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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Técnico, café tem dia de pequena recuperação na ICE Futures

  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com altas, ainda que modestas, que não permitiram ao primeiro contrato "fugir" de flutuar próximo do nível de 115,00 centavos de dólar por libra. Os ganhos, em boa parte, vieram do reflexo da decisão do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (equivalente ao banco central dos Estados Unidos) na quarta-feira. Esse comitê decidiu manter o programa de estímulos à economia daquele país em 85 bilhões de dólares. A decisão não foi unânime e a maioria dos players esperava que o Federal Reserve reduzisse a compra mensal de bônus entre 10 bilhões e 15 bilhões de dólares. Como a decisão foi anunciada após o fechamento da bolsa cafeeira, o que se verificou nesta quinta foi um reflexo posterior.

Apesar dessa vertente ligada ao segmento externo, o mercado deu mostras de continuar a operar próximo da referência de 115,00 centavos. O dia foi de poucas novidades e de volatilidade apenas ligeira. Mesmo em um dia de aparente recuperação, os compradores dão mostras de estarem bastante reticentes, o que faz com que os preços continuem perigosamente próximos das mínimas de mais de 49 meses.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição dezembro teve alta de 90 pontos, com 115,80 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 116,70 centavos e a mínima de 115,30 centavos, com o março registrando perda de 90 pontos, com 118,85 centavos por libra, com a máxima em 119,70 centavos e a mínima em 118,50 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro teve valorização de 7 dólares, com 1.687 dólares por tonelada, com o janeiro ascendendo 9 dólares, para o nível de 1.683 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por algumas aquisições, na esteira de um movimento técnico corretivo e também por conta do reflexo da decisão do FED. Operadores sustentaram que as recentes chuvas no cinturão cafeeiro do Brasil já foram precificadas e que algumas zonas importantes de produção do país, como o sul de Minas Gerais, tiveram precipitações apenas pontuais, o que leva alguns cafeicultores a se preocupar, já que essas chuvas seriam vitais para amenizar o déficit hídrico.

"O dia foi de ligeira correção e de preços dentro de um range estreito. Os mercados externos, que ficaram eufóricos na quarta, com a manutenção dos estímulos à economia dos Estados Unidos, tiveram um dia de pouca novidade, com o dólar ficando quase estável em relação a várias moedas e as bolsas nos Estados Unidos tendo uma ligeira retração. As commodities variaram, com o petróleo retrocedendo, ao passo que a maior parte dos softs e dos grãos tiveram avanço", disse um trader.

O Vietnã vai colher um safra recorde de 30 milhões de sacas de café na temporada de 2013/2014, segundo estimativa da empresa Volcafe. Enquanto os primeiros grãos da próxima safra no Vietnã já foram escolhidos pelos produtores locais, a maioria da nova safra "só virá a partir de dezembro", segundo avaliação da Nedcoffee BV, empresa sediada em Amsterdã, na Holanda. A nova safra está tendo um valor de venda com um desconto de 30 dólares por tonelada em relação à bolsa de Londres, ao passo que da safra de 2013 a tonelada conta com um prêmio em ascensão, passando de 80 para 100 dólares, de acordo com cálculos elaborados pelo Citigroup.

As exportações brasileiras no mês de setembro, até o dia 17, totalizaram 813.906 sacas de café, alta de 20,17% em relação às 686.566 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 821 sacas, indo para 2.776.605 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 17.284 lotes, com as opções tendo 2.585 calls e 1.859 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem resistência em 116,70, 117,00, 117,50, 118,00, 118,50, 119,00, 119,20, 119,50, 119,90-120,00, 120,50, 120,75, 121,00-121,05, 121,10, 121,50, 122,00, 122,50, 122,20, 122,50, 122,75, 123,00 e 123,50 centavos de dólar, com o suporte em 115,30, 115,10-115,00, 114,50, 114,00-113,95, 113,50, 113,00, 112,50, 112,00, 111,50, 111,00, 110,50, 110,10-110,00, 109,50, 109,00, 108,50, 108,00 e 107,50 centavos.





Londres tem dia de alta, mas não se sustenta acima dos US$ 1.700

  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com altas, ainda que modestas. Ao longo da sessão, a posição novembro chegou a flertar com o rompimento do nível psicológico de 1.700 dólares, mas, imediatamente acima desse referencial, encontrou uma força vendedora, o que permitiu uma desaceleração dos ganhos empreendidos ao longo da primeira metade do pregão.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por algumas compras especulativas, numa tentativa de recuperação ligeira das perdas registradas ao longo dos últimos dias. Os ganhos vieram e a segunda posição conseguiu tocar os 1.709 dólares, no entanto, a partir desse patamar algumas vendas novas foram proporcionadas e o fechamento se deu com elevações apenas modestas.

"Seguimos o bom humor dos mercados externos e, assim, conseguimos ter uma ligeira recuperação. No entanto, o mercado já verifica uma linha vendedora acima dos 1.700 dólares. A pressão sobre os preços pode ser mais incisiva, já que o mercado continua a prever um volume alto de café robusta disponível. Algumas empresas trabalham com a perspectiva de o Vietnã colher neste ano 30 milhões de sacas, o que contribuiria, em muito, para um quadro de oferta cada vez mais constante desse tipo de grão", disse um trader.

