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quarta-feira, 21 de março de 2012

Café encerra dia estável na ICE e mantém parâmetros recentes

Café encerra dia estável na ICE e mantém parâmetros recentes   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com estabilidade, em uma sessão sem maiores variações, com os preços se mantendo presos no intervalo construído recentemente, após as fortes perdas registradas. Os preços, ao longo dos últimos dias, continuam a flutuar dentro de uma estrutura de pouco mais de 500 pontos, sem que compradores ou vendedores se mostrem mais efetivos para buscar romper resistências ou suportes.  Ao longo desta terça-feira, o café conseguiu manter os parâmetros mesmo com a influência externa negativa. O índice CRB, por exemplo, que mede a variação de 14 das principais commodities, encerrou o dia com queda de mais de 1%, influenciado pelo dólar em alta e também pelo mau humor das bolsas de valores nos Estados Unidos.  No meio da tarde, quando a bolsa de Nova Iorque já havia encerrado as operações, começaram a ser registradas notícias sobre um tremor de terra no México, que atingiu a capital, Cidade do México, assim como a região turística de Acapulco e algumas zonas cafeeiras importantes, como Oaxaca. O Instituo Estatal de Proteção Civil de Oaxaca informou que, após um primeiro monitoramento nas várias regiões do Estado, apenas danos leves foram verificados e não foram detectadas vítimas. Segundo essa entidade, o sismo teve magnitude de 7,8 graus na escala Richter, com epicentro a 20 quilômetros de Ometepec, em Guerrero. Nesse Estado, que também é cafeeiro, autoridades informaram que não foram registradas mortes, no entanto, ao menos 500 casas sofreram danos, com os principais problemas sendo observados em Ometepec e Xochustlahuaca. Não há informações sobre danos em lavouras cafeeiras.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve alta de 10 pontos com 183,60 centavos, sendo a máxima em 185,50 e a mínima em 182,35 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 5 pontos, com a libra a 186,35 centavos, sendo a máxima em 188,25 e a mínima em 185,15 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou alta de 8 dólares, com 2.032 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 5 dólares, com 2.002 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi técnico e sem maiores novidades, com o cenário de consolidação continuando a ser observado, dentro de um padrão construído após as fortes pressões recentes.  Graficamente, o mercado se mostra sobrevendido, mas não parece existir força entre os compradores para uma correção mais efetiva, ao passo que vários dos analistas ainda continuam a avaliar o cenário como baixista.  Os preços do café arábica neste ano deverão flutuar em uma médio de 205,87 centavos de dólar por libra peso. A avaliação é de um estudo da Societé Generale, que indica que a produção quase recorde do Brasil permitiu aliviar a situação de oferta apertada. "Nós esperamos que os preços continuem tendendo a baixa ao longo da safra brasileira, mas revertendo o quadro para cima na parte final da safra 12/13, quando a oferta vai voltar a ficar restrita, ao mesmo tempo em que a demanda ganhará força", disse Michael Haig, analista da empresa. Ele ressaltou que a demanda continua em alta e que a tendência, na continuidade do ano, é de se voltar a verificar uma situação de pouca disponibilidade. Os estoques de café em Nova Iorque, por exemplo, estão em níveis históricos de baixa e isso deverá ser um fator importante para garantir um preço limite para as baixas na ICE.  As exportações de café do bloco latino de produtores de grãos lavados apresentaram queda de 6% nos primeiros cinco meses de 2011/2012, atingindo 9,92 milhões de sacas, indicou a Anacafé (Associação Nacional de Café da Guatemala), entidade responsável pela estatística do grupo. A Nicarágua foi o país que experimentou maior baixa no período, com retração de 40%, com 346.719 sacas. El Salvador, Colômbia e Peru tiveram baixas de 33%, 18% e 2% em suas remessas, respectivamente. Já o México teve alta de 40% nos envios, com 1,02 milhão de sacas. Honduras teve alta de 18% nas remessas, ao passo que a República Dominicana, Costa Rica e Guatemala registraram ampliação das vendas em 18%, 7% e 2%, respectivamente. Em fevereiro, os países em conjunto remeteram 2,54 milhões de sacas ao exterior, volume similar ao do mesmo mês de 2011.  As exportações de café do Brasil em março, até o dia 16, totalizaram 794.727 sacas de café, alta de 3,05% em relação às 771.147 sacas registradas no mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.178 sacas, indo para 1.549.301 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 17.903 lotes, com as opções tendo 2.388 calls e 1.922 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 185,50, 186,00, 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,40, 189,50, 189,90-190,00, 190,50, 191,00, 191,50, 192,00, 192,50, 193,00, 193,50, 194,00 e 194,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 182,35, 182,00, 181,70, 181,50, 181,05-181,00, 180,50, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,00, 177,50 e 177,00 centavos por libra.

     CAFÉ: NOVA YORK ANDA DE LADO FECHA COM GANHOS MODESTOS
Nova York, 20 - Os contratos futuros do café tiveram ganhos modestos nesta terça-feira na bolsa ICE Futures US, em Nova York, em dia de consolidação. Os lotes para entrega em maio fecharam em alta de 10 pontos ou 0,05%, cotados a 183,60 cents/lb. Um recente aperto no spread entre os preços do café premium e do café amargo reduziu o incentivo para que torrefadoras aumentem a parcela de robusta em suas misturas, afirmou hoje a Organização Internacional de Café (OIC). Isso pode acabar sustentando os preços dos grãos de café arábica, de qualidade superior. "Embora a arbitragem entre o robusta e o arábica tenha diminuído nos últimos meses, a diferença entre os preços se mantém alta em termos históricos", disse José Dauster Sette, chefe de operações na OIC. "Talvez seja mais correto falar em redução do incentivo para o aumento da parcela de robusta nas misturas do que em estímulo para a inclusão de mais arábica." O preço do arábica ainda está relativamente alto, disse Sette, e a oferta ainda é bem baixa, principalmente levando-se em conta os volumes exportados da Colômbia e de outros países produtores. Mesmo assim, Sette diz que o cenário pode mudar nos próximos meses, com a entrada da produção brasileira no mercado - que deve ficar próxima de níveis recordes. Os preços de café arábica deverão ficar em 205,87 cents/lb em média este ano, segundo relatório do banco Société Generale divulgado hoje. O documento menciona que a produção no Brasil, principal produtor desse tipo de café, deve ficar próxima de níveis recordes, em meio à crescente demanda de países produtores. Segundo o analista Michael Haig, os preços devem continuar baixos até o começo da colheita no Brasil. Depois, devem reverter a tendência e continuar subindo até o final do ano, com o aperto da oferta, supondo que a demanda continue forte. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos em Nova York e Londres. As informações são da Dow Jones.     Nova York    A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta terça-feira com preços ligeiramente mais altos. O mercado teve uma sessão volátil, caindo inicialmente para depois recuperar-se, mas reduziu o movimento positivo e fechou com irrisórios ganhos.    O mercado teve uma sessão volátil dentro de margens relativamente estreitas. Cobertura de posições vendidas e indicações de um movimento mais lento de vendas da América Central e do Brasil garantiram sustentação. Mas não houve uma firmeza até o fim e o mercado reduziu a alta. As perdas no mercado financeiro internacional no dia, com o dólar avançando, foram indicadas como fator de pressão. As informações partem de agências internacionais de notícias.    Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 183,60 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 0,10 centavo, ou de 0,05%. A posição julho fechou a 186,35 cents, com alta de 0,05 cent, ou de 0,02%.    Em sessão esvaziada, Londres tem dia de altas ligeiras Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com altas, em uma sessão bastante esvaziada, com poucos negócios reportados e com os preços se mantendo dentro do intervalo observado ao longo do final da semana passada e também do começo desta semana. De acordo com analistas internacionais, o dia não acrescentou novidades aos negócios com café robusta na casa de comercialização londrina. Após uma abertura ligeiramente em baixa, o que se verificou foi uma tentativa frustrada de se buscar o nível de 2.000 dólares para a posição maio, sendo que, ao falhar nesse intento, novas ordens de compra passaram a ser registradas, com alguns ganhos sendo acumulados, mas sem que patamares mais consistentes de preço conseguissem ser buscados. "Tivemos uma sessão técnica e, sem novidades, muitos operadores também permaneceram de lado. O volume negociado foi exíguo e os preços continuaram a gravitar em um intervalo ligeiramente acima dos 2.000 dólares, com as ofertas das origens se mantendo restritas", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 2,90 mil lotes, com o julho tendo 988 lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 30 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou alta de 8 dólares, com 2.032 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 5 dólares, com 2.002 dólares por tonelada. 

    BC SUSTENTA DÓLAR À VISTA ACIMA R$ 1,82; DÓLAR/ABRIL12 CAI São Paulo, 20 -
 O dólar à vista sustentou-se em alta ante o real em mais uma sessão marcada por baixo volume de negócios. Um operador de corretora de câmbio disse que as medidas do governo estão travando os negócios, após os ajustes de posições no primeiro momento posterior a cada novidade. A tendência é de continuidade da diminuição de volume, afirmou. O avanço de preço à vista pelo segundo dia seguido, porém, não evitou que o Banco Central fizesse um leilão de compra à tarde assim que a moeda renovou a mínima, de R$ 1,8180 (-0,66%) no balcão. A taxa de corte no leilão ficou em R$ 1,8210. Já a máxima intraday do dólar balcão, pela manhã, foi de R$ 1,8350 (+1,61%).  Alguns operadores de bancos e corretoras consultados pela AE atribuíram a desaceleração do dólar à vista durante à tarde a um movimento de realização de lucros no day trade, uma vez que a moeda spot subiu bastante mais cedo e os agentes financeiros venderam depois, contabilizando lucros e pressionando as cotações.  Além disso, a entrada do BC no fim do dia fixando taxa de corte acima de R$ 1,82, deixou a sensação no mercado de que poderia ter algum fluxo de entrada e o BC fez o leilão a fim de absorver essa liquidez e impedir que o dólar cedesse mais, observou o operador Moacir Marcos Júnior, da corretora InterBolsa Brasil. "O dólar futuro perdeu força reagindo a esse possível ingresso à tarde", afirmou. No mercado futuro, às 16h48, o dólar abril 2012 recuava 0,22%, a R$ 1,8235, com giro financeiro de US$ 12,762 bilhões - 9% superior ao de ontem. Antes do leilão do BC, este vencimento de dólar estava em baixa de 0,05%, a R$ 1,8265; mas pela manhã chegou a subir até máxima de R$ 1,8415 (+0,77%).  No leilão de hoje, o primeiro desde sexta-feira, a taxa de corte de R$ 1,8210 ficou acima do preço à vista na naquele momento, num claro sinal de que o BC desejava puxar o preço da moeda. Logo após a intervenção, o dólar spot ainda permaneceu na mínima por alguns minutos, mas depois retomou parte dos ganhos e fechou a R$ 1,8210 (+0,83%). Na BM&F, o dólar pronto encerrou com avanço de 0,85%, a R$ 1,8216, sendo a mínima de R$ 1,8197 e máxima de R$ 1,8275. O giro financeiro registrado na clearing de câmbio até 16h47 somava US$ 1,050 bilhão (US$ 796 milhões em D+2). O volume de negócios hoje está um pouco melhor que o da véspera, quando o total à vista somou US$ 917 milhões, dos quais US$ 902 milhões em D+2, de acordo com o Banco Central.  O preço em alta do dólar à vista também ficou em linha com o comportamento externo da moeda norte-americana e refletiu ainda um mercado doméstico na defensiva com possíveis novas medidas cambiais. "Como há perspectiva de compras de moeda pelo Banco do Brasil e o BC para o Tesouro antecipar quitação de dívida externa e para o Fundo Soberano, quem tem moeda em mãos segura posição esperando novas altas de preço", disse o gerente de câmbio de uma corretora. "O potencial de compra do Tesouro é de US$ 15 bilhões", lembrou.  
  Câmbio   
O dólar comercial encerrou as negociações hoje com alta de 0,38%, a R$ 1,8160 para compra e R$ 1,8180 para venda. Na segunda-feira, a divisa havia encerrado com alta de 0,44%, cotada a R$ 1,8110.    O cenário externo de maior tensão voltou a refletir no mercado brasileirode câmbio e influenciar na cotação da divisa estadunidense. Embora a Gréciatenha recebido a primeira parcela do novo resgate, a situação de outros países da zona do euro segue mantendo investidores cautelosos. 

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