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sábado, 17 de setembro de 2011

FMI ainda vê superaquecimento em emergentes O Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda vê superaquecimento em economias emergentes, segundo a diretora-gerente do organismo, Christine Lagarde, no seu primeiro grande pronunciamento em Washington desde que assumiu o cargo, em julho."Muitas economias emergentes estão enfrentando aquecimento em demasia - pressões inflacionárias, forte crescimento do crédito, crescentes déficits em conta corrente", disse Lagarde no Wilson Center, um influente centro de estudos em Washington, segundo discurso distribuído pelo FMI.Lagarde não deixa claro quais são esses países emergentes que ainda enfrentam superaquecimento da economia. O Brasil subiu juros até julho passado para conter pressões inflacionárias, mas começou a cortar a taxa em agosto, surpreendendo analistas econômicos do mercado. Para o BC, os sinais de desaquecimento da economia mundial devem contribuir para recolocar a inflação na trajetória das metas.Em entrevista a um grupo restrito de jornalistas nesta semana, incluindo o Valor, Lagarde disse que as economias emergentes continuam a apresentar crescimento econômico robusto, com alguma desaceleração, em virtude da má performance dos países avançados. Ela disse que alguns países emergentes cortam os juros porque são obrigados a fazer escolhas entre combater a inflação e conter fluxos de capitais.No seu discurso ontem, Lagarde alertou que nenhum país está imune a uma eventual desaceleração das economias avançadas. "No nosso mundo interconectado, qualquer pensamento sobre descolamento é uma miragem", disse Lagarde. "Se as economias avançadas sucumbirem, os mercados emergentes não vão escapar." "Exatamente três anos depois do colapso do Lehman Brothers, o horizonte econômico se torna problemático e turbulento, com a desaleceração da atividade global e riscos de retrocesso", afirma a Lagarde, referindo-se ao aniversário da queda do banco Lehman Brothers, o marco do início da atual crise mundial. "O crescimento global continua, mas está se desacelerando", sustenta. "Sem ações coletivas, arrojadas, existe o risco real de as principais economias recuarem em vez de se moverem adiante."Lagarde afirmou que existem três grupos de problemas que merecem a atenção. Primeiro, o chamado ajuste de balanços. Com altas dívidas, pessoas, empresas e até governos estão deixando de investir e consumir, jogando a demanda agregada para baixo. O segundo problema apontado por Lagarde é o risco de instabilidades financeiras nas economias avançadas, como países da Europa, que podem se espalhar para o mundo. Terceiro problema: tensões sociais causadas por alto desemprego, ajustes fiscais que cortam a proteção social das famílias e percepção de que, nesta crise, o setor financeiro está sendo beneficiado com prejuízo ao setor real das economiasLagarde diz que países avançados precisam de planos críveis de ajuste fiscal de médio prazo. Mas pondera: "Consolidação muito rápida poderá prejudicar a recuperação econômica e prejudicar as perpectivas de empregos."

