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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Mercado global terá déficit de oferta de 800 mil scs em 2014/15 - OIC
O mercado global de café estará em
déficit de 800 mil sacas de 60 kg na temporada 2014/15, por perdas na colheita
de arábica pela seca no maior produtor global, o Brasil, e problemas causados
por doença fúngica na América Central, afirmou uma autoridade da
Organização Internacional do Café (OIC). Apesar disso, o mundo tem estoques
suficientes para atender ao consumo projetado de 146 milhões de sacas, disse na
sexta-feira o diretor-executivo da OIC, o brasileiro Roberio Oliveira Silva,
durante conferência na Etiópia. As informações partem da Reuters Brasil.

    Ainda assim, a projeção --a primeira vez que a OIC colocou um número
sobre o déficit esperado-- vai reforçar a preocupação de que os danos da
seca no Brasil levem a uma menor safra em 2015/16 no país. Seria o primeiro
déficit global no mercado global de café em cinco anos.

    Silva disse que a demanda por arábica do Brasil em 2015/16 vai superar a
oferta em 3 milhões de sacas. Essa é uma porção importante das exportações
anuais projetadas em 32,5 milhões de sacas. Ele afirmou que, apesar da falta
de estimativas governamentais, acredita que a produção brasileira de arábica
vai ser significativamente afetada na próxima temporada.

    "Minha percepção sobre isso, sendo um brasileiro e falando com muitas
pessoas do Brasil, sem ter uma estimativa do governo, é que vamos ter problemas
 no próximo ano em termos de safra", afirmou Silva.

    "A questão principal continua a ser o potencial da próxima safra no
Brasil, para 2015/16", disse Silva. "A safra de arábica vai sofrer."

    Problemas na safra do Brasil, juntamente com os danos de uma doença
fúngica conhecida como roya na América Central, impulsionaram os preços do
café arábica na ICE Futures neste ano para máximas de dois anos e meio de
2,2910 dólares por libra-peso, embora desde então eles tenham caído para até
 1,8640 dólar.

     Silva acrescentou que a arbitragem entre arábica e o café robusta, mais
barato e de menor qualidade, dobrou nos últimos seis meses, causando um
deslocamento da demanda em direção ao robusta.
 

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