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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Café mantém consistência na ICE e fica acima dos 140,00 cents

Os cafés arábicas voltaram a demonstrar boa consistência nesta quarta-feira na ICE Futures US. Em mais uma sessão caracterizada por compras especulativas e de fundos, o março se posicionou proximamente ao nível de 140,00 centavos. Os players, por sua vez, continuam focados no clima do Brasil. Apesar de informações sobre a chegada de uma massa de ar vinda do sul do continente, a faixa centro-sul brasileira, que concentra boa parte do cinturão cafeeiro, continua a sofrer com temperaturas bastante altas e o nível de chuvas é muito menor que a média histórica para este período do ano. Várias cooperativas, agrônomos e especialistas do Brasil relatam que esse cenário deverá favorecer para que a safra 2014 do país seja comprometida. Anteriormente, ela já havia sido estimada como sendo menor que as duas temporadas passadas, por conta do estresse das árvores e também investimentos menores em tratos culturais. Agora ,após a ocorrência desse cenário climático, o que se debate é a extensão dos prejuízos e ainda a qualidade do café que deverá sair das lavouras. De acordo com a empresa Somar Meteorologia, Vai voltar a chover no Sudeste nos próximos dias, pois com o bloqueio atmosférico rompido, a frente fria que já está no Sul do país vai conseguir espalhar instabilidades em São Paulo. DA expectativa é de chuva cada vez mais intensa e generalizada no território paulista já que corredor de umidade está cada vez mais centrado sobre o Estado. A Somar indicou que na próxima sexta-feira vai ocorrer chuvas em toda a região Sudeste, atingindo o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Outra novidade é que a noite da sexta para o sábado será mais fresca do que os dias anteriores em São Paulo e a tendência para o fim de semana é que o calor diminua um pouco. Apesar da possível reversão do quadro atual, os especialistas indicam que os danos para o café já ocorreram, sendo que o passo a seguir será efetuar a dimensão dos problemas.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve ganho de 390 pontos, com 141,05 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 141,65 centavos e a mínima de 125,50 centavos, com o maio registrando avanço de 370 pontos, com 143,15 centavos por libra, com a máxima em 143,75 centavos e a mínima em 137,70 centavos. Na Euronext/Liffe, o março teve alta de 9 dólares, com 1.822 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 8 dólares, para o nível de 1.818 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, a sessão desta quarta-feira foi marcada por um início lento e com a continuidade das rolagens de posição, principalmente entre março e maio. O primeiro contrato tem o início de sua notificação na quinta-feira da próxima semana. Algumas vendas também foram identificadas, mas ao não conseguir romper o suporte de 135,00 centavos, novas ordens de compra passaram a ser efetivadas e os ganhos se consolidaram, com a primeira posição flutuando no nível de 140,00 cents. No segmento externo, o dia foi de poucas oscilações para as bolsas de valores nos Estados Unidos, ao passo que o dólar teve ligeiro avanço em relação a uma cesta de moedas internacionais, embora tenha acumulado uma nova perda em relação ao real brasileiro. No segmento de commodities softs, o dia foi positivo, com praticamente todas as matérias-primas experimentando altas, com destaque especial para o açúcar, que teve avanço de quase 3%.

"O café e vários outros segmentos agrícolas demonstram um fôlego expressivo para as altas, por conta do cenário no Brasil. Realmente, o mercado climático, tão tradicional entre maio e julho, neste 2014 foi proeminente já no início do exercício. Muitos players não conseguem ter em mãos contas exatas sobre a disponibilidade. Afinal, o Brasil vai quebrar 5%, 10%,20%. Ainda é muito cedo para se avaliar e, diante disso e de outros fatores, como o câmbio, como os estoques em queda, os terminais vão conseguindo se sustentar em níveis bastante interessantes", disse um trader.

Os cafeicultores participantes do programa de venda de opções realizado em 2013 que optarem pelo não exercício estão isentos de multa sou penalidades. Um comunicado sobre o tema foi emitido pela Superintendência de Operações Comerciais da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Já os produtores ou cooperativas que desejarem exercer esses contratos têm até a próxima sexta-feira para entregar os documentos necessários, relacionados ao local de plantio do café, à superintendência da Companhia. Os leilões de opção envolveram 3 milhões de sacas. O exercício das opções deve ocorrer em março e o valor do exercício ficou estipulado em 343 reais por saca. Atualmente, o café com características similares aos exigidos nas opções está cotado em cerca de350 a saca nos balcões de regiões como sul e cerrado mineiro.

As exportações brasileiras no mês de fevereiro, até o dia11, totalizaram 462.357 sacas de café, queda de 3,10% em relação às 477.178sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 7.655 sacas, indo para 2.634.070 sacas.

Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência141,65, 142,00, 142,50, 142,75, 143,00, 143,50, 144,00, 144,15, 144,50-144,55,145,00, 145,50, 145,80, 146,00, 146,50, 147,00, 147,50 e 148,00 centavos de dólar, com o suporte em 135,50, 135,00, 134,50, 134,00, 133,50, 133,00, 132,90,132,50, 132,05-132,00, 131,60-131,50, 131,00, 130,50, 130,10-130,00, 129,50 e129,00 centavos.




Londres tem dia de ganhos e março volta a ficar acima dos US$ 1.800

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com altas, em uma sessão caracterizada pela manutenção das rolagens de posições e por um volume dentro da média recente da bolsa londrina. A volatilidade, tão efetiva ao longo das últimas sessões, se mostrou menos constante e o março operou integralmente acima do nível psicológico de 1.800 dólares.


De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras especulativas. Ao longo da manhã, os vendedores ainda buscaram alguma pressão, mas o março não conseguiu nem sequer testar o suporte de 1.800 dólares, dando, assim, consistência para que algumas novas ordens de compra pudessem ser produzidas e o encerramento do pregão se desse no lado positivo, em uma sessão bem mais calma que as observadas ao longo dos últimos dias.

"Mais uma vez, as origens não foram das mais agressivas e isso abre espaço para que possamos flutuar para alguns níveis de alta. Nesta terça-feira, especificamente, o cenário foi de uma volatilidade bastante limitada, em uma sessão consolidativa, após as altas e baixas dos últimos dias", apontou um trader, que ressaltou que o mercado volta a olhar para os robustas com mais atenção, principalmente diante da possibilidade de a disponibilidade de arábicas, mais uma vez, ser bastante limitada em 2014, por conta dos problemas climáticos no Brasil e dos problemas com doenças em lavouras na América Central.

O março teve uma movimentação ao longo do dia de 5,83 mil contratos, contra 9,40 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 3 dólares.

No encerramento do dia, o março teve alta de 17 dólares, com1.813 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 22 dólares, para o nível de 1.810 dólares por tonelada.

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