Café não sustenta ganhos iniciais e tem nova retração na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com novas quedas, com a posição março, mais uma vez, se posicionando abaixo do referencial de 145,00 centavos de dólar por libra.
O dia foi caracterizado por dois momentos distintos, com alguns ganhos sendo observados ao longo da manhã, com a perspectiva de que a recuperação iniciada no primeiro pregão da semana pudesse ter continuidade e que até resistências básicas, como o nível de 150,00 centavos, pudessem ser testados.
No entanto, o que se observou foi uma retomada de fôlego por parte dos baixistas, com ordens de venda efetivas sendo apresentadas e com as baixas voltando a ser notadas, com os preços, desse modo, se aproximando das baixas de 30 meses atingida na semana passada. Um operador ressaltou que as indústrias de torrefação se mostraram mais ativas abaixo do nível de 145,00 centavos por libra. No entanto, após as oscilações positivas da primeira metade do dia esses players se mostraram, mais uma vez, reticentes, o que abriu espaço para que os vendedores voltassem a se mostrar ativos e garantissem uma nova sessão de baixa, com grande parte dos ganhos da sessão anterior se perdendo.
Tecnicamente, operadores sustentam que o mercado continua engajado num viés baixista, tanto de curto, médio ou longo prazo.
Fundamentalmente, o café não apresenta novidades. O clima no Brasil continua a registrar chuvas esparsas e temperaturas relativamente altas, o que favorece o desenvolvimento dos frutos. Na Colômbia, o final de ano tem sido diferente das temporadas passadas, com a época das águas registrando precipitações bem menos intensas e, assim, sem os problemas de enchentes como os verificados em 2010 e 2011. No México, mesmo com a temporada de inverno se aproximando, as zonas cafeeiras continuam a registrar temperaturas consideravelmente altas.
No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou queda de 195 pontos, com 144,00 centavos, sendo a máxima em 148,00 e a mínima em 143,35 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 205 pontos, com a libra a 146,85 centavos, sendo a máxima em 150,80 e a mínima em 146,30 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a janeiro teve queda de 16 dólares, com 1.847 dólares por tonelada, com o março tendo valorização de 1 dólar, com 1.842 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, a sessão foi, mais uma vez técnica, com a "devolução" da maior parte dos ganhos registrados ao longo da sessão anterior. Os mercados externos se mostraram calmos, com o dólar voltando a registrar perdas e com o segmento acionário e os mercados de maior risco tendo algumas altas. O café, dessa forma, continuou divergindo do macro e mantém sua posição baixista.
"Tivemos mais uma sessão consideravelmente esvaziada, com muitos operadores já tendo encerrado suas ações e estando mais preocupados em fechar os números do exercício de 2012. Efetivamente, o café não conseguem empreender nem sequer uma recuperação básica. Ao atingir um nível como 148,00 centavos, pela manhã, já passamos a notar novas ordens de venda e, desse modo, os ganhos modestos não conseguiram ser sustentados e fechamos novamente no lado negativo. Alguns operadores trabalham com a perspectiva de que o março teste, ainda antes do Natal, o nível de 140,00 centavos ou até abaixo disso", apontou um trader.
As exportações de café arábica do bloco de nove países latino-americanos produtores de suave crescer 20,6% nos dois primeiros meses da safra 2012/2013, se comparado com o mesmo período do ano safra passado, informou a Anacafé (Associação Nacional de Café da Guatemala), entidade responsável pelas estatísticas do grupo, que reúne Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Peru e República Dominicana. As remessas ao exterior do grupo nesses dois meses somaram 3.829.476 sacas, contra 3.175.299 sacas de outubro e novembro de 2011. A Nicarágua teve uma alta nos embarques de 510% e a República Dominicana de 407%. Já as exportações do México cresceram 36%, seguidas de Guatemala (+32%), El Salvador (31%), Peru (+23%) e Honduras (+3%). As únicas baixas foram registradas na Costa Rica, recuo de 26%, e Colômbia, retração de 4%.
As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 17, somaram 1.081.560 sacas, contra 989.155 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 6.527 sacas, indo para 2.545.748 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 15.298 lotes, com as opções tendo 3.327 calls e 1.327 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 148,00, 148,50, 149,00, 149,50, 149,90-150,00, 150,50, 151,00, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 153,70, 154,00, 154,50 e 154,90-155,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 143,35, 143,10-143,00, 142,50, 142,00, 141,50, 141,00, 140,50, 140,10-140,00, 139,50, 139,00, 138,50, 138,00 e 137,50 centavos por libra.
