Sem refletir safra brasileira, café fica estável na ICE Futures 
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com ligeiras altas, em um dia de menor volatilidade, sem testar suportes ou resistências básicas. Após uma abertura em baixa, o março ainda conseguiu reverter a tendência, mas, ao contrário dos pregões anteriores, não conseguiu buscar o nível de 150,00 centavos, abrindo espaço para que os bears (baixistas) voltassem a se mostrar ativos. No entanto, os vendedores foram reticentes e nem sequer conseguiram testar a mínima verificada na sessão de terça-feira — 145,65 centavos por libra —, o que permitiu uma desaceleração das perdas e o encerramento das ações próximo da estabilidade. 
O mercado aguardava ansiosamente os números relativos à estimativa de safra do Brasil e os números apresentados, entre 47 e 50 milhões de sacas, ficaram dentro da expectativa de muitos operadores. Alguns lembraram que o volume é consideravelmente alta, levando-se em conta uma temporada de bienalidade baixa, o que poderá abrir novas perspectivas para a especulação de muitos players. Apesar dos números consistentes, a previsão não influenciou a bolsa de Nova Iorque, que conseguiu fechar tranquilamente nos mesmos patamares da terça-feira. 
Fundamentalmente, o mercado continua também focado na América Central. As notícias sobre o ataque da ferrugem do colmo não param de chegar de vários países da região e alguns operadores já estão revisando para baixo as estimativas para a safra a ser colhida no segundo semestre deste ano. 
No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou baixa de 25 pontos, com 147,90 centavos, sendo a máxima em 149,15 e a mínima em 145,95 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 20 pontos, com a libra a 150,75 centavos, sendo a máxima em 151,90 e a mínima em 148,90 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve queda de 4 dólares, com 1.911 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 2 dólares, com 1.922 dólares por tonelada. 
De acordo com analistas internacionais, o mercado teve uma quarta-feira sem atropelos, em uma sessão de manutenção do range do dia anterior e sem um direcionamento mais claro. Mesmo com a divulgação dos números da safra brasileira, as ações da bolsa se mantiveram inalteradas, sem maiores oscilações. Essa tranquilidade foi verificada mesmo diante de uma nova alta do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais, o que pressionou alguns segmentos de maior risco. 
"Tivemos um dia consolidativo, claramente sem um norte mais específico. A percepção é que o mercado pode ter encontrado um novo intervalo de curto prazo, entre 145,00 e 150,00 centavos, que pode ser preservado, principalmente se o cenário macroeconômico não influenciar mais fortemente segmentos como o de commodities", sustentou um trader. 
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apresentou sua primeira estimativa de produção de café para a safra do Brasil de 2013. Segundo o órgão governamental, o país deverá colher entre 46,98 e 50,16 milhões de sacas, o que representa uma redução entre 7,6% e 1,3%, se comparado à produção obtida na temporada anterior. Segundo a Conab, essa baixa reflete, principalmente, a bienalidade da cultura. Ainda de acordo com a previsão, a área plantada com café no país cresce 1,99% em um ano. "O mercado não refletiu diretamente a estimativa brasileira. São números que, em geral, já eram esperados, ainda que o mercado tenha uma 'desconfiança' dos levantamentos brasileiros e trabalhem com patamares ligeiramente maiores. Apesar de um ciclo baixo, o volume a ser colhido pelo Brasil é considerável, também refletindo o clima favorável para o desenvolvimento das plantas", complementou o trader. 
As exportações de café do Brasil em janeiro, até o dia 8, somaram 130.517 sacas, contra 312.807 sacas registradas no mesmo período de janeiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). 
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 960 sacas, indo para 2.584.040 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.047 lotes, com as opções tendo 3.906 calls e 5.014 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 149,15, 149,50, 149,90-150,00, 150,45-150,50, 151,00, 151,50, 151,95-152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,50, 154,90-155,00 e 155,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 145,95, 145,65, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,60-142,50, 142,00, 141,50 e 141,00 centavos por libra. 
Londres não sustenta altas, mas não rompe nível psicológico 
  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quarta-feira com quedas ligeiras para as posições mais imediatas, em uma sessão em que o volume negociado esteve ligeiramente acima da média recente da bolsa inglesa. Alguns operadores avaliaram que esse incremento nas negociações pode estar relacionado com o início do Ano Novo Lunar na Ásia nesta quinta-feira, o que deverá fazer com que players de países como o Vietnã permaneçam de lado. 
