Sem um rumo concreto, café fecha estável na ICE Futures
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram um dia "lateralizado", com os preços tentando, pela manhã, buscar alguns níveis de baixa sem sucesso e, na sequência, buscando impulsionar ganhos, também sem prosseguimento. Com isso, as cotações encerraram o dia próximas da estabilidade, sem um direcionamento mais concreto, com o março conseguindo se posicionar acima do nível psicológico de 150,00 centavos.
O mercado dá sinais de tranquilidade e alguns operadores começaram a realizar as tradicionais contabilidades de final de ano. Um operador ressaltou que, ante a falta de novidades e também com as questões técnicas dominando as ações na bolsa, o mercado tende a se estabilizar próximo de intervalos mais efetivos.
A expectativa inicial era que o março tivesse consistência para girar próximo do nível de 160,00 centavos, no entanto, com as quedas expressivas do final de semana passado, esse nível ficou um pouco mais distante, com a referência, por enquanto, sendo o nível de 150,00 centavos.
Tecnicamente, o café ainda sofre com um viés baixista mesmo no curto prazo, apesar de o mercado se mostra efetivamente sobrevendido. No longo prazo, cenário inalterado. O sentimento baixista já perdura por um considerável período e análises de referenciais de longo prazo, como o da média móvel de 200 dias, continuam a apontar para uma tendência de retração.
Fundamentalmente, o mercado não registra novidades. O governo da Colômbia indicou, ao longo do final de semana, que quer implantar um conselho de experts para levantar sugestões de políticas para o setor cafeeiro local, que sofre por mais de três temporadas com números fracos de produção e sem a perspectiva de recuperar rapidamente os níveis anteriores de safra.
No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou alta de 10 pontos, com 150,70 centavos, sendo a máxima em 153,15 e a mínima em 148,90 centavos por libra, com o maio tendo valorização de 10 pontos, com a libra a 153,60 centavos, sendo a máxima em 155,85 e a mínima em 151,80 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro teve queda de 7 dólares, com 1.907 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 10 dólares, com 1.910 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por altas e baixas em Nova Iorque, sem, contudo, assumir um direcionamento concreto. Os mercados externos pouco influenciaram no comportamento do café. As bolsas de valores nos Estados Unidos operaram de lado, com variações mínimas, assim como o dólar.
Operações de maior risco, como as commodities, também poucas variações tiveram. "Nesse clima de poucas oscilações, o café também não teve maiores emoções e conseguimos controlar o ímpeto de baixa da manhã, ao passo que as altas do meio do dia também não conseguiram ser sustentadas", apontou um trader.
As exportações brasileiras de café em novembro alcançaram 2,504 milhões de sacas, o que representa redução de 10% em relação a igual mês do ano passado (2,783 milhões de sacas). Em termos de receita cambial houve queda de 34,2% no período, para US$ 528,5 milhões em comparação com US$ 803,6 milhões em novembro de 2011. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Quando comparada com o mês anterior, a exportação de café em novembro apresentou queda de 6,2% em termos de volume, pois em outubro passado o país embarcou 2,669 milhões de sacas. A receita cambial foi 7,4% menor, considerando faturamento de US$ 570,8 milhões em outubro.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 6.088 sacas, indo para 2.500.412 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 14.965 lotes, com as opções tendo 5.448 calls e 2.566 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 153,15, 153,50, 154,00, 154,50, 154,90-155,00, 155,50, 156,00, 156,20-156,25, 156,50, 157,00, 157,15, 157,50, 158,00, 158,50 e 159,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 148,90, 148,50, 148,00, 147,50, 147,10-147,00, 146,50, 146,00, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00 e 141,50 centavos por libra.
Café não sai do intervalo e encerra dia com queda em Londres
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-fera com quedas, ainda que modestas, em uma sessão com um volume comercializado dentro da média recente da bolsa britânica.
Na primeira parte do dia, o janeiro chegou a testar um nível abaixo do patamar psicológico de 1.900 dólares, no entanto, com algumas recompras, as perdas desaceleraram consideravelmente.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por uma tentativa de ganhos frustrada, ao janeiro não conseguir romper o patamar de 1.925 dólares. Com isso, algumas novas vendas foram empreendidas e possibilitaram que a primeira posição tocasse a mínima de 1.888 dólares. No entanto, assim como verificado na semana anterior, abaixo dos 1.900 dólares, recompras e aquisições de comerciais foram reportadas. "Desse modo, não conseguimos, mais uma vez, alongar essas perdas. O mercado está tranqüilo e tendo a girar ao redor desse patamar de 1.900 dólares, já que não observamos força mais consistente para buscar baixas mais efetivas e também para ampliar os ganhos. Mais do mesmo", disse um trader.