Londres registra diminuição de spread entre janeiro e março
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com comportamento variado, com queda para a primeira posição e avanço mínimo para as posições mais a futuro.
Em um dia em que continuaram a ser observadas ações de rolagens de posição, observou-se uma liquidação mais efetiva de especuladores e origens no contrato mais efetivo, enquanto compras mais efetivas foram verificadas nas posições mais a futuro. O março, por exemplo, chegou a bater no nível de 1.870 dólares. De acordo com analistas internacionais, a sessão marcou uma diminuição considerável do spread entre janeiro e março.
Alguns operadores já previam um possível squeeze diante desses diferenciais. No que se refere às posições mais a futuro, os analistas sustentaram que o comportamento esteve em linha com o verificado nos últimos pregões, com a manutenção dos intervalos, sem rompimento de suportes ou resistências mais efetivas.
"Tivemos uma diminuição considerável do spread, que efetivamente tinha se alargado consideravelmente nos últimos dias. Era algo até esperado. Tivemos algumas origens efetivas liquidando no janeiro e também continuamos com um volume consistente de rolagens", disse um trader.
O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de janeiro com uma movimentação de 5,29 mil lotes, com o março tendo 6,74 mil lotes negociados. O spread entre as posições janeiro e março ficou em 5 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição janeiro teve queda de 16 dólares, com 1.847 dólares por tonelada, com o março tendo valorização de 1 dólar, com 1.842 dólares por tonelada.
Mercados de commodities podem reagir em 2013, diz Barclays
O recente calmaria nos mercados de commodities não deve persistir em 2013, aposta o banco de investimento Barclays Capital. De acordo com a instituição financeira, o provável acordo para evitar o ‘abismo fiscal’ nos Estados Unidos, a recuperação da economia chinesa e o potencial de riscos climáticos e geopolíticos devem criar um ambiente mais altista para os preços nos próximos meses.
O cenário deve despertar o apetite do investidor, que, segundo o Barclays, está pouco exposto ao segmento. O Barclays prevê ainda que os mercados de commodities devem operar de maneira mais independente, de acordo com os fundamentos específicos de cada ativo. Trata-se de uma mudança em relação à tendência observada nos últimos anos, quando houve um atrelamento entre as diferentes classes de matérias-primas.
“Os mercados de commodities comportam-se cada vez menos como uma classe monolítica de ativos.” A instituição destaca ainda que os mercados de petróleo e produtos agrícolas são aqueles mais propensos ao retorno de um “ambiente de risco idiossincrático”. Nos dois casos, “há uma grande distância entre os eventuais riscos à oferta no começo do próximo ano e a habilidade de os mercados absorverem esses choques sem uma substancial alta de preços”.
Os analistas do Barclays destacam que os estoques de grãos são “excepcionalmente baixos” e que as ameaças climáticas à safra sul-americana são “elevadas”, de modo que eventuais problemas podem provocar uma “substancial reação dos preços”.
Dólar fecha em queda após intervenções do BC no câmbio
SÃO PAULO - O dólar comercial fechou em baixa, interrompendo sequência de três
altas consecutivas - a maior desde o fim de novembro, influenciada pelos
progressos nas negociações para evitar o abismo fiscal nos Estados Unidos e
após atuações do Banco Central hoje.
A moeda americana fechou em baixa de 0,33%, a R$ 2,089, após chegar a subir a
R$ 2,103 na máxima do dia. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato
de dólar futuro para janeiro caía 0,47%, a R$ 2,0930, antes do ajuste final.
Antes da abertura dos mercados, o BC anunciou que vai elevar, a partir da
próxima quinta-feira, o montante das posições vendidas em câmbio sujeitas a
recolhimento de 60% de compulsório. O limite, que era de US$ 1 bilhão, passa a
ser de US$ 3 bilhões. Mais tarde, após o início dos negócios, a autarquia
realizou leilão conjugado de venda e compra de dólares, dividido em três
etapas, com três datas de recompra.
Para operadores, o fato de a moeda não ter cedido no início do dia, mesmo após
as atuações do BC, indica que o mercado espera que a autoridade monetária
ofereça liquidez ao mercado diretamente, por meio de venda à vista de moeda,
sem recompra.
