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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Café inverte início negativo e volta a ter altas na ICE Futures

Os contratos futuros de café negociados na ICE Futures US tiveram uma terça-feira de boas oscilações, com a posição março tendo registrado retrações ao longo da primeira metade do pregão e voltado a ganhar corpo na segunda parte do dia, o que permitiu fazer com que os níveis de preço fossem ainda melhores que aqueles alcançados ao longo da segunda-feira, quando o café experimentou na bolsa de Nova Iorque um de seus melhores comportamentos dos últimos tempos. Ao final, o março conseguiu um ligeiro avanço, demonstrando o momento de boa consistência. Ainda com a agenda focada no clima do Brasil, os players tiveram comportamentos distintos ao longo do dia. Em parte do pregão o foco foi a realização de lucros, depois dos ganhos mais que expressivos do dia anterior. Posteriormente, os altistas voltaram a dar as cartas e conseguiram fazer com que a posição março chegasse a se aproximar do nível referencial de138,00 centavos por libra. A maior parte dos players continua a ter em mãos boletins e mais boletins sobre o clima no Brasil, mas as previsões continuam pouco otimistas: o centro-sul do país deve continuar a ter, ao menos até a próxima semana, dias extremamente quentes e chuvas muito irregulares. Com isso, se mantém o clima de temor em relação ao desenvolvimento dos frutos do café e sobre a disponibilidade hídrica, que pode comprometer o enchimento do fruto, levando-o a ter menor peso e também vendo sua qualidade ser afetada. Diante dos mapas, a tendência é de que o clima brasileiro continue a guiar o comportamento dos participantes, ao menos no curto prazo. Alguns operadores, levando em consideração uma leitura da projeção Fibonacci, no âmbito de 123,6%,ressaltaram que o março tem uma importante resistência em 138,65 centavos, oque poderia abrir espaço para que avanços mais significativos fossem concretizados, provavelmente acima dos 140,00 cents. Por sua vez, o suporte mais efetivo estaria em 131,60 centavos.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve ganho de 30 pontos, com 136,25 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 137,95 centavos e a mínima de 133,05 centavos, com o maio registrando avanço de 55 pontos, com 138,40 centavos por libra, com a máxima em 139,90 centavos e a mínima em 135,10 centavos. Na Euronext/Liffe, o março teve queda de 58 dólares, com 1.809 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 38 dólares, para o nível de 1.801 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por baixas, que pareciam ser consistentes, pela retomada das altas e por algumas desacelerações alternadas. Mesmo com esse comportamento errático, o mercado conseguiu passar uma imagem positiva, com a preservação de vários parâmetros construídos ao longo dos últimos pregões. Se há alguns dias se discutia se o março poderia se sustentar entre 120 e 125 centavos, agora, os olhos já se voltam sobre se haveria fôlego para a mesma primeira posição testar um patamar mais consistente, como os 140 centavos de dólar.

"A tendência é que o temor com o clima permita que alguns dos intervalos conquistados ao longo dos últimos dias possam ser preservados. Isso dá certa consistência técnica e também se reflete em mercados físicos, como o brasileiro, que já discute se seria vantajoso exercer as opções do programa realizado ao longo do segundo semestre do ano passado. São vários dados que estão sendo levados em conta e que podem garantir um norteamento de preços, ao menos no curto prazo, já que não temos uma ideia clara do tamanho do prejuízo que o cenário climático atual poderá trazer para a safra brasileira e para a disponibilidade global", disse um trader.

As remessas internacionais de café para todos os destinos tiveram uma retração de 5,8% no último mês de dezembro, no confronto com o mesmo período do ano anterior. Esses envios somaram 8,54 milhões de sacas, contra 9,07 milhões de sacas de dezembro de 2012, segundo estatística da Organização Internacional do Café. Os embarques globais nos três primeiros mês do ano cafeeiro atual tiveram baixa de 9,8%, em relação ao verificado em 2012/2013. No ano exercício de 2013, a exportação de café arábica mundial totalizou 68,24milhões de sacas, em comparação com volume de 67,32 milhões de sacas no ano anterior. O embarque de robusta no período foi de 40,61 milhões de sacas, em comparação com 43,50 milhões de sacas de 2012.

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 18.476 sacas, indo para 2.644.492 sacas.

Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência137,95, 138,00, 138,35, 138,50, 139,00, 139,50, 139,90-140,00, 140,50, 141,00,141,50, 142,00,142,50 e 143,00 centavos de dólar, com o suporte133,05, 133,00, 132,50, 132,00, 131,50, 131,00, 130,50, 130,10-130,00, 129,50,129,00, 128,50 e 128,00 centavos.




Londres tem dia de pressão vendedora, mas fica acima dos US$ 1.800

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram a sessão desta terça-feira com quedas, mas ainda mantendo interessantes intervalos de preço. O pregão, assim como registrado na segunda-feira, foi caracterizado por um volume significativamente alto de papéis negociados na casa de comercialização britânica. As rolagens também continuam a ser efetuadas, sendo que o maio já ostenta, ao menos, mais de 2 mil contratos em aberto que o março.


De acordo com analistas internacionais, os ganhos expressivos das sessões recentes na bolsa londrina estimularam algumas realizações e até mesmo algumas vendas de origens asiáticas teriam sido identificadas nos últimos dias, por conta dos preços fortes, ainda que essas nações estejam embrenhadas nos últimos momentos de comemoração do ano novo lunar.

"Tivemos uma sessão com ofertas mais efetivas por parte de especuladores e fundos, o que levou a uma queda natural, diante de um quadro de consistência criado nos últimos dias. Verificamos comportamento semelhante nos arábicas, negociados em Nova Iorque. É interessante notar que, apesar das liquidações, conseguimos flutuar, ao longo da maior parte da sessão, ao redor do nível psicológico de 1.800 dólares. Nos próximos dias, os vietnamitas deverão voltar fortemente ao mercado e a tendência, nas atuais bases, é de que eles estejam mais animados para negociar", disse um trader.

O março teve uma movimentação ao longo do dia de 15,2 mil contratos, contra 18,8 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 8 dólares.

No encerramento do dia, o março teve queda de 58 dólares, com 1.809 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 38 dólares, para o nível de 1.801 dólares por tonelada.

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