O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de janeiro com uma movimentação de 6,81 mil lotes, com o março tendo 3,70 mil lotes negociados. O spread entre as posições janeiro e março ficou em 3 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição janeiro teve queda de 7 dólares, com 1.907 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 10 dólares, com 1.910 dólares por tonelada.
Dólar bate R$ 2,14 e BC atua três vezes
As três intervenções de ontem do Banco Central no câmbio foram incapazes de
derrubar o dólar para abaixo de R$ 2,12, indicando demanda reprimida por moeda
física. Agora, além do debate sobre até onde o BC permitirá que a divisa
americana suba, aumentam especulações sobre quando a autoridade monetária
voltará a vender no mercado à vista.
Ontem, a moeda fechou em queda de 0,52%, a R$ 2,120, após bater máxima de R$
2,139. O BC anunciou, pela manhã, o primeiro leilão de swaps tradicionais do
dia. Dos 40 mil contratos ofertados, todos para janeiro, colocou 28,2 mil,
equivalentes a US$ 1,089 bilhão. O dólar passou a cair mas, mesmo assim, o BC
voltou a intervir, anunciando segundo leilão de swaps tradicionais, no qual
colocou todos os 20 mil contratos com vencimento em janeiro.
Com as duas operações, além de antecipar o vencimento de todos seus swaps
reversos para janeiro, ainda assumiu posição vendida de US$ 211,3 milhões em
swaps. A última vez que o BC promoveu dois leilões de swap tradicional foi há
quatro anos, em 5 de dezembro de 2008.
Segundo Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, o BC acreditava que
ao não rolar os contratos de swap reverso que venceram ontem, poderia segurar a
alta da moeda. Como mesmo após os dois leilões o dólar não cedeu, o mercado
mostrou que quer moeda à vista, disse.
"Pela não rolagem e com as ofertas novas, o efeito de venda foi de US$ 3,59
bilhões, o que não é pouco, e o resultado não foi suficiente para impactar a
taxa e trazê-la abaixo de R$ 2,10", disse. Para Nehme, as intervenções mostram
a disposição do BC em trazer o dólar de volta para abaixo de R$ 2,10 que crê
ser o teto da banda cambial.
O diretor de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel, também vê o teto da
banda em R$ 2,10. Ele, porém, acredita que ela poderá permanecer um tempo mais
longo acima desse patamar, enquanto o BC avalia a força da tendência de alta da
moeda americana.
"Até o fim de dezembro, o BC pode ficar mais confortável em deixar subir para
R$ 2,15, contato que a alta não seja no vazio, puramente especulativa", disse.
No meio da tarde, o BC interveio pela terceira vez, realizando leilão conjugado
de venda e compra de dólares no valor de US$ 5 bilhões. Nessa operação, a
autoridade monetária vende moeda à vista, para recomprá-la após prazo
determinado - no caso, parte em janeiro e parte em fevereiro. Essa foi a
primeira vez que o BC realizou esse tipo de operação desde dezembro do ano
passado, quando não aceitou nenhuma proposta. O último leilão conjugado em que
houve negócio foi em abril de 2009.
Segundo Nehme, o leilão conjugado tem como objetivo aliviar um pouco mais a
pressão sobre a moeda, ao garantir parte da oferta de dólar físico necessário
no período de fim de ano, quando aumenta o volume de remessas de lucros de
empresas estrangeiras no país.
"Isso alivia, mas não me parece que vá resolver. O mercado precisa de dólares à
vista para compensar um fluxo cambial menos favorável", disse. "O cenário
sugere que o fluxo cambial piorou e que os bancos estão 'pedindo' leilão de
venda à vista."
Para os próximos dias, há grandes chances de o BC ser forçado a atuar no
mercado à vista para saciar a demanda do mercado por moeda física e cobrir as
remessas de lucros do período, disse Tony Volpon, diretor-executivo da Nomura
Securities. Isso mesmo após as atuações, que demonstraram "responsabilidade" na
condução da política cambial ao evitar uma alta mais acelerada do dólar.
"Se [o BC] deixar o câmbio caminhar muito rapidamente sem dar à economia real
tempo para se reajustar, pode piorar muito nossos já debilitados níveis de
investimento e crescimento", disse Volpon. "Caminhamos para R$ 2,30, mas vai
ter que ser de forma gradual."
Para Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor de política monetária do BC, hoje
economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, porém, o estímulo à
atividade econômica por meio do real desvalorizado não é tão direto.
"As importações de bens de capital, que estão bastante correlacionadas ao
investimento, acabam sendo dificultadas pela alta do dólar. E o investimento é
justamente um dos elementos que têm travado o crescimento da economia", disse,
lembrando os dados decepcionantes do PIB do terceiro trimestre, divulgados na
sexta-feira.