De acordo com analistas internacionais, o dia, mais uma vez, foi caracterizado pela manutenção das cotações dentro do intervalo acima do nível psicológico de 1.900 dólares. Ao longo da sessão, bons ganhos chegaram a ser aferidos, com o março batendo na máxima de 1.943 dólares por tonelada, sendo que nesse nível, no entanto, algumas realizações e vendas de origem foram reportadas. "Os produtores asiáticos remanescentes vieram liquidando, antes do principal feriado do calendário local. Mas o interessante tem sido a manutenção dos parâmetros para o café, com o nível de 1.900 dólares sendo preservado. A expectativa é quanto a continuidade desta semana, que pode ter um espaço para recuperação, principalmente pela diminuição de ofertas de algumas origens", disse um trader. 
O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de março com uma movimentação de 11,1 mil lotes, com o maio tendo 4,76 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 11 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição março teve queda de 4 dólares, com 1.911 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 2 dólares, com 1.922 dólares por tonelada. 
Dólar fecha em leve baixa com mercado de olho na atuação do BC
São Paulo, SP - O dólar comercial fechou a quarta-feira em leve 
baixa, na mínima do dia, após passar a sessão alternando pequenas baixas e 
altas.
O dólar fechou em queda de 0,05%, a R$ 2,037, na mínima do día, após chegar 
mais cedo à máxima de R$ 2,047. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o 
contrato de dólar futuro para fevereiro recuava 0,09%, a R$ 2,0485, antes do 
ajuste final. 
A pequena alta sustentada ao longo da tarde até poucos minutos antes do 
fechamento foi alimentada por especulações relacionadas à possibilidade de o 
Banco Central não rolar e não realizar novos leilões de linha compromissada 
para oferecer liquidez ao mercado.
"A recente acomodação do câmbio e a indicação do BC de que está mais preocupado 
com a influência do dólar alto sobre os preços deve manter a moeda estável nos 
níveis atuais", disse Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.
O câmbio deve ficar num patamar restrito, entre R$ 2,02 e R$ 2,05, que parece 
ser a zona de conforto do governo, sendo acima de R$ 2 para beneficiar a 
indústria e não tão alto a ponto de pressionar a inflação.
No início da tarde, também foram divulgados os dados fechados de fluxo cambial 
de dezembro e de 2012, que vieram idênticos aos revelados na semana passada.
Segundo o BC, o fechamento oficial inclui o dia 31 de dezembro, embora não 
tenha havido contratação de câmbio. O deficit registrado em dezembro, de US$ 
6,755 bilhões, foi o maior para esse mês desde o início da série histórica, em 
1982.
Foi, também, o quinto maior saldo negativo mensal nesses mesmos 30 anos. No 
ano, o fluxo cambial foi positivo em US$ 16,753 bilhões.
Embora dezembro tenha registrado a maior taxa de câmbio média mensal do ano, de 
R$ 2,079, o que teoricamente tornaria mais competitivos os produtos brasileiros 
no exterior, a conta comercial registrou déficit de US$ 4,276 bilhões.
No mês, as importações somaram US$ 19,730 bilhões e as exportações US$ 15,454 
bilhões. Em abril de 2012, mês no ano com maior saldo positivo de exportações, 
de US$ 25,138 bilhões, a taxa de câmbio média foi de US$ 1,856, a quarta menor 
do ano.
Para o profissional de um banco, os números negativos do fluxo cambial de 
dezembro não devem se repetir no curto e médio prazos. Ele, ainda assim, não 
acredita que as entradas sejam tão fortes como foram no início do ano passado. 
"Já melhorou um pouco na semana passada, e nesta semana o fluxo continua 
positivo", disse ele. "Aos poucos, o dinheiro vai voltar, mas vamos passar 
longe de entradas de dois dígitos num mês só." 
Segundo o BC, os contratos de linha colocados em dezembro e com operação de 
revenda ainda a vencer somam US$ 5,456 bilhões. Caso a autarquia não role as 
operações, quem adquiriu esses contratos terá de buscar moeda no mercado para 
devolver ao BC, o que pressiona a ponta de compra da moeda e alimenta a alta da 
moeda.
