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terça-feira, 18 de março de 2014

Dólar fecha em queda com redução da tensão na Ucrânia

Diante do impacto limitado das sanções impostas à Crimeia e à Rússia, após o
referendo realizado ontem ter mostrado o apoio da população à separação da
região da Ucrânia, o dólar hoje caiu frente às principais moedas emergentes. No
mercado local, a queda da moeda americana frente ao real foi limitada pelas
dúvidas em relação à capacidade do governo em cumprir a meta fiscal após o
anúncio do pacote destinado ao setor de energia na semana passada. Além disso,
o mercado questiona se o Banco Central  fará a rolagem integral do lote de US$
10,148 bilhões em contratos de swap cambial que vence no início de abril.
O dólar comercial fechou em ligeira queda de 0,04% a R$ 2,35 em dia de pregão
volátil. A moeda americana chegou a operar a R$ 2,3580 na máxima do dia, depois
de ter alcançado a mínima de R$ 2,3430. Já o contrato futuro para abril
avançava 0,06% para R$ 2,359.
Os investidores adotaram uma postura de cautela ainda digerindo os riscos de um
possível agravamento da crise política na Ucrânia.
Um dia depois do referendo na Crimeia mostrar que mais de 95% da população
apoiam a separação da região da Ucrânia e sua união com a Rússia, os mercados
reagiram positivamente ao fato de a ação não ter envolvido conflito militar e
de as sanções anunciadas até o momento por parte dos Estados Unidos e da União
Europeia terem impacto limitado. O Dollar Index, que acompanha o desempenho da
divisa americana frente a uma cesta de moedas, recuava 0,03%. A moeda americana
caía 0,62% frente ao dólar australiano, 0,31% frente ao peso mexicano e 0,20%
em relação ao peso chileno.
Os Estados Unidos e a União Europeia veem a votação como anticonstitucional e
anunciaram medidas de retaliação que incluem o congelamento de ativos e a
suspensão de vistos para autoridades russas e líderes da Crimeia.  "Os mercados
hoje operam mais voláteis com os investidores entendendo que ainda vai demorar
algum tempo para se chegar a uma solução para o conflito, e que os EUA e a
União Europeia não vão adotar sanções imediatas à Rússia, devendo buscar uma
solução diplomática para o caso", afirma Sidnei Nehme, diretor de câmbio da
corretora NGO.
No mercado interno, a queda do dólar foi limitada pela dúvida dos investidores
em relação à capacidade do governo em cumprir a meta de superávit primário para
2014, de 1,9% do PIB, após o anúncio do pacote destinado ao setor de energia.
Para os analistas, o anúncio deixou em aberto o tamanho do impacto do repasse
do aumento do custo da energia para os consumidores, algo que deverá ocorrer
apenas em 2015.
Além disso, com o dólar no patamar de R$ 2,35, alguns analistas apostam que o
Banco Central não fará a rolagem integral dos contratos de swap cambial com
vencimento previsto para o início de abril. Se mantiver o ritmo de renovação de
US$ 500 milhões por dia, o BC rolará apenas US$ 8 bilhões do lote de US$ 10,148
bilhões a vencer em abril. Segundo analistas, a autoridade monetária não deve
anunciar nenhuma mudança nos leilões de rolagem pelo menos até a reunião do
Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês)  marcada para 18 e
19 de março.
A autoridade monetária fez a rolagem de mais 10 mil contratos de swap cambial
tradicional hoje, que somou US$ 492,1 milhões. Com isso ainda restam US$ 7,148
bilhões em contratos a serem renovados. Seguindo o cronograma do programa de
intervenção diária no mercado de câmbio, o BC vendeu hoje todos os quatro mil
contratos de swap ofertados, em operação que funcionou como uma injeção de US$
198,3 milhões no mercado futuro.
Para Nehme, da NGO, o BC não deve fazer a rolagem integral do lote swaps se o
dólar continuar nos níveis atuais de R$ 2,35. "O BC tem interesse em uma taxa
de câmbio mais desvalorizada, que poderá ajudar a atrair o ingresso de capital
estrangeiro para o país", afirma Nehme.
O ingresso de capitais para portfólio tem ajudado a cobrir o déficit em conta
corrente, que está  3,67% do PIB, no acumulado dos últimos 12 meses até janeiro.
Analistas destacam, no entanto, que o BC não tem muito espaço para permitir uma
desvalorização muito acentuada do câmbio em um cenário da inflação ainda
pressionada, mais próxima do teto que do centro da meta, de 4,5%.