A última vez que o BC inteveio três vezes num único dia no mercado foi em 27 de
julho de 2011. Na ocasião a situação era inversa à de ontem e as atuações foram
para elevar o preço do dólar.
Ações recuam nos EUA com dado negativo
Os principais índices acionários da Europa encerraram o pregão de ontem em
terreno positivo. Isso mesmo com os ganhos registrados ao longo dos negócios -
estimulados pela alta dos índices dos gerentes de compras (PMI, na sigla em
inglês) de China, zona do euro e Reino Unido - tendo diminuído após a
divulgação do ISM de atividade industrial dos Estados Unidos.
O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, subiu 0,13%, aos 5.874,20 pontos;
CAC-40, de Paris, ganhou 0,32%, aos 3.568,80 pontos; e DAX, de Frankfurt,
avançou 0,36%, aos 7.432,30 pontos. O FTSE Mib, da bolsa de valores de Milão,
subiu 0,33%, aos 15.860,00 pontos. Na contramão, o Ibex 35, de Madri, caiu
0,72%, aos 7.877,50 pontos.
Especialmente na Europa, foi bem recebido pelo mercado o anúncio do plano de
recompra de até ? 10 bilhões em títulos da dívida pelo governo da Grécia.
A alta do PMI industrial da China, para 50,5 pontos em novembro, favoreceu a
abertura dos pregões das bolsas de valores, que ainda tiveram um reforço dos
índices da zona do euro e do Reino Unido, que subiram para 46,2 e 49,1 pontos
no mês passado.
Em Nova York, as ações também chegaram a abrir em alta, mas perderam força
depois do Instituto para Gestão de Oferta informar que seu índice de atividade
industrial caiu para 49,5 em novembro - menor nível em quase três anos -,
contrariando as expectativas dos analistas de uma leitura em 51,3. Um resultado
abaixo de 50 indica contração da atividade. O dado colocou em evidência uma
perspectiva menos positiva para a economia americana, que se soma ao nervosismo
relacionado à indefinição fiscal (o chamado "abismo fiscal") que o país
enfrenta.
O índice Dow Jones encerrou o pregão com perdas de 0,46%, aos 12.965,60 pontos.
O Standard & Poor's 500 caiu 0,47%, a 1.409,46 pontos. O Nasdaq Composite
perdeu 0,3%.
Os investidores estão lutando com um ambiente político incerto, uma vez que a
Casa Branca e o Congresso têm apenas quatro semanas para evitar uma crise, que
seria deflagrada com a entrada em vigor de uma série de aumentos de impostos e
cortes nos gastos em 1 de janeiro.
"Tivemos a primeira parte de notícias negativas desta semana, a leitura do
setor industrial [americano]", disse Kent Engelke, estrategista na Capitol
Securities. "Acredito que essa pressão negativa deva continuar durante a
semana. Companhias estão esperando por um acordo sobre o abismo fiscal",
completou.
Bovespa mantém elétricas em foco e inicia o mês com ganhos de 1,3%
Hoje é o "Dia D" para as empresas do setor elétrico. Se o governo não mudar de
ideia quanto ao prazo ou voltar a ceder, como fez com alguns pontos da polêmica
Medida Provisória 579, as companhias terão até o fim da tarde para traçar seu
destino nos próximos anos. O primeiro pregão de dezembro da bolsa brasileira
foi de grande volatilidade, conforme os acionistas de algumas elétricas
definiam se irão ou não aceitar as condições para renovar as concessões dos
ativos que vencem entre 2015 e 2017.
Cesp PNB (8,88%) liderou os ganhos do Ibovespa. Os acionistas rejeitaram em
assembleia a adesão da geradora paulista à proposta do governo. Já Transmissão
Paulista PN (-2,72%) e Eletrobras ON (-2,61%) terminaram na outra ponta do
mercado. O conselho da transmissora de energia mudou sua recomendação aos
acionistas, passando a indicar a adesão, depois que o governo alterou algumas
condições da MP 579 para o segmento de transmissão. A Eletrobras aderiu à MP,
mas os minoritários contestaram o direito da União de votar na assembleia sobre
o tema.
O Ibovespa terminou em alta de 1,27%, aos 58.202 pontos. Desde ontem, a bolsa
brasileira passou a fechar meia hora mais tarde, às 17h30. É uma tentativa de
reduzir a janela entre os horários do mercado local e do americano, que fecha
às 19 horas (de Brasília) e assim incrementar o volume financeiro, que vinha
minguando por conta da menor presença dos estrangeiros na parte da manhã e da
redução das operações de arbitragem. O giro melhorou um pouco, alcançando R$
6,903 bilhões, mas ainda abaixo da média de quase R$ 8 bilhões de setembro.
