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quinta-feira, 29 de março de 2012

Café na ICE não sustenta ganhos e volta a ter dia de pressão
 Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com quedas consideráveis, que fizeram com que a maior parte das altas conquistadas ao longo da sessão anterior se esvaíssem. A correção iniciada na terça-feira efetivamente não teve continuidade. Após uma abertura com altas mínimas, o mercado passou a sofrer com a ação dos baixistas.  O sentimento negativo foi ampliado com o comportamento desfavorável das bolsas de valores internacionais e de outras commodities, sendo que, na segunda metade do dia, as perdas se ampliaram ainda mais. Apesar das baixas consideráveis, a posição maio, ao longo de todo o dia conseguiu se manter dentro do intervalo de 180,00 centavos. O mercado vinha dando demonstrações de estar sobrevendido, assim, uma correção básica, como a da sessão anterior, era esperada, sendo que, no entanto, o "contra-ataque" dos baixistas, que demonstram contar com significativa força ainda foi imediato.  Um operador sustentou que as coberturas de posição short não conseguiram ter continuidade e, diante dessa fraqueza do mercado em buscar uma continuidade do viés de correção, o que se verificou foi uma nova tentativa de pressão sobre os preços. O mercado externo teve um dia de quedas para as bolsas de valores e para as matérias-primas em geral, com alta para o dólar. Dados sobre uma produção industrial menos consistente da China e os dados dos Estados Unidos sobre o indicador de novas encomendas de bens duráveis, que subiu 2,2%, menos que o esperado em fevereiro foram fatores relatados como causadores do negativismo nesses segmentos.  Fundamentalmente, o mercado mantém-se estável, com a maioria das notícias mais relevantes das últimas semanas já tendo sido devidamente precificadas.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve queda de 535 pontos com 182,00 centavos, sendo a máxima em 187,85 e a mínima em 181,25 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 515 pontos, com a libra a 184,70 centavos, sendo a máxima em 190,25 e a mínima em 184,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou queda de 1 dólar, com 2.058 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 2 dólares, com 2.049 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma "interrupção brusca" do bom comportamento registrado na terça-feira. Num movimento reverso, várias ações de venda foram observadas e alguns stops acionados, culminando em um novo dia de perdas, com o maio chegando a atingir o patamar de 181,00 centavos. "É um quadro complexo e novamente verificamos os baixistas se adiantarem e apresentaram novas vendas. Alguns operadores trabalham com a perspectiva de que o mercado tem espaço para cair ainda mais. Por outro lado, devemos ficar atentos com o maior apetite de compras dos comerciais e também com a chegada da temporada de frio no Brasil e de chuvas na Colômbia, fatores que podem conter as quedas e até dar algum ânimo para os bulls (altistas)", disse um trader.  As remessas internacionais de café do Vietnã tiveram recuo de 1% em março, segundo o Ministério da Indústria e Comércio local. Os embarques do grão no período chegaram a 200 mil toneladas métricas. Em termos de receita, no mês, essas exportações significaram uma alta de 0,2%, com 417 milhões de dólares.  As exportações de café do Brasil em março, até o dia 27, totalizaram 1.581.586 sacas de café, alta de 4,54% em relação às 1.512.795 sacas registradas no mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.826 em 1.545.076 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 25.303 lotes, com as opções tendo 1.721 calls e 265 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 187,85, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00, 190,50, 191,00, 191,50, 192,00, 192,50 e 193,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 181,25, 181,00, 180,50, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,00, 177,50, 177,00, 176,50, 176,00, 175,50, 175,10-175,00 e 174,50 centavos por libra.  