Para o especialista em câmbio da Icap Brasil Italo Abucater, o recado do BC é 
que o dólar deve continuar administrado no curto prazo. "Mas, com o aumento da 
tensão com as discussões sobre o abismo fiscal nos Estados Unidos, não duvido 
que o dólar bata R$ 2,20, R$ 2,30 até fim de março e início de abril", disse, 
mencionando o debate ainda em aberto sobre cortes de gastos e elevação do teto 
da dívida dos EUA.
No exterior, o Dollar Index, que acompanha o desempenho do dólar ante uma cesta 
de seis moedas, operava em alta de 0,30%, a 80,56 pontos, enquanto o euro, 
principal componente dessa cesta, caía 0,20%, a US$ 1,305.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: IPCA deve orientar movimento dos DIS amanhã
   São Paulo, 9 de janeiro de 2013 - A divulgação do Indice Nacional de 
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente a dezembro e ao ano de 2012 deve 
orientar o rumo dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) no 
pregão de amanhã da BM&FBovespa.
   O economista-chefe da Crédit Agricole, Vladimir Caramaschi, lembra que o 
índice representa a inflação oficial, que pode influenciar futuramente a 
Selic (taxa básica de juros). O mercado estima que o IPCA registre inflação 
de 0,73% em dezembro, segundo as projeções do Termômetro CMA. Se confirmada a
projeção, o índice terá registrado aceleração em relação a novembro, 
quando apresentou inflação de 0,60%.
   No pregão de hoje, os DIs fecharam em baixa, em um movimento de correção 
após as fortes valorizações registradas ontem e por uma desaceleração acima
 do esperado do Indice Geral de Preços-Mercado (IGP-M).
   Caramaschi afirma que as taxas dos DIs haviam avançado com mais força 
devido a preocupações com os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, o 
que poderia resultar em um racionamento de energia. "O governo hoje quis 
tranquilizar o mercado, negando a possibilidade de haver racionamento de energia
e de interromper a redução de tarifas. Isso trouxe um alívio ao mercado, mas
acredito que essa é uma novela que está longe de terminar e que pode voltar a
 pesar nos negócios", diz.
   O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou hoje que não haverá 
desabastecimento de energia elétrica no Brasil e que o País tem um estoque 
firme e seguro de energia elétrica para atendimento.
   A divulgação do IGP-M também contribuiu para a queda dos DIs, mas em 
menor grau, de acordo com Caramaschi. O índice desacelerou para 0,41% no 
primeiro decêndio de janeiro, ante a inflação de 0,50% registrada em 
dezembro. 
   Mais líquido, o contrato com vencimento em julho de 2013 passou de 7,08% 
para 7,05%, movimentando R$ 14,358 bilhões.
   Em seguida, o vencimento para janeiro de 2014 recuou de 7,16% para 7,13%, 
com volume financeiro de R$ 10,299 bilhões, e o para janeiro de 2015 caiu de 
7,78% para 7,71%, com giro financeiro de R$ 7,392 bilhões.
   Entre os DIs mais longos, o para janeiro de 2017 diminuiu de 8,62% para 
8,57% (R$ 6,270 bilhões) e o para janeiro de 2016 cedeu de 8,30% para 8,26% (R$
 3,738 bilhões).
   Em relação aos vencimentos mais curtos, o para abril de 2013 passava de 
7,03% para 7,00% (R$ 4,476 bilhões) e o para julho de 2014 recuava de 7,38% 
para 7,36% (R$ 3,134 bilhões).
   O número de contratos negociados atingiu 638.653, um recuo de 46,53% em 
relação aos negócios realizados no pregão de ontem. O volume financeiro das 
operações atingiu R$ 56,038 bilhões.
    Câmbio
   O dólar comercial terminou o dia praticamente estável, com ligeira queda 
de 0,04%, negociado a R$ 2,0350 para compra e a R$ 2,0370 para venda, na mínima
 registrada durante o dia. A máxima chegou a R$ 2,0470.
   Caramaschi afirma que os investidores seguem sem muito apetite para risco, 
considerando que o governo deixou claro que não quer ver a moeda oscilando 
abaixo de R$ 2 e acima de R$ 2,10. "Se o dólar continuar cedendo, logo o Banco
Central pode voltar a ficar preocupado com o que implicaria para a indústria. 
O BC tem muitos instrumentos para usar tanto para conter como para estimular a 
moeda", diz.
