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sábado, 1 de outubro de 2011

Colômbia projeta produzir 10 milhões de sacas de café em 2011/2012

A produção de café da Colômbia poderia aumentar para 10 milhões de sacas na temporada que começa no próximo mês, por conta do fim das chuvas que afetaram consideravelmente as três safras passadas, indicou a Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia).




A safra 2010/2011 tem a expectativa de ser fechada com uma produção de 8,6 a 8,7 milhões de sacas, segundo Luis Genaro Muñoz, diretor executivo da entidade. A produção nas três temporadas anteriores foi menor que 12,5 milhões de sacas, registradas em 2007/2008, segundo cálculos da Organização Internacional do Café. "Se o clima ficar normal, sem o La Niña ou o El Niño, a produção colombiana poderá passar das 10 milhões de sacas", indicou Muñoz em entrevista na sede da Organização, em Londres.



O El Niño é um fenômeno climático que faz com que exista um aquecimento das águas do Pacífico e redunda em secas em determinadas regiões, principalmente da América Latina, com a La Niña atuando diferentemente, com o aumento das chuvas. A safra de café nesse país sul-americano deverá voltar a ter um comportamento normal a partir de 2012/2013, na visão de Muñoz, sendo que, segundo ele, os planos da Colômbia são passar a contar com 14 milhões de sacas em 2015, com o adequado funcionamento integral do atual programa de renovação de lavouras.



"Nós estamos replantando 80 mil hectares apenas neste ano, sendo que fizemos mais de 30 mil hectares no ano passado. Queremos chegar a 120 mil hectares até o final deste ano", sustentou o dirigente que ainda sublinhou que outras ações empreendidas são treinamentos de produtores, aumento do uso de fertilizantes e utilização de variedades mais resistentes a doenças e às mudanças climáticas.



Os preços do café podem se manter acima dos 200,00 centavos de dólar por libra peso na bolsa de Nova Iorque se a oferta do grão continuar limitada, indicou Muñoz, que crê que o volume disponível de café deverá continuar curto por cinco ou seis anos por conta, principalmente, do crescimento do consumo. "Pelo que estamos vendo no campo fundamental, podemos concluir que Nova Iorque tem um novo piso por volta dos 200,00 centavos. Se o mercado continua curto, continuaremos tendo volatilidade", sustentou.



O consumo de café na Colômbia cresceu 1% em 2010, depois de 20 anos de estabilidade, indicou o dirigente, que ressaltou que o país tem a perspectiva de aumentar sua demanda doméstica em cerca de 30% nos próximos cinco anos.

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