   NOVA YORK DEVOLVE GANHOS DOS ÚLTIMOS DIAS E FECHA COM PERDAS
Nova York, 28 - Os futuros de café arábica fecharam em forte queda na Bolsa ICE Futures US, em Nova York, devolvendo ganhos verificados esta semana. O contrato com vencimento em maio caiu 535 pontos, ou 2,86%, e fechou a 182,0 cents/lb. "As pessoas estão apostando bastante na queda", disse o analista Jack Scoville, da corretora Price Futures, citando a chegada das chuvas em algumas das principais regiões produtoras do Brasil. "Não deram muita sequência às compras após os ganhos dos últimos dias."  Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos em Nova York e Londres. As informações são da Dow Jones.     NOVA YORK DEVOLVE PARTE DOS GANHOS DE ONTEM    A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com cotações em queda, interrompendo a reação esboçada ontem, quando as cotações haviam subido 5%.    Segundo operadores, o sentimento geral ainda é de pessimismo quanto aos rumos do mercado. Do lado fundamental, as chuvas no cinturão produtor de café do Brasil elevam o tom negativo do mercado futuro, já que as mesmas devem beneficiar a produção da safra que terá sua colheita iniciada em breve. Os ganhos recentes não geraram continuidade para as ações da ponta compradora. As informações partem de agências internacionais.     As informações partem de agências internacionais de notícias.    Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 182,00 centavos de dólar por libra-peso, com perda de 5,35 centavos, ou de 2,85%. A posição julho fechou a 184,70 cents, com perda de 5,15 cents, ou de 2,71%.   Londres mantém consistência e fecha dia com estabilidade Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira próximos de estabilidade, em uma sessão relativamente movimentada, com algumas rolagens de posição e com compras e vendas se sucedendo, sem, no entanto, apresentarem um direcionamento mais claro. A posição maio chegou a ficar abaixo do nível de 2.050 dólares, mas, ao final do dia se reequilibrou. De acordo com analistas internacionais, após o bom comportamento da sessão passada, o mercado teve um dia sem maiores direcionamentos. Ao contrário dos arábicas em Nova Iorque que praticamente descartaram todos os ganhos da terça-feira, os robustas voltaram a demonstrar consistência ao conseguirem sustentar os patamares anteriores. As origens, segundo operadores, continuam a vender escalonadamente, o que dá um suporte para que a pressão sobre as cotações seja significativamente menor. "Tivemos um dia até movimentado, sem que isso, no entanto, se refletisse nos preços. O maio, por exemplo, variou apenas 23 dólares ao longo de toda a sessão. Continuamos vendo um quadro consistente, com os preços tendendo a se manter firmes enquanto tivermos um quadro de oferta limitada e de temor com os estoques baixos", disse um trader. As remessas internacionais de café do Vietnã tiveram recuo de 1% em março, segundo o Ministério da Indústria e Comércio local. Os embarques do grão no período chegaram a 200 mil toneladas métricas. Em termos de receita, no mês, essas exportações significaram uma alta de 0,2%, com 417 milhões de dólares. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 6,16 mil lotes, com o julho tendo 4,43 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 9 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou queda de 1 dólar, com 2.058 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 2 dólares, com 2.049 dólares por tonelada. 

    DÓLAR SOBE COM COMPRAS PREVENTIVAS E AVERSÃO AO RISCO LÁ FORA
São Paulo, 28 - A aversão ao risco que derrubou as Bolsas de Valores e os preços de commodities hoje também deu impulso ao dólar no mercado de moedas. Mas a moeda norte-americana valorizou-se bem mais ante o real do que em relação a divisas de outros países exportadores de commodities, a exemplo do Brasil. O ajuste positivo de preço aqui foi acompanhado de um forte aumento de negócios. O fluxo cambial aparentemente positivo pela manhã foi absorvido pelo Banco Central, via leilão de compra à vista. Além disso, houve demanda preventiva de moeda por tesourarias de bancos, disse o gerente da mesa de derivativos de uma corretora. O dólar à vista fechou na cotação máxima no balcão, a R$ 1,8280, alta de 0,83%; a mínima mais cedo foi de R$ 1,8170 (+0,22%). Na BM&F, o dólar spot avançou 0,82%, a R$ 1,8257. O giro total à vista