JUROS: Dados de inflação pressionam e DIs encerram em alta na BM&FBovespa
   São Paulo, 17 de março de 2014 - A aceleração da inflação medida pelo
IGP-10 e o aumento da projeção do IPCA para o ano pressionaram as taxas de
depósitos interfinanceiros (DIs) para cima na BM&FBovespa hoje, segundo Luciano
Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil. "Aqui os dados de
inflação vieram acima da expectativa, junto com a projeção do Focus, para o
IPCA, que também subiu dando esse viés de alta na curva de juros", aponta
Rostagno.
   A inflação medida pelo Indice Geral de Preços - 10 (IGP-10) acelerou
para 1,29% em março, ante a inflação de 0,30% apresentada em fevereiro. O
mercado esperava uma aceleração levemente menos acentuada, a 1,23%, segundo a
mediana das projeções da pesquisa Termômetro CMA. No Boletim Focus, divulgado
pelo Banco Central (BC) hoje, os economistas ouvidos pela  pesquisa aumentaram
a estimativa para a inflação medida Indice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) de 6,01% para 6,11% na divulgação desta semana.

   A taxa do DI para janeiro de 2015 subiu de 11,15% para 11,16%, com giro de
R$ 14,4 bilhões, a taxa do DI para janeiro de 2017 passou de 12,53% para
12,57%, movimentando R$ 11,6 bilhões. As taxas dos DIs com vencimento em
janeiro de 2016 e julho de 2014 encerraram estáveis a 12,09%, com movimento de
R$ 7,4 bilhões, e a R$ 10,82%, com giro de R$ 5 bilhões, respectivamente.




PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:À espera de Tombini, mercado abre reagindo a Zew
   São Paulo, 17 de março de 2014 - Os negócios tanto de câmbio, quanto de
juros devem reagir às declarações do presidente do Banco Central (BC),
Alexandre Tombini, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho
do Brasil. Antes disso, porém, os dados do índice Zew de sentimento econômico
devem influenciar o movimento de abertura dos mercados.

   "Os investidores vão ficar mais sob a expectativa de que o Tombini dê
alguma declaração amanhã no Congresso para balizar as apostas do ciclo de
aperto monetário no País. Na abertura o Zew deve dar o tom aos mercados, que
depois ainda olham para os números dos Estados Unidos e então a audiência
pública do Tombini", explica Rostagno.
    O presidente do BC participa amanhã, às 11h, de audiência pública na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado, mas os indicadores na
Alemanha e Estados Unidos serão divulgados mais cedo, com o índice Zew de
março divulgado às 7h e os dados de construção  de imóveis residenciais de
fevereiro e  índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de
fevereiro, ambos nos Estados Unidos, às 9h30.
   O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com ligeira queda de
0,04% a R$ 2,3480 para compra e R$ 2,3500 para venda. Durante o dia a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 2,3430 e a máxima de R$ 2,3580.
No mercado futuro, o contrato com vencimento em abril subiu 0,06% a R$
2.359,000.
   De acordo com o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, o movimento da
moeda reflete a divulgação de dados mistos nos Estados Unidos, com a
produção industrial vindo melhor que esperada, e os dados de mercado
imobiliário piores, ainda associado aos mercados mais calmos em relação à
Crimeia.
   A produção industrial nos Estados Unidos subiu 0,6% em fevereiro na
comparação com o mês anterior, depois de recuar 0,2% em janeiro (número
revisado), segundo o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Na
comparação com fevereiro de 2013, houve alta de 2,8% na produção industrial.
         
   O índice de confiança das construtoras de moradias medido pela
Associação Nacional de Construtores (NAHB) e pelo banco Wells Fargo subiu para
47 pontos em março, após registrar 46 pontos em fevereiro, de acordo com
leitura revisada. Analistas esperavam que o índice subisse a 50 pontos.