O novembro teve uma movimentação ao longo do dia de 7,63 mil contratos, contra 3,71 mil do janeiro. O spread entre as posições novembro e janeiro ficou em 4 dólares. No encerramento do dia, o novembro teve valorização de 7 dólares, com 1.687 dólares por tonelada, com o janeiro ascendendo 9 dólares, para o nível de 1.683 dólares por tonelada.




Safra recorde do Vietnã deve entrar no mercado a partir de dezembro

  O Vietnã vai colher um safra recorde de 30 milhões de sacas de café na temporada de 2013-14 , estima Volcafe. Enquanto as primeiras cerejas vermelhas da próxima safra no Vietnã já foram escolhidos pelos agricultores, a maioria da nova safra " só virá a partir de dezembro", disse em Amsterdã comerciante Nedcoffee BV. A nova safra estão sendo oferecidos para venda com um desconto de US$ 30 por tonelada para o preço de troca , enquanto o café da safra passada o prêmio subiu de US$ 80 por tonelada para US$ 100 por tonelada , disse Sterling Smith , especialista futuros do Citigroup Inc. em Chicago. Enquanto o café arábica caíram 20 por cento este ano , a variedade robusta se saiu melhor , deslizando 13 por cento, enquanto a demanda continua a privilegiar a variedade mais barato, também usado em café expresso. Os preços mais baixos levaram os agricultores no Vietnã segurar as vendas. Produtores ainda estavam segurando 9 por cento da safra 2012-13 a partir de 01 de setembro , de acordo com Nedcoffee , de Ho Chi Minh City, no Vietnã.




Mecanização do café conilon chama a atenção de especialistas

  A mecanização da colheita do café conilon foi tema de uma reunião entre o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e algumas empresas fabricantes de máquinas agrícolas. O encontro foi realizado durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Dos três sistemas de colheita mecânica pesquisados pelo Incaper, um chamou a atenção. O modelo pretende utilizar uma colheitadeira de azeitona, adaptada aos cafezais capixabas. “Alguns testes já foram realizados em Linhares, Norte do Espírito Santo, e os resultados foram animadores. Precisamos fazer alguns ajustes para melhorar a eficiência do equipamento, e a empresa fabricante desta máquina demonstrou interesse”, disse José Antônio Lani, pesquisador do Incaper responsável pela condução dos trabalhos. Durante a reunião na Semana Internacional de Café, foram agendados novos testes para o equipamento. Representantes da empresa virão ao Espírito Santo conversar com agricultores e selecionar as áreas onde serão realizadas novas avaliações. Outras maneiras de mecanizar a colheita do conilon para atenuar o problema de falta de mão de obra também estão sendo pesquisadas pelo Incaper.









Cooperativas arremataram 94 % dos contratos de opções no primeiro leilão

  

  As cooperativas de produtores arremataram 8.054 contratos (805,4 mil sacas) de opções de venda de café no leilão realizado na última sexta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o primeiro da modalidade realizado nesta safra para dar suporte aos preços. O volume arrematado pelas cooperativas corresponde a 94% dos 8.565 contratos (865,5 mil sacas) negociados no pregão, que teve oferta de 10 mil contratos (1 milhão de sacas de 60 kg). Outros dois leilões serão realizados nos dias 20 e 27 de setembro. Ao todo a Conab vai ofertar contratos de opções de venda para 3 milhões de sacas de café, com vencimento em março do próximo ano, ao preço de R$ 343/saca, bem acima dos R$ 280 praticados atualmente no mercado. O resultado do leilão da semana passada por adquirente mostra que a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupe (Cooxupé) foi a principal arrematante, com 1.542 contratos (154,2 mil sacas), vindo em seguida as cooperativas de Três Pontas (Cocatrel), Varginha (Minasul) e São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso), cada uma com 598 contratos (59,8 mil sacas). Em Minas Gerais, onde foram negociados todos os 7 mil contratos ofertados (700 mil sacas), as cooperativas arremataram 97% do total. A participação das cooperativas também foi expressiva em São Paulo, onde a Conab negociou todos 1.400 contratos (140 mil sacas) ofertados. As cooperativas arremataram 1.164 (116,4 mil toneladas), que correspondem a 83% do total ofertado. No Paraná, onde foram vendidos apenas 80 contratos (8 mil sacas) dos 500 ofertados, quatro cooperativas ficaram com 88% dos lotes. Na Bahia foram arrematados 65 contratos (6,5 mil sacas) dos 400 ofertados, sendo que uma cooperativa (Cooproeste, de Luís Eduardo Magalhães) ficou com 55 contratos. No Espírito Santo, onde foram vendidos apenas 20 contratos (2 mil sacas) dos 700 ofertadas, não houve participação das cooperativas e os lotes foram arrematados por quatro produtores. No leilão realizado sexta-feira houve participação individual de 116 produtores rurais e também coletiva por meio de 38 cooperativas. Pelas regras, cada produtor só pode arrematar até cinco contratos, que correspondem a 500 sacas. As cooperativas também só podem adquirir até cinco contratos por cooperado ativo. O limite de cinco contratos por CPF/CNPJ vale tanto individualmente como no arremate por meio de cooperativas, independente da quantidade leilões.




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