registrado até 17h05 na clearing de câmbio da BM&F somava US$ 3,474 bilhões (US$ 3,225 bilhões em D+2) - cerca de 265% maior que o da véspera. A principal razão apontada pelos profissionais do mercado local para a firme valorização do dólar ante o real é que as medidas já adotadas e as insistentes ameaças do governo com novas ações mudaram as expectativas de que poderia haver uma avalanche de recursos estrangeiros para o País no futuro próximo. Na quarta semana deste mês, o fluxo cambial efetivo já foi negativo em US$ 306 milhões. "O impacto mais forte das medidas adotadas até agora não é tanto sobre a formação de preço do dólar, mas sim sobre as expectativas do mercado. Quando se forma consenso de que haverá menor ingresso de capital no País e que o governo e o BC continuarão atuando com novas ações e leilões, a fim de enxugar o fluxo favorável e evitar a apreciação do real, o próprio mercado ajusta posições demonstrando uma postura defensiva", explicou um operador de tesouraria de um banco. Nesta quarta-feira, o fluxo cambial foi positivo pela manhã, motivando a realização do leilão de compra do BC, segundo as fontes consultadas. Como essa operação de compra "secou" a oferta de moeda à vista após a intervenção do BC e houve demanda por moeda pelas tesourarias de bancos à tarde, o preço do dólar sofreu correção adicional na sessão vespertina. No mercado futuro, às 17h10, o dólar abril 2012 subia 0,25%, a R$ 1,8285, com giro financeiro de US$ 22,502 bilhões - 29% superior ao da véspera. Esse aumento do volume de negócios reflete ainda o início das rolagens de contratos futuros de dólar, uma vez que o vencimento abril 2012 se aproxima.Este contrato vence no próximo dia 1º, mas será liquidado no dia 2 de abril com base na taxa Ptax desta sexta-feira, dia 30 de março. Outro indutor do avanço interno foi a manutenção da alta da moeda no exterior durante à tarde. Por lá, os indicadores norte-americanos piores do que o esperado e preocupações renovadas com a economia chinesa estimularam a busca de proteção no dólar. Nos EUA, as encomendas de bens duráveis subiram 2,2% em fevereiro, abaixo da alta de 3% prevista pelos analistas; e os estoques de petróleo do país subiram mais do que o previsto: 7,102 milhões de barris na semana encerrada em 23 de março, para 353,39 milhões de barris, muito acima do aumento de 2,2 milhões de barris esperado.  
   ESPECIAL: AÇÃO NO CÂMBIO ANULA QUEDA DE COMMODITIES NO EXTERIOR
A decisão do governo de ampliar o arsenal usado para conter a valorização do real ante o dólar impede que a economia brasileira se beneficie integralmente do efeito positivo que a queda nas cotações internacionais das commodities tem sobre a inflação. Embora o Brasil não seja forte importador desses insumos, as commodities são um ponto de atenção, inclusive na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), e o recuo desses preços em março contribuiria, mesmo que parcialmente, para manter sob controle a inflação local. O governo, no entanto, optou por sacrificar essa ajuda agora, enquanto tenta impulsionar a atividade econômica com o controle do câmbio. A escolha fica evidente no comportamento do índice CRB, que reflete os preços das commodities no mercado internacional. Em março, até o dia 23, o índice caiu 2,94% em dólar. Mas, em real, apontava uma alta de 3,09% no mesmo período. Essa é a conta do chamado conflito de escolha ou do trade-off, expressões amplamente usadas para caracterizar uma ação econômica que visa a resolução de um problema, mas que, automaticamente, acarreta outro. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, já reconheceu que medidas cambiais acabam tendo efeitos colaterais não desejados. "Com sua política cambial, o Brasil está olhando o efeito benéfico para a exportação, já que o dólar mais alto ante o real aumenta a competitividade e isso é bom para a balança comercial. Mas também é ruim quando se fala em preocupação na formação de preço no mercado interno", afirma o analista de commodities do Jefferies Bache em Nova York, Vinicius Ito. O problema é que em real o índice de preços das commodities entrou em uma trajetória de forte alta em março. "Esse movimento pode gerar implicações nocivas na inflação futura, caso seja mantido nos próximos meses", comenta o estrategista da WestLb, Luciano Rostagno. Para esse analista, o risco maior para a inflação