   No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento em fevereiro teve 
ligeira queda de 0,09%, a R$ 2.047,500, e o com vencimento em março subiu 
0,14%, a R$ 2.056,000.
Bovespa sobe após 3 quedas com ajuda do setor elétrico e exterior
São Paulo, SP - A Bovespa subiu nesta quarta-feira (9), após três 
pregões consecutivos de queda, com ajuda do cenário externo favorável e da 
recuperação das empresas do setor de energia elétrica após o governo voltar a 
descartar as chances de um racionamento no país.
Principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,74%, a 61.578 
pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,11 bilhões.
Apesar da alta, o analista João Luiz Piccioni, da Petra Asset, destaca que o 
mercado só deve conseguir definir um rumo mais claro a partir de fevereiro. "Os 
investidores vão mostrar um pouco de cautela até lá, quando começam a sair os 
balanços do quarto trimestre das empresas brasileiras e a questão do limite da 
dívida dos Estados Unidos volta com força."
O destaque de hoje foi a recuperação das elétricas, após quatro dias de baixa, 
com o governo voltando a descartar a possibilidade de racionamento de energia 
apesar da estiagem que compromete a geração hidrelétrica do país.
ENERGIA
Comentários do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, deram fôlego 
adicional ao avanço do setor. A ação preferencial da Cesp liderou os ganhos ao 
subir 6,72%, para R$ 18,90.
Analistas do JP Morgan destacaram em relatório que as ações da Cesp estariam 
entre as beneficiadas no curto prazo num cenário de preço maior de energia no 
mercado spot devido ao acionamento de térmicas.
As preferenciais de Cemig e as ordinárias da Light completaram a lista das 
principais valorizações do Ibovespa, com altas de 5,58% e 4,56$, 
respectivamente.
OUTRAS
Entre as "blue chips" (ações mais negociadas na Bolsa), a preferencial da Vale 
subiu 0,5%, para R$ 40,30, a da Petrobras teve alta de 0,92%, para R$ 19,68, e 
a ordinária da OGX perdeu 0,21%, a R$ 4,82.
Liderando a ponta negativa, a Cielo perdeu 3,36%, para R$ 56,15. Analistas do 
Credit Suisse afirmaram em relatório que pode haver realização de lucros no 
curto prazo com um potencial menor nível de divulgação de informações pela 
empresa e uma expectativa de uma balanço abaixo do consenso.
EXTERIOR
No exterior, investidores mostraram maior apetite por ativos de risco, embora 
ainda com cautela, após a gigante do setor de alumínio Alcoa ter aberto a 
temporada de balanços dos Estados Unidos traçando um cenário otimista para a 
demanda global.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subia 0,31% e o S&P 500 avançava 0,16% às 
18h22. Mais cedo, o índice europeu FTSEurofirst 300 fechou alta de 0,67%.
PERSPECTIVA: Ibovespa deve operar volátil influenciado por indicadores
   São Paulo, 9 de janeiro de 2013 - O Ibovespa, principal índice da 
BM&FBovespa, deverá operar com volatilidade no pregão desta quinta-feira 
influenciado pelos indicadores que serão divulgados nos Estados Unidos e China.
Internamente, as ações das companhias do setor de energia poderão ainda 
oscilar repercutindo as declarações do ministro de Minas e Energia, Edison 
Lobão, que negou a ocorrência de racionamento de energia devido ao nível dos 
reservatórios das hidrelétricas, ou novidades a respeito do assunto.  
   Pela manhã, o Departamento do Trabalho norte-americano informará o número
de pedidos de seguro-desemprego da última semana, que os analistas estimam 
queda para 364 mil. Na medição anterior, os pedidos subiram em 10 mil, para 
372 mil. Mais tarde, o Departamento do Comércio, divulgará os estoques no 
atacado do mês de novembro, cuja expectativa é de alta de 0,2%, sendo que em 
no mês anterior teve alta de 0,6%.
   Segundo Alfredo Sequeira, superintendente da Fator Corretora, o mercado 
estará atento aos números da economia norte-americana, e os dados do 
Departamento de Estatísticas chinês sobre os preços ao consumidor referentes 
a dezembro, visto que o indicador registrou inflação de 2% no ano e 0,1% no 
mês anterior.
