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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Brasil na 5ª posição do ranking global

Brasil na 5ª posição do ranking global
O Brasil foi o quinto país que mais atraiu Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010, mostrando um forte salto comparado à 15 posição do ano anterior. O fluxo deve continuar aumentando, com o país ocupando o quarto destino preferido pelas multinacionais para investir no período entre 2011 e 2013. No primeiro semestre, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC), as inversões no mercado brasileiro totalizaram US$ 32,4 bilhões e já há quem esteja revisando o tamanho do fluxo para algo entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões. Os dados referentes a 2010 são do Relatório Mundial de Investimentos, da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Pela primeira vez, as economias em desenvolvimento e em transição atraíram mais da metade do fluxo de US$ 1,24 trilhão de IED. A projeção para este ano é que fluxo global de IED cresça para algo próximo do US$ 1,4 trilhão, apesar das incertezas na economia global. E à medida que mais produção internacional tome o rumo das economias em desenvolvimento, as multinacionais aumentam os projetos de investimento direto nesses mercados. A ideia é abocanhar bons lucros e permanecer competitivas nas cadeias globais de produção. Isso reflete a mudança no consumo internacional.O Brasil absorveu 30% do total da América Latina no ano passado, com US$ 48 bilhões, quase o dobro dos US$ 26 bilhões no ano anterior. O estoque de investimentos diretos externos no país alcançou US$ 472,5 bilhões, dos quais US$ 187,7 bilhões entraram desde 2005. O país só ficou atrás dos Estados Unidos, China, Hong Kong e Bélgica na captação de IED no ano passado.De outro lado, empresas brasileiras têm estoque de US$ 180,9 bilhões de investimentos diretos no exterior. Desse total, US$ 69,7 bilhões foram investidos nos últimos cinco anos, num ritmo acelerado de internacionalização de vários grupos brasileiros.Diante dos resultados do primeiro semestre do ano, com a entrada de US$ 32,4 bilhões no país, a Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) aumentou sua previsão para os investimentos externos no Brasil de US$ 56 bilhões para US$ 65 bilhões em 2011. "Se nós estivermos corretos e a Unctad também, isso dá uma participação de 4,4% no fluxo global. O Brasil, assim, deve dobrar sua participação em dois anos", afirma o presidente da Sobeet, Luís Afonso Lima.Em 2009, investimentos com destino no Brasil representaram 2,2% do total do fluxo global de US$ 1,114 trilhão e, em 2010, 3,9% do US$ 1,24 trilhão investido. Segundo Lima, é possível que até o fim do ano o país suba ainda mais no ranking de principais destinos de atração de capital. "Ganhamos destaque. O dinamismo da economia é um apelo especial que temos. Há alguns anos atrás, isso era impensável", diz.A entidade prevê que o Brasil, junto a outros emergentes, passará a ser, além de principal destino, origem de maioria dos investimentos diretos a partir de 2017. "Cada vez mais o destaque virá das economias em desenvolvimento", sustenta Lima.

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