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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dólar reverte tendência e café consegue ter altas na ICE Futures

Dólar reverte tendência e café consegue ter altas na ICE Futures

Os contratos futuros de café arábica encerraram esta quinta-feira na ICE Futures US com altas modestas, com compras especulativas ligadas à fraqueza do dólar, com os preços, no entanto, não conseguindo transpor importantes resistências. No encerramento do dia, o maio teve alta de 65 pontos, com 134,50 centavos de dólar por libra peso, com a mínima em 133,50 e a máxima em 134,80 centavos por libra, com o julho tendo valorização de 70 pontos, com a libra a 134,60 centavos, sendo a máxima em 135,00 e a mínima em 133,20 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio teve alta de 22 dólares, com 1.266 dólares por tonelada, ao passo que o julho teve oscilação positiva de 23 dólares, com 1.308 dólares por tonelada. A fraqueza do dólar permitiu o acionamento de compras especulativos no segmento de commodities, atraindo traders que apostam em mercados de maior risco. Os ganhos do dia foram muito menos pronunciados após o rally produzido na quarta-feira, com o mercado conseguindo ter batido na resistência gráfica principal do momento, no nível de 135,00 centavos por libra para o intervalo julho. O café continuou seus rallies, após ter batido nesta semana os seus menores níveis em oito semanas, no entanto, os avanços estão limitados por fortes resistências, sendo que abaixo desses níveis se verificam fundamentos bearish (baixistas), principalmente por conta da nova safra brasileira, que poderá ser recorde, disse. Alguns traders continuam afirmando que a nova safra brasileira, cujas colheitas se inicia em breve, poderá ser bastante grande, atingindo até 60 milhões de sacas. Os altistas, no entanto, apontam que o problema central do mercado de café é a pobre qualidade dos grãos da safra brasileira, sendo que ainda há uma forte possibilidade de os produtores do país armazenarem grande parte de seus cafés, no aguardo de preços melhores. Outros comentários de mercado ressaltam que os melhores cafés do Brasil já estariam comercializados, sendo que outros seriam utilizados no consumo doméstico. Na Colômbia, maior produtor mundial de cafés lavados suaves, o clima seco também preocupa. As áreas produtoras do país sofreram com chuvas bastante escassas em fevereiro, segundo apontou o Centro Nacional de Pesquisas do Café da Colômbia, que confirmou a verificação de produtores, que anteriormente apontavam que o clima negativo afetou a formação final dos grãos da safra de meio de ano, denominada de mitaca. A seca pode causar um enchimento irregular dos grãos, assim como a formação de "pretos", que reduzem a qualidade e também diminuem a produção. Tecnicamente, o julho de café pode buscar a resistência de 138,00 centavos de dólar e, posteriormente, os 141,00 centavos, apontou Spencer Patton, analista e chefe de investimentos do Steel Vine Investiments, em Chicafo. Ele acredita que o café tenha uma força adicional para ficar longe do seu principal suporte, em 130,00 centavos. Segundo Terry Gabriel, estrategista técnico da Ideaglobal, o mercado pode se mover acima das médias móveis de 100 e 200 dias, situando-se entre 137,10 e 137,20 centavos. "Essa convergência de duas médias móveis na linha de resistência faria com que houvesse muita dificuldade de se ter um direcionamento para baixo, sendo que esperamos que o mercado busque novos níveis de alta, em torno do patamar de 137,00 centavos", disse Gabriel. As exportações de café do Brasil em abril, até o dia 28, somaram 1.790.410 sacas, contra 1.673.649 sacas do mesmo período de março, de acordo com o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa nova-iorquina tiveram alta de 5.824 sacas, totalizando 2.411.273. Os contratos em aberto na bolsa nova-iorquina tiveram uma queda de 3.357 contratos, indo para 135.058. O maio ainda tem 619 posições em aberto, antes da expiração definitiva no próximo dia 18. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 14.497 lotes, com as opções tendo 5.814 calls e 2.437 puts. Tecnicamente, o maio tem uma resistência no patamar de 135,00, 135,50, 136,00 e 137,00 centavos por libra peso, com o suporte se localizando em 133,20, 133,00, 131,50, 131,00, 130,00 e 129,50 centavos.

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