2011. O volume de exportações, porém, não reagiu com o mesmo ritmo.A justificativa para voltar atrás na decisão é que houve um encarecimento do crédito. “Vai facilitar a captação de recursos. É um canal importante de financiamento à exportação. Achamos que não deveríamos preservar esta limitação”, afirmou o secretário executivo do BC, Geraldo Magela Siqueira. “É um ajuste de medida. Estamos dando uma alternativa a mais, que barateia e simplifica”, completou. Segundo ele, o crescimento desordenado desse tipo de crédito já foi contido.
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