Os bons preços do café nos últimos meses estão incentivando o plantio de novas lavouras em Minas Gerais. Na região de Patrocínio faltam mudas para atender a demanda.
O preço do café em alta no mercado está motivando produtores a aumentar a área de cultivo em Minas Gerais. É o caso do agricultor Eustáquio de Souza. Ele tem uma propriedade no município de Patrocínio, região do cerrado mineiro. O produtor tem 124 mil pés de café cultivados e agora vai plantar mais 31 mil pés. A área era ocupada pela plantação de milho. “Estou completando 40 hectares, é o restante da área. Não planto mais, porque não tenho mais área. É um período muito bom e torço para que continue assim”, comentou.
Para não correr risco com o investimento, o agricultor procurou a orientação de um agrônomo para garantir o bom crescimento da plantação. “O café como uma cultura perene, a gente tem que trabalhar muito na adubação de base, onde é feito uma correção com calcário, depois a fosfatagem, gessagem, se for o caso, e também a adubação no sulco, no local onde vai colocar a planta”, explicou Luis Antonio da Silva.
O reflexo da movimentação para a abertura de novas áreas de café pode ser percebido em um viveiro de mudas. Dona Márcia Eller conta que a produção de dois milhões de mudas de café já foi toda vendida e a toda hora tem compradores procurando pelo produto.
“O senhor está precisando de quantas, 20 mil? Para pronta entrega eu não tenho, acabou mesmo. Essa quantidade eu não tenho, consigo menos quantidade, mas para daqui uns dias”, explicou dona Márcia ao telefone.
Os bons ventos que agora sopram a favor da cafeicultura, motivam até quem antes era empregado, a se tornar dono do próprio negócio.
Por conta desse bom momento do café, seu Sebastião Rodrigues, que há 25 anos trabalhou como gerente de fazenda, decidiu que agora chegou a vez dele de se tornar produtor e está plantando 53 hectares de café. “É um bom momento. Nós esperamos que continue este preço ou pelo menos um preço que compense no mercado. Não tenho medo, não. Café sempre teve altos e baixos, às vezes tem um ano ou dois ruins e depois equilibra de novo” disse o novo produtor.
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