Qualidade comprovada
Para Marco Vale, gerente de Certificação do IMA, o sistema desenvolvido pelo Certifica Minas Café representa um diferencial de grande importância. “Com a certificação é possível comprovar a qualidade de todo o processo produtivo”, observa. “As propriedades integradas ao programa adotam práticas de produção que, além de possibilitar safras maiores e melhores, atendem às normas ambientais e trabalhistas”, enfatiza o gerente.
Atualmente, há propriedades certificadas em 211 municípios mineiros, ou seja, a cobertura é de 25% do mapa do Estado, acrescenta. As lavouras incluídas no programa estão localizadas em regiões tradicionais de café como a Zona da Mata, Cerrado, Sul e agora também na Chapada de Minas com a inclusão de Capelinha, além da região Norte, com propriedades em Rio Pardo e Taiobeiras.
Uma das características do Certifica Minas Café é a crescente inserção de pequenas propriedades. “A agricultura familiar já responde por 90% das fazendas de café no Estado e aquelas que ainda não obtiveram a certificação têm a oportunidade de aderir e assim ampliar as condições de comercialização do produto no mercado interno, além de participar das exportações”, explica Vale.
“As propriedades certificadas passam a integrar um cenário novo, pois aumenta o compromisso com a utilização de boas práticas de produção e de aperfeiçoamento da gestão do negócio”, acrescenta o gerente. “O conjunto de ações necessárias para obter e manter a certificação, além de melhorar a qualidade do produto, leva à redução de custos. Aumenta a aceitação do café de Minas no mercado interno e externo”, finaliza.
No quadro das exportações totais do Estado, o café fica atrás apenas do minério de ferro, posição confirmada em 2011. Entre janeiro e novembro deste ano, a receita das exportações mineiras de café alcançou US$ 5,2 bilhões, cifra 44,9% superior à registrada em idêntico período de 2010. Foi de 58,4% a participação do produto nas exportações totais do agronegócio nos onze meses, que atingiram US$ 8,9 bilhões.
Os negócios com café procedente de Minas Gerais, realizados exclusivamente em novembro de 2011, responderam por 61,7% da cifra total de US$ 1,0 bilhão obtida no mês pelos produtos agrícolas e pecuários do Estado. A cotação média do produto foi de U$ 5,1 mil a tonelada, valor 48,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Liderança na produção
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil. O Estado responde por 50,2% da safra nacional, pois a produção mineira prevista para este ano deve alcançar 22,1 milhões de sacas, segundo o IBGE. Os dez municípios que apresentam maior produção de café em Minas Gerais, segundo o IBGE, somam colheitas de 3,7 milhões de sacas, ou 16,9% da safra mineira de café. Esta é a relação: Patrocínio (alto Paranaíba), 523,9 mil sacas; Três Pontas (Sul de Minas), 444,0 mil sacas; Manhuaçu (Zona da Mata), 435,6 mil sacas; Monte Carmelo (Alto Paranaíba), 412,5 mil sacas; Nepomuceno, Carmo da Cachoeira e Boa Esperança (Sul de Minas), respectivamente 367,9 mil sacas, 360,0 mil sacas, e 320,0 mil sacas; Rio Paranaíba (Alto Paranaíba), 291,9 mil sacas; Nova Resende (Sul de Minas), 290,2 mil sacas; e Araguari (Triângulo), 288,4 mil sacas
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