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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Coração Negro vai reduzir em 30% a produção, diz Fabio Miarelli

Quando Fabio Miarelli abriu as cerejas de café em sua fazenda de 220 acres na região Sul de Minas do Brasil para examinar como os grãos dentro estavam se desenvolvendo , ele encontrou murchas , grânulos de borracha metade do tamanho normal.

Miarelli estima que o definhamento do café causada pela baixa umidade do solo, um fenômeno conhecido como Coração Negro, ou Black Heart , vai reduzir cerca de 30 por cento de sua produção este ano.

Relatórios coração preto estão emergindo de várias fazendas em todo o sudeste do Brasil como áreas que respondem por um terço do café do mundo e quase metade dos embarques de açúcar suportar o mais seco estação chuvosa em décadas - e entre as mais quentes . Arábica, o café de sabor suave usado em misturas superiores , teve seu maior rali de sete dias em quase 14 anos em Nova York como resultado. Miarelli espera que a recuperação dos preços irá compensar suas perdas ..

"Nós nunca vimos um período tão longo sem chuva nesta época do ano", disse Lucio Dias, superintendente comercial da Cooxupé produtores de arábica cooperativa , responsável por cerca de 10 por cento das exportações brasileiras de variedade. "Nós vamos precisar de tempo para aprender mais sobre as consequências. "

Os danos podem ser irreversíveis para essa cultura como o solo ressequido em todo Sudeste do Brasil deixa de nutrir as plantas em um momento crucial para o seu desenvolvimento . Qualquer quantidade de chuva antes de abril a setembro começa anuais estação seca virá tarde demais , disse o Somar Meteorologia Marco Antônio dos Santos ..

Plantações suportaram o mais seco janeiro desde 1954 , quando apenas era necessária chuva a mais para as raízes das árvores para absorver os nutrientes do solo , como o café marrom escuro começam a crescer dentro de grãos de café . Galhos de árvores podadas antes do período de floração outubro não estão crescendo, enquanto rebentos plantados no ano passado para renovar plantações estão queimadas e morrendo, disse Dias da Cooxupé .

Um bloqueio atmosférico que está impedindo massas frias da Antártida de trazer chuva para a fazenda de Miarelli só vai começar a enfraquecer após 17 de fevereiro de Santos, o meteorologista  da Somar .
Mesmo com alguma chuva recomeça pouco mais de um mês antes do início da temporada regular seca, não será suficiente para restaurar a umidade do solo para níveis normais , disse Santos.

"Seria necessário que chover acima da média na segunda metade de fevereiro e em março, para os níveis de umidade completamente reabastecer no solo , o que não vai acontecer . ", Disse Santos. "É certo que vamos ter perdas de colheita . "

O impacto do estresse que as árvores estão sofrendo irá se estender além do período de colheita , que começa em abril, afetando a produção do próximo ano também, disse Marcelo Pasqua , diretor do baseado em Guaxupé Ribeiro do Vale Cafés fazenda Especiais que exporta arábica prémio para os EUA, Itália e Japão .





Seca assusta os operadores e impulsiona as cotações

A seca em grande parte das regiões produtoras de café do Brasil, maior produtor e segundo maior consumidor de café do mundo, assusta os operadores e impulsiona as cotações. Tivemos mais uma semana de alta nas bolsas de futuro e no mercado físico. Os contratos de café com vencimento em março próximo na ICE Futures US acumularam alta de 1050 pontos no período, levando o mercado físico brasileiro a trabalhar bastante, com muito interesse nos lotes de café arábica de boa qualidade e um bom volume de negócios realizados. Os arábicas finos chegaram a ser comercializados acima de 350 reais por saca. Também houve muito interesse por café brasileiro por parte das indústrias e traders internacionais.

As informações são que exportadores brasileiros fecharam muitos novos contratos para embarque nos próximos meses. Segundo respeitadas agências de meteorologia, uma grande massa de ar quente e seco cobre as áreas produtoras de café desde o início de janeiro, segurando as frentes frias sobre o sul do continente. Os modelos mostram que a situação não muda durante a primeira quinzena de fevereiro. Agrônomos e cafeicultores informam que os danos aos cafezais já são significativos e devem se agravar até a chegada das chuvas. A seca prejudica a safra 2014, que será colhida a partir de maio próximo e, em maior proporção, a do próximo ano.

A Coca Cola Co. anunciou que está comprando, por cerca de US$ 1,25bilhão, uma participação de 10% na Green Mountain Coffee Roasters Inc., empresa que criou as máquinas e cápsulas de café Keurig. O acordo representa uma grande mudança estratégica para a Coca-Cola, que irá vender seus refrigerantes através de um sistema caseiro de cápsulas que está sendo desenvolvido pela Green Mountain, além de passar a ter uma participação no mercado de cafés e chás -bebidas que têm registrado crescimento a um ritmo mais acelerado do que os refrigerantes nos últimos anos. Para a Green Mountain o acordo permite levar a empresa para além do seu principal negócio, de venda de máquinas de café e cápsulas K-Cup, que vem enfrentando uma concorrência crescente (fonte: VALOR Econômico).

Até o dia 6, os embarques de fevereiro estavam em 177.163 sacas de café arábica, e 4.650 sacas de café conilon, somando 181.813 sacas de café verde, mais 10.544 sacas de café solúvel, totalizando 192.357 sacas embarcadas, contra253.372 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o dia 6 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 527.088 sacas, contra 382.645 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 31, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 6, subiu nos contratos para entrega em março próximo, 1050 pontos ou US$ 13.89 (R$ 33,04) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 31 a R$400,46/saca e hoje, dia 31 a R$ 427,04/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 5 pontos.




Cade aprova compra da Kowalski pela Louis Dreyfus

A compra da Kowalski Alimentos pela Louis Dreyfus Commodities Brasil foi aprovada, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade). A decisão está presente em despacho da superintendência-geral do órgão publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 6.

A Louis Dreyfus Commodities (LDC) assinou acordo em 20 de dezembro do ano passado para assumir as operações de processamento de milho da brasileira Kowalski Alimentos, segundo comunicado emitido naquela data. A Kowalski opera duas unidades industriais, uma em Apucarana, no norte do Paraná, e outra em Rio Verde, no sudoeste de Goiás.


A LDC no Brasil está entre as dez maiores exportadoras do país, atuando em praticamente todos os elos da cadeia, incluindo açúcar, algodão, café, fertilizantes e insumos, grãos, oleaginosas e sucos cítricos. Sediada em São Paulo (SP), conta com cinco fábricas processadoras de oleaginosas, quatro de sucos, sete unidades de fertilizantes, mais de 30 armazéns e cerca de 30 mil hectares de fazendas de laranjas, além de terminais portuários e hidroviários próprios. A companhia também realiza processamento de cana-de-açúcar por meio da Biosev, empresa-irmã situada no Brasil, que possui 12 usinas de açúcar, informa o site da LDC.

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