   Hoje, o Ibovespa encerrou com alta de 0,74%, aos 61.578 pontos, com volume 
financeiro de R$ 7,014 bilhões. No mercado futuro, os contratos do índice que 
vencem em fevereiro subiram 0,65%, aos 61.700 pontos. Dentre as ações de bue 
chips, as preferenciais da Vale (VALE5; 0,49%, a R$ 40,30) e as da Petrobras 
(PETR4; 0,92%, a R$ 19,68) fecharam com valorização. No setor financeiro, o 
Itaú Unibanco (ITUB4; 1,60%, a R$ 35,40), o Banco do Brasil (BBAS3; 0,94%, a R$
26,70) e o Bradesco (BBDC4; 1,28%, a R$ 37,90) também ficaram no campo 
positivo.
   Os destaques da sessão foram as ações das empresas de energia, que se 
recuperaram de suas quedas consecutivas após a eclosão de rumores de que 
haveria racionamento de energia por causa do baixo nível dos reservatórios das
hidrelétricas. Os papéis da Companhia Energética de São Paulo (CESP6; a R$ 
18,90) ficou com a maior alta do índice, de 6,71%, seguido por Cemig (CMIG4; 
5,57%, a R$ 21,76), Light (LIGT3; 4,55%, a R$ 20,88) e Eletrobras (ELET6; 4,33%,
 a R$ 10,11).
   Para Mitsuko Kaduoka, diretora de análise de investimento do Banco Indusval
& Partners (BI&P), a perspectiva é de que as ações das empresas de energia e
commodities sigam oscilando devido aos indicadores e porque existem muitos 
pontos pendentes a serem resolvidos nos Estados Unidos em relação à 
situação fiscal e o teto da dívida do país.
   O superintendente da Fator, destaca que os indicadores de Indice Nacional 
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Indice Nacional de Preços ao 
Consumidor (IPC) serão termômetros importantes de como está a economia do 
País para os investidores. "Caso o IPCA venha abaixo do esperado pelos 
analistas, o mercado ficará mais otimista", afirma. O mercado estima que o 
IPCA registre inflação de 0,73% em dezembro, segundo as projeções do 
Termômetro CMA. Se confirmada a projeção, o índice terá registrado 
aceleração em relação a novembro, quando apresentou inflação de 0,60%.
   No mercado acionário dos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 0,46%, 
aos 13.390,51 pontos; o S&P 500 avançou 0,26%, aos 1.461,02 pontos; e o Nasdaq 
Composto ganhou 0,45%, aos 3.105,81 pontos, refletindo o resultado financeiro da
Alcoa divulgado ontem, no início simbólico da temporada de balanços do 
quarto trimestre de 2012.
Bolsas dos EUA têm ganho após resultados da Alcoa
São Paulo, SP  - As principais Bolsas americanos fecharam em alta 
nesta quarta-feira (9) com o primeiro grupo de balanços do quarto trimestre 
começando a exercer efeito sobre o mercado.
O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 0,46%, para 
13.390 pontos, o Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,27%, para 1.461 
pontos, e o termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,45%, para 3.105 pontos.
Os ganhos foram os primeiros na semana após o S&P 500 se afastar de sua máxima 
em cinco anos, atingida na sexta-feira. Temores sobre uma temporada fraca de 
balanços contribuíram para um recuo nos papéis na segunda e na terça.
A ação da Herbalife fechou com alta de 4,2%, a US$ 39,95, em seu dia de 
negociações mais ativo na história após o gestor de fundos hedge Dan Loeb 
adquirir uma grande fatia na vendedora de suplementos nutricionais.
A ação da Alcoa, por sua vez, recuou 0,5%, para US$ 9,08, após registrar ganhos 
no início do pregão com a publicação do seu balanço trimestral na noite de 
ontem. No documento, a maior produtora de alumínio dos EUA disse esperar que a 
demanda global por alumínio cresça em 2013.
"A grande questão e o foco estão na receita, e a Alcoa teve receita melhor do 
que o esperado", disse o gestor de portfólio do Team Asset Strategy Fund James 
Dailey.
Menores expectativas abrem espaço para que as empresas surpreendam 
investidores, mesmo se seus resultados não forem particularmente fortes.
De maneira geral, espera-se que os lucros corporativos superem a irrisória alta 
de 0,1% registrada no trimestre anterior. Projeta-se que tanto o lucro quanto a 
receita no quarto trimestre das empresas avancem 1,9%, de acordo com dados da 
Thomson Reuters.
