Em dia corretivo, café cai forte na ICE e chega a romper os 200 cents
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US têm um dia de quedas consideráveis, com a predominância de liquidações especulativas e de fundos. Há pouco, a posição maio tinha perda de420 pontos, com 201,75 centavos de dólar por libra peso, depois de tocar a mínima de 197,20 centavos, com o julho tendo retração de 435 pontos, com 203,45centavos.
De acordo com analistas internacionais, o dia é caracterizado pela força vendedora de specs e fundos, que conseguiram, ao longo da manhã, empreender perdas ainda mais intensas, fazendo com que o maio operasse abaixo do nível psicológico de 200,00 centavos. Nas mínimas, contudo, algumas recompras foram processadas e, assim, as perdas desaceleraram.
"Tivemos um indicativo de que as correções poderiam ser processadas ainda na sessão de ontem, quando o after-hours apresentou uma pressão vendedora extra. Isso teve continuidade desde os primeiros movimentos de hoje e chegamos a acumular uma baixa de 875 pontos. O mercado é volátil. Temos de levar em conta que os ganhos são sucessivos praticamente desde o início do ano. Diante disso, movimentos corretivos são esperados e é possível, até mesmo, que o mercado procure novos intervalos de preço, principalmente se sentirem que a oferta global pode não ser tão afetada quanto o esperado até há pouco", disse um trader.
No segmento externo, altas ligeiras nas bolsas dos Estados Unidos, com o dólar em queda em relação a uma cesta de moedas internacionais e retração para a maior parte das commodities softs.
A forte crise relacionada à ferrugem do colmo nas lavouras de café da América Central pode não ter sido tão forte quanto se imaginava. A avaliação é da Organização Internacional do Café, que estimou as perdas da temporada em 24% em relação ao obtido na safra 2011/2012. Em seu relatório mensal, a entidade citou dados do Procafé, organismo de café da América Central, que manteve as perdas da produção derivadas da doença em 11,67milhões de sacas em 2013/2014. O montante implica em aproximadamente 8% da produção mundial de café esperada para a temporada. Em comparação com2011/2012, antes da infestação, a colheita da região foi responsável por quase15% da safra global. A Organização não indicou um número comparativo, porém, em seu informe de janeiro estimou que a produção de café da América Central e México teria queda de 12% em dois anos de ferrugem do colmo.
As exportações brasileiras no mês de março, até o dia 13,totalizaram 511.038 sacas de café, queda de 34,62% em relação às 782.038 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência205,05, 205,50, 206,00, 206,50, 207,00, 207,45-207,50, 208,00, 208,50, 209,00,209,50, 209,75, 209,90-210,00, 210,50,211,00 e 211,50 centavos de dólar, com o suporte em 197,05-197,00, 196,50,196,00, 195,50, 195,05-195,00, 194,50, 194,00,193,50, 193,00, 192,50, 192,00, 191,50 e 191,00 centavos.
Em sessão mais amena, café cai de forma modesta em Londres
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com quedas, ainda que moderadas, seguindo o mau humor dos arábicas em Nova Iorque. O dia teve uma movimentação relativamente fraca, com a posição maio flutuando, ao longo de todo o pregão, abaixo do nível psicológico de 2.200 dólares.
De acordo com analistas internacionais, Londres conseguiu passar quase "ilesa" pela onda de liquidações observada em Nova Iorque e que fez com que as cotações apresentassem retrações das mais incisivas. Ao final do dia, no entanto, algumas vendas mais efetivas foram notadas e o encerramento se deu com baixas modestas.
"Tivemos um dia de lances mais calmos, sem uma volatilidade tão agressiva quanto aquela verificada ao longo dos últimos pregões. Chegamos a uma mínima de 2.161 dólares, mas nesse nível as recompras foram efetivadas. A tendência para os robustas tende a ser a manutenção desse intervalo, a menos que tenhamos uma pressão muito mais intensa vinda do processo corretivo em Nova Iorque", disse um trader.
O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 6,09 mil contratos, contra 4,17 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 4 dólares.
No encerramento do dia, o maio teve queda de 14 dólares, com2.175 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 14 dólares, para o nível de 2.171 dólares por tonelada.
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