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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Sem buscar os 115,00 cents, café fecha dia com estabilidade na ICE
   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com estabilidade. Ao longo de boa parte da sessão, os terminais registraram valorização para o grão, no entanto, próximo do final da sessão foram verificadas algumas novas liquidações, com os preços voltando para os mesmos patamares observados ao final da semana passada.

Ao longo do dia, o dezembro falhou ao buscar o nível de 115,00 centavos, o que, na visão de alguns operadores, também colaborou para a interrupção dos ganhos e a retomada do quadro estável. As ações do dia foram técnicas e com o resultado pouco expressivo ao final dos negócios, o contrato de maior liquidez fechou o mês de setembro com retração de 260 pontos. As baixas consistentes nos níveis de preço do grão continuam a refletir nos volumes de comercialização.

Segundo dados da Organização Internacional do Café, ao longo de agosto, as exportações mundiais do grão tiveram baixa de 6,4%, atingindo a marca de 8,63 milhões de sacas.
Já nos 11 primeiros meses da safra 2012/2013, as remessas para todos os destinou teve incremento de 2,7%, indo para 102,4 milhões de sacas no comparativo com os 11 meses iniciais da temporada anterior.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição dezembro teve estabilidade, com 113,70 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 114,80 centavos e a mínima de 113,50 centavos, com o março registrando estabilidade, com 116,85 centavos por libra, com a máxima em 117,90 centavos e a mínima em 116,65 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro teve valorização de 31 dólares, com 1.642 dólares por tonelada, com o janeiro tendo ganho de 30 dólares, para o nível de 1.650 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado também pelos temores com o mercado externo. Novamente cresce o medo de vários segmentos com uma possível "paralisação econômica" nos Estados Unidos, com o início do novo ano fiscal. O impasse no país ocorre na queda de braço entre republicanos e democratas, já que os oposicionistas atrelam o financiamento do governo com o adiamento da reforma do sistema de saúde. Diante desse quadro, o que se viu foi bolsas em quedas e várias retrações de commodities, ao passo que o dólar também operou com baixa em relação a várias moedas internacionais.

"A moeda norte-americana caiu fortemente em relação ao real brasileiro e isso fez com que essa origem não fosse tão ativa ao longo desta segunda-feira. Assim, conseguimos evitar que perdas mais efetivas fossem registradas para o café, já que, após não conseguirmos nem sequer testar os 115,00 centavos, tivemos um aumento nas liquidações. Mesmo com um mercado claramente sobrevendido, mantemos um cenário baixista de curto, médio e longo prazos", disse um trader.

"As torrefadoras mantêm a calma e o ritmo de apenas beliscar alguns contratos quando o terminal cede, nada significativo. Fotos de floradas na principal origem ajudam a dar um conforto ainda maior para os compradores. Notícias que alguns produtores têm arrancado pés de café no Brasil contrastam com outras que indicam apoio de governos de outros países para renovação do parque produtivo em busca de produtividades maiores. No fim das contas o quadro de oferta maior para, ao menos, mais um ciclo de produção é o pano de fundo negativo para os preços, junto com o Real que voltou a enfraquecer", sustentou Rodrigo Corrêa da Costa, da Archer Consulting, que avaliou o cenário atual como bem menos volátil, mas com tendência de baixa para arábicas e robustas. Ele sustentou que os efeitos de um eventual “abandono” de lavouras ou tratos piores dos cafezais só se refletirão em 2015, e "até lá tem bastante café para ser consumido", concluiu.

O café da Indonésia para embarque em novembro e dezembro tinha, ao final na semana passada, um prêmio de 130 dólares por tonelada, o que significa uma queda de 10 ante registrado na semana anterior. Na Indonésia, as entregas dos produtores diminuiram para 7 mil toneladas na semana passada, 5 mil toneladas a menos do que na semana anterior, segundo cálculos da empresa Volcafe . A colheita da safra 2013/2014 começou na Indonésia em abril e os produtores colheram cerca de 92% da safra até 06 de setembro.

As exportações brasileiras no mês de setembro, até o dia 26, totalizaram 1.750.776 sacas de café, alta de 18,19% em relação às 1.481.334 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 7.009 sacas, indo para 2.767.969 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 17.756 lotes, com as opções tendo 1.580 calls e 2.195 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem resistência em 114,80, 114,90-115,00, 115,50, 115,90-116,00, 116,50, 117,00, 117,45-117,50, 118,00, 118,50, 119,00, 119,20, 119,50, 119,90-120,00, 120,50, 120,75, 121,00-121,05, 121,10, 121,50, 122,00, 122,50, 122,20 e 122,50 centavos de dólar, com o suporte em 113,50, 113,00, 112,50, 112,00, 111,50, 111,00, 110,50, 110,10-110,00, 109,50, 109,00, 08,50, 108,00, 107,50 e 107,00 centavos.




Londres não testa US$ 1.600 e tem dia de retomada de ganhos
   
  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe tiveram uma segunda-feira de recuperação. Após as perdas significativas da última semana, o que se observou ao longo do pregão desta segunda foram algumas recompras, que permitiram fazer com que o novembro se afastasse do suporte do suporte de 1.600 dólares, evitando, assim, buscar novas mínimas para o grão robusta.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras especulativas e recompras, com os robustas seguindo também as operações de arbitragem, ante alguns avanços das cotações dos arábicas em Nova Iorque. Os preços em Londres apresentaram quedas consistentes ao longo dos últimos pregões, refletindo, principalmente, a chegada da nova safra vietnamita, considerada por muitos players como bastante alta.

"Tivemos, assim, um dia de reacomodação, com os preços devolvendo parte das perdas dos últimos dias. O quadro ainda é baixista, mas as perdas recentes foram bastante intensas e abriram espaço para que algumas correções e também compras de comerciais pudessem ser produzidas", disse um trader.

O novembro teve uma movimentação ao longo do dia de 10,1 mil contratos, contra 6,48 mil do janeiro. O spread entre as posições novembro e janeiro ficou em 8 dólares. No encerramento do dia, o novembro teve valorização de 31 dólares, com 1.642 dólares por tonelada, com o janeiro tendo ganho de 30 dólares, para o nível de 1.650 dólares por tonelada.


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