pode se concretizar caso a China volte a estimular a atividade e os EUA continuem a dar sinais de que sua economia segue melhorando. Nas suas considerações, Rostagno cita que esse cenário se materializará caso o governo brasileiro continue empenhado em segurar a cotação do dólar acima de R$ 1,80. O estrategista do WestLB afirma que o impacto do movimento do índice CRB deve chegar primeiro no Índice de Preços ao Produtor Amplo, que registra as variações de preços de produtos agropecuários e industriais nas transações entre as empresas e é um dos componentes do Índice Geral de Preços, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. "O impacto começa a ser sentido no mês seguinte e se estende por seis meses", diz Rostagno. O estrategista destaca que o efeito no índice de preços ao consumidor tende a ser sentido no final do ano. Volatilidade Mas há dúvidas sobre a persistência do comportamento dos preços das commodities no exterior, já que a queda em março destoou do comportamento dos produtos monitorados pelo CRB no primeiro bimestre. No acumulado do ano, o índice CRB em dólar ainda aponta valorização, em grande parte em razão do suporte vindo da liquidez trazida por políticas monetárias mais frouxas aplicadas pelos países desenvolvidos. No acumulado do início de 2012 até o dia 23 de março, o índice CRB apresentava alta de 2,6% em dólares. Mas como o real se valorizou com mais velocidade ante a moeda norte-americana, neste período específico o índice CRB, em reais, acumulava queda de 0,76%. Esse movimento se inverteu no mês de março, com alta em real de 3,09%. Mas a contribuição do recuo das commodities no mercado internacional em março não deve chegar aos preços domésticos, já que com as atuações do governo o dólar acabou se apreciando 6,45% no mês, até dia 23, segundo a taxa de câmbio oficial do Banco Central. O impacto só não será tão grande porque os movimentos do CRB em março refletiram sobretudo o comportamento dos metais e energia. E dois produtos de peso no índice - petróleo e gás - ou não são importados, no caso do gás, ou têm volumes pequenos de compras no exterior, caso do petróleo. O impacto maior, portanto, é dos metais. Por esta característica, Ito lembra que o índice tem mais relevância para a formação de preços de economias fortemente dependentes de importações desses produtos, como é o caso das economias asiáticas. Para o ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman, a valorização do dólar ante o real em março tem implicações nocivas para a inflação, mas em menor intensidade do que ocorreu no passado. "Está se replicando o movimento observado entre outubro de 2010 e março de 2011, quando a insistência em não permitir o câmbio se ajustar permitiu que o aumento do preço de commodities em dólares se tornasse uma elevação do preço em reais", comentou Schwartsman. No entanto, o ex-diretor do BC observa que o efeito atual ocorre em uma escala em menor. Mesmo assim, o ex-diretor do Banco Central observa que o efeito do movimento do CRB no IPA costuma ser rápido, da ordem de um mês. "No IPCA, demora um pouco mais: 2 a 3 meses", disse. A história do CRB data de 1957, quando a Commodity Research Bureau construiu um índice que englobava 28 commodities. Atualmente, o índice reflete os preços de 19 commodities: alumínio, cacau, café, cobre, milho, algodão, suco de laranja, grão de soja, açúcar, trigo, gado vivo, suíno magro, petróleo bruto, óleo para calefação, gás natural, gasolina, ouro, prata e níquel. O índice é calculado pela Thomson Reuters em parceria com a Jefferies Financial.   
09:32 CAFÉ: CREDIT SUISSE QUESTIONA ALTA DE PREÇO DO ARÁBICA EM NOVA YORK
 Nova York, 28 - É questionável por quanto tempo a alta dos futuros do café arábica persistirá na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), de acordo com o Credit Suisse. As análises técnicas permanecem negativas e o banco acredita que o mercado está sobrevalorizado.  As cotações do arábica subiram quase 5% no último pregão, impulsionadas por firmes dados da confiança do consumidor norte-americana e preocupações de que as lavouras brasileiras possam ser prejudicada por um clima adverso, informou o Credit Suisse. Os embarques do Brasil estão baixos e há preocupações de que podem decepcionar no futuro, segundo o banco. As informações são da Dow Jones.

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