"O BC está usando toda a sua munição para evitar ter de fazer um leilão de
dólar à vista, mas é isso que o mercado está pedindo", disse Sidnei Nehme,
diretor-executivo da NGO Corretora.
Alguns profissionais veem a relutância do BC em vender dólares à vista como uma
tentativa de esconder a preocupação com o crescente fluxo cambial negativo e de
evitar reduzir as reservas internacionais. Desde 2009, a autoridade monetária
não realiza leilões de venda de moeda americana à vista.
"O BC é avesso a vender dólar à vista, uma vez que os altos níveis das reservas
internacionais são consideradas como um símbolo do sucesso brasileiro", disse o
diretor de um banco estrangeiro. "Medidas como a tomada hoje têm como objetivo
induzir os bancos do setor privado a aumentar a oferta de dólar à vista."
Para esse profissional, as ações do BC para aumentar a liquidez do mercado
devem suavizar a desvalorização do real, mas não reverter essa tendência. Para
o ano que vem, ele aposta em novas altas do dólar frente a moeda brasileira.
Revertendo medidas
A expectativa no mercado é que o BC continue retirando os controles de capital
hoje em vigor para conter pressões de alta do dólar. Entre os controles que
poderiam ser revistos está inclusive a cobrança de Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) que incide sobre posições vendidas em dólar futuro e que,
para muitos profissionais, é responsável por um desequilíbrio no câmbio que tem
contribuído para a pressão sobre o real.
Fontes do setor privado ouvido por Claudia Safatle, do Valor, acreditam que o
próximo passo do BC no desmonte dos controles de capital seria flexibilizar o
limite de variação das posições vendidas em derivativos cambiais. A tributação
de 1% seria mantida, mas o limite da variação, de R$ 10 milhões, seria
aumentado.
A baixa de hoje se firmou após informações sobre avanços nas discussões sobre o
abismo fiscal americano. O presidente dos EUA, Barack Obama, teria abandonado
sua exigência de aumento de impostos para famílias com renda anual superior a
US$ 250 mil, aceitando apenas deixar vencer descontos fiscais hoje em vigor
para famílias com renda acima de US$ 400 mil por ano. Do lado dos republicanos,
o presidente da câmara, John Boehner, apresentou proposta para elevar impostos
para pessoas com renda superior a US$ 1 milhão por ano.
No exterior, o Dollar Index, que acompanha o desempenho do dólar ante uma cesta
de seis moedas, caía 0,28%, a 79,36 pontos, enquanto o euro, principal
integrante dessa cesta, subia 0,45%, a US$ 1,322, maior patamar desde o início
de maio.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:DIs de longo prazo sobem na espera por inflação
São Paulo, 18 de dezembro de 2012 - Os contratos de Depósitos
Interfinanceiros (DIs) fecharam o pregão de hoje da BM&FBovespa em direções
opostas, com os papéis de longo prazo esperando por novos avanços na
inflação e os de curto prazo realizando ajustes. Mais cedo, a inflação
medida pelo Indice de Preços do Consumidor Semanal (IPC-S), apurado pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou aumento em cinco das sete capitais
pesquisadas na segunda quadrissemana de dezembro. No período, o IPC-S registrou
inflação de 0,73%, 0,10 ponto percentual (pp) acima da taxa divulgada na
última apuração.
"Hoje não vimos nenhum grande movimento, mas os últimos índices de
inflação estão vindo acima do esperado e amanhã terá IPCA-15 e o mercado
está mais receoso", avalia Bruno Eiras Martins, operador do Daycoval.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga amanhã o
Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), referente a
dezembro. O mercado estima que o índice fique em 0,64%, segundo a mediana das
projeções do Termômetro CMA, pesquisa feita com instituições de mercado com
as estimativas para os principais indicadores econômicos do País.
Nesta conjuntura, o contrato mais líquido era aquele para janeiro de 2013,
que recuou de 6,99% para 6,97%, com giro de R$ 19,485 bilhões, e o para janeiro
de 2014 saiu de 7,09% para 7,07%, movimentando R$ 19,426 bilhões.
Entre os DIs com vencimento no longo prazo, o para janeiro de 2017 subiu de
8,47% para 8,48% (R$ 9,806 bilhões) e o para janeiro de 2015 avançou de 7,64%
para 7,66% (R$ 8,729 bilhões). Em relação aos contratos mais curtos, o DI
para julho de 2013 teve recuo de 7,04% para 7,02% (R$ 5,145 bilhões).