Vale PNA também contribuiu para a volatilidade do Ibovespa ontem, embora tenha
encerrado o dia com leve baixa de 0,05%, a R$ 36,68. A empresa promoveu
encontro com investidores em Nova York e fez anúncios relevantes ao longo do
dia. O conselho de administração aprovou uma redução no orçamento de
investimentos para 2013, de US$ 16,3 bilhões, frente aos US$ 17,5 bilhões que
serão gastos neste ano.
Para o estrategista Pedro Galdi, da SLW Corretora, a mineradora já vinha
sinalizando que só investiria em projetos de retorno satisfatório. Ele citou
como exemplo a retirada da lista de prioridades do projeto de minério de ferro
Simandou, na Guiné, África. "A empresa está sinalizando que não vai priorizar
tudo. O projeto da Guiné é bom, mas duvidoso por conta de problemas
geopolíticos. Por isso, estão deixando de lado", afirmou Galdi.
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse em Nova York que os dividendos que
serão pagos no ano que vem dependerão do fluxo de caixa da companhia. Este ano,
a mineradora desembolsou US$ 6 bilhões em dividendos. Em função do declínio dos
preços do minério de ferro, não houve, pela primeira vez em dez anos, pagamento
de dividendos extras aos acionistas. Para 2013, as projeções dos analistas
variam entre US$ 2 bilhões e US$ 4 bilhões.
Marfrig ON (-7,67%) liderou as perdas. O frigorífico fecha hoje sua oferta
primária de ações, estimada em cerca de R$ 1 bilhão. Segundo operadores,
circularam rumores de que os investidores estariam pedindo um grande desconto
para comprar os papéis na oferta.
Entre as maiores altas apareceram Suzano PNA (5,98%) e PDG Realty ON (4,98%). A
Suzano anunciou a seus clientes um novo reajuste para os preços da celulose a
partir de 1 de janeiro. Para os mercados da Europa e da América do Norte, o
aumento será de US$ 20 por tonelada, e para a Ásia, de US$ 30. Já a ação da PDG
terá uma participação maior no Ibovespa, passando de 2,799%, na carteira atual,
para 3,416%, segundo a primeira prévia da carteira teórica que entrará em vigor
em 2013, divulgada ontem pela bolsa.
Selic a 7% entra no radar após PIB
As taxas de juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam
em queda ontem pela segunda sessão seguida, novamente influenciadas pela
preocupação dos investidores com o crescimento econômico do país. Os dados do
Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre divulgados na semana passada
levaram o mercado a revisar para baixo as estimativas de expansão para este ano
e 2013.
Na lista dos três contratos de juros mais negociados na BM&F, o que vence em
janeiro de 2014 (DI janeiro/2014) cedeu à taxa de 7,18%, ante 7,21% apurada na
sexta-feira após os ajustes finais. Segundo operadores, começam a surgir mais
apostas em uma Selic de 7% no ano que vem, se a economia não reagir com mais
força - embora ainda seja ampla a maioria de apostas na manutenção da Selic em
7,25%, conforme apurou o boletim semanal do Banco Central, o Focus. No mesmo
documento, a mediana das projeções para o PIB caiu de 1,50% para 1,27% neste
ano e, para 2013, de 3,94% para 3,70%.
"A questão agora é saber se o Banco Central confia que a economia vai reagir
com as medidas já tomadas, ou se pode voltar a cortar juros em 2013, já que a
possibilidade de um aumento da Selic está descartada no médio e no longo
prazos", disse o diretor de tesouraria de um banco médio de atuação nacional.
Apesar dos cortes nas projeções do PIB, os analistas mantiveram as estimativas
para a inflação em 2012 e 2013 na casa de 5,4%. Esse horizonte formado por um
Banco Central disposto a manter juros reais baixos e inflação resiliente tem
puxado para cima a inflação implícita - taxa projetada pelo mercado por meio
dos negócios com títulos públicos atrelados ao IPCA, as Notas do Tesouro
Nacional Série B (NTN-B). O papel com vencimento em 2015 teve a previsão de
inflação embutida subindo a 5,84%, ante 5,77% na véspera.
Agora, os agentes de mercado aguardam a divulgação da ata do Copom, depois de
amanhã. No documento, espera-se que a autoridade monetária aborde esse quadro
de atividade ainda fraca, mas também mostre quais são os efeitos esperados da
desvalorização cambial sobre a inflação.
A visão de que o governo poderá buscar um nível mais alto para o dólar tem
contribuído para a preocupação com o rumo dos preços, e o Banco Central poderá
falar sobre esse tema na ata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário