Café tem dia mais calmo na ICE e volta a fechar com valorização
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com altas, com os preços buscando gravitar próximos dos 200,00 centavos de dólar. A volatilidade voltou a ocorrer, mas não foi tão incisiva quanto a registrada em outras sessões realizadas recentemente. Mais uma vez, o café fecha uma semana com retrospecto dos mais positivos. Nesta, o avanço aferido para a posição maio atingiu os 9,18%. As ações do dia foram predominantemente de recompras e de algumas aquisições especulativas. Na primeira metade do dia, os vendedores tencionaram ampliar as mínimas do dia anterior, mas não conseguiram ir além do patamar de 194,00 cents. Isso permitiu abrir espaço para que as recompras fossem identificadas e que até o patamar de 200,00 cents fosse rompido. Acima de tal nível, no entanto, são observadas realizações mais efetivas e vendas de origens. A questão climática continua a ser um viés importante para a formação dos preços na casa de comercialização norte-americana. A expectativa é que os níveis hídricos em vários pontos produtores do cinturão cafeeiro sejam normalizados em breve. É o caso, por exemplo, do sul e do cerrado mineiros, que deverão ter, até o início da próxima semana, volumes de precipitações entre 150 e 200 milímetros, de acordo com cálculos da empresa Climatempo. Para os operadores, a seca mais efetiva pode estar com os dias contados, entretanto, não é nem mais essa condição climática que preocupa os participantes. O que se avalia nesse momento é o legado deixado por essa situação. A quebra efetivamente existiu e hoje existem no mercado diversas avaliações de prejuízo, que vão desde cenários leves até drásticos, além dos problemas relacionados à qualidade. Enquanto um número mais preciso não for revelado, esses operadores crêem que a tensão nos terminais deve ser mantida.
No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 130 pontos, com 196,85 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 201,25 centavos e a mínima de 194,10 centavos, com o julho registrando avanço de 120 pontos, com 198,70 centavos por libra, com a máxima em 203,00 centavos e a mínima em 196,15 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve alta de16 dólares, com 2.099 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 14 dólares, para o nível de 2.095 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi relativamente mais tranquilo na bolsa nova-iorquina, principalmente se comparado com a forte volatilidade assistida ao longo de toda a semana. Para esses especialistas, o mercado pode tender a flutuar próximo do intervalo de 200,00 centavos de dólar, um referencial bastante importante e que, se preservado, pode traduzir a força do atual mercado, que é bastante diverso daquele verificado recentemente, ao final de 2013, quando muitos players projetavam preços em dois dígitos para o contrato de maior liquidez. No segmento externo, a sexta-feira foi de retrações ligeiras para as bolsas nos Estados Unidos, ao passo que o dólar, em relação a uma cesta de moedas internacionais, teve um avanço tímido. O segmento de commodities softs apresentou variações limitadas para a maior parte das matérias-primas, com o café sendo destaque de alta e as baixas mais relativas sendo do açúcar.
"A tendência é que continuemos a viver dias de emoção no mercado cafeeiro. Ainda não temos a definição de um quadro de reversão do déficit hídrico, mas já podemos visualizar que a quebra da safra brasileira ocorrerá, ainda que não tenhamos parâmetros para avaliar sua extensão. Diante desse cenário, não seria absurdo falar em novas aquisições protetivas, ao mesmo tempo em que não seria anormal uma correção, diante de tantos avanços proporcionados ao longo de tão poucas semanas. No mercado interno brasileiro, por sua vez, os preços voltaram a ganhar corpo e os negócios são somente esparsos", disse um trader.
A exportação brasileira de café em fevereiro passado (20 dias úteis) alcançou 2,603 milhões de sacas, o que corresponde a uma elevação de 37,2% em relação ao mesmo mês do ano passado (1,897 milhão de sacas). Em termos de receita cambial, houve leve queda de 0,08% no período, para 362,1 milhões de dólares em comparação com os 362,4 milhões de dólares em fevereiro de 2013. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Quando comparada com o mês anterior, a exportação de café em fevereiro apresenta pequena elevação de 2,25% em termos de volume, pois em janeiro passado o país embarcou 2,546 milhões de sacas. A receita cambial foi 6,8% maior.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.310 sacas, indo para 2.590.248 sacas.
Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência em 201,25, 201,50, 202,00, 202,50, 202,85, 203,00, 203,50, 204,00, 204,10, 204,50, 205,00, 205,50, 206,00, 206,25, 206,50, 207,00, 207,50, 208,00, 208,50, 209,00, 209,50 e 209,90-210,00 centavos de dólar, com o suporte em 194,10-194,00,193,50, 193,05-193,00, 192,50, 192,00, 191,50, 191,00, 190,50, 190,10-190,00,189,50, 189,00, 188,50, 188,00, 187,50, 187,00, 186,50 e 186,00 centavos.
Café volta a subir em Londres e se aproxima dos 2.100 dólares
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com valorização, em níveis, porém, modestos, com a posição maio flutuando próximo do patamar de 2.100 dólares. A sessão foi relativamente calma, até com um volume comercializado ligeiramente menor que o aferido ao longo das últimas sessões na bolsa britânica.
De acordo com analistas internacionais, a sexta-feira foi marcado por algumas compras e vendas, sem que um direcionamento mais concreto pudesse ser aferido. A posição maio chegou a registrar a mínima de 2.064dólares, mas nesse patamar as recompras voltaram a ser identificadas, o que permitiu uma reversão do quadro e o rompimento, mais uma vez, do nível de 2.100dólares.
"As operações de arbitragem não foram tão efetivas nos dois últimos pregões e, assim, Londres continuou a operar focada em aspectos técnicos. Entretanto, o clima positivo se mantém, afinal, a tendência é de que os robustas continuem bastante procurados, por conta dos preços altos dos arábicas e também da disponibilidade menor desse tipo de grão. Por sua vez, o mercado acolheu com cautela a informação apresentada pela Associação de Café e Cacau do Vietnã, que afirmou que a produção deste ano será menor que a de 2013, por conta do frio e da seca. Para vários operadores, a tendência do país é manter uma produção elevada", disse um trader.
O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 6,15 mil contratos, contra 3,69 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 4 dólares.
No encerramento do dia, o maio teve alta de 16 dólares, com2.099 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 14 dólares, para o nível de 2.095 dólares por tonelada.
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