A rede de fast food Burger King anunciou nesta

terça-feira (26) a fusão com a companhia canadense de cafés, Tim Horton,

segundo o jornal "Wall Street Journal".

Com a aquisição, as duas companhias passam a formar a terceira maior cadeia de

fast food do mundo, com 18 mil lojas em mais de cem países.

O Burger King é controlado pelo fundo 3G, dos brasileiros Jorge Paulo Lemann,

Beto Sicupira e Marcel Telles, que já haviam se unido para a compra da Heinz,

em outubro de 2013.

A operação foi realizada com ajuda do megainvestidor Warren Buffett, que

financiou parte do negócio por meio da sua holding, o Berkshire Hathaway, O

empresário financiará 25% da compra, estimada em US$ 10 bilhões, em troca de

ações preferenciais, que têm maior liquidez e não dão direito ao voto nas

assembleias de acionistas.

De acordo com a publicação, a fusão do Burger King tem como principal objetivo

a redução de impostos. Com o acordo com a Tim Horton, a rede de lanchonetes

terá sinal verde para criar uma holding com sede no Canadá, onde a tributação é

menor.

A tendência já foi criticada pelo presidente Barack Obama e por assessores da

Casa Branca, que prometeram medidas do governo para reduzir a prática, que

afeta os cofres americanos.

Desde 1998, cerca de 40 companhias de diferentes setores fizeram aquisições

planejadas, mudando a sede das empresas para obter vantagens tributárias.

Dados da consultoria e auditoria KPMG mostram que o imposto sobre as empresas

canadenses é de 26,5%, enquanto nos EUA é de 40%.

Segundo o "Wall Street Journal", o presidente executivo do Burger King, Alex

Behring, irá liderar a nova companhia de atuação global, acumulando este cargo

e a função de diretor. Marc Caira, presidente do Tim Horton, será indicado à

vice-presidência e à diretoria da nova empresa.

Já Daniel Schwartz, CEO do Burger King, irá comandar a companhia resultante da

fusão neste mesmo cargo.