O número de contratos negociados atingiu 936.103, avanço de 88,9% em
relação aos negócios realizados ontem. O volume financeiro somou R$ 80,735
bilhões.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com desvalorização de
0,33% a R$ 2,0870 para compra e R$ 2,0890 para venda. Durante o dia, a moeda
oscilou entre a mínima de R$ 2,0860 e a máxima de R$ 2,1030.
No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento em janeiro de 2013
caiu 0,47%, aos R$ 2.093,000, e o contrato com vencimento em fevereiro de 2013
recuou 0,61%, para R$ 2.102,000.
O Banco Central (BC) alterou hoje a base do cálculo do recolhimento de
compulsório sobre a posição de câmbio vendida das instituições financeiras
para US$ 3 bilhões. A partir desse valor, as instituições terão de recolher
60% da posição vendida por meio de depósito compulsório. A medida entrou em
vigor hoje, mas só produz efeitos a partir desta quinta-feira.
"O Banco Central tomou medidas com posições vendidas para recolhimento
compulsório como meio para a manutenção do câmbio em torno de R$ 2,10",
avalia Denílson Alencastro Geral, economista-chefe da Asset Management.
PERSPECTIVA: Ibovespa deve seguir tendência de alta com otimismo nos EUA
São Paulo, 18 de dezembro de 2012 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, deve seguir em tendência de alta no pregão de amanhã,
influenciado pelo otimismo do mercado com a proximidade de um acordo para
resolver a questão do "abismo fiscal" nos Estados Unidos. De indicadores, o
único que pode mexer com o mercado amanhã é a divulgação do índice de
construção de imóveis residenciais de novembro no mercado norte-americano.
"Não tem muito indicador forte para amanhã. O que pode influenciar o
mercado é a construção de imóveis nos Estados Unidos. O número deve cair um
pouco em relação ao divulgado anteriormente, mas nada que o mercado não
esteja esperando. A bolsa só cai se sair algo abaixo de 700 mil residências
construídas", explicou Rafael Castro, operador da Hencorp Commcor.
Amanhã nos Estados Unidos, o Departamento do Comércio informa, às 11h30
(horário de Brasília), o índice de construção de imóveis residenciais de
novembro. Em outubro, houve alta de 3,6% em relação a setembro, para 894 mil
residências. A expectativa é de queda para 875 mil residências em novembro.
Para Sandro Fernandes, operador da Corval Corretora, ale dos dados de
construção nos Estados Unidos, os investidores precisam ficar de olho em dados
que serão divulgados na Europa. "Na Alemanha tem pesquisa sobre o clima dos
negócios. No Reino Unido também tem divulgação, com a ata da reunião de
política monetária. Creio que o mercado possa se manter acima dos 60 mil
pontos", disse o especialista.
Na Alemanha, o índice de confiança do empresário na economia da Alemanha
referente a dezembro será divulgado às 7h pelo instituto de pesquisas CESifo
Group. Em novembro, o indicador avançou para 101,4 pontos. E no Reino Unido, o
banco da Inglaterra divulga às 7h30 a ata da reunião de política monetária
ocorrida em dezembro. Os horários são de Brasília.
Castro diz ainda que o índice Dow Jones, do mercado norte-americano,
ultrapassou uma resistência importante, dos 13.300 pontos, trazendo um sinal de
otimismo para os investidores. "O Dow Jones estava com dificuldades de romper
este patamar. Agora que rompeu, os analistas estão prevendo uma alta, até
atingir um novo patamar", acrescentou o operador da Hencorp Commcor.
O Dow Jones encerrou o pregão de hoje com valorização de 0,87% aos
13.350,96 pontos. Hoje, o Ibovespa finalizou com avanço de 1,50% aos 60.460
pontos. O volume financeiro do mercado foi de R$ 6,864 pontos. No segmento
futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento para fevereiro de 2013 subiu 1,70%
aos 61.075 pontos.
Os papéis com maior peso no desempenho do índice foram os PNA da Vale
(VALE5), com movimentação financeira de R$ 685,3 milhões, que subiu 1,71%,
negociada a R$ 41,00, os preferenciais da Petrobras (PETR4), com segundo maior
volume financeiro, de R$ 434,8 milhões, e alta de 1,26%, a R$ 20,17.
