Agência Estado Célia Froufe
O Conselho Monetário Nacional (CMN) unificou o financiamento para custeio e colheita da safra de café 2011/2012, conforme voto agrícola aprovado na reunião desta quinta, dia 28. Serão disponibilizados R$ 600 milhões para esses fins, sem divisão explícita. O produtor poderá fazer a contratação dos recursos agora, mas terá o acesso a eles apenas em setembro, em plena época de colheita.
As vantagens para o cafeicultor com a unificação, segundo o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, são a realização de uma só operação, a redução de custos com registros em cartórios em transações de duas operações e, principalmente, a garantia de disponibilidade dos recursos para o produtor.
– Estamos tentando unificar as medidas com o plano safra – disse.
O secretário lembrou que, de 1991 até agora, o café era uma cultura diferenciada, porque tinha recursos e prazos diferentes para o custeio e para a colheita.
– Isso era uma coisa ruim, pois obrigava o cafeicultor a fazer dois financiamentos, sem sequer ter certeza de que teria crédito no futuro – explicou.
No mesmo voto, o CMN aprovou o direcionamento dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para linhas de crédito para a safra 2010/11. Foram destinados R$ 300 milhões para colheita, R$ 500 milhões para estocagem, R$ 500 milhões para Financiamento para Aquisição de Café (FAC) e R$ 50 milhões para constituição de margem de garantia e ajustes diários nas vendas a futuro, para aquisição de prêmios nos contratos de opção de venda e taxas e emolumentos referentes a essas transações.
Por fim, o CMN reservou, ainda, R$ 40 milhões para recuperação de lavouras de café atingidas por granizo e R$ 300 milhões para composição de dívidas decorrentes de financiamento para produção de café.
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