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segunda-feira, 2 de julho de 2012

PREÇOS DA COLÔMBIA TEM DE CAIR PARA RECUPERAR MERCADOS

PREÇOS DA COLÔMBIA TEM DE CAIR PARA RECUPERAR MERCADOS
 - ANALISTAS
A Colômbia provavelmente reduzirá o preço do seu café para conseguir recuperar os mercados perdidos após sua pior safra em três décadas, disseram analistas na última semana. A Colômbia é uma grande produtora dos cafés tipo arábica, de alta qualidade, e historicamente conseguevalores mais elevados para esse produto do que os países concorrentes.     Mas, nos últimos três anos as safras ficaram abaixo das metas, levando ostorrefadores a buscarem alternativas mais baratas de exportadores rivais, como Brasil e Guatemala, segundo analistas. "Não sei se a Colômbia será capaz de obter diferenciais elevados, enquanto disputa participação no mercado", disseJudy Ganes-Chase, presidente da J.Ganes Consulting, durante uma conferência. "Há outras grandes variedades regionais, como a guatemalteca. Outras variedades suaves preencheram a lacuna." As informações partem da Reuters.     Qualquer concessão que a Colômbia fizer em termos de preços será dolorosa, por se somar a uma queda generalizada na cotação do café arábica recentemente. A Colômbia pretende mais do que duplicar sua produção de café até o final da atual década, para 18 milhões de sacas, contra 7,8 milhões desacas de 60kg do ano passado.    "É uma questão de preço. A Colômbia pode ter de fazer concessões..., os compradores podem não ver um incentivo para voltar", disse Stefan Uhlenbrock, analista-chefe de açúcar e café na alemã F.O. Licht. A Colômbiatradicionalmente exporta a maior parte do seu café para os Estados Unidos e Japão, mas esses torrefadores têm incrementado a substituição do café arábica pelo tipo robusta, de menor qualidade para fazer o blend.    No futuro, os torrefadores podem recorrer cada vez mais ao café do Brasil,que oferece tanto a variedade robusta quanto a arábica, segundo Neil Rosser, consultor de café no Reino Unido. "O Brasil está agora fazendo excelentes (cafés) suaves, como os colombianos, então o Brasil é agora um local onde um torrefador pode concentrar suas compras", afirmou.

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