   Na Ucrânia, a maioria dos habitantes da região da Crimeia aprovou ontem a
proposta feita pelo Parlamento local de se separar da Ucrânia para se tornar
uma "república independente" dentro da Rússia. Com isso, o Parlamento
aprovou uma resolução declarando que a Crimeia é um "estado soberano
independente" e que pedirá para ser anexado à Rússia, pedindo também à
Organização das Nações Unidas (ONU) que reconheça o processo de
independência da região. Estados Unidos e da União Europeia (EU) se opõem ao
pedido, considerando a separação ilegal e inconstitucional.

    Juros
   A aceleração da inflação medida pelo IGP-10 e o aumento da projeção do
IPCA para o ano pressionaram as taxas de depósitos interfinanceiros (DIs) para
cima na BM&FBovespa hoje. "Aqui os dados de inflação vieram acima da
expectativa, junto com a projeção do Focus, para o IPCA, que também subiu
dando esse viés de alta na curva de juros", aponta Rostagno.
    
   A inflação medida pelo Indice Geral de Preços - 10 (IGP-10) acelerou
para 1,29% em março, ante a inflação de 0,30% apresentada em fevereiro. O
mercado esperava uma aceleração levemente menos acentuada, a 1,23%, segundo a
mediana das projeções da pesquisa Termômetro CMA. No Boletim Focus, divulgado
pelo Banco Central (BC) hoje, os economistas ouvidos pela  pesquisa aumentaram
a estimativa para a inflação medida Indice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) de 6,01% para 6,11% na divulgação desta semana.
     
   A taxa do DI para janeiro de 2015 subiu de 11,15% para 11,16%, com giro de
R$ 14,4 bilhões, a taxa do DI para janeiro de 2017 passou de 12,53% para
12,57%, movimentando R$ 11,6 bilhões. As taxas dos DIs com vencimento em
janeiro de 2016 e julho de 2014 encerraram estáveis a 12,09%, com movimento de
R$ 7,4 bilhões, e a R$ 10,82%, com giro de R$ 5 bilhões, respectivamente.