Entre as ações do Ibovespa, o papel PNA da Usiminas (USIM5) apresentou a
maior valorização, com ganho de 7,50% a R$ 12,32, seguida pela ação
ordinária da companhia (USIM3), com avanço de 6,11% a R$ 13,18 e a ação
ordinária da Embraer (EMBR3) elevou 5,26% a R$ 14,00. Entre as maiores quedas,
a ação ON da Souza Cruz (CRUZ3) retraiu 2,50% a R$ 32,25, enquanto o papel PNB
da Cesp (CESP6) recuou 2,37% a R$ 18,50 e a ação ON da BR Malls (BRML3) caiu
1,86% a R$ 27,30.
Bolsas dos EUA sobem por confiança sobre acordo que evite abismo fiscal
São Paulo, SP - As Bolsas americanas tiveram um rali nesta
terça-feira, dando ao índice S&P 500 sua melhor série de dois pregões em um mês
devido à confiança dos investidores de que haverá um acordo em Washington para
evitar aumentos de impostos e cortes de gastos que podem prejudicar a economia
do país.
O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 0,87%, para
13.350 pontos, o Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,15%, para 1.446
pontos, e o termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,46%, para 3.054 pontos.
Ações de bancos, companhias elétricas e tecnológicas lideraram os ganhos. Como
investidores permanecem confiantes em relação à possibilidade de que
parlamentares cheguem a um acordo para evitar o chamado abismo fiscal, setores
cujo desempenho está intimamente ligado à performance da economia foram
beneficiados.
O índice setorial de serviços ligados ao petróleo PHLX avançou 3,1%, com oito
de seus 15 componentes fechando em alta de 3% ou mais. "A visão é de que a
economia está melhorando, e isso é sempre bom para a demanda por energia",
disse o presidente na Hackett Financial Advisors em Boynton Beach, Flórida,
Shawn Hackett.
Hackett disse que os Estados Unidos vão evitar "o que quer que signifique o
abismo" para a economia, permitindo a investidores concentrarem-se no
crescimento.
A mais recente oferta do presidente Barack Obama a republicanos nas negociações
orçamentárias em andamento dá concessões em relação a impostos e gastos com
programas sociais.
O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, disse, por
sua vez, que a proposta "ainda não chegou lá", embora permaneça esperançoso
sobre a possibilidade de um acordo. Senadores democratas, no entanto,
expressaram preocupação em relação aos cortes a benefícios de seguridade social.
Papéis do setor financeiro dispararam, com operadores apostando em uma maior
demanda por empréstimos e em uma maior inclinação da curva de juros. O setor
financeiro do S&P 500 subiu 1,5%.
A dívida do governo dos EUA foi vendida em grandes quantidades nesta
terça-feira, com o rendimento (yield) do título referencial de dez anos
brevemente atingindo seu maior nível desde o fim de outubro.
Bolsas europeias disparam com esperanças de acordo fiscal nos EUA
São Paulo, SP - As Bolsas europeias fecharam em alta nesta
terça-feira (18), com o principal índice europeu de ações fechando poucos
pontos abaixo de sua máxima em 2012 com investidores apostando que democratas e
republicanos americanos chegarão a um acordo para evitar o "abismo fiscal".
As esperanças cresceram após o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, o
republicano John Boehner, sair de uma reunião com colegas republicanos
prometendo avançar em negociações para evitar um impasse.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em
alta de 0,56%, a 1.138 pontos, menos de 3 pontos abaixo de sua máxima de 1.141
pontos em 2012 atingida na semana passada.
Ações cíclicas estiveram entre os maiores ganhos, com a Rio Tinto fechando com
alta de 2,9% e a Anglo American avançando 2,5%. O setor bancário também teve um
rali: o UBS teve valorização de 1,9% e o Banco Santander cresceu 2%.
"O rali continua, sem volatilidade. Os mercados estão se tornando complacentes
e qualquer baixa, mesmo que pequena, serve de razão para comprar. O sentimento
lembra 2007", disse o analista Nicolas Cheron, do FXCM.
O índice de volatilidade Euro STOXX 50, ou VSTOXX, o amplamente utilizado
termômetro europeu de aversão ao risco, despencou para sua mínima em cinco anos
de 15,64 pontos.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 0,40%, a 5.935 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,64%, para 7.653 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,29%, para 3.648 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,94%, para 16.155 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 1,6%, para 8.168 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,87%, para 5.687 pontos.
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