OIC REDUZ ESTIMATIVA DA SAFRA MUNDIAL 2012/13 PARA 144,1 MI SACAS
A Organização Internacional do Café (OIC) apontou que a 
produção mundial de café em 2012/13 (outubro/setembro) deverá ficar em 144,1
milhões de sacas de 60 quilos, tendo assim um incremento de 7,2% no 
comparativo com a safra 2011/12, que teve a produção revisada, ligeiramente, 
para baixo para 134,4 milhões de sacas. Os números partem do relatório de 
dezembro da OIC. Assim, a OIC reduziu em 1,3% sua estimativa para a safra global
2012/13, que em novembro fora colocada em 146 milhões de sacas. O dado 
anterior de 2011/12 era de 134,6 milhões de sacas. 
    A produção total de arábica está colocada em 88,422 milhões de sacas 
em 2012/13, o que representa crescimento de 9,1% sobre 2011/12, quando a 
produção ficou em 81,024 milhões de sacas. Já a produção de robusta é 
indicada em 2012/13 em 55,639 milhões de sacas, aumento de 4,2% contra 2011/12 
(53,391 milhões de sacas).
    O aumento da safra global em 2012/13 é atribuído ao ciclo alto produtivo 
do Brasil dentro da bienalidade cafeeira, especialmente. 
    As exportações mundiais em novembro de 2012 atingiram 9,2 milhões de 
sacas, com crescimento de 16,5% sobre novembro de 2011. Assim, no acumulado dos 
11 primeiros meses de 2012 (janeiro a novembro), os embarques mundiais 
alcançaram 103,544 milhões de sacas, com aumento de 8,5% contra igual período
 de 2011 (95,416 milhões de sacas).
    Os estoques totais de café nos países importadores em outubro (estoques 
iniciais da temporada 2012/13, que se inicia em outubro) foram indicados em 15,1
 milhões de sacas, queda de 17,1% contra igual período do ano passado. 
    O consumo global em 2011 está indicado em 139 milhões de sacas, aumento 
de 4,7% contra as 136,954 milhões de sacas em 2010.
Estoques de café em países exportadores são os menores da história
A nova safra internacional de café, a 2012/2013 (de outubro de 2012 a setembro 
de 2013), começa a chegar em maior quantidade ao mercado, diz o relatório 
mensal de dezembro da Organização Internacional do Café (OIC).
Esta colheita apresenta aumento, principalmente de países da África e também da 
Indonésia, hoje já o terceiro maior produtor mundial do grão. No Brasil, embora 
o calendário da safra de café seja diferente do internacional, a atual 
temporada que se encerra em junho é recorde e estimada em 50,83 milhões de 
sacas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Entretanto, alguns países da América Central têm sido afetados pelo clima 
adverso, pragas e doenças, especialmente pela ferrugem e pela broca, que 
poderiam ter impacto sobre os níveis de produção daqui para a frente.
A India reduziu sua estimativa de safra 2012/13 para 5,3 milhões de sacas. E é 
pouco provável que o Vietnã repita a mesma produção de 2011 (24,058 milhões de 
sacas) nesta temporada. Já a Colômbia deverá recuperar  a safra para níveis 
anteriores de produção. Em 2011, foram 7,653 milhões de sacas e a projeção para 
2012 é de 8 milhões de sacas.
A produção mundial no ciclo 2012/13 foi estimada provisoriamente para 144,1 
milhões de sacas, aumento de 7,2% sobre 2011/12.
O consumo mundial continua razoavelmente resistente às preocupações 
macroeconômicas, e há forte potencial de crescimento em países exportadores e 
emergentes. Além disso, os estoques iniciais nos países exportadores são 
projetados em 15,1 milhões de sacas, o mais baixo nível já registrado. Com os 
estoques em baixa, parece haver um potencial limitado para novas quedas de 
preço da commodity, de acordo com a entidade.
As exportações globais de café alcançaram 9,2 milhões de sacas em novembro de 
2012, ante 7,9 milhões no mesmo mês de 2011. Os embarques de janeiro a novembro 
de 2012 totalizaram 103,5 milhões de sacas, aumento de 8,5% sobre o mesmo 
intervalo do ano anterior. Um nível recorde de importação de 108,7 milhões de 
sacas foi registrado no ciclo 2011/12.
 
 
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