Elétricas caem e amenizam avanço da Bolsa no dia; dólar vai a R$ 2,346
São Paulo, SP  - As ações do setor de energia deram continuidade
nesta segunda-feira (17) à baixa registrada no final da semana passada, com os
investidores apreensivos em relação à viabilidade do plano de socorro do
governo ao segmento, que tem sido prejudicado por custos maiores com o uso de
termoelétricas.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com leve alta de
0,34%, aos 45.117 pontos. O ganho foi amparado no bom desempenho dos mercados
internacionais, refletindo a melhora da indústria dos Estados Unidos e a
repercussão sem violência do voto favorável da população da Crimeia para
anexação à Rússia.
Amenizando a valorização do Ibovespa, as elétricas ficaram entre as maiores
perdas do índice no dia, com destaque para Energias do Brasil (-3,65%), Light
(-2,17%) e os papéis mais negociados da Eletropaulo (-1,68%).
Na última quinta-feira, o governo anunciou um programa de socorro às
distribuidoras de energia, que terão que tomar emprestados R$ 8 bilhões, os
quais serão integralmente repassados às tarifas a partir de 2015.
"Há incerteza sobre o plano ser ou não suficiente para amenizar o custo total
das empresas no longo prazo", diz João Pedro Brügger, analista da consultoria
Leme Investimentos. "Além disso, o mercado desaprovou o fato de o governo ter
tomado a medida pensando apenas no lado político. O que poderia ser bom ao
setor, virou jogada eleitoral", acrescenta.
Segundo o analista, a intenção do governo com a medida emergencial é jogar o
repasse nos preços para 2015, adiando o impacto negativo sobre a inflação no
país. "É estratégia. Com isso, a inflação ainda estará sob controle' na
eleição presidencial de outubro, ampliando a probabilidade de uma reeleição da
presidente [Dilma Rousseff]", diz.
Para Filipe Machado, analista da Geral Investimentos, desagradou o mercado o
fato de o governo ter "dado um tiro no pé". "Ele [o governo] precisou tomar
essa medida para resolver um problema que ele mesmo criou, após o processo de
revisão tarifária ter praticamente obrigado as companhias a reduzirem suas
tarifas de energia", afirma.
O volume financeiro da Bovespa nesta segunda ficou em R$ 7,7 bilhões, inflado
pelo vencimento de contratos de opções sobre ações (mercado que aposta no valor
futuro dos papéis), que movimentou R$ 2,67 bilhões hoje.
"A forte queda do Ibovespa na semana passada, quando o índice chegou a atingir
os níveis de 2009, também colaborou para o pequeno avanço no dia", afirma.
Os dados dos EUA, diz, também tiveram impacto positivo maior sobre os mercados
que o desfecho do referendo na Crimeia. Isso porque, apesar de não ter havido
violência durante o processo eleitoral, o resultado desagradou a União Europeia
e os EUA.
Assim, ganhou destaque no exterior a produção industrial americana, que se
recuperou mais do que o esperado em fevereiro e atingiu a maior alta em seis
meses. No período, houve aumento de 0,8%, a maior alta desde agosto,
compensando o declínio de 0,9% de janeiro ""o maior recuo desde maio de 2009.
Aqui, o boletim Focus do Banco Central mostrou que a expectativa dos
especialistas consultados pela autoridade monetária é de que a inflação oficial
do país chegue a 6,11% neste ano. Na semana passada, o número era de 6,01%. Há
um mês, previa-se 5,93%. A avaliação é que a expectativa já estava sendo
considerada no mercado.
Os papéis da companhia aérea Gol avançaram 3,73%, com os investidores digerindo
dados operacionais de fevereiro, quando houve alta na receita por passageiro e
maior demanda por voos. Apesar disso, analistas ressaltaram que voltou a
preocupar a alta de 8% no custo do combustível.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve
desvalorização de 0,69% em relação ao real, cotado em R$ 2,346 na venda. Já o
dólar comercial, usado no comércio exterior, registrou leve desvalorização de
0,04%, a R$ 2,350.
Segundo operadores, a queda do dólar hoje refletiu o alívio de curto prazo com
o resultado do referendo na Crimeia. Mesmo assim, a perspectiva é de que a
moeda americana volte a ser pressionada nesta semana com a reunião do banco
central dos EUA, que deve continuar cortando gradativamente seu estímulo no
país. Isso restringiria o volume de recursos disponíveis para investimento em
outros mercados, como o brasileiro.
O Banco Central deu continuidade nesta segunda-feira ao seu programa de
intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 contratos de swaps
cambiais tradicionais (equivalente à uma venda futura de dólares), no valor
total de US$ 198,3 milhões.




Bovespa tem recuperação modesta após atingir mínima em 5 anos

A semana começou com uma leve recuperação técnica na bolsa brasileira, depois
de o Ibovespa atingir na sexta-feira seu menor nível em quase cinco anos. O
mercado pegou carona no clima positivo das bolsas americanas, que subiram forte
na esteira do dado de produção industrial dos Estados Unidos, que cresceu 0,6%
em fevereiro, bem acima dos 0,1% esperados.  Investidores preferiram deixar em
segundo plano o resultado do referendo na Crimeia e suas possíveis
consequências. No cenário doméstico, o foco recaiu sobre balanços e outras
informações corporativas. O vencimento de opções sobre ações provocou alguma
volatilidade apenas na primeira metade do pregão. O Ibovespa subiu 0,34% para
45.118 pontos, com volume de R$ 7,717 bilhões, o que já inclui cerca de R$
2,677 bilhões do exercício de opções. Desse montante, apenas R$ 467 milhões
foram de opções de compra e R$ 2,210 bilhões de opções de venda. Entre as
principais ações do índice, Vale PNA (-0,38%, a R$ 26,00) e Petrobras PN
(-1,64%, a R$ 12,57) impediram uma recuperação maior do mercado local. Já os
bancos figuraram entre os maiores ganhos com Itaú PN (2,08%) e Bradesco PN
(2,12%). No topo do Ibovespa ficaram Gol PN (3,72%), BM&FBovespa ON (2,55%) e
Bradesco PN. A empresa aérea divulgou nesta manhã os dados operacionais de
fevereiro. A demanda (RPK) por seus voos cresceu 20,2% em fevereiro, na
comparação anual, mas recuou 20,4% ante janeiro. A oferta (ASK), ao mesmo
tempo, subiu 0,3% ante fevereiro de 2013 e caiu 19,2% ante o mês anterior. Com
esses indicadores, a companhia aérea fechou o mês com taxa de ocupação de
76,7%. O número é 12,7 pontos percentuais maior que o registrado no ano passado
e 1,1 ponto menor do que o de janeiro. Porém, o desempenho operacional forte
não muda a postura cautelosa do Bank of America Merrill Lynch (BofA) em relação
às ações da companhia, apontaram em relatório os analistas Sara Delfim, Roberto
Otero, Murilo Freiberge r e Joe Moura. "Embora reconheçamos que a Gol tem feito
um excelente trabalho reconstruindo o Prask [receita por passageiro), nós
permanecemos preocupados com o cenário para as margens operacionais da
companhia em função da depreciação do real, da volatilidade dos preços do
petróleo com viés de valorização e a baixa demanda sazonal nos próximos meses,
que deverão tornar mais difícil a manutenção da expansão do Prask", escrevem os
especialistas, que mantiveram a recomendação neutra para as ações. Na ponta
negativa do Ibovespa apareceram MRV ON (-5,44%), Dasa ON (-4,49%) e Marfrig ON
(-4,35%). As ações da MRV ainda sentem a má repercussão do balanço do quarto
trimestre, divulgado na semana passada, que trouxe lucro de R$ 72 milhões, uma
redução de 37% sobre igual período de 2012. Além disso, a construtora teve em
2013 suas piores margens bruta e líquida da história, de 26,4% e 10,9%,
respectivamente. 