FMI ainda vê superaquecimento em emergentes O Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda vê superaquecimento em economias emergentes, segundo a diretora-gerente do organismo, Christine Lagarde, no seu primeiro grande pronunciamento em Washington desde que assumiu o cargo, em julho."Muitas economias emergentes estão enfrentando aquecimento em demasia - pressões inflacionárias, forte crescimento do crédito, crescentes déficits em conta corrente", disse Lagarde no Wilson Center, um influente centro de estudos em Washington, segundo discurso distribuído pelo FMI.Lagarde não deixa claro quais são esses países emergentes que ainda enfrentam superaquecimento da economia. O Brasil subiu juros até julho passado para conter pressões inflacionárias, mas começou a cortar a taxa em agosto, surpreendendo analistas econômicos do mercado. Para o BC, os sinais de desaquecimento da economia mundial devem contribuir para recolocar a inflação na trajetória das metas.Em entrevista a um grupo restrito de jornalistas nesta semana, incluindo o Valor, Lagarde disse que as economias emergentes continuam a apresentar crescimento econômico robusto, com alguma desaceleração, em virtude da má performance dos países avançados. Ela disse que alguns países emergentes cortam os juros porque são obrigados a fazer escolhas entre combater a inflação e conter fluxos de capitais.No seu discurso ontem, Lagarde alertou que nenhum país está imune a uma eventual desaceleração das economias avançadas. "No nosso mundo interconectado, qualquer pensamento sobre descolamento é uma miragem", disse Lagarde. "Se as economias avançadas sucumbirem, os mercados emergentes não vão escapar." "Exatamente três anos depois do colapso do Lehman Brothers, o horizonte econômico se torna problemático e turbulento, com a desaleceração da atividade global e riscos de retrocesso", afirma a Lagarde, referindo-se ao aniversário da queda do banco Lehman Brothers, o marco do início da atual crise mundial. "O crescimento global continua, mas está se desacelerando", sustenta. "Sem ações coletivas, arrojadas, existe o risco real de as principais economias recuarem em vez de se moverem adiante."Lagarde afirmou que existem três grupos de problemas que merecem a atenção. Primeiro, o chamado ajuste de balanços. Com altas dívidas, pessoas, empresas e até governos estão deixando de investir e consumir, jogando a demanda agregada para baixo. O segundo problema apontado por Lagarde é o risco de instabilidades financeiras nas economias avançadas, como países da Europa, que podem se espalhar para o mundo. Terceiro problema: tensões sociais causadas por alto desemprego, ajustes fiscais que cortam a proteção social das famílias e percepção de que, nesta crise, o setor financeiro está sendo beneficiado com prejuízo ao setor real das economiasLagarde diz que países avançados precisam de planos críveis de ajuste fiscal de médio prazo. Mas pondera: "Consolidação muito rápida poderá prejudicar a recuperação econômica e prejudicar as perpectivas de empregos."O Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda vê superaquecimento em economias emergentes, segundo a diretora-gerente do organismo, Christine Lagarde, no seu primeiro grande pronunciamento em Washington desde que assumiu o cargo, em julho."Muitas economias emergentes estão enfrentando aquecimento em demasia - pressões inflacionárias, forte crescimento do crédito, crescentes déficits em conta corrente", disse Lagarde no Wilson Center, um influente centro de estudos em Washington, segundo discurso distribuído pelo FMI.Lagarde não deixa claro quais são esses países emergentes que ainda enfrentam superaquecimento da economia. O Brasil subiu juros até julho passado para conter pressões inflacionárias, mas começou a cortar a taxa em agosto, surpreendendo analistas econômicos do mercado. Para o BC, os sinais de desaquecimento da economia mundial devem contribuir para recolocar a inflação na trajetória das metas.Em entrevista a um grupo restrito de jornalistas nesta semana, incluindo o Valor, Lagarde disse que as economias emergentes continuam a apresentar crescimento econômico robusto, com alguma desaceleração, em virtude da má performance dos países avançados. Ela disse que alguns países emergentes cortam os juros porque são obrigados a fazer escolhas entre combater a inflação e conter fluxos de capitais.No seu discurso ontem, Lagarde alertou que nenhum país está imune a uma eventual desaceleração das economias avançadas. "No nosso mundo interconectado, qualquer pensamento sobre descolamento é uma miragem", disse Lagarde. "Se as economias avançadas sucumbirem, os mercados emergentes não vão escapar." "Exatamente três anos depois do colapso do Lehman Brothers, o horizonte econômico se torna problemático e turbulento, com a desaleceração da atividade global e riscos de retrocesso", afirma a Lagarde, referindo-se ao aniversário da queda do banco Lehman Brothers, o marco do início da atual crise mundial. "O crescimento global continua, mas está se desacelerando", sustenta. "Sem ações coletivas, arrojadas, existe o risco real de as principais economias recuarem em vez de se moverem adiante."Lagarde afirmou que existem três grupos de problemas que merecem a atenção. Primeiro, o chamado ajuste de balanços. Com altas dívidas, pessoas, empresas e até governos estão deixando de investir e consumir, jogando a demanda agregada para baixo. O segundo problema apontado por Lagarde é o risco de instabilidades financeiras nas economias avançadas, como países da Europa, que podem se espalhar para o mundo. Terceiro problema: tensões sociais causadas por alto desemprego, ajustes fiscais que cortam a proteção social das famílias e percepção de que, nesta crise, o setor financeiro está sendo beneficiado com prejuízo ao setor real das economiasLagarde diz que países avançados precisam de planos críveis de ajuste fiscal de médio prazo. Mas pondera: "Consolidação muito rápida poderá prejudicar a recuperação econômica e prejudicar as perpectivas de empregos."

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