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terça-feira, 17 de abril de 2012

Pressão baixista se mantém e café amplia perdas na ICE

Pressão baixista se mantém e café amplia perdas na ICE
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US ampliaram as perdas da semana, em mais uma sessão caracterizada por vendas especulativas e de fundos. Com a predominância dos baixistas, o mercado teve uma terça marcada pela continuidade das rolagens de posição, antes do início da notificação de maio, na próxima sexta-feira, e por uma tentativa inicial de recuperação. No entanto, a fraqueza dos compradores se mostra efetiva.  Os preços chegaram a flutuar no nível de 177,00 centavos e não conseguiram avançar, mesmo em um dia em que os mercados externos operaram positivamente, sem a pressão de notícias pessimistas em mercados chave. As bolsas de valores internacionais tiveram bons ganhos e até algumas commodities, como o petróleo, registraram valorização expressiva. Ao não conseguir romper um intervalo básico, imediatamente foi aberto um espaço para que os baixistas voltassem a atuar a lançassem novas ordens de venda. Com isso, o maio voltou a registrar o menor patamar de preço em 18 meses, numa clara demonstração de que o viés negativo se mantém mais que ativo na bolsa nova-iorquina.  Mesmo diante de um quadro sobrevendido, o mercado cafeeiro tende a se manter pressionado, com alguns operadores avaliando que, no curto prazo, a tendência deve ser a busca do nível de 170,00/169,50 centavos.  Fundamentalmente, as notícias sobre novas ondas de chuva na Colômbia ainda não afetaram o humor dos vendedores. As recentes quebras de safra desse importante país produtor de "suaves" se deram, em parte, pelo excesso de chuvas em 2009, 2010 e 2011. As precipitações dos últimos dias provocaram inundações e desmoronamentos em nove departamentos (Estados) do país, provocando a morte de, pelo menos, 17 pessoas, desde o último dia 15. Segundo a Unidade de Gestão de Risco de Desastres, as perdas e mortes se comparadas com o mesmo período do ano passado são menores.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve queda de 165 pontos com 173,05 centavos, sendo a máxima em 177,30 e a mínima em 172,45 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 115 pontos, com a libra a 174,70 centavos, sendo a máxima em 178,40 e a mínima em 174,05 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou alta de 11 dólares, com 2.003 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 11 dólares, com 2.014 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o mercado testou ligeiramente o suporte da sessão anterior, mas não conseguiu avançar ainda mais para baixo, provavelmente pela ação mais efetiva das indústrias de torrefação, que aproveitam a fraqueza das cotações para garantir alguns estoques adicionais e também efetuar compras de grãos de maior qualidade. "Nós efetivamente passamos a registrar uma presença mais efetiva de comerciais no mercado, já que os patamares atuais se mostram favoráveis para as indústrias. Por outro lado, as origens estão totalmente de lado e devem se manter reticentes por um bom tempo", avaliou um trader.  As remessas internacionais de café do Vietnã chegaram a 187.073 toneladas em março, o que significou uma retração de 7,3% em relação a fevereiro e uma alta de 16% em comparação com março do ano passado, revelou o departamento alfandegário do país indo-chinês. As exportações de março foram menores que a previsão inicial do Escritório de Estatística local, que era de 190 mil toneladas. A receita obtida com os embarques somou 247 milhões de dólares no mês, alta de 3,5%.  As exportações brasileiras de café em abril, até o dia 16, somaram 579.456 sacas, contra 676.846 sacas registradas no mesmo período do mês passado, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 275 sacas, indo para 1.530.223 sacas.  O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 32.817 lotes, com as opções tendo 2.648 calls e 572 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 177,30, 177,50, 176,00, 176,50, 177,00, 177,50, 178,00, 178,50, 179,00, 179,50 179,90-180,00, 180,50, 181,00, 181,50, 182,00, 182,50 e 183,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 172,45, 172,00, 171,50, 171,00, 170,50, 170,10-170,00, 169,50, 169,00, 168,50, 168,00, 167,50 e 167,00 centavos por libra.
   NY FECHA EM BAIXA COM LIQUIDAÇÃO DE POSIÇÕES
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta terça-feira com preços mais baixos. As cotações caíram com força diante de liquidação de posições, ante o primeiro dia de notificação de entregas do contrato maio, que ocorre napróxima sexta-feira.    A chegada da safra brasileira de arábica, que começa a entrar em maio, foi outro fator novamente pontuado como responsável pelas perdas. NY esboçou uma reação no dia, mas não manteve os ganhos. A proximidade que passa haver do verão no Hemisfério Norte é outro fator negativo, pois cai a demanda de cafés no período. As informações partem de agências internacionais.    Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 173,05 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 1,65 centavo, ou de 0,9%. A posição julho fechou a 174,70 cents, com queda de 1,15 cent, ou de 0,6%.

   Londres tem dia de altas e preços se mantém dentro de intervalo
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com ligeiros ganhos, em uma sessão calma, com pouca volatilidade.
 Mais uma vez, as rolagens de posição predominaram, com o julho já contando com mais que o dobro de contratos em aberto que o maio. As cotações, por sua vez, continuaram flutuando ao redor do nível de 2.000 dólares para o vencimento maio, com o fechamento do dia se dando ligeiramente acima desse patamar. De acordo com analistas internacionais, a terça-feira não trouxe maiores movimentações. Os ganhos estiveram em linha com o comportamento dos mercados globais, que se animaram após um começo de semana complicado e com temor quanto à situação da China. Demonstrando continuar dissociada de Nova Iorque, a bolsa inglesa voltou a experimentar valorização contra perdas dos arábicas, o que estreitando, cada vez mais, os diferenciais. "Estivemos em um range de menos de 20 dólares. Ou seja, os preços ficaram bastante presos em um intervalo que está sendo mantido há um tempo considerável, fruto das ofertas limitadas das origens e algumas aquisições de torrefadores. Com isso, estamos em um momento bem diferente de Nova Iorque, que não pára de cair, ao passo que em Londres a situação é consolidação, em um nível que muitos altistas consideram positivo", disse um trader. O maio na bolsa londrina tem 22,2 mil contratos em aberto, contra 45,4 mil do julho. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 2,80 mil lotes, com o julho tendo 3,42 mil lotes negociados. O spread entre as posições maio e julho ficou em 11 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou alta de 11 dólares, com 2.003 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 11 dólares, com 2.014 dólares por tonelada. 

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