PERSPECTIVA: Dados dos Estados Unidos podem influenciar pregão de amanhã
   São Paulo, 17 de março de 2014 - Dados dos Estados Unidos e a
participação do presidente do Banco Central (BC, Alexandre Tombini, na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado, poderão influenciar o
desempenho do mercado acionário brasileiro amanhã, depois de uma sessão com
pequena recuperação técnica, o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa.
   "O Ibovespa tem se comportado de maneira adversa, devido à percepção de
risco pelo investidor. Quando os indicadores norte-americanos são bons e os
índices sobem nos Estados Unidos, não acompanhamos. Mas quando o contrário
acontece, normalmente seguimos a tendência negativa. O cenário doméstico
está mais desfavorável que o externo", diz Ernesto Rahmani, diretor da
Tática Asset Management.
   Entre os indicadores que serão informados estão o índice de preços ao
consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro, que no mês anterior subiu
0,1% ante dezembro. A expectativa para o mês passado é de nova leve alta, para
0,2%. Já os dados de construção de imóveis residenciais em fevereiro
deverão somar 915 mil residências ante as 880 mil unidades de registradas em
janeiro.
   Para Rahmani, o cenário brasileiro segue complicado devido à falta de
detalhamento sobre "o pacote de socorro às empresas de energia e o impacto no
superávit, que alimenta as especulações sobre maquiagem nos números". O
executivo destaca que apesar do preço muito baixo das principais ações do
Ibovespa, o viés continua sendo de queda, com o temor de racionamento de
energia endossando essa perspectiva.
   A situação no curto prazo só mudaria caso o governo anunciasse um plano
detalhando quando o cronograma de reajuste no preço dos combustíveis pela
Petrobras. O economista destaca que equiparar o preço da gasolina vendida no
mercado doméstico com o internacional é essencial para que os impactos dessa
defasagem não penalizem ainda mais os resultados financeiros da petrolífera.
   Hoje, o Ibovespa encerrou com alta de 0,34%, aos 45.117 pontos. O volume
financeiro negociado foi de R$ 7,7 bilhões, com o exercício de opções sobre
ações. Entre as ações com maior peso, as do Itaú (ITUB4) subiram 2,08%, a
R$ 29,90, assim como Bradesco (BBDC4; 2,12%, a R$ 26,93), BB Seguridade (BBSE3;
0,13%, a R$ 22,4) e Ambev (ABEV3; 1,89%, a R$ 16,67). Por outro lado, as da
Petrobras (PETR4; -1,64%, a R$ 12,57) e as da Vale (VALE5; -0,38%, a R$ 26)
ficaram no campo negativo.
   "O índice começou com bom desempenho, chegando a subir mais de 1%, mas
com no decorrer do dia foi desacelerando, especialmente as ações da Vale e da
Petrobras, que em parte foram impactadas pelo momento de desaceleração
econômica na China. Essa preocupação é outro motivo que leva o Ibovespa a
não ter o desempenho parecido com de seus pares nos Estados Unidos", afirma o
diretor da Tática Asset Management.
   Em Wall Street, os índices acionários terminaram o dia em alta, com os
investidores minimizando a dimensão das sanções aplicadas pelo Ocidente
contra a Rússia, após referendo da Crimeia, que confirmou a separação dessa
região ucraniana para a vizinha russa. O Dow Jones subiu 1,13%, aos 16.247
pontos, o S&P 500 encerrou com alta de 0,96%, aos 1.858 pontos, e o Nasdaq
Composto avançou 0,81%, aos 4.279 pontos.




MERCADO EUA: Sanções à Rússia não assustam e índices fecham em alta
   São Paulo, 17 de março de 2014 - Os índices acionários dos Estados
Unidos encerraram o dia em alta, com os investidores minimizando a dimensão das
sanções aplicadas pelo Ocidente contra a Rússia, após referendo da Crimeia.
O Dow Jones subiu 1,13%, a 16.247,22 pontos, o S&P 500 encerrou com alta de
0,96%, a 1.858,83 pontos, e o Nasdaq Composto avançou 0,81%, a 4.279,95 pontos.
   O resultado do referendo que confirmou a separação da Crimeia da Ucrânia
e as sanções aplicadas pelos Estados Unidos e União Europeia (UE) como
retaliação à Rússia não tiveram grandes efeitos ainda no mercado. Entre as
sanções, estão o congelamento de ativos sob jurisdição norte-americana de
oficiais, banimentos de viagens a oficiais russos e a proibição de negócios
com pessoas responsáveis ou ligadas a ações que ameaçam a integridade da
Ucrânia.

   Ao invés disso, os investidores preferiram se concentrar na divulgação de
dados econômicos positivos nos Estados Unidos. A pesquisa de condições
econômicas Empire State Manufacturing Survey mostrou que as condições para as
indústrias na região de Nova York registraram melhora em março ante
fevereiro, com o índice subindo para 5,61 no mês.
   A produção industrial nos Estados Unidos subiu 0,6% em fevereiro na
comparação com o mês anterior, depois de recuar 0,2% em janeiro (número
revisado). No setor imobiliário, o índice de confiança das construtoras de
moradias medido pela Associação Nacional de Construtores (NAHB) e pelo banco
Wells Fargo subiu para 47 pontos em março.
   "Eu gostaria de compartilhar com o otimismo do mercado hoje, mas tenho medo
que ele esteja negligenciando os fatos da história. Eu vejo a situação como
uma possível troca de sanções perigosas entre Ocidente e Rússia e que pode
trazer consequências negativas para as economias, incluindo Rússia e
Alemanha", afirmou Derek Holt, economista do Scotiabank.




PETRÓLEO: Mercado não acredita em interrupção de oferta e preço do WTI cai
   São Paulo, 17 de março de 2014 - Os preços dos contratos futuros
internacionais de petróleo devolveram os ganhos das últimas duas sessões e
encerraram os negócios de hoje em queda, com os investidores subestimando a
probabilidade da crise na Crimeia causar uma interrupção no fornecimento
global da commodity. Na Nymex, os preços dos contratos futuros do WTI para
abril tiveram queda de 0,8%, para US$ 98,08 o barril.

   O resultado do referendo que confirmou a separação da Crimeia da Ucrânia
e as sanções aplicadas pelo Ocidente como resposta não teve impactos muito
significativo nos preços do petróleo, uma vez que investidores e analistas
consideram as medidas ainda muito fracas.

   "O mercado está indicando que as sanções do Ocidente contra a Rússia ou
até ações militares ainda são pouco para mover o petróleo. Além disso, as
notícias de superprodução e preocupações com a força econômica dos
Estados Unidos ainda pesam para os operadores do mercado de energia", afirmou
James Hyerczyk,analista do FX Empire.





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